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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

31 de agosto de 2011

GONDIM DESABAFA SOBRE A VIDA - Em carta, assembleiano diz que já ouve assobios da morte

Por: Redação Creio

            O líder da Assembleia de Deus Betesda, Ricardo Gondim, em seu site traz um carta desabafo.  Direcionada aos seus filhos, o pastor disse que se estressou de caminhar por estradas alargadas e já ouve, à distância, o assobio da morte. O escritor, que recentemente, foi desligado do quadro de colunistas da Ultimato, demonstra seu amor mais genuíno a seus filhos. "Não saberia imaginar meu mundo sem nenhum de vocês". Leia a carta:

 

Carta aberta aos meus filhos.
Ricardo Gondim

 

Queridos Pedro, Cynthia e Carolina,

 

     Domingo celebraremos mais um dia das mães. Pensei escrever-lhes esta carta porque desejo dar-lhes um presente. Por toda minha vida lutei para lhes agraciar com uma fortuna intangível e essencial: um apreço pelo tempo que corre como um riacho preguiçoso, nos carregando para o futuro sempre incerto; quis lhes ensinar como amar a vida na celebração do encontro, fazendo de cada refeição uma liturgia, cada abraço um compromisso, e em cada olhar uma aliança.

   Lutei para não termos nenhum patrimônio senão essa soma de afetos e birras, lutas e medos, choros e danças que transformam a existência num  tesouro. Esse será meu legado para domingo que vem e que espero lhes acompanhar em todos os outros que ainda virão.

    Não tenho outra aspiração senão tornar-me escravo do pomar onde eu possa cultivar o fruto que lhes dará plena felicidade. Trabalho arduamente para não lhes forjar outra cobiça senão a de serem humanos, apenas humanos, com luzes e sombras, defeitos e virtudes, vividos com honestidade diante de Deus e dos homens.

   Vocês já se tornaram adultos – o Pedro votará em Novembro –, mas continuo debruçado sobre suas camas, vazando nos olhos, as lágrimas de meu coração. Imploro que Deus derrame sobre suas vidas, qualquer bênção que tivesse reservado para mim. Aprendam amar a justiça; defendam os menos afortunados, derramem luz onde reinam as trevas.

   Não saberia imaginar meu mundo sem nenhum de vocês. Porque os amo, desconheço distâncias. Hoje entendo um pouco sobre a onisciência divina. O amor nos força a acompanhar passos ausentes, pressentir armadilhas ainda não acontecidas, intuir caminhos melhores. Assim, eu me programo a seguir-lhes sem estar perto; ver-lhes sem olhar.

   Em cada um de vocês reconheço traços do que já tentei.

   Pedro, também já sofri e chorei pelo futebol. Saiba que seu abraço pesado e sem jeito na porta da escola não me deixa com o mesmo olhar triste de meu pai. Papai foi melancólico, porque um dia precisou dos meus, que nunca chegaram.

   Cynthia, sua coragem de singrar oceanos, enfrentar ruas e avenidas inclementes, me intrigam. Eu também já sonhei navegar por águas inexploradas. Só que nunca fui bravo para desamarrar o cabo de meu tímido navio.

   Carolina, sempre tão plena de siso. Você me ensinou como ser responsável naturalmente. Eu sempre tentei fazer o melhor, mas grimpava as alturas pela religiosidade. Como nunca alcancei, puni-me com intermináveis flagelos.   Aprendi a conviver melhor comigo mesmo através de seu olhar calmo.

 

   Estressei-me ao caminhar por estradas alargadas por minhas pretensas onipotências, mas hoje elas se estreitam pela consciência de como aqueles sonhos eram mirabolantes. Assim, contento-me com o tesouro mais precioso que um homem pode guardar em seu palácio real: seus filhos queridos.

    Já ouço, à distância, o assobio tenebroso da morte, mas sei que não temerei sua súbita visita. Quando atravessar o rio, levarei como óbolo para o barqueiro, uma aljava entupida de boas memórias.

   Nem sei porque lhes escrevo algumas horas antes do dia das mães. Talvez, sinta-me galardoado pelo sentimento materno já que lhes guardo no útero de meu peito. Espero estar lhes parindo para o amanhã radiante que nutrem meus sonhos e que ainda espero acontecer.

 

Com um beijo,

 

Ricardo Gondim

30 de agosto de 2011

“Aqui se prega contra o pecado, não contra o sabonete”, diz pastor da Deus é Amor em resposta à Lanna Holder



O pastor Lourival Almeida resolveu responder aos deboches de Lanna Holder que durante uma pregação na igreja inclusiva Cidade Refúgio falou contra os usos e costumes das igrejas Assembleia de Deus e Deus é Amor.

Lourival é pastor da IPDA e genro do fundador, David Miranda, e na resposta falou em nome não só da denominação que pertence como também em nome dos assembleiano que se sentiram ofendidos pelas palavras da missionária.

“Tem igreja que não serve pra nada a não ser para criar confusão”, disse o pastor durante um culto de terça-feira, 16, que foi transmitido pela rádio da IPDA.

Ele questiona os presentes sobre o porquê que falam que na Deus é Amor não pode tomar banho com sabonete. “Eu simplesmente acho que por alguma razão algumas pessoas não gostam que as pessoas venham na Deus é Amor porque se vierem vão gostar”, disse ele que também chamou a atenção para o fato das pessoas “que parecem ser povo de Deus” que ficam atacando o povo de Deus.

“Aqui na nossa igreja a gente prega contra o pecado, a gente não prega contra o sabonete”, respondeu o pastor que resolveu contar sobre a vida da missionária, dizendo que por muito tempo ela “enganou” os assembleianos.

Lourival também resolveu se pronunciar sobre o homossexualismo, dizendo que a homofobia sempre foi crime, mas que na Deus é Amor não é a favor da violência contra ninguém, e foi enfático ao dizer não haverá um culto só para os gays. “Aqui na igreja Deus é amor nunca vai ter isso [culto gay]“.

“Se biblicamente nós entendemos que uma coisa é pecado, não significa que ela seja crime”, disse o genro de David Miranda que exemplificou falando sobre a traição que deixou de ser crime no Brasil.

“Nós não temos do que nos envergonhar, se você não usava sabonete porque a mulher lésbica falou, pode usar”, disse o pastor encerrando o assunto.

Ouça: 


 Fonte: Gospel Prime 

Marco Feliciano, André Valadão e Alda Célia: Famosos evangélicos lançam linhas de moda e beleza gospel


Marco Feliciano, André Valadão e Alda Célia: Famosos evangélicos lançam linhas de moda e beleza gospel
Há ainda hoje quem julgue um ‘crente’ por sua aparência e características físicas. O blogueiro Avelar Jr contou certa feita ao Blog Genizah Virtual umfato que aconteceu com ele no seu período facultativo. Uma colega lhe perguntou :
- Ah, e você é crente, Avelar?!
- Sou, sim. Você não sabia? – e perguntei rindo – Será que eu me comporto tão mal assim que você ainda não tinha percebido?
- Não. É que você não parece com crente, Avelar. Eu até cogitei a hipótese, mas sei lá… Você sempre sorri, ri, conta piada e conversa com todo mundo…
- E por acaso crente não faz isso, não?
- Bom, eu não conheço crentes assim. Geralmente é um pessoal sério que só anda de roupa social e com a Bíblia debaixo o braço… E você não é assim. Então eu achei que você não era crente.
É uma situação um tanto quanto engraçada em seu conteúdo para quem vive no meio cristão e não se adéqua a um estilo propriamente dito padronizado para os ‘crentes’ por quem tem uma olhar e opinião pré-formada por fora. Ainda que alguns tenham o conceito de ser evangélico como sinônimo de ternos e gravatas, saias e cabelos compridos e carrancas sérias, a realidade se mostra bem diferente.
A prova da mudança atribuída a aparência do evangélicos com o decorrer dos dias sem dúvida alguma são aqueles que estão em evidência na mídia gospel, como o cantor André Valadão do Ministério Diante do Trono que possui uma coleção de camisetas – a camisetaria Mais Alto nas asas da fé -, a linha de perfumes, cosméticos em geral e óleos ungidos que foi fundada pela Bispa Ana Almeida da Sara Nossa terra em parceria com a cantora Alda Célia – Aroma Gospel – e também a grife de moda do Pastor Marcos Feliciano – Marcos Feliciano Design.
Muitos criticam esta segmentação de empresas relacionadas ao ramo da ‘moda gospel’, indagando que os famosos usam deste preceito para obter lucro. O G+ noticiou a algum tempo atrás listou 20 grifes evangélicas, as quais trazem uma proposta de que os evangélicos tenham uma identidade própria, com roupas de qualidade, criativa e moderna.
Clube Ovelhas que é um site de compras coletivas gospel além de ofertas de livros, cds e dvds traz também entrou no segmento da moda evangélica com oferta de roupas como as camisetas  da ‘Marka da Paz’, proporcionando ao público cristão investir em roupas de qualidade sem gastar muito.
Fonte: Gospel+

NUNCA GANHAREMOS O BRASIL À CRISTO

Jornalista Maurício Zagari expõe seus pontos de vista e tese

Ouço frequentemente uma conclamação feita nos mais variados recônditos do universo evangélico: Vamos ganhar o Brasil para Cristo!!! Bem, lamento informar, mas nós nunca vamos ganhar o Brasil para Cristo. E antes que você, espantadíssimo com minha falta de fé, me acuse de derrotismo ou mesmo de estar a serviço do mal, deixe-me explicar.

Como não acredito na doutrina da confissão positiva (o hábito antibíblico de "decretar a vitória", "profetizar a bênção" e "tomar posse pela fé" que, se você não sabe, foi incorporado ao cristianismo a partir de práticas de religiões pagãs da Nova Era – mas essa é outra conversa) nao vejo dolo em fazer essa afirmação, que é fruto de uma observação bíblica, histórica e contextual. E justifico minha posição, apresentando aqui as razões pelas quais não creio que o Brasil será ganho para Cristo:

1. Aspectos biblicos:

A Bíblia nunca promete que nações inteiras se converteriam ao Senhor em nossos dias. Ela fala: "E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim" (Mt 24.14) mas em momento algum promete que isso resultaria em conversões em nível nacional. Anunciar o Evangelho é uma coisa. Ele resultar em conversões é algo bem diferente. Pelo contrário. Como já abordei no post Louvados e glorificados sejam os números, a Palavra de Deus é clara ao afirmar que a minoria herdaria o Reino dos Céus:

–> "Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! Sãopoucos os que a encontram" (Mt 7.13,14).

–> "Alguém lhe perguntou: 'Senhor, serão poucos os salvos?'. Ele lhes disse: 'Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. Quando o dono da casa se levantar e fechar a porta, vocês ficarão do lado de fora, batendo e pedindo: 'Senhor, abre-nos a porta'. 'Ele, porém, responderá: 'Não os conheço, nem sei de onde são vocês'. "Então vocês dirão: 'Comemos e bebemos contigo, e ensinaste em nossas ruas'. "Mas ele responderá: 'Não os conheço, nem sei de onde são vocês. Afastem-se de mim, todos vocês, que praticam o mal!'.". (Lucas 13.23-27).

–> "Não tenham medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do Pai dar-lhes o Reino" (Lucas 12.32).

–> "Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos" (Mt 22.14).

Ou seja: não há na Bíblia nenhuma promessa ou sugestão de que haverá multidões de salvos entrando em nível nacional pelos portões do Céu. Não: a salvação é para poucos. Repare que na parábola do semeador (Mt 13) a maioria das sementes não frutifica, apenas uma pequena parte delas germina e dá frutos.

Gostaria eu que fosse diferente. E temos sempre que fazer de tudo e empreender todos os nossos esforços para que o máximo de pessoas receba a mensagem da Salvação. Temos que pregar o Evangelho a toda criatura. Mas no que tange à Biblia não posso afirmar o que ela não afirma só porque me faria sentir melhor. A verdade é o que é.

2. Aspectos históricos.

Fala-se muito de avivamento, de pátrias que foram sacudidas pelo poder do Espírito e que se transformaram em nações cristãs de fato, com milhares de conversões e manifestações inefáveis do poder de Deus. Isso é verdade. Moveres sobrenaturais de Deus levaram alguns países, em períodos determinados da História, a buscar coletivamente uma aproximação maior de Cristo e uma vida de santidade. Foi assim no Primeiro e no Segundo Grande Despertamentos dos séculos 18 e 19, por exemplo. Mas minha pergunta é: como estão essas nações hoje?

A verdade nua e crua? Espiritualmente falidas.

Os Estados Unidos, avivados pela pregação de bastiões como Jonathan Edwards e George Whitefield, são hoje um país cristão não-praticante, pérfido, devasso e sem nenhum tônus espiritual, que fez o que fez no Oriente Médio sob a direção de um presidente supostamente evangélico. Um país onde a Igreja tem aceito a ordenação de bispos cuja orientação sexual em outras épocas jamais seria aceita e que inventou a Teologia da Prosperidade. Um país espiritualmemte e moralmente em bancarrota, que exporta para o mundo filmes, programas de TV e músicas abomináveis pela moral bíblica.

Já a Inglaterra, país que na época de John Wesley se viu renovado espiritualmemte, hoje mal se lembra que há um Cristo. No restante da Europa, encontramos países como Espanha e Portugal, com menos de 1% de cristãos reformados. Nos berços da Reforma Protestante, Alemanha e Suíça, a Igreja evangélica tornou-se uma entidade fantasma, com igrejas vazias e nenhuma influência sobre a vida da sociedade.

E isso falando de nações que estão debaixo de nossos olhos. Se voltarmos alguns séculos no passado encontraremos os países do Oriente Médio com quase toda a população cristã. Você talvez não saiba disso, mas até o século VI d.C. regiões que hoje compõem países como Turquia, Irã, Iraque, Marrocos e Arábia Saudita, atualmente considerados não-alcançados pelo Evangelho, tinham suas populações quase que totalmente cristãs. Até que veio o islamismo e tomou esses países,  transformando-os em nações muçulmanas.

O resumo da ópera é que para se "ganhar uma nação para Cristo" é preciso um milagre. Não só um milagre de  conquista, mas um milagre de preservação. Ou seja: reconquista diária. E milagres são a exceção, não a regra.

3. Aspectos contextuais (atuais)

Este é o ponto principal desta reflexão. Para que se pregue o Evangelho a uma pessoa pecadora, mais do que proclamar a Verdade é preciso viver a Verdade. Se eu sou um homem notoriamente devasso, mentiroso, pérfido e sem caráter, de nada adiantará eu chegar para alguém e pregar o Evangelho. Pois ele dirá "ser cristão é isso aí? Tou fora, fala sério!". E essa mesma realidade se aplica a uma nação. Para que a Igreja de Jesus evangelize uma nação e a "ganhe para Cristo", ela tem que dar o exemplo. Isso é imperativo. Mais do que pregar a Verdade, tem que viver a Verdade. E é com muita dor no coração que constato que nós não temos feito isso. Não temos sido exemplo. Compartilho alguns sintomas que me mostram que a Igreja brasileira não está capacitada para ganhar a nação para Cristo:

●  A maior parte da Igreja visível no Brasil de hoje é espiritualmemte flácida e complacente com o pecado: o comportamento visível dos cristãos diante da sociedade não tem sido muito diferente do comportamento dos não-cristãos. Em geral, somos agressivos, arrogantes, vingativos, mentirosos e egocêntricos. Fraudamos impostos, passamos cheques sem fundos, não honramos nossa palavra. Nossos seminaristas colam nas provas. Não cedemos lugar no ônibus para o idoso, fingimos que não vemos o mendigo, jamais emprestamos o ombro a um órfão sequer e muito menos a uma viúva. Articulamos dentro das igrejas para conseguir ocupar cargos de destaque. Usamos a sexualidade de modo tão mundano como qualquer personagem da novela das oito. Nossas conversas são torpes, falamos mal dos outros pelas costas, jogamos irmãos contra irmãos, contamos anedotas pesadas e fazemos piada com a manifestação dos dons do Espírito Santo. E por aí vai. Uma Igreja assim não tem a menor moral de pregar o arrependimento de pecados para o mundo: primeiro ela própria tem de se arrepender.

● O modelo de igreja predominante no Brasil não forma cristãos sólidos. Como afirmou este ano em uma de suas palestras na Conferência da Sepal o Bispo Primaz da Igreja Cristã Nova Vida, Walter McAlister, o modelo de igreja-show não forma discípulos de Cristo. Enquanto formos aos cultos apenas para assistir a algo que se passa num palco e não para participar; enquanto não nos submetermos a um discipulado radical; enquanto não resgatarmos o papel de família de fé das nossas igrejas, nunca conseguiremos formar cristãos minimamente capazes de viver e compartilhar com eficiência sua fé com uma pessoa, que dirá com uma nação.

● O evangélico brasileiro não gosta de ler. Lidos sob o poder e a iluminação de Deus, livros são o alicerce da transformação. Mas nossos jovens preferem videogames, televisão, internet e no máximo inutilidades como a série "Crepúsculo" do que livros essenciais para a formação de um caráter cristão. E sem uma mente bem formada nos tornamos incapazes de pensar uma nação. Quanto mais transformá-la. O poder de Deus age, mas age por intermédio de seres humanos – que precisam ter bagagem intelectual para explicar e transmitir. E ainda lemos muito menos do que deveríamos. E a qualidade do que lemos, em geral, deixa muito a desejar.

● Somos analfabetos bíblicos. Uma pesquisa recente feita entre os líderes de jovens de certa denominação mostrou que menos de 30% deles tinham lido a Bíblia toda. Repare: estamos falando de líderes! Aqueles que deveriam ensinar os outros! Se não lemos, não conhecemos, e se não conhecemos… o que vamos pregar? Nossa teologia é formada a partir daquilo que ouvimos em corinhos, assistimos em péssimos programas evangélicos de TV, lemos em frasezinhas soltas no twitter e em adesivos de automóveis. Mas são poucos os que realmente se dedicam ao estudo sistemático e aprofundado das Escrituras. Então vamos ganhar o Brasil pra Cristo, mas… que Cristo? Se não conhecemos o Cristo segundo as Escrituras o apresentam, que Cristo é esse que estamos pregando? Se não entendemos a Palavra por não conhecê-la, que Palavra é essa que estamos pregando? Sem conhecer a Bíblia não temos absolutamente nada a oferecer em termos espirituais à nação.

● Grande parte da Igreja evangélica brasileira é egocêntrica. Ora por si e pelos seus. Pede bens materiais, emprego, carro e casa própria em suas orações. Quer a cura de suas enfermidades. Mas não se dedica muito a interceder pelo próximo, orar pelo arrependimento dos pecados e buscar sanar os males da sociedade. Não ora pelos pobres. Não estende a mão ao faminto. Não olha para o próximo. Não se devota. Não considera o outro superior a si em honra. E ganhar uma nação para Cristo exige olhar, antes de tudo e antes de si mesmo… para a nação.

● A Igreja está hedonista. Quer prazer. Quer alegria. Quer ser feliz da vida. Quer emoção. Que louvores vazios mas emocionantes. Quer cantores carismáticos, mesmo que pouco espirituais. Quer shows e não momentos de intimidade com Deus. Quer se sentir bem. Quer cultos que atendam às suas necessidades. Quer pregações que a faça sorrir. Quer enriquecer e ter uma vida abastada. Só que antes de ganhar uma nação para Cristo temos que chorar muito, nos humilhar, esquecer o que nos faz bem e buscar o que faz bem à nação. E orar. Orar! A Igreja hoje celebra muito, canta muito… mas ora de forma mirrada, esquelética. Só que pouca oração e muita celebração não farão nação alguma se converter. Se ganharmos o país para esse modelo de cristianismo o que faremos é transformar o Brasil numa grande rave gospel, com festa atrás de festa, celebração após celebração e pouca ou quase nenhuma vida íntima com Cristo.

● Grande parte da Igreja tem pregado um evangelho mentiroso.  O que se tem divulgado é um Jesus fictício, complacente, eternamente alegre e exultante, que nos garante "plenitude de alegria, todo dia". Mas o Cristo de verdade quer que tomemos nossa cruz para segui-lo. Que morramos para nós mesmos. Que deixemos pai e mãe para ir após Ele. Mas a nação não quer fazer nada disso. E para ganhar a nação para Cristo ela tem que saber que terá de abrir mão de muita coisa, de esvaziar-se de suas vontades e desejos e seguir um caminho de renúncia e muitas vezes de sofrimento. Ganhar a nação para Cristo significa propor a ela: tome sua Cruz e siga-me. Arrependa-se de seus pecados, abra mão de seu eu e mude de vida. Honestamente: é isso que temos pregado?

● A Igreja está dividida. A Palavra nos diz que "Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não poderá subsistir" (Mc 3.24). Mas deixamos nossas paixões denominacionais suplantarem a unidade. Nós, pentecostais, fazemos piada com os tradicionais. Os tradicionais ridicularizam os pentecostais.  Todos menosprezamos os neopentecostais. Nos tornamos "anti" qualquer coisa que não sejamos nós mesmos. Nas tentativas de unir a Igreja perde-se tempo com discussões inócuas e vaidosas. Esquartejamos o Corpo de Cristo. E ainda assim queremos acrescentar uma nação inteira a esse Corpo? Como? Se não depusermos as hostilidades e buscarmos a unidade – verdadeira e sincera – uma nação ganha para Cristo sob esses moldes de igreja desunida seria um grande frankenstein.

● Nossas motivações são equivocadas. Queremos ganhar o Brasil pra Cristo não por amor às almas perdidas, mas sim para garantir nosso galardão no céu ou para finalmente fazermos parte do clube que representa a maioria e não a minoria. Queremos é estar por cima. Falta-nos, mais do que amor pelo Brasil, amor por cada brasileiro.

● Estamos tentando avançar na sociedade utilizando cargos políticos e legislações. Queremos ganhar o Brasil não para Cristo, mas para projetos de poder mascarados de cristianismo. E isso elegendo políticos supostamente comprometido com o Evangelho, fazendo marchas e protestos, usando de politicagens e chantagens políticas e organizando lobby no Planalto. E nada disso são armas espirituais. Nada disso nunca vai, de modo algum, glorificar o Senhor. Apenas cumprirá uma agenda política e nada mais.

Haveria muitos outros problemas que poderíamos desenvolver aqui, mas não quero me alongar mais. Não quero parecer um profeta do apocalipse, pintando um cenário pessimista. Minha intenção não é essa. Mas me atreveria a perguntar: será que os problemas que apontei acima são fruto da minha imaginação ou você consegue enxergá-los ao seu redor? Alguns poderiam dizer que o que escrevi não é nada edificante, mas… Há algo mais edificante que reconhecer nossos pecados para que possamos refletir sobre eles, arrepender-nos e consertar os erros? Não é isso que significa edificar? Construir? E, se preciso for, reconstruir? Parar de varrer a sujeira para baixo do tapete e acertar as coisas?

Há focos de resistência. Pequenos grupos que buscam viver uma espiritualidade real, profunda, desinteressada. Mas são grupos desconhecidos, pequenas igrejas escondidas, pastores que pregam para poucos e que proclamam o Evangelho como ele é, sem o desejo de agradar mais ao homem que a Deus. Cristãos que se abraçam e se amam de modo entregue e que se devotam à causa de Cristo e ao próximo. Esses são o remanescente fiel. São o último alento. Mas estão longe das câmeras de TV, das grandes gravadoras, dos eventos faraônicos, reunidos em silêncio, buscando a face de Deus sem fazer balbúrdia, sob as sombras do bem-aventurado anonimato. Eles são a semente da minha esperança.

Acredite: eu gostaria de que o Brasil fosse ganho para Cristo. Gostaria imensamente. Gostaria de viver numa pátria onde o Evangelho ditasse o procedimento das pessoas. Gostaria de poder afirmar: "Feliz é a minha nação, pois seu Deus é o Senhor". Mas o que vejo ao meu redor não me permite fingir que está tudo bem. Não está. A Igreja de Cristo precisa se repensar e se acertar antes de empreender projetos de conquista. E isso urgentemente. Um exército desorganizado, desunido e despreparado não conquistaria nem um vilarejo, quanto mais uma nação.

Precisamos de um milagre. É caso de vida ou morte. E morte eterna. Precisamos nos arrepender dos caminhos pop e egoístas que estamos trilhando. Precisamos voltar a orar com um coração generoso. Precisamos nos humilhar. Precisamos clamar por misericórdia. Precisamos parar de tentar vencer o mundo no peito e na raça e tentar vencer, antes de qualquer outra coisa, nossas próprias concupiscências com o rosto no pó e os joelhos calejados. Essa luta não se vence com gritos, protestos, marchas, lobbies políticos e partidarismos, mas com lágrimas. Até caírem as escamas de nossos olhos e enxergarmos a dimensão espiritual que existe por trás da cortina da matéria continuaremos agindo como o servo de Eliseu, que não via o exército celestial do lado de fora de sua casa e desejava agir segundo os métodos do mundo e não os do Espírito.

Até lá, antes de pensarmos em ganhar o Brasil para Cristo, deveríamos nos preocupar em ganhar a nós mesmos para Ele. E isso diariamente. Pois é mediante a  transformação pessoal, de um a um, alma a alma, no campo do micro, que alcançaremos o macro. Caráter. Espiritualidade. Intimidade com Deus. Estudo aprofundado das Escrituras. Leitura de autores sérios. Menos exultações e mais contrição. Amor ao próximo de fato, comprovado em atos. Sem atitudes como essas, ganhar a nação para Cristo é um sonho distante. E, honestamente, impossível.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

29 de agosto de 2011

Isso que é música de Deus, né? kkkkk.. Ri litros!

Seguinte,
A mãe vai dar uma volta e a filha disse que ia colocar uma música de Deus! kkkkkkkk

A mãe chega e pega o pancadão rolando... kkkkk
Veja o final.... a menina fica revoltada!



Sou masoquista, sim senhor!

 

         Ontem, o culto na PIBT foi dirigido pelos jovens e quanta mediocridade  essa turma iletrada na Bíblia e no vernáculo conseguiu apresentar. Fiquei cansada e, como à noite eles iriam repetir o desempenho, resolvi ficar em casa. Só que "o hábito é a segunda natureza", conforme William Shakespeare; por isso, lá pelas 20,00 horas, resolvi ir à Catedral Metodista, que fica a meia quadra do meu apê. Sou masoquista, sim senhor"!

         O "culto" havia começado há meia hora; porém, ainda suportei uns 15 minutos de tortura "decibélica", até virem duas pastoras: uma para orar e outra para pregar. Que gargantas fenomenais! Elas gritavam tanto na oração e na pregação que nem dava para se entender direito o que diziam, com a ajuda de um microfone! Meus tímpanos octogenários começaram a pifar!

         A pregação, é claro, foi embasada em um verso do Velho Testamento, que nada tinha a ver com o assunto e, pior ainda, a mulher chamou todo mundo de Satanás, pois a passagem que ela usou foi Ezequiel 28:15: "Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.". Ela aplicou esta passagem aos crentes, dizendo que todos nós deveríamos ser perfeitos, mas Deus encontra tanta iniquidade em nós que depressa envia o Espírito Santo para nos purificar. Ela só esqueceu de mencionar a necessidade da conversão (metanoia), a qual acontece, quando nos falam de Cristo, nEle confiamos, reconhecendo a nossa iniquidade e pedindo-Lhe perdão! Por que ela não usou o Salmo 51, para pregar sobre a iniquidade humana, em vez de usar uma passagem de Ezequiel, que nada tem a ver conosco? A pregação foi péssima! Quando ela atribuiu aos crentes a passagem de Ezequiel (dirigida a Satanás), depressa eu passei a mão na testa, para ver se ali havia um par de chifres, visto como minha avó Quitéria sempre pintava o Diabo com chifres! Depois, ela leu outra passagem (Isaías 49:10), dirigindo a promessa feita por Deus a Israel, como se fosse à igreja, garantindo que os crentes jamais passarão fome e sede, pois Deus nunca falha em Suas promessas... Eis a passagem: "Nunca terão fome, nem sede, nem o calor, nem o sol os afligirá; porque o que se compadece deles os guiará e os levará mansamente aos mananciais das águas".  É típico dos alguns pastores usarem passagens fora do contexto, a fim, de sacramentarem suas promessas mentirosas. E como a maioria dos crentes não lê a Bíblia, confiando em todas as lorotas pastorais,  os gazofilácios vão se enchendo, pois a condição sine-qua-non para ser abençoado, segundo esses pregadores da prosperidade, é "semear na obra do Senhor".

         Cada vez que eu vou assistir a um culto numa igreja dessas, volto deprimida com as distorções bíblicas ali entregues às pobres almas carentes de ajuda espiritual. Esses pregadores reconstrucionistas só entregam bengalas corroídas de cupim, as quais se quebram, deixando que os pobres cristãos resvalem num abismo de engodo espiritual.

 

Mary Schultze, 29/08/2011.

Em busca da Vida Eterna


         Muitas vezes, quando estou dormindo,  tenho pesadelos e até choro pelas pessoas da família que não aceitaram o plano de salvação em Jesus Cristo, pois morrer sem tê-la alcançado é seguir para a desgraça eterna. Em Apocalipse 21:8, lemos: "Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte".

            Muitas pessoas têm recebido visões do outro lado da vida, através de sonhos e até de experiências, nos quais a existência do inferno se mostra uma realidade. A Bíblia é um livro perfeito, o qual mostra que o inferno é um tenebroso lugar de tormentos. O padrão da santidade de Deus é tão elevado que somente o sangue de Jesus Cristo pode nos purificar, tornando-nos preparados para alcançá-lo. Somente a Bíblia tem respostas para tudo que se refere à eternidade.

Em Sua Oração Intercessória, Jesus falou com  o Pai: "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste... Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra... Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus". (João 17:3,6,9). As palavras de Cristo, pelas quais seremos todos julgados, estão claramente escritas na Bíblia; por isso, a leitura deste Livro é indispensável a toda pessoa que não queira ir para o inferno. Conhecer e amar o Senhor Jesus é a única maneira de ficarmos livres do sofrimento eterno, gozando a alegria de seguir, voluntariamente,  os Seus mandamentos, que não são penosos.

        Assim como a vida eterna é uma alegria indescritível, a morte eterna é verdadeiramente a maior de todas as desgraças que uma pessoa pode sofrer. Não importa quão honesta e bondosa tenha sido uma pessoa aqui na Terra, se ela morrer sem Cristo estará condenada, pois Jesus falou: "Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". (João 14:6). 

Em Efésios 2:8-9, lemos: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie".  Então, se as obras não salvam, mas somente a fé em Cristo, tolo é quem fica praticando boas obras (como os espíritas) em busca da salvação, ignorando o ÚNICO caminho para alcançá-la, que é Jesus Cristo. Ele é Deus e Deus não pode mentir; portanto, sem Cristo ninguém chegará ao Céu.

        Deus nos criou à Sua imagem e semelhança; portanto, nossa alma é eterna (como Deus é eterno) e devemos preservá-la do pecado, a fim de não sermos envergonhados no Tribunal de Cristo,  onde não seremos condenados, mas passaremos por uma avaliação do nosso comportamento aqui na Terra, para efeito de galardão.

        Quem lê a Bíblia King James em Inglês e a Bíblia FIEL em Português conhece o melhor Livro do mundo, pois nele a verdade está meridianamente escrita para a salvação de todos os que desejam conhecer bem o Senhor Jesus Cristo. Não recomendamos as novas versões da Bíblia, pois estas diluem a Divindade de Cristo, omitindo versos importantes. A pior de todas é A Mensagem, uma bíblia da Nova Era, editada por Eugene Peterson, a qual está chegando ao Brasil. Os donos de livrarias compram e vendem qualquer edição da Bíblia (por pior que seja),  pois não pesquisam, não têm amor à sã doutrina, pensando mais em lucrar do que em defender a verdade.

        Para crescer na graça e no conhecimento de Cristo devemos ler uma edição correta da Bíblia, pois, muitas vezes, uma simples palavra colocada a mais ou a menos pode rasurar a nossa fé e nos causar problemas irreversíveis na vida espiritual.

 

Mary Schultze, 28/08/2011 - www.maryschultze.com

 

27 de agosto de 2011

Piri.. Piri.. Piri... Piri.. Jesus é Rei! #Morri - Gretchen, evangélica no Jô Soares!

Passado, tá ai uma coisa que ninguém apaga! Nem mesmo Vanish Poder O2.
No meio da entrevista ela vai cantar o "Sucesso" que estourou nas paradas! Ri muito quando ela deu o CD para o Jô e ainda nem tinha capa... kkkk 


O que é mais lametável é que o pastor ainda participou dessa palhada.. Jesus dance , por favor não me faça rir!!


Vou deixar uma mensagem para todos: "Morro e não vejo tudo"

Pastor @renatovargens fala sobre os artistas e o movimento gospel.


Por Renato Vargens

Se não bastassem os altos cachês cobrados pelos artistas do denominado movimento "gospel", é comum observarmos que boa parte destes, trazem no bojo de suas apresentações inúmeras exigências contratuais, que vão da hospedagem em um hotel 05 estrelas, a um camarim recheado de frutas tropicais, alimentação requintada e bebidas especializadas. Junta-se a isso, o fato de que muitos cantores evangélicos, exigem a contratação de seguranças e carros blindados, cujo objetivo final é não permitir com que os "fãs" se aproximem do artista e do seu staff.

Caro leitor, lamentavelmente temos visto muita gente boa vendendo a alma para as gravadoras e rádios, negociando conceitos e valores, abandonando suas vocações e chamado cristão, pagando assim um preço altíssimo pela fama e o sucesso.

Sinceramente este mercado gospel me enoja! O simples fato de saber que homens e mulheres em nome de Deus se tornaram "artistas gospel" mercadejando a mensagem da Salvação Eterna, me deixa escandalizado. Confesso que não suporto mais ver a paganização do cristianismo, nem tampouco a comercialização da fé. Infelizmente em nome de Cristo, os chamados artistas de Deus se perderam no caminho, optando por atalhos que definitivamente os afastaram do centro da vontade do Senhor.

Diante do exposto pergunto: Qual a diferença dos chamados artistas gospel para os artistas seculares? Ambos não cobram cachês? Qual a diferença das músicas cantadas? Ambas não são para entretenimento do ouvinte? Qual a diferença entre seus fãs clubes? Ambos não adoram seus ídolos? E quanto as suas canções? Não são ambas antropocêntricas? Ora, vamos combinar uma coisa? Esta historia de artista gospel é uma verdadeira vergonha. Afirmar que seus shows fazem parte de um ministério cristão é no mínimo afrontar o conceito bíblico de serviço.

Ah! Que saudade da boa música, ministrada, cantada, com unção, cujo interesse era simplesmente engrandecer o nome de Deus! Que saudade, do louvor apaixonado, que brotava do peito dos adoradores como um grito de paixão e amor.

Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a sala do trono e que lá possamos adorá-lo integralmente entendendo assim, que a glória, o louvor, a soberania pertence exclusivamente a Ele.

Pense nisso!


Renato Vargens