Blogroll

"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

31 de julho de 2013

Guerra aos santos

"E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação". (Apocalipse 13:7).

 

         Durante os sete anos da Grande Tribulação,  a guerra contra o Deus verdadeiro e os Seus santos vai ser tenebrosa, com muitos cristãos sendo torturados e mortos pelos asseclas do Anticristo. A Igreja Mundial será organizada, com a fusão de todas as religiões, inclusive das igrejas evangélicas que se "avivaram", a fim de encher os seus templos de convencidos que nunca foram convertidos.

Poucos são os membros de uma igreja moderna - a qual coloca o barulho e a petição  de dízimos e ofertas antes da pregação do evangelho verdadeiro - que podem crescer na graça e no conhecimento do Senhor. Eles gritam, rebolam, levantam as mãos como nos shows de rock, imaginando que estão "cheios do Espírito Santo", mas esse "espírito" deve ser outro, não a Terceira Pessoa da Trindade. A Bíblia e o Senhor Jesus Cristo foram abandonados e o estilo de vida dos crentes foi adaptado às exigências seculares.

A Igreja Mundial será exatamente uma fusão das igrejas que não conhecem nem respeitam a Santidade de Deus. Nenhuma delas consegue discernir entre a Verdade Bíblica e o erro doutrinário. Por isso, a Santidade Divina é colocada em segundo plano e o sucesso financeiro recebe asas de águia.

A apostasia entrou na igreja com a ajuda da Psicologia "cristã". Negar o ego caiu da moda. Agora, o que vale é a valorização da auto-estima nas pregações modernas. Crente satisfeito colabora mais com o gazofilácio e isto é o que interessa aos pastores emergentes.

Se algum penteca esteve no culto da PIBT, hoje de manhã, deve ter ficado horrorizado com a pregação do pastor. Ele pregou veementemente contra o pecado, chicoteando verbalmente os crentes que não levam a Santidade de Deus a sério. Para isso, ele usou Êxodo 19:7-13 e Hebreus 12:18-21. Amei a pregação, porque me senti culpada e quando eu me sinto culpada é um bom sinal. Depois, eu oro, pedindo que Deus me transforme numa pessoa melhor.

Durante 2.000 anos, os cristãos foram ensinados a viver separados do mundo. Agora, o falso evangelho desculpa os divórcios e as próprias igrejas exibem o entretenimento, em vez de pregar contra o pecado. 99% das igrejas, que antes eram tradicionais, agora se renderam ao canto da bolsa de valores. Os cânticos repletos de heresias bíblicas e gramaticais, sem métrica, sem rima e sem conteúdo teológico, substituem os antigos hinos repletos de beleza e perfeição. O apelo moderno é este: "Venha aos cultos, cante, rebole, colabore e viva como bem quiser, porque Deus garante o melhor para você". São reuniões de baladas, que agradam a gregos e troianos, onde a decência há muito foi esquecida. Paulo ensinou aos coríntios:

"Mas faça-se tudo decentemente e com ordem". (1 Coríntios 14:40).

         A verdade é que os pastores "avivados" usam o Velho Testamento e mal conhecem o Novo, desprezando as Cartas de Paulo, porque, segundo eles, "Estas cartas não dão lucro algum!" ... Lutero amava as Cartas de Paulo. Por isso, ele conseguiu transformar o mundo da Era das Trevas, com a chegada da  Reforma Protestante. Antes dele, a ICAR mantinha as consciências presas ao falso evangelho da salvação mais obras, com obediência total ao papa e a adoração aos santos. Hoje em dia, somente um tolo pode ser católico, pois se alguém se der ao trabalho de ler a Bíblia, pulará fora da Grande Meretriz, obedecendo à ordem de Cristo, dada em Apocalipse 18:4: "Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas".

            Graças a Deus, eu obedeci, confessei meus pecados, fui perdoada e hoje vivo feliz,  para honra e  glória do ÚNICO SALVADOR, sem mediador algum para atrapalhar minha vida espiritual.

 

Mary Schultze, 02/10/2011 - www.maryschultze.com

Dez Provas de que Pedro nunca esteve em Roma


 

1. - A COMISSÃO DE CRISTO A PEDRO - Esta sempre representa um embaraço aos católicos; Cristo comissionou Pedro a se tornar o principal apóstolo aos CIRCUNCISOS (judeus), não aos incircuncisos (gentios).

         "Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da CIRCUNCISÃO (Porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da CIRCUNCISÃO, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios)".

            Esta verdade está expressa na linguagem mais clara. Paulo,  não Pedro, é quem foi comissionado para serapóstolo entre gentios. E quem escreveu a Epístola ao Romanos? Claro que não foi Pedro (Gálatas 2:9).

"E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à CIRCUNCISÃO;" (Gl 2:9 ACF)

Paulo também menciona o seu ofício especial como apóstolo aos gentios, na 2 Timóteo 1:11:

"Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios".

Em parte nenhuma Pedro é chamado um apóstolo aos gentios. Isto torna impossível ele ter ido a Roma, para se tornar o líder da comunidade gentia.

 

2. - PAULO DISSE, ESPECIFICAMENTE, AOS GENTIOS ROMANOS, QUE ELE, NÃO PEDRO, HAVIA SIDO ESCOLHIDO PARA SER O APÓSTOLO DELES:

"Que seja ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o evangelho de Deus." (Rom. 15:16).

Paulo recebeu este encargo diretamente de Cristo. Ele até relata, ainda mais, em Romanos 15:16, que foi Cristo que o tinha escolhido "para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo."

            PAULO estabeleceu a única igreja [local] VERDADEIRA em Roma. NÃO Pedro.

 

3. - SOMOS INFORMADOS, PELO PRÓPRIO PAULO - QUE FOI ELE, NÃO  PEDRO, QUEM AINDA IRIA A ROMA, PARA FUNDAR, OFICIALMENTE, ALI,  A IGREJA [local] DAQUELA CIDADE. (Rom. 1:11).

"Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados;" (Rm 1:11 ACF)

 

A igreja [local] em Roma não foi oficialmente estabelecida, senão em 55 ou 56 d.C. Mesmo assim, os católicos gostariam que acreditássemos que Pedro fez isso, dez anos antes, no reinado de Cláudio. Nem Pedro nem Paulo estabeleceram a Igreja Católica [universal]. Estas provas são dadas, principalmente, para ilustrar que é absolutamente impossível que Pedro esteja, de algum modo, associado a QUALQUER igreja em Roma.

 

4. - ENCONTRAMOS PAULO NÃO APENAS DESEJANDO ESTABELECER A IGREJA [local] EM ROMA -  como afirmando, enfaticamente, que a sua política NUNCA foi a de edificar sobre alicerce lançado por outro homem "E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, PARA NÃO EDIFICAR SOBRE FUNDAMENTO ALHEIO;" (Rm 15:20 ACF)

         Se Pedro tivesse fundado a igreja [local] em Roma, uns dez anos antes desta declaração, ela representaria uma séria afronta a Pedro. Esta simples declaração é uma prova de que Pedro nunca esteve em Roma, antes desse tempo, para ali fundar igreja alguma.

 

5. - NO FINAL DA EPÍSTOLA DE PAULO AOS ROMANOS – Paulo saúda nada menos de 28 pessoas diferentes, mas NUNCA MENCIONA PEDRO, UMA VEZ SEQUER. Vejam Romanos 16. Leiam todo o capítulo.

"1 ¶ Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja que está em Cencréia, 2 Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; ... 3 Saudai a Priscila e a Áqüila, ... a Epêneto, ... a Maria, ... a Andrônico e a Júnias, ... a Amplias, ... a Urbano, ... a Estáquis, ... a Apeles, ... aos da família de Aristóbulo. ... a Herodião, ... aos da família de Narciso, ... a Trifena e a Trifosa, ... Pérside, ... Rufo, ... Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermas, ... a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, ...." (Rm 16:1-27 ACF)

 

         Lembrem-se que Paulo saudou estas pessoas em 55 a 56 d.C.. Por que ele não mencionou Pedro? Simplesmente porque Pedro não estava ali.

 

6. - UNS 4 ANOS APÓS TER ESCRITO AOS ROMANOS -  Paulo foi levado como prisioneiro a Roma, a fim de comparecer diante de César. Quando [os membros] da comunidade cristã souberam da chegada de Paulo, foram todos encontrá-lo (Atos 28:15).

"E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo." (At 28:15 ACF)

         Mais uma vez, não existe uma única menção a Pedro entre esses cristãos. Isto seria um absurdo, se Pedro estivesse em Roma, pois Lucas sempre menciona os principais apóstolos, em sua narrativa de Atos. Mas ele não fala coisa alguma sobre Pedro encontrando Paulo. Por que? Porque Pedro não estava em Roma.

 

7. - QUANDO, FINALMENTE, PAULO CHEGOU A ROMA -  a primeira coisa que ele fez foi convocar "os principais dos judeus"  (Atos 28:17), aos quais ele declarou "aos quais declarava com bom testemunho o reino de Deus, e procurava persuadi-los à fé em Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde a manhã até à tarde." (verso 23).

         Curioso é que os principais dos judeus afirmaram que pouco sabiam sobre os ensinos básicos de Cristo. O que eles sabiam era que "em toda parte se fala contra esta seita". (verso 22). Então, Paulo começou a explicar-lhes os ensinos básicos de Cristo sobre o reino de Deus. Alguns creram... Mas alguns não creram. O que isto significa? - Que se Pedro, um forte partidário dos judeus, estivesse pregando constantemente em Roma, durante 14 anos, antes desse tempo, e continuasse ali - como podiam esses líderes judeus ter conhecido tão pouco as mais básicas verdades do Cristianismo?  Esta é mais uma clara prova de que Pedro não havia estado em Roma, antes de 56 d.C.

 

8. - APÓS A REJEIÇÃO DOS ANCIÃOS JUDEUS - Paulo alugou sua própria casa, por dois anos. Durante esse tempo, ele escreveu as Epístolas aos Efésios, Filipenses, Colossenses,  Filemom e Hebreus. Conquanto Paulo mencione outros cristãos como estando em Roma, durante aquele período, em parte nenhuma ele mencionou Pedro. A razão óbvia é que Pedro, o apóstolo da circuncisão, não estava em Roma.

 

9. - QUANDO TERMINOU A PRISÃO DE PAULO, POR DOIS ANOS - ele foi libertado. Mas, 4 anos depois (65 d.C.), ele foi enviado de volta à prisão em Roma. Nesse tempo, ele teve de comparecer diante do trono de César e foi condenado à morte. [Segundo antigos historiadores, Paulo esteve preso em Roma 2 anos, entre 61-63 d.C; depois, foi libertado da prisão, viajou e pregou em vários locais (talvez até na Espanha); novamente foi aprisionado em 66 d.C; finalmente foi decapitado por ordem de Nero, em 67 dC. Tudo isto casa com várias evidências na Bíblia. Ver, por exemplo, http://www.christiancourier.com/articles/144-pauls-two-year-roman-imprisonment ehttp://www.matthewmcgee.org/paultime.html ] Paulo descreve amplamente estas circunstâncias,  na 2 Timóteo 4:16:"Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado".

            Isto significa que, se fôssemos acreditar nos [padres] católicos, diríamos que Pedro abandonou Paulo, visto como eles costumam afirmar que Pedro estava muito presente em Roma, durante o julgamento de Paulo. Uma vez, Pedro negou Cristo, mas isso aconteceu antes de sua conversão. Acreditar que Pedro estava em Roma durante a condenação de Paulo é insustentável.

 

10. - PAULO ESCREVEU A TIMÓTEO (2 Timóteo 4:16) - "Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado".  A verdade se torna clara. Paulo escreveu a Roma, ele havia estado emRoma e, no final, escreveu, pelo menos,  seis epístolas de Roma, porém nunca mencionou Pedro. E, na 2 Timóteo 4:11, ele diz: "Só Lucas está comigo". Portanto, Pedro nunca foi o Bispo de Roma.

         Onde Pedro estava?

         Em 45 d.C.,  encontramos Pedro sendo posto na prisão, em Jerusalém (Atos 12:3-4). Em 49 d.C., ele ainda permanece em Jerusalém, participando do Concílio de Jerusalém. Em 51 d.C., ele esteve em  Antioquia da Síria, onde teve um desentendimento com Paulo, porque ter-se recusado a comer com os gentios. Seria estranho um Bispo de Roma não quis ter coisa alguma a ver com os gentios, em 51 d.C. [N.T. Seria como o papa Ratzinger chegar ao Brasil, ficar sempre com os judeus e desprezar os católicos].

         Mais tarde, em cerca de 66 d.C, encontramos Pedro na Babilônia, entre os judeus (1 Pedro 5:13).

"A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, e meu filho Marcos." (1Pe 5:13 ACF)

Lembrem-se que Pedro era o apóstolo aos circuncisos [isto é, apóstolo somente para os judeus]. Então por que estaria ele na Babilônia? Porque a história mostra que havia muitos judeus nas áreas da Mesopotâmia, no tempo de Cristo, do mesmo modo como havia na Palestina. Não é de admirar, portanto, que Pedro ali estivesse. Talvez seja esta a razão por que alguns  eruditos afirmem que,  em seus escritos, Pedro tem um forte sabor aramaico - do tipo do Aramaico falado na Babilônia. Sem dúvida, Pedro estava habituado ao seu dialeto oriental.

         No período de tempo em que os [padres] católicos acreditam que Pedro estava em Roma, a Bíblia mostra claramente, que ele estava em um lugar diferente. A evidência é abundante e conclusiva. Quando alguém presta atenção à exata Palavra de Deus, não precisa ser enganado. PEDRO NUNCA FOI O BISPO DE ROMA.

 

Trecho extraído de

http://reformation.org/simon_peter_versus_simon_magus.html 


Tradução e adaptação de Mary Schultze, em 01/07/2012.

Gente que enxerga o Diabo em tudo - Refletindo a Graça Ep 13


Nesse vídeo dou minha opinião sobre alguns cristãos que vêem o Diabo em todo canto, e como entendo que ele de fato atua nas nossas vidas.

30 de julho de 2013

Solus Christus, não solus papa!


.

Por Pr. Alan Kleber


"Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!"

Com essas palavras o papa Francisco, Bispo de Roma, impactou o povo brasileiro com seu primeiro discurso no Brasil, por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ2013). Até mesmo os evangélicos contagiados com tanta empolgação fomentada pela imprensa, espalharam sua célebre frase nas redes sociais, "twitando" ou postando no Facebook. De fato, se tomássemos apenas esta única afirmação do papa poderíamos acreditar que para ele, somente Cristo (i.e, Solus Christus) é o único, suficiente, soberano e primaz cabeça da Igreja, certo?

O problema é que o papado não é somente não cristão, mas também abertamente anti-cristão. Historicamente, os papas ensinam aos seus fiéis que eles podem com suas obras chegar ao Céu porque o papa, o vigário de Cristo na terra, entende a Escritura para ensinar a verdade acerca da fé e prática. Para ele Cristo simplesmente não é suficiente. Os homens devem fazer sua parte também. Veja por exemplo, o dogma romano encontrado nas seções 10 a 12 sobre a doutrina da justificação do Concílio de Trento:

Cân. 10. Se alguém disser que os homens são justificados sem a justiça de Cristo, pela qual ele mereceu por nós; ou que é por ela mesma que eles são formalmente justos — seja excomungado.

Cân. 11. Se alguém disser que os homens são justificados ou só pela imputação da justiça de Cristo, ou só pela remissão dos pecados, excluídas a graça e a caridade que o Espírito Santo infunde em seus corações e neles inerem; ou também que a graça pela qual somos justificados é somente um favor de Deus — seja excomungado.

Cân. 12. Se alguém disser que a fé que justifica não é outra coisa, senão uma confiança na divina misericórdia, que perdoa os pecados por causa de Cristo ou que é só por esta confiança que somos justificados — seja excomungado.

Seria Cristo ou o papa Francisco o verdadeiro Cabeça da Igreja?

Ao aceitar o pontificado, o papa Francisco reivindicou ser o Cabeça da Igreja. Sua teologia romana é consistente com a doutrina romana. Os Concílios da Igreja de Roma ensinam que:

- A "jurisdição sobre a igreja universal de Deus" pertence ao papa (Vaticano I, Capitulo 1);

- Que essa autoridade deve "permanecer ininterruptamente na Igreja" e que ele, o papa, "possui o primado sobre todo o mundo… e [é] o verdadeiro vigário de Cristo na Terra" (Vaticano I, caps 2 e 3);

- Que o Papa é a "fonte e fundamento visíveis para a unidade na fé e comunhão" Também se diz que "em virtude de seu oficio, isto é, como Vigário de Cristo e pastor de toda a igreja, o Pontífice Romano tem poder completo e supremo e universal sobre a Igreja" (Vaticano II).

Mas não para por aí

Você lembra do problema das indulgências que levou Martinho Lutero a publicar suas famosas 95 Teses contra os abusos papais? Pois bem, leia um trecho abaixo do Decreto onde o papa Francisco concede o "dom das indulgências" aos participantes da JMJ2013:

"O Santo Padre Francisco, desejando que os jovens, em união com as finalidades espirituais do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, possam obter os esperados frutos de santificação através da «XVIII Jornada Mundial da Juventude», … manifestando o coração materno da Igreja, do Tesouro das satisfações de nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-Aventurada Virgem Maria e de todos os Santos, concordou que os jovens e todos os fiéis adequadamente preparados pudessem usufruir do dom das Indulgências".

"a. — concede-se a Indulgência plenária, que pode ser obtida uma vez por dia nas habituais condições (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração segundo a intenção do Sumo Pontífice) e também aplicadas como sufrágio pelas almas dos fiéis defuntos, para os fiéis verdadeiramente arrependidos e contritos, que com devoção participarem nos ritos sagrados e nos exercícios piedosos que se realizarão no Rio de Janeiro".

Segundo a teologia romana, as indulgências são: "…a remissão diante de Deus da pena temporal merecida pelos pecados, já perdoados quanto à culpa, que o fiel, em determinadas condições, adquire para si mesmo ou para os defuntos, mediante o ministério da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui o tesouro dos méritos de Cristo e dos Santos" (Catecismo da ICAR, n. 312).

Como vimos, Roma não mudou. Seus anátemas contra todo aquele que crê em Cristo como seu único e suficiente Salvador permanecem. A salvação somente pela graça mediante a fé (Ef 2.8,9) é trocada pelo esforço humano, por obras meritórias. O Senhorio do Rei dos reis continua sendo usurpado pelo papado. Logo, a Palavra de Cristo, infalível e verdadeira permanece substituída por dogmas, tradição e superstição humanas.

Conclusão

Quanto a nós, protestantes, cristãos herdeiros da Reforma, resta-nos lembrar o fundamento da nossa fé e doutrina, vida e piedade, alicerçado no fundamento dos apóstolos e profetas, tendo Jesus como sua pedra fundamental. Concluo com esta última citação de algumas das Teses de Lutero:

32 - Irão para o diabo juntamente com os seus mestres aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.

33 - Há que acautelasse muito e ter cuidado daqueles que dizem: A indulgência do papa é a mais sublime e mais preciosa graça ou dadiva de Deus, pela qual o homem é reconciliado com Deus (33a tese).

34 - Tanto assim que a graça da indulgência apenas se refere à pena satisfatória estipulada por homens.

35 - Ensinam de maneira ímpia quantos alegam que aqueles que querem livrar almas do purgatório ou adquirir breves de confissão não necessitam de arrependimento e pesar.

36 - Todo e qualquer cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados, sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indulgência.

37 - Todo e qualquer cristão verdadeiro, vivo ou morto, é participante de todos os bens de Cristo e da Igreja, dádiva de Deus, mesmo sem breve de indulgência.

Solus Christus.

Fonte de pesquisa:

http://www.monergismo.com/textos/credos/lutero_teses.htm
http://www.catequisar.com.br/texto/materia/fe/144.htm
http://tottustusmaria.com/maria/downloads/trento.pdf
http://www.vatican.va/roman_curia/tribunals/apost_penit/documents/rc_trib_appen_doc_20130709_decreto-indulgenze-gmg_po.html

Fonte: E a Bíblia com isso
Via: Despertar de um avivamento
Via: Bereianos

Avaliando com a Bíblia a visita e pronunciamentos do Papa Francisco




Por Solano Portela


Nota: Sermão pregado na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro em 28.07.2013, baseado em um texto meu anteriormente postado no BLOG, atualizado para o contexto da visita do Papa ao Brasil, no final de julho de 2013.

Leitura: Mateus 9.35-38

E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.

Introdução:

Certamente temos visto multidões, idosos e jovens, enfrentando a chuva, a lama, o frio, a ausência de transporte, a insegurança das cidades, para ver o Papa em sua visita ao Brasil, que começou na segunda-feira, 22.07.2013, e se estende até o último domingo do mês. A mídia tem divulgado a visita com tanta intensidade, que se você estava neste planeta, nestas últimas semanas, não pode ter ignorado a presença do Papa no Brasil. Por exemplo, a revista semanal de maior circulação e repercussão (VEJA) trouxe reportagens de capa sobre o acontecimento em duas semanas seguidas. Como avaliar a pessoa do Papa, a sua visita e os seus pronunciamentos? Como entender as expressões de fé e devoção encontradas nos olhares das multidões? O texto de Mateus 9.35-38 fala de multidões às quais não faltava religiosidade! Ao lado da curiosidade, havia devoção, ensino dogmático, religião, mas eram ovelhas "que não tinham pastor"! A sinceridade, mesmo presente, não era passaporte para a verdade! E o pastor de que se fala no texto, é um só - Cristo Jesus, fora do qual não há salvação. Quem é o Papa atual?

O cardeal argentino, Jorge Mario Bergoglio foi escolhido Papa (e assumiu o nome de Francisco) em um dia considerado por muitos "cabalístico" (13.03.13). Havia uma expectativa em muitas pessoas e na mídia de que o novo líder da Igreja Católica fosse um Papa "progressista". Estes se espantaram com a sua posição em relação à união de gays; à questão do homossexualismo, que hoje em dia é propagada como "apenas" uma opção sexual; e sobre o aborto. Ele é contra, ponto final! Alguns católicos se espantaram porque ele não colocou, de início, o envolvimento social como prioridade máxima da Igreja. Em vez disso, contrariou a mensagem que tem soado renitentemente ao longo das quatro últimas décadas, especialmente em terras brasileiras, proclamada pelos politizados "teólogos da libertação", ou da natimorta "teologia pública". Ele aparentou priorizar as questões espirituais!

Desde o início do seu "Papado" certas declarações chamaram a atenção, também, dos evangélicos. Por exemplo, ele disse que a missão da Igreja é difundir a mensagem de Jesus Cristo pelo mundo. Na realidade, ele foi mais enfático ainda e afirmou que se esse não for o foco principal, a Instituição da Igreja Católica Romana tende a se transformar em uma "ONG beneficente", mas sem relevância maior à saúde espiritual das pessoas! Depois, o viés mudou um pouco, especialmente nesta visita ao Brasil. A ênfase passou para uma postura de vida ascética e humilde, demonstrando uma frugalidade que, em uma era de opulência, corrupção, apropriação de valores alheios e desprezo pelos valores reais da vida, também soa saudável e pertinente!

Ei! Disseram alguns evangélicos – essa é a nossa mensagem!!

Bom, não seria a primeira vez na história que um prelado católico reconhece que a Igreja tem estado equivocada em seus caminhos e mensagem. Já houve um monge agostiniano que, estudando a Bíblia, verificou que tinha que retornar às bases das Escrituras e reavivar a missão da igreja na proclamação do evangelho, libertando-a de penduricalhos humanos absorvidos através de séculos de tradição. Estes possuíam apenas características místicas, mas nenhuma contribuição espiritual e de vida que fosse real às pessoas. Assim foi disparado o movimento que ficou conhecido na história como a Reforma do Século 16, com as mensagens, escritos e ações de Martinho Lutero, em 1517. Lutero foi seguido por muitos outros reformadores, que se apegaram à Bíblia como regra de fé e prática.

Será que estamos testemunhando uma "segunda reforma" dentro da Igreja Católica? Se algumas dessas declarações do Papa Francisco forem levadas a sério, por ele próprio e por seus seguidores, vai ser uma revolução. Mas é importante lembrar, entretanto, que proclamar a mensagem de Jesus Cristo é algo bem abrangente e sério. Existem implicações definidas e explícitas nessa frase. E a questão que não quer calar é: será que a Igreja Católica está disposta a se definir com coragem em pelo menos nessas cinco áreas cruciais? Examinemos uma a uma.

1. AS ESCRITURAS: Rejeitar apêndices aos livros inspirados das Escrituras. Ou seja, assumir lealdade apenas às Escrituras Sagradas, rejeitando os chamados livros apócrifos. Proclamar as palavras de Jesus, nesta área, é aceitar tão somente o que ele aceitou. Em Lucas 24.44, Jesus referiu-se às Escrituras disponíveis antes dos livros do Novo Testamento, como "A Lei de Moisés, Os Profetas e Os Salmos" – essa era exatamente a forma da época de se referir às Escrituras que formam o Antigo Testamento, em três divisões específicas (Pentateuco, livros históricos e proféticos e livros poéticos) compreendendo, no total, 39 livros. Representam os livros inspirados aceitos até hoje pelo cristianismo histórico, abraçado pelos evangélicos, bem como pelos Judeus de então e da atualidade. Ou seja, nenhuma menção ou aceitação dos livros apócrifos, não inspirados, que foram inseridos 400 anos depois de Cristo, quando Jerônimo editou a tradução em Latim da Bíblia – a Vulgata Latina[1]. Evangélicos e católicos concordam quanto aos 27 livros do Novo Testamento, mas essas adições à Palavra são responsáveis pela introdução de diversas doutrinas estranhas, que nunca foram ensinadas ou abraçadas por Jesus e pelos apóstolos. Além disso, na Igreja Católica, a própria TRADIÇÃO tem força normativa igual à Bíblia. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo começa com a aceitação das Escrituras do Antigo e Novo Testamento, e elas somente, como fonte de conhecimento religioso e regra de fé e prática. Se não nos atemos a conhecer as Escrituras verdadeiras, caímos em erro, como alerta Jesus a alguns religiosos do seu tempo, que apesar de citarem as Escrituras, se apegavam mais às tradições do que à Palavra de Deus: "Não provém o vosso erro de não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?" (Marcos 12.24). O livro do Apocalipse, no final da Bíblia, traz palavras duras tanto para subtrações como para ADIÇÕES às Escrituras: (22.18) "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: Se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará os flagelos escritos neste livro; (22.19) e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro".

2. A MEDIAÇÃO COM DEUS: Rejeitar a mediação de qualquer outro (ou outra) entre Deus e as Pessoas, que não seja o próprio Cristo. Não acatar a mediação de Maria, e muito menos a designação dela como co-redentora, lembrando que o ensino da palavra é o de que "há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem" (1 Timóteo 2.5). Na realidade, a Igreja precisa obedecer até à própria Maria, que ensinou: "Fazei tudo o que Ele vos disser" (João 2.5); e Ele nos diz:"Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao pai, senão por mim" (João 14.6). Foi um momento revelador da dificuldade que o Papa tem na aderência a essa mensagem da Bíblia, observar sua homilia pública (angelus) de 17.03.2013. Após falar várias coisas importantes e bíblicas sobre perdão e misericórdia divina, finalizou dizendo: "procuremos a intercessão de Maria"... Ouvimos as próprias palavras do Papa: "No dia seguinte à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério de Sucessor de Pedro".[2] Em Aparecida, nesta visita ao Brasil, ele também disse: "Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar aos seus pés a vida do povo latino-americano""Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de você". Não é assim que irá proclamar a palavra de Jesus ao mundo, pois precisa apresentá-lo como único e exclusivo mediador; nosso advogado; aquele que pleiteia e defende a nossa causa perante o tribunal divino. Para o Papa, "a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria", mas o Povo de Deus sabe, que a igreja verdadeira segue a vontade de Deus, expressa em Sua Palavra.

3. O CULTO ÀS IMAGENS: Rejeitar as imagens e o panteão de santos composto por vários personagens que também são alvo de adoração e devoção devidas somente a Cristo. Essa característica da Igreja Católica está relacionada com a utilização de imagens de escultura, como objeto de adoração e veneração; e também precisaria ser rejeitada.[3] Ela contraria o segundo mandamento e desvia os olhos dos fiéis daquele que é o "autor e consumador da fé - Jesus" (Hebreus 12.2). Proclamar a palavra de Jesus ao mundo significa abandonar a prática espúria e humana da canonização de mortais comuns, pecadores como eu e você, em complexos, mas inúteis processos eclesiásticos, que não têm o poder de aferir ou atribuir poderes especiais a esses santos. Proclamar a mensagem de Jesus, seria abandonar a adoração e devoção à "Nossa Senhora Aparecida" e a tantas outras "Nossas Senhoras" e ídolos que integram a religião Católico-Romana. Vejam o que nos diz a Bíblia:

Salmo:
115.3 No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.
115.4 Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens.
115.5 Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem;
115.6 têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram.
115.7 Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta.
115.8 Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e quantos neles confiam.
115.9 Israel confia no SENHOR; ele é o seu amparo e o seu escudo.
Habacuque:
2.18 Que aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o esculpiu? E a imagem de fundição, mestra de mentiras, para que o artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos?
Jeremias:
10.3 Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado;
10.4 com prata e ouro o enfeitam, com pregos e martelos o fixam, para que não oscile.
10.5 Os ídolos são como um espantalho em pepinal e não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, e não está neles o fazer o bem.

4. O DESTINO DAS PESSOAS: Rejeitar o ensino de que existe um estado pós-morte que proporciona uma "segunda chance" às pessoas. A doutrina do purgatório não tem base bíblica e surgiu exatamente dos livros conhecidos como apócrifos (em 2 Macabeus 12.45), sendo formalizada apenas nos Concílios de Lyon e Florença, em 1439. Mas Jesus e a Bíblia ensinam que existem apenas dois destinos que esperam as pessoas, após a morte: Estar na glória com o Criador – salvos pela graça infinita de Deus (Lucas 23.43 –  "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" – e Atos 15.11 -  "fomos salvos pela graça do Senhor Jesus"), ou na morte eterna (Mateus 23.33 – "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?"), como consequência dos nossos próprios pecados. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é alertar as pessoas sobre a inevitabilidade da morte eterna, pregando o evangelho do arrependimento e a boa nova da salvação através de Cristo, sem iludir os fiéis com falsos destinos.

5. AS REZAS: Rejeitar os "mantras" religiosos, que são proferidos como se tivessem validade intrínseca, como fortalecimento progressivo pela repetibilidade. É o próprio Jesus que nos ensinou, em  Mateus 6.7: "... orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos". É simplesmente incrível como a ficha não tem caído na Igreja Católica, ao longo dos séculos e, mesmo com uma declaração tão clara contra as repetições, da parte de Cristo, as rezas, rosários, novenas, sinais da cruz etc. são promovidos e apresentados como sinais de espiritualidade ou motivadores de ação divina àqueles que os repetem. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é dirigir-se ao Pai como ele ensina, em nome do próprio Jesus, no poder do Espírito Santo, abrindo o nosso coração perante o trono de graça (Filipenses 4.6: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças").

Conclusão:

Assim, enquanto acompanhamos a visita, é verdade que podemos admirar a coragem deste homem, Jorge Bergoglio, que tem se pronunciado claramente contra alguns pecados aberrantes que estão destruindo a família e a sociedade. No entanto, muito falta para que a Palavra de Deus e os ensinamentos de Jesus façam parte real de sua mensagem e de uma igreja transformada pelo poder do Espírito Santo – como vimos em cada uma dessas áreas mencionadas (e em outras, também).

Em toda essa situação, podemos aprender algumas coisas: (1) Pedir a Deus que dê forças às nossas lideranças evangélicas, e a nós mesmos, para termos intrepidez no interpelar de governantes e da mídia, quando promovem leis e comportamentos que contradizem totalmente os princípios que Deus delineia em Sua Palavra. Estes princípios sempre são os melhores para o bem da humanidade, na qual o povo de Deus (incluindo nossos filhos e netos) está inserido. (2) Exercitar cautela em nossa apreciação e entusiasmo das ações e palavras do Papa – a idolatria e diminuição da intermediação de Cristo continuam bem presentes em sua visão religiosa e na Igreja que o tem como líder. Envolvimentos de evangélicos nessas celebrações são totalmente desprovidas de base bíblica - representam um descaso por essas profundas diferenças doutrinárias que representam a diferença entre a vida e a morte espiritual das pessoas. (3) Clamar a Deus por misericórdia e salvação real para o nosso povo e para a nossa terra. Como é triste em ver tantos olhos e esperanças fixados em santos, mitos, misticismo e na pessoa humana, em vez de no Deus único soberano. O Deus da Bíblia é a esperança de nossas vidas. É ele que nos alcança e nos fala em Cristo Jesus, pelo poder do Espírito Santo. Esse nosso Deus é real e eterno e não temporal como o Papa.

Solano Portela

_________________________
Notas:

[1] A Vulgata Latina (382 – 402 d.C.), tradução para o latim, da Bíblia, contém 73 livros (e não 66) além de adições de capítulos em alguns livros do Antigo Testamento, que não constam dos textos hebraicos, nem da Septuaginta (tradução para o Grego, do Antigo Testamento, realizada em torno de 280 a.C.). Estes livros adicionais são chamados de livros apócrifos (duvidosos, fabulosos, falsos). O próprio Jerônimo colocou notas de advertências, quanto à canonicidade e validade dessas adições, mas essa cautela foi suprimida nos séculos à frente. Sua aceitação como escritura canônica, no seio da Igreja Católica, foi formalizada pelo Concílio de Trento, em 1546 d.C. Desapareceu, assim, a compreensão de que aqueles livros estavam ali colocados por "seu valor histórico" ou devocional. É possível que se Jerônimo soubesse, que na posteridade seriam considerados parte integral da Bíblia, provavelmente não os teria incluído em seu trabalho. 

[2] Todas essas citações foram extraídas da Homilia no Santuário da Aparecida, proferida em 24.07.2013. http://www.news.va/pt/news/santuario-da-aparecida-homilia-do-Papa-24-julho-20 , acessado em 26.07.2013.
[3] Na mesma homilia já referida, o Papa disse: "A história deste Santuário serve de exemplo: três pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Parnaíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe"?