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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

27 de setembro de 2012

Quero ganhar o Troféu Promessas.


Zé Bruno, via Facebook
Atenção seguidores do twitter, irmãos da Igreja e amigos do Facebook, vamos combinar uma coisa:
Eu faço de conta que não pedi nada a vocês, e vocês fazem de conta que não ouviram nada.
Vocês fazem de conta que foi iniciativa espontânea e acessam o site do Troféu Promessas.
Aí vocês votam tipo 50 ou 100 vezes cada um pra fazer de conta que foram muitas pessoas diferentes que votaram em mim.
O Comitê Organizador fica satisfeito porque fez de conta que seu Troféu mobilizou votos de milhões de pessoas, e todo mundo fica feliz!
Eu faço de conta que estou ansioso pelo resultado, mesmo sabendo que outros artistas fazem o mesmo.
Não se esqueçam, todos nós estamos fazendo de conta que nada disso está acontecendo.
Vocês podem, tipo assim, fazer de conta que estão preocupados com minha ansiedade, e até podem mobilizar uma campanha de oração por mim, e Deus…bom…não posso afirmar que Deus faz de conta que ouve…mas tudo bem vai…
Aí então eu recebo o Troféu de “faz de conta”, e tento fazer de conta que minha mediocridade nunca existiu.
Aliás posso concorrer com uma música americana, tipo versão em português, e receber o troféu no Brasil fazendo de conta que o compositor americano é tonto…bom…vá lá…americano é tudo tonto mesmo…
Vocês fazem de conta que ficaram espantados com a minha vitória, e fazem de conta que sou uma bênção.
Daí eu dou testemunho dizendo que Deus me honrou, fazendo de conta que eu nunca soube que tudo foi combinado, tipo Lula, e até deixo cair umas lágrimas de “faz de conta”
A Mídia Gospel faz de conta que sou um sucesso, e publica o fato, e eu faço de conta que acredito que sou incrível.
Quem sabe até um programa de auditório me convide pra mostrar o Troféu fazendo de conta que a gravadora não pagou jabá pra eu estar lá…já pensou!
Aí eu digo que até os ímpios estão reconhecendo o valor da música evangélica, e eu faço de conta que foi a minha “unção” a responsável por tal feito.
Coitado só do povo né…que consumirá o meu CD, sem saber do “faz de conta”, mas tudo bem…eles são café com leite.
Meu Deus! Vai ser demais!!!!
Nós todos fazemos de conta que nosso mundico gospel é poderoso e que nosso mercado é sério.
Podemos ainda fazer de conta que isso não é idiotice.
Podemos fazer de conta que somos felizes e que isso é um avanço…
Depois fazemos de conta que foi bênção vinda dos céus, e louvamos a Deus em agradecimento, cantando minha música é claro…aquela americana que eu fiz uma versão em português pra concorrer como melhor canção gospel no Brasil, lembra?
Deus, que por sua vez não teve nenhuma participação nisso, não consegue fazer de conta que não viu nossa infantilidade… paciência…
Mas nós que vivemos no mundo de “faz de conta”, fazemos de conta que tá tudo certo, afinal de contas esse reino que inventamos é o país das Maravilhas, e nós??…nós somos Alice, é lógico…quer dizer, fazemos de conta que somos, é claro.
Na premiação todos estarão lá; o Coelho branco de colete a Lagarta azul, a Duquesa, a Rainha de copas e o Gato de Cheshire.
O Chapeleiro maluco nos avisará quando for a hora do chá, e a Lebre de março e o Arganaz vão ajudá-lo no cerimonial.
Todos sabem que a Tartaruga é falsa, mas dançam assim mesmo na quadrilha da Lagosta.
Ai meu Deus…será que conseguiremos algum dia correr o risco da simplicidade?
“…difícil é viver a vida assim sem aventura, deixar ser pelo coração…se é loucura, então melhor não ter razão…”
Amigos cantores e artistas, não se ofendam com o humor ácido das palavras de um pobre maluco como eu que faz de conta que é pensador.
Se fiz mal, é fácil resolver o problema… afinal, depois de tanto “faz de conta”, basta fazer de conta que eu nunca escrevi nada, e tá tudo certo.
Zé Bruno é pastor evangélico, vocalista, guitarrista, compositor, produtor musical e fundador da banda Resgate e da igreja A Casa da Rocha.

Um recado para os Blogueiros Cristãos

Um recado para os Blogueiros Cristãos

Escrevo como um blogueiro e refletindo no que tenho feito na internet. Meu blog (Somente a Graça) essa semana fez 6 anos de existência. Começou no dia 23/09/2006. Porém, não poucas vezes tenho me perguntado o que tenho feito na internet. Por quê tenho feito. Para quê. Quando consigo responder estas perguntas e ver de fato minha vida andando de acordo com isto, então escrevo ou gravo vídeos.

Este texto não é para criticar, mas para nos chamar a uma reflexão sobre o que temos feito.

Vejo que muitos blogs cristãos estão muito mais preocupados em discutir teologia, e na maioria das vezes, quem expõe isso são jovens cristãos que são meros papagaios, apenas repetem aquilo que leram e ainda sequer refletiram nisto. Não tem profundidade nas escrituras sequer para terem uma posição definida. Por profundidade digo ter base sólida, ter conhecimento pelo menos panorâmico de toda a escritura (para isto é necessário que tenha lido a bíblia toda pelo menos umas 5 vezes).

Infelizmente, há mais na internet sobre "teologia" (fraca) do que sobre o evangelho. A verdadeira teologia expõe o evangelho, porém muitas vezes vejo pessoas mais preocupadas não com o cerne, mas com o marginal. Criticam homens de Deus porquê não tem esse pensamento ou aquele. Acham que uma linha teológica vale mais do que unção, oração, jejum.

Estes, não vivem o evangelho. Apenas o discutem.

Apesar de ser blogueiro e jovem e acreditar demais na ferramenta da internet para propagar a mensagem do evangelho como tenho feito. Como cristão, de maneira nenhuma, a internet deve ser a maior parte do meu ministério e nem grande parte dele (apesar de ser visto por algumas pessoas apenas na internet). Se tudo que posto aqui não vier da vida que vivo com as pessoas, se não for buscando cada vez ser um marido melhor para minha esposa, se não estou evangelizando as pessoas próximas a mim, se não estou oferecendo meu ombro para aqueles que estão ao meu redor, ensinando as pessoas próximas a mim, discipulando, se não me importo com a situação social do meu país, se não estou nos presídios, nos hospitais, nas praças, onde quer que seja pregando o evangelho… Se não há jejum, profundidade nas escrituras e oração solitária…

Se seu coração não arde de amor por Deus e pelas pessoas. Se você não ouve o clamor dos perdidos e consegue dormir tranquilo sabendo que existem pessoas perecendo… Se leva sua vida normalmente e de vez em quando escreve textos na internet…

Se algum blogueiro está escrevendo na internet e não vive estas coisas, vá viver primeiro o evangelho para então falar sobre ele. Desta maneira haverá fogo nas suas palavras. E não será apenas mais um preocupado em ter ibope, muitos acessos e ser popular. Você será um homem de Deus, pregando a palavra de Deus.

VIVENCIE O EVANGELHO!! E então, pregue sobre ele.

Que Deus nos ajude!!,

Por 

Twitter: @DaniSimoncelos. Economista por profissão, Pregador por vocação, Blogueiro por Diversão. Um pecador que foi salvo pela graça de Deus. Crê que seu chamado é para falar do amor daquele que o salvou para todos aqueles que quiserem ouvir de todas as maneiras que ele puder.

Capoeira em templo da Assembléia de DEUS?


Notícias Gospel Capoeira na Assembleia de Deus? | Noticia Evangélica Gospel
Por favor, motorista, pare o mundo, que eu quero descer!
Sinceramente, estou pasmo. Acabei de assistir a um vídeo em que "adoradores" jogam ou dançam capoeira dentro de um templo da Assembleia de Deus, ao som de "É na paz de Deus, meu irmão" e "Com muita alegria e gozo, assim se louva a Deus". Confesso que, se me tivessem contado, eu não acreditaria, porém reconheci o templo, onde já preguei algumas vezes. Não me pergunte: "Onde?", por favor.
Surpreender-me-ia, se tal evento tivesse ocorrido em uma igreja neopentecostal, onde não tem havido limite para invencionices e "loucuras gospel"? Não. Mas dentro da Assembleia de Deus?!
Como assembleiano, considero esse episódio tão aberrante e infeliz quanto o da associação de alguns líderes com a seita do "reverendo" Moon. Verdadeiramente, está se cumprindo o que a Palavra de Deus diz em 2 Timóteo 4.1-5. Mas não podemos nos conformar com este mundo tenebroso (Rm 12.1,2; Fp 2.14,15).
A profanação, a secularização e a dessacralização do culto a Deus precisam ser denunciadas e combatidas, nesses últimos dias, por aqueles que amam a simplicidade e a pureza do Evangelho (2 Co 11.3,4). Que Deus ajude os "sete mil" defensores do Evangelho (Fp 1.16) que não se prostraram diante de Baal a continuarem ensinando o povo de Deus a andar pelo caminho estreito (Mt 7.13,14), não se prendendo a "jugos desiguais" com os infiéis (2 Co 6.14-18).
Maranata!
Fonte: Site do Pastor Ciro Sanches Zibordi | Divulgação: Midia Gospel


Fonte: Site do Pastor Ciro Sanches Zibordi
 | Divulgação: Midia Gospel


Capoeira na Assembléia de DEUS

Grupo Capoeira na Assembléia


Aline Barros: Entrevista Extraordinária no "De Frente Com Gabi"




Depois de muito babado e confusão com boatos que afirmavam que o programa não seria exibido, eis que o Programa De Frente Com Gabi foi o ar nesta na madrugada de quinta-feira, por volta da meia-noite e meia. Marília Gabriela entrevistou nada mais, nada menos que a cantora Aline Barros.

Depois de cantar no Faustão e ser entrevistada por Gabi, agora falta sentar no sofá do Jô Soares e dar um selinha na Hebe.

Aline declarou durante a entrevista que ela (Aline é da MK!), assim a velha pira meu amor. Cantou uma música sobre o Salmo 128, cantou o refrão da música "Soube que Amavas". Aline não perdeu tempo e fez propagando de sua igreja, a Comunidade Evangélica Internacional da Zona Sul, localizada no bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Gabi ainda afirmou que Aline é uma fazedora de fortunas. (Mas isso está na cara né meu amor?! Qualquer um sabe disso né meu amor, até a Gabi percebeu isso...e a glória de Deus fica onde?). Gabi, ainda afirmou que Aline é uma Popstars. Aline por sua vez, deu uma "risadinha" e não negou. Quem cala, consente...Que vergonha! Oh meu Pai inefável...Deus não divide a glória dEle com ninguém...

O besteirol da entrevista foi quando a Aline falou que ser pastor é um reconhecimento. Alininha, ser pastor não é reconhecimento, ser pastor é um CHAMADO. (Perdeu a oportunidade de ficar calada).

Em outra parte da entrevista, de acordo com algumas afirmações de Gabi, Aline se diz uma pessoa incomum, que Deus a fez incomum para ser um referencial, porque quando Deus faz de uma pessoa incomum, é porque em tudo Ele tem um propósito. (Não concordo muito. Deus não faz acepção de pessoa).

Aline ainda disse que é bem sucedida, ou seja, rica meu amor !!! E, ainda deixou a dica: O caminho para o sucesso é a obediência.

Aline ainda anunciou a gravação do DVD "Extraordinário Amor de Deus".

A entrevista como um todo foi muito interessante. Aline falou quase o tempo todo de Deus. Falou muitas passagens da bíblia e isso muito bom! Teve as suas derrapadas, mas foi muito sábia em alguns momentos.
Vista por outro ângulo, em certos momentos, a entrevista chegou a ser chata. Nós somos cristãos, mas também somos seres sociais, desempenhamos papéis sociais, e a Aline esteve em todo tempo "espiritual".

A entrevista foi considerada um sucesso ! Entrevista extraordinária !


26 de setembro de 2012

Já não se fazem mais profetas como antigamente


“Sim, estou contra os que profetizam sonhos falsos", declara o Senhor. "Eles os relatam e com as suas mentiras irresponsáveis desviam o meu povo. Eu não os enviei nem lhes autorizei; e eles não trazem benefício algum a este povo", declara o Senhor.” – Jeremias 23:32

Dia desses conversamos na escola dominical sobre os problemas que os “profetas” atuais causam no meio cristão, considerando que o uso desse termo, todo revestido de autoridade, encontra-se bastante desgastado entre os evangélicos, levando a equívocos e desvios doutrinários.

Profeta Jeremias, de Michelângelo
Para começar, precisamos conceituar o que seria um“profeta”. Basicamente existem dois tipos: aqueles a quem a vontade de Deus era revelada, que foram guiados a serem suas testemunhas junto ao povo de Israel,transmitindo-lhes revelações, que incluíam alertas, condenações, encorajamento e previsões de acontecimentos futuros, que foram registrados na Bíblia. Também existem os profetas encarregados de falar em nome de Deus, como meras testemunhas, proclamadores da palavra que já foi revelada antes, sem nenhuma previsão futurista. Nesta acepção, todo crente nascido de novo é um “profeta”, pois deve testemunhar de Jesus, fazendo discípulos e transmitindo-lhes seus ensinos.

Hoje em dia, é comum demais falar-se em “profecias”, ainda que não haja nelas nada de relevante e verdadeiro a se comunicar. E, olhando de perto, várias delas falham em se ajustar aos padrões descritos nas Escrituras, em matéria de veracidade, doutrina e testemunho.

Na Bíblia, percebemos que os profetas nunca foram conhecidos ou julgados pelos bens materiais que possuíam. E, em geral, ao contrário dos muitos intitulados “profetas” de nossa época, que ostentam patrimônios bem superiores aos de seus correligionários, eram pessoas pobres, simples, trabalhadoras, que não detinham cargos elevados, eram submissos a lideranças, participavam ativamente dos eventos importantes do seu povo, não negociavam seus serviços, viviam em comunidades, alguns eram celibatários, não detinham legiões de admiradores e não se omitiam em condenar os erros cometidos por seus governantes – mesmo que isso pudesse lhes custar os bens, a reputação ou a vida, como fez Natã, Samuel e João Batista. Contrariamente, a geração “profética” de hoje usa seus talentos e oportunidades junto às autoridades do país, com as quais flertam, imiscuindo-se na política e no poder estatal, bajulando detentores de cargos públicos e pessoas famosas de seu interesse, com o intuito de ganhar reconhecimentos, honrarias ou algum lucro, como fez Geazi (2 Reis 5).

A coragem dos profetas de antigamente era tal que chegavam a encarar sua missão mesmo sabendo que ela não traria conversões em massa, como no caso de Jeremias, que foi testemunha em franca oposição ao povo ímpio de seu tempo, sendo alertado por Deus que este não iria se converter (Jeremias 7.27)Sendo assim, não podemos esperar que alguém fosse profeta por vontade própria ou, ainda, que fosse auferir lucros com sua atividade, quando esta era uma atividade que trazia antipatia da sociedade ao redor. O profeta exercia um ministério legítimo, decorrente da autoridade de Deus, da obediência à sua palavra, com o dever de proclamar a verdade desprezada pelas massas, tomando posição e sabendo que nem sempre trará números vistosos de pessoas aos apriscos celestiais.

Houve tempos em que Deus não levantou profetas, como antes do início do ministério de Samuel, onde a profecia era rara (1 Sm 3.1); e no período intertestamentário, conhecido como o período do “silêncio profético”, que se estendeu até a vinda de João Batista. Estes porta-vozes dos oráculos divinos sempre traziam consigo uma mensagem importante da parte de Deus para todo o povo, uma revelação da vontade divina.

Nem todos os profetas operavam milagres; João Batista, por exemplo, não realizou nenhum, mas foi considerado o maior dentre os nascidos de mulher, nas palavras de Jesus Cristo (Lucas 7.28). Daí percebemos que tampouco os milagres são fator determinante da importância de seu ofício.

Ninguém precisa vasculhar muito os vídeos postados na internet para comprovar que muitos “ministros” se utilizam de alegadas “revelações” dadas em causa própria, a fim de se defender de críticas fundadas aos seus “ministérios”—principalmente após condutas suas que escandalizamsetores do povo de Deus que realmente se preocupam com o bom testemunho dos de fora, e com a imagem do evangelho (e que geralmente são tachados discriminatoriamente de “religiosos”, como se ser religioso fosse uma coisa desabonadora ou vexatória). Não contemplo, no entanto, os profetas de Deus nas Escrituras lamuriando-se como crianças mimadas ou utilizando-se de revelações com fim lucrativo direto ou indireto. Parece-me claro que as revelações eram dadas no interesse de Deus ou de Seu povo, não no interesse exclusivo do próprio profeta.

Se era tão difícil se levantar um profeta entre o povo de Deus que recebesse um oráculo divino na época do Velho Testamento, levando em conta a necessidade (porque a Bíblia não estava pronta e não tinha o formato atual, portanto, a palavra de Deus não era tão acessível ao povo como hoje) – e, mesmo no Novo Testamento, não se vê muito falar em profetas como pessoas tão extraordinárias... Por que hoje, com o pleno acesso que temos às Escrituras, que contêm toda a revelação necessária para o conhecimento do evangelho, da vontade de Deus e de como viver uma vida piedosa, Deus estaria levantando profetas para fazer o que vemos hoje?

E a que me refiro quando digo “o que vemos hoje”? Creio que nunca antes o ego humano conseguiu parir um enxame dessa magnitude, com tantas pessoas que se acham importantíssimas e “profetas” (algumas talvez se achem até essenciais ou messiânicas); que alegam ser detentoras de “revelações”; muitas das quais,quando não são coisas reveladas há séculos nas Escrituras, tratam-se de coisas óbvias, desimportantes, patéticas e descabidas.

Engraçado que, ao contrário do que acontece hoje, os profetas das Escrituras, parece-me, não viviam profetizando e recebendo oráculos vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana, despejando verborragias divinas. É o caso, por exemplo, de Jeremias, Ezequiel, Isaías e Daniel, os quais até registravam a data de algumas revelações ou visões recebidas, tipo: “nos dias do rei fulano de tal”, “no sétimo mês do ano tal”, “no décimo-terceiro ano do reinado de beltrano”...

Há pretensos ministros hoje que se gabam de ter revelações enquanto tomam banho, lavam o cachorro, jogam o lixo fora, enquanto, sei lá, fazem as necessidades... dizem que o “Espírito Santo” vive cochichando no ouvido... quase de cinco em cinco minutos! É tanta revelação se atropelando e caindo por cima uma das outras, que é quase como se tais profetas chegassem ao cúmulo de se ter de organizar os momentos “revelacionais” por ordem de chegada: “Dona Visão, aguarde aí só um minutinho na linha 2, é que estou ocupado recebendo a Senhora Revelação agora. Por gentileza, peço que aguarde, pois seu contato é muito importante para todos nós; e, em seguida, queira, por favor, avaliar a qualidade do nosso atendimento...”.Eu imagino a abundante maturidade de alguém que depende de revelações a cada minuto para poder viver a vida... E para guiar outras vidas?

E o pior é que os conteúdos são tão superficiais e sem substância para a vida prática da igreja cristã, do país... que eu não consigo associar tais coisas com pessoas sérias (imagine eu acreditar que vêm de Deus!). Essas “pérolas” oscilam entre coisas como “com que bota eu vou”, “que demônio vamos expulsar”, “onde a gente unge a calçada”, coisas incompletas... Não raramente, além do ridículo, vêm as heresias e os escândalos causados, que dividem opiniões dentro da igreja desnecessariamente... E quem lucra com coisa assim?

Penso, ainda, que alguns ministros evangélicos que alardeias suas composições como “reveladas por Deus” pretendem, muitas vezes, criar certa aura de incontestabilidade, de inquestionabilidade, louvor que não é fruto de mérito, para evitar que suas canções, apresentações, letras, melodias ou ensinos, por vezes medíocres, sejam alvos de avaliações desfavoráveis por parte de quem encontre algum desvio doutrinário, ou mesmo de quem não considere sua obra algo recomendável. Nesse caso, a alegada “inspiração divina” não passa de meio ardiloso para encobrir falhas e incompetência. Pois quem ousaria questionar uma coisa vinda “de Deus”? Na certa, a razão de quem segue estilo de vida assim se encontre no amor próprio, não na espiritualidade cristã; pois esta busca a sabedoria e a correção, a fim de alcançar a maturidade plena e a glória de Deus, encontrando no temor do Senhor o princípio da sabedoria.

Convém ressaltar, inclusive, que alguns defendem a autoridade de supostos profetas apenas pelo fato de que falam em nome de Deus. Mas este não é um critério suficiente.Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, é claro em afirmar que as profecias devem ser provadas, oferecendo-nos alguns critérios; Jesus adverte que muitos virão em seu nome; Paulo diz que lobos vorazes sairiam do nosso meio (do meio da igreja). Logicamente um desses critérios de avaliação é o de que Deus não pode se contradizer. É um critério lógico. Ou Deus negaria a Si mesmo. Logo, é responsabilidade de todos nós conhecermos as Escrituras, que testemunham de Jesus e trazem as ferramentas necessárias para que sejamos obreiros perfeitos, aprovados por Deus, para que possamos julgar as profecias, obedecendo a Ele.(Também vale a pena ver alguns critérios para conferir a verdade de um profeta ou profecia em Deuteronômio caps. 18 e 13).

Algo que também precisa ser dito é que alguns crentes baseiam sua fé no princípio errôneo de que os fins justificam os meios. Ou seja: deu certo ou parece certo o que disse alguém, tal pessoa é, de fato, de Deus. Para exemplificar, lembro-me de que uma vez discutindo com um irmãozinho raivoso em uma comunidade no Orkut, ele me disse que apenas pessoas de Deus poderiam profetizar em nome dele. Mas ele nada disse depois que lhe mostrei que Balaão(que alude a um sinal do nascimento de Jesus, em Números 24.17) e Caifás (que profetizou a morte de Jesus pela nação dos judeus em João 11.49-51), os quais não eram pessoas que andavam segundo a vontade de Deus, profetizaram a respeito de planos d’Ele.

Algo que me assusta na avalanche de “profecias” que tenho visto é o excessivo otimismo que elas trazem e a ingenuidade com que contam para vingar. Sem contar a desconsideração pelos princípios mais basilares do evangelho, e a falta de resultados úteis e palpáveis também, como: 
  • as “profetadas” de várias celebridades gospel do fim do Carnaval (que, infelizmente, segue “bombando”); 
  • a veiculação de novelas gospel na TV (para entreter crentes empolgadinhos que pensam que as pessoas assistem a novelas para serem “evangelizadas”? Para massagear o ego dos crentes/denominações evangélicas, que podem se promover, vender sua marca institucional e lucrar com isso? Na maior parte do tempo a programação evangélica na TV tem sido vexatória, não mostrando de nada mais do que a mera exploração financeira de incautos.); 
  • oferecimento de mechas de cabelo como sacrifício pelos pecados, como se o sacrifício de Jesus na cruz não tivesse valido nada (e, não bastasse a bizarrice, pecados de pessoas vivas e falecidas); 
  • a investida massiva da mídia pelos evangélicos (isso nem é profecia, é uma obviedade:  se o número de evangélicos aumenta, a audiência segue, logo, seu tempo na TV acompanha o seu crescimento para poder atendê-los. E já faz tempo que existem horários comprados por igrejas na TV, que dão audiência. E alguém já contou quantas rádios evangélicas existem?); 
  • números exorbitantes de conversão a igrejas evangélicas por meio de... evangelização? Não, de “atos proféticos”! (“atos proféticos”, para quem não conhece o termo, é uma espécie de “simpatia”, “macumba gospel” – ver nota com algumas definições extraídas de um dicionário no final do texto – que, por mais que queiram definir com termos bíblicos e bonitinhos, não deixam de ser tentativas de influenciar Deus a mudar a realidade através de rituais simbólicos. Para acreditar nisso, você deve supor que Deus não acha suficiente que a gente ore e trabalhe para alcançar algo, que as pessoas se convertem pelo simples desempenho humano, que Deus é caprichoso, volúvel e influenciado a executar a própria vontade quando se praticam “atos proféticos”... Não vejo lógica alguma nisso hoje, pois torna o Deus soberano uma ferramenta eclesiástica. Já me mostraram supostos "exemplos bíblicos de atos proféticos", mas, ou eles são meras ocasiões em que alguémsimplesmente obedece a uma ordem dada por Deus a fim detestemunhar simbolicamente algo que está determinado para acontecer, ou outra coisa. Já disseram que a Santa Ceia é um exemplo de "ato profético", mas, na verdade, é uma "ordenança", um ritual; ela não transforma a realidade. Só seria "profética" no sentido de testemunhar a morte de Cristo; mas se fosse "profética" por ser assim, cultos, ordenanças, cantos, tudo viraria exemplo de "ato profético", difícil seria ter algo que não fosse um...); 
  • crentes urinando em postes e lugares estratégicos, como fazem os cachorros, ou ungindo-os, a fim de “demarcar território para Deus”; 
  • mudança dos elementos da ceia (que foram instituídos pelo próprio Cristo, e constam na Bíblia);
  • expulsão de entidades do candomblé de existência duvidosa (digo isto porque acredito que nem os próprios adeptos desta ou de outras religiões assemelhadas devam crer na existência de “entidades” que os crentes inventam e lhes atribuem, para poder anunciar que vão exorcizá-las)...

Certamente haverá leitores ao ler esse texto e vão pensar “nossa, os crentes hoje estão assim?!” Não, caro leitor, claro que não! Acontece coisa assim no meio dos evangélicos, sim; porém, são eventos bastante isolados, que ganham repercussão na mídia por serem polêmicos e sensacionalistas. Nada dessas esquisitices tem a ver com o evangelho. Mesmo que usem termos e roupagem evangélica; mesmo que venham de pessoas que se digam evangélicas; mesmo que aconteça em templos e eventos que se digam evangélicos. Evangélico de verdade é quem vive o que Jesus ensinou, não todo aquele que sai dizendo que é; pois, quem tem boca diz o que quer. Estão aí os falsos profetas que não me deixam mentir. E os verdadeiros também.

Sim, retornando à pergunta que fiz anteriormente: “por que hoje, com o pleno acesso que temos às Escrituras, que contêm toda a revelação necessária para o conhecimento do evangelho, da vontade de Deus e de como viver uma vida piedosa, Deus estaria levantando profetas para fazer o que vemos hoje?” Deixo-lhes com duas passagens bíblicas:


“Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês, e até certo ponto eu o creio. Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados.” – 1 Coríntios 11:18-19 NVI

“Se aparecer entre vocês um profeta ou alguém que faz predições por meio de sonhos e lhes anunciar um sinal miraculoso ou um prodígio, e se o sinal ou prodígio de que ele falou acontecer, e ele disser: "Vamos seguir outros deuses que vocês não conhecem e vamos adorá-los", não dêem ouvidos às palavras daquele profeta ou sonhador. O Senhor, o seu Deus, está pondo vocês à prova para ver se o amam de todo o coração e de toda a alma.” – Deuteronômio 13:1-3 NVI
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Extraídos do dicionário Míni HOUAISS:

Simpatia - B. prática supersticiosa us. como proteção ou para conseguir algo.

Magia arte, ciência ou prática de produzir, por meios ocultos, fenômenos inexplicáveis ou que pareçam inexplicáveis; 2. p. ext. o efeito dessa arte ou prática;

Trabalho - 6. REL. em cultos afro-brasileiros, prática ritual que visa obter auxílio, proteção ou conquista de algum desejo.

“Ninguém vem ao mundo pela vontade de Deus”, afirma bispo Edir Macedo ao criticar a “procriação indisciplinada”. Leia na íntegra

“Ninguém vem ao mundo pela vontade de Deus”, afirma bispo Edir Macedo ao criticar a “procriação indisciplinada”. Leia na íntegra
O bispo Edir Macedo publicou em seu site um texto a respeito da procriação e afirmou que a humanidade tem se reproduzido “de forma indisciplinada e sem um mínimo de temor a Deus”.
Notório defensor do aborto e de políticas de controle de natalidade, Macedo argumenta que nem todos são frutos dos planos de Deus: “Como diz o texto sagrado, muitos são gerados por descuido – nasceram do sangue; outros são gerados pela volúpia sexual – vontade da carne e, ainda outros, são gerados pela vontade dos pais – vontade do homem. João 1.13”.
O líder da Igreja Universal do Reino de Deus é ainda mais enfático ao dizer que nem todos são filhos de Deus: “Filhos de Deus são apenas os nascidos de Deus. Sem nenhuma interferência humana. Da mesma forma como o Espírito de Deus gerou Jesus, Ele continua gerando Seus filhos”, teoriza.
Edir Macedo questiona a “cultura” que propaga a ideia de que Deus interfira na geração e gestação de filhos: “Independentemente de religião, se usarmos um pouquinho a inteligência, chegaremos à seguinte conclusão: que Deus é Esse que aprovaria geração de crianças à revelia? Se Ele é Deus Justo, como autorizar o nascimento de um ser fruto de uma injustiça, como a traição? [...] E, se Ele não tem a ver com o nascimento de uns, vai ter com os demais? Conclui-se então que, do ponto de vista racional, ninguém vem ao mundo por interferência Divina, ou pela Sua vontade. A não ser que Deus fosse um monstro”.
Confira abaixo a íntegra do artigo “Filhos Sobrenaturais” do bispo Edir Macedo:
A capacidade de procriar-se tem liberado a criatura humana para encher a Terra de forma indisciplinada e sem um mínimo de temor a Deus. E ainda dizem que todos são filhos de Deus… O fato é que ninguém vem ao mundo pela vontade de Deus.
Como diz o texto sagrado, muitos são gerados por descuido – nasceram do sangue; outros são gerados pela volúpia sexual – vontade da carne e, ainda outros, são gerados pela vontade dos pais – vontade do homem. João 1.13
Nesses três casos não há qualquer interferência de Deus, muito menos vieram pela Sua vontade. Pode-se até crer que Ele permite. Mas dizer “foi Deus quem me deu este bebê” ou que foi da vontade dEle, no mínimo mostra falta de discernimento espiritual bíblico.
Independentemente de religião, se usarmos um pouquinho a inteligência, chegaremos à seguinte conclusão: Que Deus é Esse que aprovaria geração de crianças à revelia? Se Ele é Deus Justo, como autorizar o nascimento de um ser fruto de uma injustiça, como a traição? Como autorizar o nascimento de uma criança fruto de um estupro? Como autorizar o nascimento fruto da promiscuidade? E, se Ele não tem a ver com o nascimento de uns, vai ter com os demais? Conclui-se então que, do ponto de vista racional, ninguém vem ao mundo por interferência Divina, ou pela Sua vontade. A não ser que Deus fosse um monstro.
A cultura de que todos são filhos de Deus agride frontalmente Sua Palavra. É antibíblico. É satânico. A Bíblia ensina que Jesus veio para os filhos de Israel em cumprimento às profecias. Mas eles O rejeitaram.
Mas, a todos os que O receberam, deu-lhes o PODER de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, MAS DE DEUS. João 1.11-13
Em outras palavras: filhos de Deus são apenas os nascidos de Deus. Sem nenhuma interferência humana. Da mesma forma como o Espírito de Deus gerou Jesus, Ele continua gerando Seus filhos.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Aviva-nos!


Nos últimos anos tenho escutado muito sobre avivamento. Tenho acompanhado pregadores, pastores e ministérios locais, nacionais e internacionais falarem sobre avivamento. Referências a obra de Leonard Ravenhill, a Jonathan Edwards, Charles Finney, D. L. Moody, Billy Graham, aos recentes Avivamento de Pensacola, nos Estados Unidos, bem como a Benção de Toronto, da Airport Christian Fellowship. Além da incorporação de práticas espirituais pouco ortodoxas, exóticas e até então alheias ao cotidiano da maioria das denominações – o que não nos leva a nenhuma conclusão sobre seus efeitos ou validade.
Em meio a isso tudo, não são raras as canções clamando por avivamento ou representando um avivamento, um despertamento como as canções da Hillsong ChurchGateway ChurchChris Tomlin, dentre outros. São incontáveis ministérios de louvor, de dança, de expressão corporal, todos muito semelhantes, cantando em suas letras as mesmas coisas, traduzindo os ícones mundiais da música cristã, fechando acordos de parcerias para versões em seu território nacional, gravando DVD’s e CD’s com exacerbado zelo e qualidade, concorrendo e ganhando prêmios e chamando a atenção dos meios de comunicação e gravadoras seculares.
Jargões do crentes foram expandidos aos alheios ou avessos ao meio religioso. Não raro ouvimos um “Misericórdia”, “Tá amarrado em nome de Jesus”, “Ô, benção!”, “Glória a Deus”, saído das bocas de quem nunca pisou numa igreja. Para os otimistas e avivalistas de plantão, isso é a igreja influenciando o mundo. Mesmo que tenhamos em nossas igrejas fenômenos interessantes como os crentes não praticantes, piriguetes gospel, dentre outras coisas que prefiro não mencionar.
Temos de fato vivido um avivamento cultural, mas estamos longe de um avivamento genuíno, espiritual. Vivemos na mais completa superficialidade, achando que por seguir o fluxo do mainstream, somos descolados e espirituais ou se ouvirmos o que não está moda, somos de fato espirituais e não cults (como seríamos definidos secularmente).
Cantamos canções que falam de amor, de entrega e até que exaltam a centralidade, a majestade ou poder de Deus, mas isso não se converte em uma vida que ama, reconhece a centralidade, majestade e supremacia de Deus. O que vemos são pessoas deficientes, egoístas, incapazes de amar e se submeter uns aos outros, como nos exorta a Palavra de Deus (Efésios 5.21). Estamos nos púlpitos falando em amor, ministrando canções de exaltação a Deus, mas quando descemos da plataforma somos soberbos, não falamos com as pessoas, não as cumprimentamos socialmente, falamos uns dos outros, assistimos pornografia na internet, somos incapazes de receber a correção e somos ávidos críticos dos nossos líderes. Ficamos ofendidos e inconformados com tudo que nos desagrada e, frequentemente, estamos mal quando estamos inativos ou quando quem está à frente são aqueles que não gostamos.
Somos invejosos, rancorosos e falsos. Não temos devoção ao outro, mas afirmamos ter devoção a Deus. Não somos capazes de se alegrar com os que se alegram ou de chorar com os que choram (Romanos 12.15), de estender a mão a quem necessita, mas isso se deve pelo fato de nunca perguntarmos como o outro está e, quando perguntamos, em 90% das vezes não queremos saber como de fato o outro está e, nos outros 10%, queremos sondar sobre a veracidade de algum boato ou fofoca que está acontecendo.
Citamos os puritanos e as transformações que suas pregações provocaram no mundo, citamos grandes homens de Deus usados pela Sua graça e vontade e entendemos ou cremos que com isso deixamos a superfície e aprofundamos mais e mais na nossa vida cristã. O crescimento espiritual se dá em uma única direção: a da cruz de Cristo. Quando estivermos dispostos a morrer, Deus se disporá a nos trazer vida! Esse é o real sentido do avivamento: Cristo em nós!
O genuíno avivamento produz uma mudança de mente, uma mudança de atitude, uma mudança social. Ele não produz grandes pregadores, mega-ministérios, manias de grandeza. Já percebeu como todo cara que toca no louvor da igreja, quer gravar CD? Quer viver da música e ficar famoso? Raramente, eu os ouço dizer: “Quero viver para Deus! Quero servir a minha igreja!”.
Eu creio que nos últimos anos, a igreja brasileira viveu um “avivamento”, mas um avivamento inverso, recebemos e nos enchemos da vida do mundo, dos valores e do sistema do mundo. Queremos pregar o agradável, pois estamos preocupados com números. Se temos o “número”, não precisamos de qualidade. Nunca a igreja esteve tão distante do conhecimento da Palavra de Deus, nós não sabemos mais o básico da nossa fé, pois estamos indo a igreja para nos divertir, para fazer amigos legais e obedecer a nossas vontades.
Aderimos as correntes que queremos, estamos em igrejas que não gostamos do pastor, dos irmãos, do louvor, mas como fazemos algo nos apegamos a um ministério, a panelinhas, a namoros (cada vez mais parecidos com o mundo). Onde estão os adoradores do Senhor? São os mesmo que exaltam a Deus com suas bocas e o envergonham com suas atitudes? São os mesmo que celebram aniversários com temas sensuais como oncinha e coisas do tipo? Onde vamos parar nas celebrações de casamento com motivos sadomasoquistas?
Levantamos nossas mãos no culto, cantamos as coisas certas, pronunciamos as palavras certas, mas desejamos as erradas. Alimentamos a nossa maldade, a nossa vaidade, mordemos com frequência a língua que louva a Deus e amaldiçoa o irmão. A mesma língua que trama contra a liderança, que acusa o outro, que rotula maldosamente o pecador ao invés de amá-lo e acolhê-lo.
Andamos como nômades de igreja em igreja, de congresso em congresso, de conferência em conferência, de movimento em movimento, de novidade em novidade, sob a desculpa de que a igreja precisa de novidade. Colocamos desculpas e maquiamos a verdadeira face do problema, qual seja realmente precisamos de novidade: de novidade de vida. Não precisamos de aperitivos, quando Deus nos propõe um banquete. Não precisamos das migalhas, mas do Pão da Vida.
Em verdade, não existe avivamento sem cruz, sem renúncia, sem lágrimas, sem devoção, sem morte. Avivamento não tem o som de festa, mas o som de choro e quebrantamento. Avivamento é o transpassar do barro pelos dedos das mãos do oleiro, enquanto o amassa. Avivamento gera cristãos fortes, comprometidos e focados e não fervorosos animadores de culto. Avivamento conduz a verdadeira adoração, a consciência de que somos lixo e de que Deus não necessita de mim ou de nada que eu faça. Avivamento nos leva a consciência de que sou eu quem necessita de Deus e isso me conecta ao Seu querer e a Sua vontade. Avivamento me leva a amar o pecador e abominar o pecado. Avivamento me leva a chorar pelos que se perdem, a amar os oprimidos, a buscar a cura aos enfermos, a clamar por salvação aos perdidos. Avivamento não é aparente, mas profundo e transformador.
Avivamento é iceberg, ainda que só percebamos uma parte que emerge a superfície, sabemos que a uma montanha escondida nas profundezas de nosso ser. E tal qual o iceberg, podemos até colidir contra os navegantes, podemos até nos ferir com a colisão, mas permaneceremos imponentes, sólidos e fortes nas profundezas do oceano.
Precisamos parar para refletir em que Deus é e em quem nós somos e despertar para quem está ao lado, para a criação que aguarda com grande expectativa que se manifestem os filhos de Deus (Romanos 8.20-22). Há mais de trinta anos, Keith Green cantava que estávamos adormecidos na Luz, estamos letárgicos, presos a uma religiosidade estéril que não produz conversão, mas adesão; que não gera mudança e transformação de vida. Mais recentemente, Leeland canta em uma de suas letras que quando um acorda, ele desperta o outro e quando três estão acordados uma cidade inteira desperta e percebe que Jesus Cristo é o Senhor! Mas que palavras, mas que eventos, mas que movimento, precisamos despertar para o Reino de Deus, abandonando os currais, desapegando-se das cargas e das pessoas, para amar o que Ele ama, ouvir o que Ele diz e fazer o que Ele faz (João 5.19).
Chega dessa mentalidade de oba-oba, desse cristianismo do agradável, da benção, da vitória, para vivermos o cristianismo da cruz, da morte, do sangue, da remissão. Esse cristianismo produz devoção, entrega, renúncia, amizade, amor, vida. Esse cristianismo nos desperta do profundo sono em que estivemos vivendo e nos faz viver o verdadeiro avivamento.
Dr. Lloyd-Jones pregou certa feita que o avivamento é uma necessidade da igreja de hoje, é uma emergência! Urge sermos avivados! E diz que quando realmente compreendermos o que produz o verdadeiro avivamento, seremos capazes e oraremos com fervor e tremor: “Senhor, aviva-nos! Aviva-nos!”.


Bispo, apóstolo, presbítero, reverendo e outros 4 títulos: conheça o real significado



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Por Alex Belmonte

Vivemos uma época de muitas nomenclaturas ministeriais no meio evangélico brasileiro. Alguns líderes de diferentes denominações cristãs, mesmo atuando nas mesmas funções, usam termos e nomes diferentes como apóstolos, pastores, bispos, presbíteros e muitos outros. Infelizmente conseguimos identificar que alguns ministros usam algumas nomenclaturas bíblicas por uma busca de autoridade eclesiástica e um suposto poder espiritual, criando assim uma visível contradição quanto ao real significado do título e dos nomes na Bíblia.

O que pretendo aqui é expor de forma clara a etimologia de cada título, bem como seu uso prático na Bíblia, interpretando conforme o contexto das Escrituras e comparando-os aos dias atuais. É bem certo que você se impressionará com alguns desses significados devido ao grande equívoco e falta de harmonia bíblica criada por nossos mestres-servos.

Estaremos abordando os significados dos seguintes termos: Pastor, presbítero, bispo, apóstolo, diácono, reverendo, missionário e cooperador. Escolhi lembrar do cooperador pois existe também algo muito impressionante nesse termo, contrário em nossos dias.

Pastor, Presbítero e Bispo

No contexto do Novo Testamento, os termos pastor, presbítero e bispo, incrivelmente descrevem os mesmos servos. Trata-se de líderes atuando em igrejas locais, cuidando do rebanho de Deus, a Igreja de Cristo (Atos 20.17,28; 1ª Pedro 5.1-3; Tito 1.5-7). As várias palavras, mesmo diferentes, identificam os mesmos homens, mas é importante entender que cada palavra tem seu próprio significado. Essas variações de sentido ajudam a mostrar aspectos diferentes do trabalho dos ministros que cuidavam de uma congregação.

Para uma compreensão bem definitiva, irei apresentar os significados desses termos, dentro de uma ordem cronológica de surgimento e uso comum nos tempos bíblicos.

O Pastor – As primeiras vezes que aparecem o termo pastor na Bíblia se referem a alguém cuidando de um rebanho (Gn. 13.7; Gn. 13.8; Êx. 2.17). Mas a partir do registro do 1º livro dos Reis 22.17 em diante, o nome é usado como forma figurativa para expressar situações referentes ao cuidado: “Então disse ele: Vi a todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor; e disse o Senhor: Estes não têm senhor; torne cada um em paz para sua casa”.

O salmista Davi, o mais expressivo pastor de ovelhas das Escrituras também fez uma belíssima comparação: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sl. 23.1ss).

Concluímos então que a figura do Pastor no Antigo Testamento não estava ligada à uma autoridade espiritual, visto que nessa esfera se destacavam sacerdotes, profetas e outros levantados pelo Senhor. O pastor de fato era alguém responsável para cuidar do rebanho, que a partir da Antiga Aliança, não eram pessoas e sim animais. Mas o termo figurativo ficou marcado, pois fora dito pelo Senhor até mesmo no Pentateuco (Nm. 27.17).

Quando chegamos ao cenário histórico do Novo Testamento vemos os líderes sendo chamados para “pastorear” o rebanho de Deus. E essa nomenclatura passou a ser usada justamente por causa das próprias palavras de Cristo, quando usando a figura de metáfora, disse de Si mesmo: “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido”. (Jo. 10.11-14).

Jesus usou a comparação por que sabia muito bem acerca do cuidado do pastor com as ovelhas nos campos. Ser pastor a partir daquele momento, na visão bíblica e neotestamentária, significava cuidar de vidas da mesma forma que Cristo demonstrou no cuidado e ensino no seu ministério na terra. Ele consolou pessoas, guiou, orientou, pregou, cuidou da alma ferida e alimentou multidões. Foi humilde perdoando, lavando os pés dos discípulos para mostrar exemplo, protegendo e dando a sua vida. Essas são características não apenas dos pastores, mas de qualquer pessoa que tenha a responsabilidade de cuidar do rebanho do Senhor.

O Presbítero – do grego πρεσβυτερος (presbyteros), “ancião” em algumas versões da Bíblia, descreve alguém de idade mais avançada, experiente. A palavra é usada no Novo Testamento para identificar alguns dos líderes entre os judeus. No livro de Atos e nas epístolas, os homens que pastoreavam e supervisionavam as igrejas locais foram frequentemente chamados de presbíteros (Atos 11.30; 14.23; 16.4; 20.17; 21.18; 1ª Timóteo 5.17,19; Tito 1.5; Tiago 5.14; 1ª Pedro 5.1; 2ª João 1; 3ª João 1).  Necessariamente eram os cristãos mais maduros da congregação. Usavam seu conhecimento e experiência para servir como modelos e ensinar o povo de Deus.

Nas referencias que apresentamos, interligando as palavras pastor e presbíteros, temos as mesmas pessoas pelo seguinte fato: Os presbíteros foram chamados para pastorear o rebanho de Deus. Isto é, os pastores do Novo Testamento eram os mesmos líderes (presbíteros) que estavam à frente do cuidado da igreja. E mais, recebiam muito bem para isso conforme 1ª Timóteo 5.18 que diz: “Os presbíteros que administram bem a igreja são dignos de dobrados honorários, principalmente os que se dedicam ao ministério da pregação e do ensino”. (Versão King James). Observe que muitos presbíteros que eram de fato os pastore,s pregavam e ensinavam.

O Bispo – o termo vem do grego antigo επίσκοπος, (episkopos) “inspetor”, “superintendente”. Em 1ª Pedro 2.25, a referência ao Senhor indica uma função além do pastoreio, enquanto pastor. Várias outras passagens usam essa palavra para descrever uma responsabilidade maior do mesmo pastor que foi escolhido para guiar os discípulos de Cristo no seu trabalho na igreja (Filipenses 1.1; 1ª Timóteo 3.2; Tito 1.7).

Mas o texto de Atos 20 e seus versículos é claríssimo na interligação das pessoas do pastor, presbítero e bispo. No verso 17 Paulo convoca os presbíteros para uma reunião, sendo que no verso 28 ele chama os presbíteros de bispos, encojando-os ao zelo no pastoreio – “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue”.

O que na verdade revela o texto é que Paulo está diante de presbíteros (pastores) que tinham a função de supervisionar (epískopos-bispos) várias igrejas. Sendo assim, pastores, bispos e presbíteros não são três ofícios diferentes, e sim três palavras que descrevem aspectos diferentes dos mesmos homens. Os bispos de hoje devem ser, de acordo com o texto, aqueles que chamamos de presidentes da igreja Sede, que deve estar na condição de uma igreja-mãe com várias congregações.

Apóstolo – esse título parece ser o mais cobiçado em nossos dias. Houve uma avalanche no surgimento de apóstolos tão grande como em nenhum outro momento na história da Igreja. Mas biblicamente e historicamente analisado há muitos equívocos quanto ao chamado e função nessa nomenclatura “apostólica”.

O termo grego ἀπόστολος, (apóstolos) significa enviado. Em se tratando de originalidade literária, o termo usado por Jesus aos escolhidos para a pregação e propagação do Evangelho, denota uma missão para os lugares mais distantes, onde ainda não chegara a mensagem de Salvação – “Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19ª).

Os textos mais surpreendentes e reveladores das Escrituras, nos versículos de Atos 15, mostram presbíteros (pastores e bispos) ao lado dos apóstolos, deixando claro que nenhum líder da igreja teve a ousadia de se auto intitular apóstolo, pois sabiam que se tratava de uma nomenclatura exclusiva de Jesus aos doze enviados – “Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos presbíteros, sobre aquela questão”.(Atos 15.2). “E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e presbíteros, e lhes anunciaram quão grandes coisas Deus tinha feito com eles”. (Atos 15.4). “Congregaram-se, pois, os apóstolos e os presbíteros para considerar este assunto”. (Atos 15.6). “Então pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos”. (Atos 15.22). “E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os presbíteros e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde”. (Atos 15.23).[negritos do autor].

Partindo do relato de Atos, que é o contexto primitivo, para a História da Igreja nos períodos da idade média e moderna, não encontramos nenhum registro de uso do termo apóstolo, a não ser o reconhecimento da Igreja a pessoas que estavam na condição ministerial dos apóstolos de Cristo, quanto a lugares e condições como Willian Carey, Charles Finney, George Whitefield e outros desse nível.

Os apóstolos de Cristo não levantaram novos apóstolos, mas pastores e líderes na igreja.

Mas isso não significa que não podemos usar o termo apóstolo em nossos dias. Basta seguirmos a etimologia da palavra, a função designada e, a contextualização do termo, o que nos trará o resultado do nome Missionário.Ou seja, os verdadeiros apóstolos dos nossos dias são os missionários que estão distantes, enfrentando os desafios de culturas diferentes, passando aflições até mesmo com suas famílias, para que o Evangelho salvador alcance corações longínquos. Considere isso biblicamente correto.

Reverendo – o termo vem do latim reveréndus indicando alguém que deve ser reverenciado. É um tratamento dado as autoridades eclesiásticas de algumas igrejas cristãs históricas.

Já houve muitos debates acerca desse título, pois alguns o consideram um termo equivalente à reverência dada à Deus, o que é puro engano, pois a real etimologia da palavra “reverência” em se tratando da raiz do “reverendo” é “respeito profundo”, “acatamento”, “consideração”. Não se pode confundir reverência com adoração, pois são palavras de significados bem distantes. Temos reverência no culto, mas o culto não é Deus, é para Deus. Temos reverência diante de um tribunal, mas o tribunal não é Deus. Com isso fica claro que a reverência é algo natural tanto para as questões espirituais como humanas.

Mas a grande pergunta é: Pode o ministro ser chamado de Reverendo?

A observância no título de reverendo aplicado aos líderes da igreja, numa visão de respeito e consideração, pode ser melhor explicado tendo com exemplo a interpretação real do termo bíblico “santo” do hebraico Kadosh, utilizado para mostrar um atributo comunicável de Deus.

Kadosh significa também algo sagrado, ou um indivíduo que foi consagrado perante outras pessoas. Existem diversas variações para Kadosh: Kadeshsignificando sagrado, Kidush que significa santificação, ou consagração, as palavras Yom kadosh significando dia Santo e, Kadish que significa santificação. Observe que todas as palavras estão relacionadas à Deus, mas mesmo assim, no Novo Testamento, somos chamados também de “santos”, principalmente nas epístolas, e isso não significa que nos igualamos à Deus, pelo contrário, santos porque somos separados para Ele.

Dessa forma, a palavra Reverendo não indica que alguém deva ser reverenciado ao nível de Deus, mas ser respeitado e considerado na função chamada por Deus.

Diácono – a palavra no grego διάκονος, (diákonos) é “ministro”, “servo”, “ajudante” e denota uma categoria de obreiro assistencial, cerimonial, preservador, orientador, servidor etc.

Mas se engana quem pensa que a instituição do diaconato está definida em Atos capítulo 6. O vocábulo diakonein nesse texto não é técnico, tratando apenas de “servidores” incumbidos de distribuir os fundos às viúvas necessitadas. Se fossemos partir dessa aplicação do texto concluiríamos que a função dos diáconos seria dentro desse limite, o cuidado com as viúvas.

Os textos que revelam as funções ministeriais dos diáconos estão nas epístolas de Paulo aos Filipenses e a Timóteo: “Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos” (Filipenses 1.1). Atente que logo no verso 1 Paulo revela o contexto ministerial do diaconato, que o coloca na posição de oficial da igreja ao lado do bispo. O texto junto ao contexto histórico revela que os diáconos auxiliavam os pastores em suas funções, sendo importante lembrar que, quando um ministro tinha a necessidade de se ausentar da liderança e pastoreio da congregação, quem assumia a direção era justamente o diácono, que nessa hora era reconhecido pela mesma capacidade.

A carta à Timóteo é mais reveladora ainda, quando Paulo declara e orienta: “Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos”.(1ª Timóteo 3.8) “Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos”(Vs.10), “O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa”.(Vs.12).

Usando o texto mais uma vez dentro de seu contexto fiel, podemos resumir que as orientações dadas aos diáconos veem logo após a dos bispos (presbíteros, pastores), concluindo que o diácono tem o mesmo nível de responsabilidade desses, sendo o verdadeiro auxiliar do ministro.

O diaconato é um ministério de verdadeira excelência!

O Cooperador – Você já se perguntou alguma vez por que o apóstolo Paulo ao final de algumas epístolas faz menção dos cooperadores? Pois bem, pasme: os cooperadores eram os cristãos mais capacitados (ministerialmente) para o auxílio em todas as áreas da igreja!

Era comum nos tempos bíblicos a menção de pessoas importantes ao final de uma epístola ou registro relevante. O primeiro exemplo vem da carta aos Romanos, onde o apóstolo além de apresentar uma extensa lista de cooperadores, faz questão de frisar que, ele não escreveu a carta, mas apenas ditou para Tércio, o grande cooperador (Rm. 16.22).

Cooperadores ilustres são mencionados com grande destaque: “Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores” (Filemom 1.24). “Saudai a Priscila e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus” (Romanos 16.3). “As igrejas da Ásia vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Áqüila e Priscila, com a igreja que está em sua casa”. (1ª Coríntios 16.19).

De fato, os cooperadores que as epístolas mencionam possuíam capacidade maior que muitos dos irmãos, pois eles ajudavam na organização do culto, na abertura de novos trabalhos, na comunicação, na pregação, evangelização, nas viagens, assistência aos obreiros em geral. Eram homens e mulheres com visão muito ampla e espírito de trabalho e cooperação além das expectativas.
O tratamento que vemos hoje com os atuais cooperadores (principalmente nas igrejas pentecostais) está muito fora da realidade bíblica. Precisamos valorizar e reconhecer os trabalhos dos verdadeiros cooperadores.

Conclusão – diante da investigação bíblica aqui exposta, respeitando os princípios e regras da hermenêutica, numa exegese séria e fiel, devemos considerar que alguns líderes que usam nomenclaturas ministeriais não condizentes com a observância das Sagradas Escrituras, desrespeitam os termos estabelecidos por Deus e, ignoram as designações de ordem eclesiais estruturadas pela igreja neotestamentária.

O que nos parece de verdade é uma inversão de significados e termos mal entendidos, onde muitos se esquecem do verdadeiro sentido do chamado para liderar vidas.

O ministro ideal é aquele que, primeiramente, é considerado por seus liderados como o maior dos servos. Os seguidores, de bom grado, concedem, a esses líderes a autoridade para liderá-los, porque vêem nele alguém altruísta e voltado para os demais. Como ministro de Deus, sua tarefa é levar as pessoas a buscarem uma transformação e não apenas formular e impor leis, por meio de um suposto poder espiritual gerado por títulos. Ele realiza uma mudança de cada vez.

O líder percebe que as pessoas são seu único e maior bem na igreja, e executa suas tarefas fortalecido pelo Espírito Santo. Usa o poder do amor para transmitir novos valores.

Desejamos como ovelhas, muito mais líderes guiados pelo Espírito, do que homens movidos por títulos que em muitos casos exalto o próprio ego.

Fonte: NAPEC