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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

31 de julho de 2015

Assembleia de Deus recebeu dinheiro de propina da Petrobras, diz delator

Assembleia de Deus recebeu dinheiro de propina da Petrobras, diz delatorAD recebeu dinheiro de propina da Petrobras

Nos últimos meses o Brasil vem sendo sacudido por uma série de escândalos relacionados ao desvio de dinheiro da Petrobras, revelada pela operação “Lava Jato” da Polícia Federal.
Além de uma série de políticos de alto escalão, muitas empresas tiveram seus sigilos bancários quebrados, mostrando quem recebeu dinheiro vindo do desvio de verbas federais.Nos últimos meses o Brasil vem sendo sacudido por uma série de escândalos relacionados ao desvio de dinheiro da Petrobras, revelada pela operação “Lava Jato” da Polícia Federal.
O jornal O Estado de São Paulo, na sua edição de sexta (31) mostra que as empresas do lobista Júlio Camargo entregaram R$ 125 mil a uma igreja ligada ao ministério Assembleia de Deus Madureira, por indicação do presidente da Câmara dos Deputados
A igreja fica em Campinas (SP). Os documentos apresentados pela empresa Treviso, utilizada por Camargo para repassar propinas no esquema de corrupção. Até o momento, nem o pastor da igreja nem a defesa de Júlio Camargo deram explicações sobre o repasse.
As empresas do lobista também fizeram doações para campanhas de políticos no total de R$ 1 milhão. Entre os citados estão o líder do governo no Senado Delcídio Amaral (PT), que recebeu R$ 200 mil em 2010, e a senadora Marta Suplicy (sem partido), com R$ 100 mil também em 2010. Também foi realizado um depósito de R$ 150 mil ao diretório nacional do PMDB.
Camargo tem sido delator na tentativa de ser beneficiado pela justiça. A Polícia Federal comprovou que a quantia foi repassada entre 2008 e 2014. A movimentação é a única que beneficiou uma instituição religiosa. O delator disse à Justiça que fez o depósito após ser “pressionado” pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pagar propina de US$ 5 milhões.
O deputado, um dos líderes da bancada evangélica, frequenta cultos da Assembleia regularmente. Em fevereiro deste ano, Cunha esteve em um culto de ação de graças por sua eleição para a Presidência da Câmara na sede da Assembleia de Deus Madureira, no Rio de Janeiro. Cunha era ligado à igreja Sara Nossa Terra há 20 anos, mas durante o culto afirmou que trocou de denominação e agora é membro da AD.
Na ocasião, o presidente do ministério Madureira no Rio, pastor Abner Ferreira, afirmou: “Satanás teve que recolher cada uma das ferramentas preparadas contra nós. Nosso irmão em Cristo é o terceiro homem mais importante da República”.
Abner é irmão do pastor Samuel Ferreira, que lidera a Assembleia de Deus no Brás, em São Paulo. É o nome de Samuel que aparece no registro da Receita Federal como presidente da Assembleia de Deus Madureira em Campinas, que recebeu o dinheiro da empresa de Júlio Camargo.
Segundo O Estado de São Paulo, a assessoria do pastor Samuel Ferreira informou que ele não iria se manifestar sobre o caso. Eduardo Cunha não foi encontrado para comentar o episódio.

27 de julho de 2015

THALLES ROBERTO É UMA BENÇÃO PARA A IGREJA BRASILEIRA



Por João Eduardo Cruz

Essa semana o mundo do entretenimento evangélico ficou estupefato com as declarações do cantor gospel Thalles Roberto, em uma de suas apresentações o cantor disse, dentre outras coisas, que estava “acima da média dos outros artistas cristãos” e que havia ficado “mais rico que todos eles”. Embora muitos tenham achado um absurdo essas afirmações ególatras vindas de um artista cristão, eu digo que elas servem e muito para abençoar a Igreja brasileira, explico:

Em primeiro lugar Thalles nos dá o diagnóstico de um cristianismo sem discipulado, não acredito que esse rapaz tenha sido orientado de maneira correta à luz das Escrituras Sagradas, para mim ele é apenas mais um que foi usado pela igreja como muitos que vindo da carreira secular (Thalles foi backing vocal da banda Jota Quest) se tornam um espetáculo grotesco para uma igreja sedenta por pão e circo.
Thalles pode ter desejado mudar, ser uma nova criatura, mas não foi informado realmente de como isso se dá. Basta comparar sua postura com a do Rodolfo Abrantes (Ex Raimundos), percebe-se claramente a diferença de compreensão do Evangelho ao examinar o discurso dos dois.

Na minha opinião, se Thalles erra, errou muito mais quem o ordenou pastor. Nas Redes Sociais é possível ver um vídeo onde o rapaz não consegue sequer diferenciar uma fala do apóstolo Paulo com a do salmista. Ou seja, Thales mostra para a Igreja brasileira a necessidade de discipulado mais sério e profundo.

Em segundo lugar, Thalles de certa forma foi usado por Deus com essa sua atitude de menosprezo aos companheiros de estrada e altivez em relação ao próprio talento. Explico. A resposta de alguns desses artistas cristãos ao comentário de Thalles soou tão egocêntrico quanto ele.

O que nos mostra que o problema não é exclusivamente do Thalles, mas a forma que nós como Igreja temos tratado desses irmãos que muitas vezes são tão idolatrados que acabam se esquecendo do que, para quem, e por que, estão fazendo o que fazem. A atitude do Thalles é providencial, nos chama para puxarmos o freio de mão e conscientizarmos nossos irmãos de que a Igreja não deve atuar como o mundo, fabricando ídolos para melhor entretenimento dos bodes.

Como Deus é soberano, a atitude do Thalles pode abençoar a igreja brasileira, basta ter ouvidos para ouvir o que o Senhor está querendo nos dizer através da fraqueza espiritual desse irmão.

E no mais, resta-nos orar pelo rapaz, para que seus olhos e o de outros que pensam como ele, mas não têm coragem de se pronunciarem publicamente, sejam abertos. Tanto talento não pode ser assim soterrado debaixo de tanta soberba, que Jesus se compadeça dele e o humilhe, para que seus lábios um dia possam declarar apenas a glória do Senhor.


Polêmica estátua de Satã é inaugurada nos EUA


A estátua satanista - Reprodução/Facebook(The Satanic Temple)
O culto The Satanic Temple inaugurou em Detroit (Michigan, EUA), no último sábado (25/7), a polêmica estátua de bronze de Baphomet - figura meio homem, meio bode

estátua satanista seria inaugurada inicialmente em Oklahoma (EUA), mas a iniciativa foi vetada pela Justiça local. 

De acordo com a agência Reuters, a estátua, de 2,8 metros de altura, foi revelada aos seguidores da seita em um prédio industrial às margens do Rio Detroit. A inauguração seria em um restaurante, mas, assim que o proprietário soube que o evento reuniria satanistas, cancelou o evento. 

"Salve, Satã!", gritaram as centenas de convidados, que pagaram até R$ 255 para participar do culto. 

O Satanic Temple defende a separação entre Estado e religião.
Nos últimos dias, um grupo de cristãos liderados pelo pastor evangélico Dave Bullock fez vigília contra a seita satanista. 

"A última coisa de que Detroit precisa é ter uma festa para o Diabo", disse Bullock.
Baphomet - Foto: AP
Na bruxaria, Baphomet representa o deus Pan e no satanismo costuma representar o Diabo. Sua origem é pagã, mas acabou sendo adotada pelo satanismo.
Via: O Globo

Porque não canto Raridade do Anderson Freire


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Por Richardson Gomes


Não coincidentemente, a música mais tocada dos últimos dias é ela, “Raridade”, campeã de solicitações nas rádios e de quantidade de vezes que é cantada nas igrejas. Feita por Anderson Freire, essa música conseguiu atingir a todo o Brasil, “impactando” os corações até de quem não professa a fé cristã. Eis aqui os motivos, frase por frase, pelos quais EU não canto essa música.

"Não consigo ir além do teu olhar, tudo que eu consigo é imaginar a riqueza que existe dentro de você."

A música começa com uma daquelas frases poéticas que você não entende o porquê dela estar ali, mas ela dá um efeito bonito – e até romântico – na música. Não me surpreendo com isso vindo de uma música feita para vender. Além disso, notamos a presença da velha e boa sacada de músicas de rádio: exaltação do homem. Sim, caro leitor, a primeira frase já começa com uma boa massagem no ego de qualquer um que a escute. E quem não gosta disso, não é verdade? E a Bíblia? O que ela diz sobre o que há dentro de nós? A Bíblia diz que o homem natural é inútil, impossibilitado de fazer o bem, pecador, e não tem temor a Deus (Is 64:6; Jo 6:44, 65; Rm 1:21-32; Rm 3:10-18, 23) Porém, você pode dizer: “Essa música foi feita para o cristão. O que há dentro dele é Jesus.” Primeiro que se fosse mesmo Jesus nesta frase, o autor não diria “tudo que eu consigo é imaginar”, a não ser que ele não saiba que Jesus pode ser conhecido na Bíblia que nos foi revelada. Segundo que o fato de Jesus habitar em mim nunca deve ser motivo para que eu me ache raro. O evangelho é tesouro em VASOS DE BARRO, para que a excelência do poder seja de Deus e NÃO DE NÓS (2 Co 4:8).

"O ouro eu consigo só admirar, mas te olhando eu posso a Deus adorar, sua alma é um bem que nunca envelhecerá."

Como se já não bastasse o fato dessa música ser totalmente antropocêntrica, muitos ainda fazem questão de colocá-la no culto congregacional (é até engraçado como alguns esquecem que o culto é PARA DEUS e não para o homem). O ouro realmente é algo raro, algo valioso. O ouro é raro justamente por ser ouro. O metal não é como o ouro. O cobre não é como o ouro. O bronze não é ouro. Ouro é raro porque é ouro. O ser humano, em si, é valioso. É a única criatura que possui a imagem e a semelhança de Deus. Nenhuma outra ganhou esse privilégio. Nem os anjos!

Mas pense comigo: se o ouro começa a deixar de ser ouro puro, ele vai perder o valor, não é? A grande questão é que o ser humano, por causa do pecado, contaminou completamente a imagem e semelhança que ele tinha de Deus. Se a ideia dessa frase é mostrar o valor que o ser humano tem por ser humano, conseguiu. Mas ela tem um probleminha crucial: Ela se refere a mim e a você: PECADORES. Ainda que regenerados, mas ainda assim pecadores. E por isso não podemos, de maneira alguma, ser intermediadores de ligação alguma do homem para com Deus. O grande e único intermediador, o único ser humano que foi PERFEITAMENTE humano, o humano que deveríamos ser foi Jesus Cristo. Nós falhamos todos os dias em sermos humanos, mas alguém venceu. É por essa vitória que podemos olhar para Ele e adorarmos a Deus. Ele sim é uma raridade. JESUS é o grande centro do Evangelho.

A nossa alma nunca envelhecerá, mas ela poderá ter dois eternos caminhos. O de morte ou o de vida. Minha alma "rara porque nunca envelhecerá", por merecimento, deveria "não envelhecer" no inferno. Somente por causa de vida de Cristo, do que Ele fez por nós, é que podemos ter vida e vida em abundância. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Coríntios 15:57)

"O pecado não consegue esconder a marca de Jesus que existe em você. O que você fez o deixou de fazer não mudou o inicio, Deus escolheu você."

Como disse o Rev. Francisco Macena: “Em boa parte das músicas evangélicas dos nossos dias canta-se demasiadamente sobre a centralidade do homem. Em nome da necessidade de levantar a autoestima, conceitos teológicos são invertidos e adaptados para fins psicológicos. Um exemplo dessa inversão pode ser visto na canção “Raridade” interpretada por Anderson Freire.”

Existe um problema e não podemos deixar que ele ganhe espaços quando falamos de música cristã. Achamos que falar verdades já é o suficiente. Quando na verdade, deveríamos analisar uma música como um todo e que mensagem realmente ela quer passar – mesmo que contenha algumas verdades. Dito isso, eu diria que a única parte que eu cantaria em toda a música seria essa. Mas, meu convite é que façamos os que os profetas faziam: Ainda diante de boas ações, eles analisavam as MOTIVAÇÕES! Por exemplo, é verdade que o pecado não consegue esconder a marca de Jesus em nós. Uma vez justificados, nenhuma condenação pode cair sobre nós. É Deus quem nos justifica (Rm 8:1; 33-34). Mas é isso mesmo que a música quer passar?

Li um artigo do pastor Aaron Menikoff sobre letras de músicas e logo após o primeiro questionamento “A letra é verdadeira?” surge este: "A letra é verdadeira, porém, enganosa?" Diante de uma música antropocêntrica, onde a raridade do homem é exaltada, demonstrando merecimento na graça de Deus, será mesmo que essa frase corresponde à verdade bíblica de que “onde abundou o pecado superabundou a graça”? A frase da música não seria um conforto para se viver no pecado? Isoladamente, tal frase seria até boa para pregarmos o evangelho a um não crente (ainda que seja bem perigoso afirmar a eleição de um ainda não convertido). Mas diante de uma música sem identidade, sem público definido, feita para vender, tão subjetiva, acho muito estranho afirmar coerência teológica nessa frase sobre a eleição em uma música que carrega o título “Raridade” direcionada ao HOMEM. É simples: troque “Deus escolheu você” por “Deus predestinou você” e o número de pessoas a cantar tal música diminuirá significativamente. As pessoas querem ser escolhidas, mas não predestinadas. Elas querem ser escolhidas por ALGO. Ainda que a letra afirme que o que eu fiz ou deixei de fazer não mudou o inicio (que é uma verdade), ela afirma que o que eu sou me fez ser escolhido. E a Bíblia rejeita isso. Deus rejeita isso. Logo, pois, [Deus] compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer” (Romanos 9:18). Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS.” (Efésios 2:8)

"Sua raridade não está naquilo que você possui ou que sabe fazer. Isso é mistério de Deus com você."

Novamente, aparece mais uma daquelas frases poéticas que são difíceis de entender e explicar. Sabemos que existem coisas sobre Deus que realmente não estão disponíveis para o homem, por pertencerem somente ao Senhor (Dt 29:29). Geralmente, chamamos isso de mistério, pois não nos foi revelado nas Escrituras Sagradas. Mas alguns vêm utilizando este termo quando não encontram base bíblica para sustentar posicionamentos de assuntos que, muitas vezes, estão claros na Bíblia. Talvez seja isso o que está acontecendo nesta parte da letra. A Bíblia é clara que é pela misericórdia de Deus que fomos salvos, não dependendo de alguma coisa eu faço (Rm 9:11), mas NÃO porque somos raros. Portanto, numa tentativa de mostrar que nossa raridade não é meritória, é dito que é um mistério de Deus. Oh, se fosse trocada a palavra "raridade" por "eleição" Desta forma, sim, seria bíblico. E pra piorar, dentro do que estamos vendo durante toda a letra, o autor talvez pense desta forma: "sua raridade não está naquilo que você possui ou que sabe fazer, mas sim no que você é." E como não enxergar méritos nisso?" Não sei e nem me pergunte, "isso é mistério de Deus com você".

"Você é um espelho que reflete a imagem do Senhor. Não chore se o mundo ainda não notou. Já é o bastante Deus reconhecer o seu valor."

Continuando o antropocentrismo e a exaltação humana, o refrão nos chama de espelho que reflete a imagem do Senhor. Sim, somos à imagem e semelhança de Deus, mas depois da queda, NÃO somos a perfeita imagem de Deus. Se somos um tipo de espelho, somos do tipo QUEBRADO. É evidente que devemos refletir à glória de Deus. Mas nem tudo que fazemos reflete, pois pecamos. Devemos, em tudo que fizermos, procurarmos refletir Sua imagem, enquanto somos moldados à imagem de Cristo, mas, infelizmente, não é isso que a música diz. E aí vem a pergunta: Pra quê devemos refletir a imagem do Senhor? A Bíblia nos responde: Assim resplandeça a vossa luz diante dos HOMENS, para que VEJAM as vossas boas obras e GLORIFIQUEM a vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5:16). É o mundo que devemos iluminar. Se o mundo não notou que somos diferentes, que não somos como ele, se as pessoas sem Cristo acham que somos como eles, se elas não percebem, e nem se incomodam com a santidade que estamos buscando, devemos sim chorar.

Quando a Bíblia diz que devemos falar não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações (1 Ts 2:4), não é sobre os homens não notarem, é sobre NÃO AGRADÁ-LOS, pois ao homem natural, a palavra do Evangelho sempre será dura e confrontadora, como se fosse loucura. O ser humano tem um grande valor pra Deus, e sua Igreja Gloriosa ainda mais. Mas você? Suas obras? Sua raridade? Deixe Deus medir o valor de suas obras, o valor sua vida longe do sacrifício de Cristo, sem a santidade que Ele, por graça dá, e veja o quão certa será sua CONDENAÇÃO (Is 64:6)!

"Você é precioso, mais raro que o ouro puro de ofir. Se você desistiu, Deus não vai desistir. Ele está aqui pra te levantar se o mundo te fizer cair."

Propositalmente, vou deixar a primeira parte da frase para o final. Como toda música "gospel", a letra termina com um daqueles jargões que quase todo artista "gospel" diz para soar espiritual e comovedor: "Se você desistiu, Deus não vai desistir." E então eu me lembro de uma célebre frase do Paul Washer: "Deus nunca desistiu de você porque ele não pôs esperança em você." O problema é que dentro do contexto da música, podemos inferir que "se você está cansado de buscar a santidade, se você está cansado de lutar, não tem problema... Se você desistiu, Deus não vai desistir".

Lembro-me de uma pregação do John Piper na qual ele fazia uma pergunta: "Você treme diante do fato de que Deus está agindo em sua vida?" Porque a grande verdade, meu amigo, é que se não há fome por santidade em você, não há ação de Deus em sua vida. E isso é um perigo, pois a justiça dEle (e não Sua misericórdia) está sobre sua vida. Se você não quer mais lutar, se você está desistindo da vida cristã, por que você diria Não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim (Gl 2:20)? Cuidado! Essa frase pode gerar uma grande margem para uma vida em pecado com o pensamento de que "Deus não vai desistir". Deus não nos predestina para viver em pecado, Deus nos escolheu nele antes da Criação do Mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença (Ef 1:4). Quando caímos, Deus nos levanta. Sim, Ele nos preserva! Até o fim. Mas não é por isso que devemos viver caindo ou e nem nos conformarmos com nossas falhas. Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? (Rm 6:1-2). Ele não está só para nos levantar. Ele está aqui para ser devidamente glorificado!

E para terminar essa análise, deixo-vos esta passagem:

Clamai, pois, o dia do Senhor está perto; vem do Todo-Poderoso como assolação. Portanto, todas as mãos se debilitarão, e o coração de todos os homens se desanimará. E assombrar-se-ão, e apoderar-se-ão deles dores e ais, e se angustiarão, como a mulher com dores de parto; cada um se espantará do seu próximo; os seus rostos serão rostos flamejantes. Eis que vem o dia do Senhor, horrendo, com furor e ira ardente, para pôr a terra em assolação, e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas dos céus e as suas constelações não darão a sua luz; o sol se escurecerá ao nascer, e a lua não resplandecerá com a sua luz. E visitarei sobre o mundo a maldade, e sobre os ímpios a sua iniqüidade; e farei cessar a arrogância dos atrevidos, e abaterei a soberba dos tiranos. Farei que o homem seja mais precioso do que o ouro puro, e mais raro do que o ouro fino de Ofir. - Isaías 13:6-12

Graça e Paz.

***
Divulgação: Bereianos

Thalles é o menor problema da igreja brasileira




Esses dias o feed do Facebook da maioria dos evangélicos brasileiros foi tomado por críticas e mais críticas ao cantor Thalles Roberto, devido a sua decisão de "ir" para o mundo cantar para ser "luz", depois de receber uma "revelação" direta de "deus", vulgo seu próprio ego. Não vou aqui perder tempo falando sobre sua arrogância, prepotência, sua cosmovisão totalmente errada, suas loucuras e histerias ou sobre o mal cheiro que sinto quando este homem abre a boca. Isso muitos já estão fazendo.

E realmente muitos estão fazendo mesmo! É quase unânime. Quase todos estão falando da mesma coisa, como se estivessem todos no mesmo time ou pensassem da mesma forma (e graças a Deus que pelo menos nisso, pensamos igual). É exatamente esse o ponto no qual quero chegar: O Thalles Roberto é o menor problema da igreja evangélica brasileira atual. Não me preocupo tanto com o que o Thalles diz ou deixa de dizer. Não me preocupo tanto com o que o Bispo Macedo diz ou deixa de dizer, dentre outros... Acredito que há coisas muito mais preocupantes em nosso meio. Não adianta levar palhaços a sério. Deixemos eles em seus circos divertindo suas crianças, pois é isso mesmo que elas querem. Não estou dizendo que não devemos nos importar, mas às vezes tapamos nossos olhos para problemas bem mais sérios porque estamos nos divertindo em criticar outras crianças.

O meu ponto é que tem gente que crê numa graça barata, gente que desmerece a pregação do evangelho trazendo um olhar totalmente marxista para o cristianismo, gente que odeia o estudo teológico aprofundado das Escrituras, gente que não se satisfaz somente com a Palavra de Deus também está criticando o Thalles. E é isso que é o mais preocupante. A Bíblia tem saído das igrejas há muito tempo, mas só conseguem se importar com a saída do Thalles. Me preocupo com tanta igreja cedendo ao liberalismo teológico, aceitando ordenação de pastoras, abrindo espaço cada vez mais pra Teologia da Missão Integral e daqui a um tempo (como aconteceu nos EUA) tornando a presença de pastores gays cada vez mais hegemônica. Isso tudo devido à desvalorização de algo "simples": a Bíblia. A Bíblia tem sido atacada, mas ninguém se importa. Muitos jovens cristãos que estão criticando o Thalles são os mesmos que criticam outros jovens que se empenham no estudo teológico. 

Até quando vamos viver assim? Nos escandalizando quando um cantorzinho que prega mais a si mesmo do que a Cristo deixa de ser gospel, enquanto muitos estão fugindo veementemente da centralidade das Escrituras e nem sentimos falta? O pecado latente no evangelicalismo brasileiro, a escassez doutrinária, a onda marxista e a libertinagem da "graça" andam tão impunes e nem mesmo notamos! Quando alguns gritam para alertar as demais ovelhas, são rejeitados. "Quanta besteira", dizem. "Isso não é nada". Desculpem-me, mas antes de chamarem o Thalles de antibíblico, deveriam ao menos procurarem ser bíblicos. Veja o que A. W. Tozer disse a respeito disso:

"Não é uma coisa esquisita e um espanto que, com a sombra da destruição atômica pendendo sobre o mundo e com a vinda de Cristo estando próxima, os seguidores professos do Senhor se entreguem a divertimentos religiosos? Que numa hora em que há tão desesperada necessidade de santos amadurecidos, numerosos crentes voltem para a criancice espiritual e clamem por brinquedos religiosos?"

Parabéns aos pastores, líderes e membros de igrejas que são fieis à Palavra de Deus e a estimam tanto quanto ao próprio Deus. Estes sim podem olhar para problemas infantis e criticarem com toda propriedade, por tanto lutarem para que problemas muito mais graves deixem de existir nas nossas igrejas. Encerro com as palavras do apóstolo Paulo aos Coríntios, que ao ver tanta impureza, percebia que não havia nem lamento por isso:

"Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem possua a mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação". - 1 Coríntios 5:1,2

***
Autor: Richardson Gomes
Fonte: Electus

24 de julho de 2015

Caio Fábio manda um recado a Thalles Roberto.

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Caio Fábio manda um recado a Thalles Roberto. 
Porção do Programa Papo de Graça - Caio Fábio - 23/07/2015



Divulgação: WebEvangelista

Policial militar aconselha e ora por assaltante na delegacia; assista

Um vídeo publicado nesta quarta-feira (22), pelo policial Marcos do Val em sua página do Facebook já está viralizando na internet. As imagens mostram um soldado da PM do Pará aconselhando um jovem delinquente a deixar a vida do crime e entregar sua vida a Jesus.

Os nomes (tanto do policial, como do delinquente) não foram revelados, mas as imagens têm emocionado internautas, que em poucos minutos encheram a postagem com centenas de comentários e já levaram o vídeo a milhares de compartilhamentos.

"Veja o que esse policial faz com esse jovem na Delegacia. Cenas que a TV não mostra, mas eu mostro aqui!", disse Marcos do Val - que trabalhou como policial federal no Brasil e atualmente integra o batalhão da SWAT, no Texas (EUA).

A maioria dos internautas também expressou seu apoio ao PM do estado do Pará, que teve a atitude de aconselhar o assaltante na delegacia.

"Ser Policial aqui no Brasil não é tarefa fácil. A mídia só mostra o lado cruel e os erros que alguns policiais cometem. Atos como desse sr. jamais serão mostrados na TV BRASILEIRA", disse um usuário do Facebook.

"Que atitude maravilhosa e abençoada deste policial. Precisamos de mais pessoas assim, ungidas com o Espírito Santo. Deus abençoe", disse outro internauta.

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Marcos do Val tem se tornado conhecido por apoiar as forças armadas do Brasil (e de outros países), usando a sua página oficial do Facebook para a postagem de diversos vídeos de soldados em ações diversas.

Clique no player abaixo para conferir este vídeo mais recente:




Fonte: Guiame

Thalles Roberto - Lepo Lepo (Parodia)



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Divulgação: WebEvangelista

Leonardo Gonçalves concede entrevista falando sobre humildade

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Bem-aventurados os humildes, porque deles é o reino dos céus. Veja o vídeo que o amigo Daniel Simoncelos com o Leonardo Gonçalves falando sobre humildade.


Divulgação: Web Evangelista
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23 de julho de 2015

5 lições a aprendermos com o caso Thalles

thalles1 Thalles Roberto e o dilema gospel
A paz do Senhor!
Com toda essa polêmica acerca das declarações, no mínimo infelizes, do Thalles Roberto, a Igreja deve aprender algo. Se analisarmos a situação de forma imparcial, podemos identificar erros graves que poderiam ser evitados na formação do caráter de cristão do Thalles.
Abaixo vou listar algumas lições que devemos aprender para evitar que esse problema se repita com outros artistas.
1 – Ascensão ministerial meteórica
Basta um famoso “se converter” que já tem portas e mais portas abertas e fácil acesso aos púlpitos para contar seu testemunho. Se o famoso entrega a vida a Cristo na sexta, no domindo já pode escolher em qual igreja vai dar o testemunho. Na minha visão bíblica, por mais famoso que alguém for, depois de entregar a vida a Cristo deve ser discipulado, conhecer a Bíblia e só depois de realmente convertido, sair para dar seu testemunho.
Infelizmente no afã de encher suas igrejas, muitos pastores entregam suas igrejas nas mãos de neófitos que, na maioria das vezes, falam um monte de besteiras e ninguém se importa, querem ver o “poder de Deus”.
2 – Falta de senso crítico 
Líderes mal intencionados incutiram na mente dos crentes que não podemos julgar a ninguém e em hipótese alguma. Se fizermos uma análise, ainda que superficial, sobre as músicas que cantamos em nossos cultos, comparando-as com a Bíblia, vamos ver que muitos dos nossos “louvores” exaltam ao homem e não a Deus.
Está na hora de a igreja acordar e começar a comparar o que ouve, seja em músicas, seja em pregação, com a Bíblia e se não houver concordância, fiquemos com a Bíblia e não com o cantor ou pregador. Unção verdadeira é aquela que consegue transmitir a graça de Deus dando a glória somente a Ele.
3- Buscar crescimento em vez de emoção.
Grande parte dos crentes acredita que a presença de Deus e a ação do Espírito Santo se caracterizam por sensações, choros e arrepios. Isso na verdade é a vontade da carne, que quer crer em Deus através de coisas palpáveis.
A verdadeira ação do Espírito Santo produz frutos (Gálatas 5:22) e traz transformação de caráter e atitudes. Como pode alguém se dizer convertido e continuar extorquindo os irmãos?
4- Pastoreio mais presente 
Tudo o que acontece na igreja é de responsabilidade do pastor. Se ele não sabe lidar com suas ovelhas e discipliná-las a andar com Cristo é porque sua influência está fraca demais para atrair as pessoas.
No caso dos artistas, as coisas pioram muito. Alguém acha que as besteiras que o Thalles falou vieram à sua mente só no momento que falava? Claro que não. Isso são coisas que ele já vem pensando e alimentando há tempos. É um conceito egoísta de si mesmo. Se isso aconteceu é porque houve uma falha grave em seu pastoreio. Se o seu pastor o tivesse contido e mostrado o quanto ele estava se perdendo no caminho, isso seria evitado.
Duas coisas me causam estranheza: o pai do Thalles é pastor, mas pelo visto isso não fez diferença e André Valadão, um dos pastores da Igreja Batista da Lagoinha, igreja que o Thalles é membro, publicou em seu Facebook que os cantores que estavam se manifestando contra as declarações do Thalles estavam sofrendo de coitadismo. Nitidamente, todos passam a mão em sua cabeça.
5 – Abandonar a idolatria
Todas as vezes que um pastor ou cantor famoso é criticado aparecem os fãs rangendo os dentes para defendê-los a qualquer custo. Não se importam se seu ídolo está certo ou não, querem manter sua imagem limpa.
Esses fãs exaltados, via de regra, dizem que não se pode julgar, que eles são homens de Deus, ungidos, que o que ele faz da vida dele é problema dele com Deus. Nem sei quantos xingamentos, inclusive com palavrões já recebi nos comentários aqui do blog.
O mais interessante é que não usam a Bíblia para defender os seus ídolos, deve ser porque como Deus falou ao próprio Thalles, que os jovens que o seguem não lêem a Bíblia.
Deus também teria falado ao Thalles que os seus fãs o amam e veneram, sendo assim, até Deus está preocupado com essa idolatria e falta de leitura bíblica.
Está na hora de voltarmos à adoração, abandonando os shows. Analisarmos aquilo que cantamos, supostamente a Deus e buscarmos um conhecimento mais profundo acerca da Bíblia. Enquanto negligenciarmos a correção e se for o caso, até o boicote a esses cantores e pregadores – se não se arrependerem e mudarem  – essa festa do caqui vai continuar e ainda vamos ter muita festa da carne disfarçada de culto.
Que Deus te abençoe.

Thalles Roberto e o dilema gospel

thalles1 Thalles Roberto e o dilema gospel
É provável que Thalles Roberto seja o principal nome do mercado musical evangélico surgido na década de 2010. Em cinco ou seis anos de carreira, colecionou discos de ouro e platina, foi indicado ao Troféu Promessas, tocou em ginásios, foi indicado ao Grammy Latino, juntou milhões de seguidores nas redes sociais, enriqueceu financeiramente – enfim, todo o currículo que o universo da prosperidade evangélica brasileira assevera como sinal de “unção”. Com tudo isso, e mesmo se apresentando como “pastor”, Thalles Roberto tem deficiências enormes em expressar-se. Nos últimos meses, suas declarações públicas têm rendido críticas virulentas vindas do circuito cristão, e seus comunicados e seus vídeos de explicação só têm piorado a situação. Você deve se lembrar de quando Thalles disse que bateria em seu filho se este apanhasse na escola, que criava suas crianças para que brilhassem sob os holofotes e não detrás de uma bateria, que aqueles que o criticavam eram todos fariseus, que era um cantor melhor de seus pares, ou, a mais recente, que os evangélicos erravam em não pedir orientação a Deus sobre o melhor momento de sonegar impostos.
Com certa dose de boa vontade e esforço interpretativo, entretanto, dá para intuir o que Thalles quis dizer durante sua apresentação na “Conferência Global 2015: Apóstolos e Profetas – A manifestação dos filhos de Deus” organizada pela denominação Comunidade das Nações, em Brasília, e que se transformou em outra grande controvérsia no ritmo rápido das dezenas de milhares de compartilhamentos da internet.
Thalles subiu ao palco às 20h, encerrando uma programação aberta onze horas antes pelo pastor Lucinho Barreto (sim, o próprio, o mesmo acusado de estimular a intolerância religiosa e apologia à violência). Em um intervalo entre suas músicas, Thalles caminhou à beira do palco e, sobre o tilintar das notas do teclado, anunciou seus próximos passos artísticos. Um álbum chamado Luz dirigido não mais ao público evangélico específico, como o ali presente, mas ao grande público em geral. Disse que recebera orientações específicas de Deus para que saísse do ambiente religioso e que diversificasse a temática de sua música para além dos assuntos de espiritualidade cristã. Não ficou claro em sua fala – nem no vídeo de explicações que ele teve de fazer depois das críticas absolutamente violentas que recebeu – se essa decisão era um desafio artístico ou missional, ou ambos, embora ele tenha mencionado a orientação de ser “luz” fora da igreja, ao mesmo tempo que o ímpeto de ombrear com artistas internacionais como Usher e Ben Harper.
(Peço licença ao leitor para não compartilhar os vídeos originais de Thalles Roberto; deixá-lo falar é fazer campanha contra ele, e eu não estou nessa de campanha contra ninguém. Se você quiser, pode achar facilmente pela web, mas vá por sua conta e risco).
Se você não tem intimidade com o universo dito “gospel” não deve ter entendido nada do dilema de Thalles, tampouco as críticas que ele sofreu, tampouco a controvérsia que se formou entre outros cantores, blogueiros, pastores e até em relação à denominação da Conferência Global, que retirou menção ao show de sua cobertura oficial ao evento. Vou me arriscar a explicar.
O gospel, segundo foi sendo formado no Brasil, não é um estilo musical (muito embora possa ser um conceito musical, de retransmitir os padrões sonoros e estéticos da CCM [a Contemporary Christian music] e do R&B mais anglófilo possível). Também não é uma questão de letra, porque abre espaço para canções de vingança (“Sabor de mel”, da cantora Damares) até adaptações pra lá de livres de histórias bíblicas (“Faz um milagre em mim”, do cantor Regis Danese).  O colunista da revista Cristianismo Hoje, Carlo Carrenho, matou a charada em um artigo de 2010: o gospel no Brasil é uma questão de target. De público-alvo. De circuito. E, claro, de imagem pública. Tem a ver com a gravadora (ou o selo) pelo qual você lança seu disco, com os congressos onde você se apresenta, as marchas para Jesus que você apóia, os troféus Promessa que você coleciona, com o sorriso piedoso sob iluminação celeste na capa do disco, os subprodutos vendidos na Conde de Sarzedas, as entrevistas para revistas e sites dirigidos aos crentes e, naturalmente, os versículos que você compartilha online e com o linguajar repleto de jargões do evangeliquês.
Embora Thalles tenha passado a infância e adolescência dentro de uma igreja evangélica, começou sua carreira musical como cantor de apoio do Jota Quest. Quem conhece um pouquinho do showbiz sabe que músicos de apoio ficam sempre na penumbra, ganham pouco, não têm direito ao mesmo camarim dos artistas e têm ingerência artística próxima de zero – isso em caso de bandas de pop-rock, geralmente mais “tamo junto”; em caso de divas da MPB, por exemplo, os músicos de apoio devem lidar com o diretor musical e nem trocar palavra com a estrela. Bem, Thalles era backing vocal do Jota Quest e, segundo seu testemunho público, conseguiu se deslumbrar com isso. Conheceu as drogas e a promiscuidade e decidiu voltar aos, como se diz, “caminho do Senhor”. Foi aí que ele encontrou fama e fortuna, ganhou fãs, seguidores, curtidores, tornou-se referência, começou a ser debatido e a gerar polêmica, e foi aí que repetiu à exaustão seu testemunho de conversão. É claro que o circuito gospel é condescendente (consumindo o que não consumiria por outro motivo que não a identificação religiosa), mas exige fidelidade. A lógica é simples: se não há identificação artística, apenas identificação religiosa, um cantor que busque ampliar seu espaço de expressão artística está apenas “traindo” aqueles que o sustentaram até então dentro do ambiente da religião.
É por isso que você não viu Roberto Carlos se explicando publicamente porque abandonara as letras sobre carrões e festas para se dedicar a temas românticos, nem porque Brian Wilson nunca precisou gravar vídeos se desculpando com os fãs por não fazer mais canções sobre garotas de biquíni e praia, nem os Beastie Boys metidos num dilema sobre cantar a respeito de farras ou cantar a respeito de valores humanos. Porque artistas de verdade não se movem dentro de targets, mas dentro de suas próprias expressões artísticas, suas próprias inquietações e motivações mais indecifráveis. Fazer arte é justamente a tentativa de expressar essas inquietações.
Nesse sentido, a música dita “gospel” tem, sim, valor musical, porque tem bons músicos, grandes cantores e produtores competentes, mas tem valor artístico em pé de igualdade com, digamos, os jingles de publicidade. É música fácil, de consumo rápido, feita para atingir um determinado público e vender uma certa ideia. É showbusiness, mas não é arte.
O que nos leva, finalmente, à única pergunta que realmente interessa nessa confusão toda: Thalles Roberto é um artista de verdade? Ou é apenas um sorriso carismático a serviço do ambiente religioso pra lá de babilônico do Brasil? Estaria ele ouvindo o chamado mais verdadeiro de sua alma artesã (para usar o brilhante termo de Ervin McManus) ou estaria apenas movendo seu ego em direção a holofotes mais potentes, tapetes mais vermelhos e a paredes de amplificadores mais impressionantes?
Nem seus poucos defensores nem seus muitos detratores podem arriscar a dizer. Talvez nem o próprio Thalles Roberto tenha isso claro – por mais que repita que está apenas seguindo as ordens de Deus. A favor do cantor, é preciso dizer o seguinte: por mais irrisória que tenha sido sua carreira no meio dito “secular”, ele deve ter observado as diferenças entre os bastidores do meio gospel e o do circuito pop, e as maracutaias contábeis e os favores escusos que se pratica Brasil afora em nome de Jesus – especialmente em grandes eventos ligados a grandes prefeituras, se é que você me entende. Alguns amigos cristãos músicos se definem como “aliviados” em suas consciências depois que conseguiram deixar o circuito gospel em favor de algo que pode ser menos religioso, mas pode ser bem menos profanado.
Talvez este seja o grande passo certo de Thalles Roberto em direção a arte, talvez seja seu último suspiro antes de ser estrangulado pela própria vaidade. Talvez o circuito gospel perca um orador que não sabe se expressar, talvez o showbiz brasileiro ganhe um cantor que, como todo artista de verdade, trocou o certo gospel pelo incerto da expressão verdadeira. Seja como for, pela primeira vez, me deu vontade de acompanhar os passos desse cara.
    • Via: R7