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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

30 de abril de 2013

A RESPEITO DE COISAS QUE EU NÃO POSSO DEIXAR DE SABER.

Talvez seu modelo seja uma caricatura do original
Você sabia que foi apenas no ano 190 d.C. que a palavra grega ekklesia, que traduzimos como igreja, foi pela primeira vez utilizada para se referir a um lugar de reuniões dos cristãos?
Sabia também que esse lugar de reuniões era uma casa, e não um templo, já que os templos cristãos surgiram apenas no século IV, após a conversão de Constantino?
Você sabia que os cristãos não chamavam seus lugares de reuniões de templos até pelo menos o século V?
Você sabia que o primeiro templo cristão começou a ser construído por Constantino, sob influência de sua mãe Helena, em 327 d.C., às custas de recursos públicos, e sua arquitetura seguia o modelo das basílicas, as sedes governamentais da Grécia e, posteriormente, de Roma, e dos templos pagãos da Síria?
Você sabia que as basílicas cristãs foram construídas com uma plataforma elevada acima do nível da congregação e que no centro da plataforma figurava o altar, e à sua frente a cadeira do Bispo, que era chamada de cátedra?
Você sabia que o termo ex cathedra significa “desde o trono”, numa alusão ao trono do juiz romano, e, por conseguinte, era o lugar mais privilegiado e honroso do templo?
Você sabia que o Bispo pregava sentado, ex cathedra, numa posição em que o sol resplandecia em sua face enquanto ele falava à congregação, pois Constantino, mesmo após a sua conversão ao Cristianismo, jamais deixou de ser um adorador do deus sol?
Você sabia que o atual modelo hierárquico do Cristianismo, que distingue clero e laicato, teve origem e ou foi profundamente afetado pela arquitetura original dos templos do período Constantino?
Você sabia que Jesus não fundou o Cristianismo, e que o que chamamos hoje de Cristianismo é uma construção religiosa humana, feita pelos seguidores de Jesus ao longo de mais de dois mil anos de história?
Você sabia que o que chamamos hoje de Cristianismo está profundamente afetado por pelo menos três grandes eras: a era de Constantino, a era da Reforma Protestante e a era dos Avivamentos na Inglaterra e nos Estados Unidos?
Você sabia que é praticamente impossível saber a distância que existe entre o que Jesus tinha em mente quando declarou que edificaria a sua ekklesia e o que temos hoje como Cristianismo Católico Romano, Protestante, Ortodoxo, Pentecostal, Neopentecostal e Pseudopentecostal?
Você sabia que os primeiros cristãos se preocuparam em relatar as intenções originais de Jesus com vistas a estender seu movimento até os confins da terra?
Você sabia que este relato está registrado no Novo Testamento, mais precisamente nos Evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos?
Você sabia que o terceiro evangelho, Evangelho Segundo Lucas, e o livro dos Atos deveriam formar no princípio uma só obra, que hoje chamaríamos de “História das origens cristãs”?
Você sabia que os livros foram separados quando os cristãos desejaram possuir os quatro evangelhos num mesmo códice, e que isso aconteceu por volta de 150 d.C.?
Você sabia que o título “Atos dos Apóstolos” surgiu nessa época, segundo costume da literatura helenística, que já possuía entre outros os “Atos de Anibal” e os “Atos de Alexandre”?
Nesse emaranhado de coisas que eu não sabia, três coisas eu sei:
A primeira é que a crítica que o mundo secular faz ao Cristianismo institucional tem sérios fundamentos, ou como disse Tony Campolo: “Os inimigos estão parcialmente certos”.
A segunda coisa que sei é que nesta Babel que vem se tornando o movimento evangélico brasileiro, está cada vez mais difícil identificar a essência do Evangelho de Jesus Cristo, nosso Senhor.
A terceira coisa que sei é que vale a pena perguntar aos primeiros cristãos o que eles entenderam a respeito de Jesus, sua mensagem, sua proposta de vida e suas intenções originais.
Vale a pena voltar à Bíblia. Não há outra fonte segura de informação e formação espiritual, senão a Bíblia Sagrada, especialmente o Novo Testamento.
Garimpado  sobriamente do  Ed René Kivitz

Fonte: http://oreinoperdido.wordpress.com/2013/01/26/a-respeito-de-coisas-que-eu-nao-posso-deixar-de-saber/

29 de abril de 2013

A Teologia da Prosperidade de Benny Hinn falhou!






Por Thiago Chagas

O controverso evangelista Benny Hinn, um dos principais líderes neopentecostais adeptos da teologia da prosperidade, usou o site oficial de seu ministério para pedir US$ 2,5 milhões aos seus seguidores.


Segundo Hinn, “um amigo amado e de longa data” se dirigiu a ele dizendo que “Deus gostaria que seu ministério ficasse completamente livre de dívidas”, e que isso o teria levado a doar US$ 2,5 milhões, se os seguidores do evangelista igualassem o valor em 90 dias, o que daria no total, US$ 5 milhões.


“O que eu poderia dizer? Imediatamente eu vi a mão de Deus nisso. Nosso Senhor poderia simplesmente ter usado o nosso amigo para plantar a semente e ser abençoado imensamente por isso. Mas é tão evidente que Deus quer oferecer um milagre ainda maior do que os US$ 2,5 milhões. Ele deseja que os nossos parceiros e amigos de ministério sejam abençoados como este homem precioso de Deus, plantando uma semente muito maior para a obra do Senhor, e, ao fazê-lo, dobrando as bênçãos”, escreveu Hinn.


O evangelista ainda afirma que as doações de seus seguidores poderão se transformar em bênçãos financeiras dobradas, e resultar no fim de contas atrasadas.


“Imagine ir até a caixa de correio sem temer, sem contas se acumulando em seu balcão, e sem ligações de cobradores na sua casa. Deus quer limpar a sua dívida! Cada pedacinho dela… e nos próximos 90 dias! Esta é uma hora marcada. Imaginem: seus US$ 100 doados imediatamente dobram para US$ 200. Sua semente de US$ 500 torna-se literalmente US$ 1.000. Se Deus te leva a plantar 10 mil dólares, ele cresce instantaneamente em uma semente de US$ 20 mil! E a tua descendência ceifará através da lei sobrenatural de multiplicação! Só Deus poderia oferecer algo parecido com isso, uma colheita dupla para você. E quanto mais você planta, mais você vai colher!”, garantiu o evangelista, que recentemente foi alvo de investigações da Receita Federal e do Senado dos Estados Unidos.


O Christian Post relatou que a compra recente de um jato particular e um carro de luxo com dinheiro do ministério teria levado Benny Hinn a sofrer intensas críticas nos Estados Unidos. Um evento organizado por ele em Trinidad e Tobago também teria sido alvo de controvérsias, pois ele teria pedido aos milhares de presentes que doassem US$ 100 dólares cada para cobrir os custos da organização.


Fonte: Gospel+


Sinceramente, não sei como ainda tem gente que acredita na tal teologia da prosperidade! Benny Hinn, que é um dos maiores expoentes de tal heresia, vem ao Brasil quase todos os anos e milhares de pessoas caem nas mentiras apregoadas por ele. Não duvido que muitos brasileiros vão ajudá-lo financeiramente, na esperança da falsa promessa de recompensa descrita acima.


Não é por falta de insistentes denúncias, nem por diversos alertas feitos por refutações de apologistas cristãos e por líderes evangélicos brasileiros, há muito tempo vem sendo anunciado as heresias destrutivas de Benny Hinn (a última você pode rever aqui).

Será que os muitos cristãos brasileiros que acompanham as cruzadas "bennyhistas" ainda não se convenceram que ele é um falso profeta?


Ruy Marinho .

Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/2013/04/a-teologia-da-prosperidade-de-benny.html

Redução da Maioridade Penal #SQN



Neste episódio dou minha opinião sobre a redução da maioridade penal no Brasil.

Texto do Vinicius Bocato:
http://vinibocato.wordpress.com/2013/04/14/especial-razoes-para-nao-reduzir-a-maioridade-penal/





28 de abril de 2013

Fiéis lotam igreja em missa de padre que defende homossexuais.

Centenas de fiéis de Bauru (SP) lotaram a igreja na manhã deste domingo (28) para assistir à missa de despedida do padre que se afastou de suas funções após declarações de apoio aos homossexuais.
Padre que defende homossexualidade pede afastamento da Igreja
Conhecido por contestar os princípios morais conservadores da Igreja Católica, Roberto Francisco Daniel, 48, conhecido como padre Beto, havia recebido um prazo do bispo diocesano, Dom Caetano Ferrari, 70, para se retratar e "confessar o erro" cometido em declarações divulgadas na internet.
Em um vídeo publicado no site Youtube, o padre admitiu a possibilidade de existir amor entre pessoas do mesmo sexo, inclusive por parte de bissexuais que mantêm casamentos heterossexuais. Ele também questionou dogmas da Igreja.
Ontem, dois dias antes do prazo estabelecido pelo bispo para a retratação, padre Beto anunciou que iria se afastar de suas funções religiosas e convocou a missa de despedida para hoje.
Na missa, o padre falou sobre amor e coerência e afirmou que para "Jesus Cristo não existia preconceito".
"Jesus amava os seres humanos independentemente da condição social, da raça e da sexualidade", disse o religioso.
A missa de despedida lotou a Igreja Santo Antônio, no Jardim Bela Vista, bairro tradicional de Bauru.
Em torno de mil pessoas ocuparam os bancos e ficaram em pé nas laterais.
O padre foi aplaudido de pé no final da missa e aclamado quando percorreu o corredor de saída da igreja pela última vez. Muitos fiéis choraram e, em seguida, formaram fila para cumprimentá-lo na porta.
Um dos mais emocionados era o pai de santo umbandista Ricardo Barreira, que assistiu à celebração vestido de branco e chorou muito.
"Não sou católico, mas o padre Beto sempre me representou. Agora mais ainda", disse. O umbandista recebeu o apoio do padre quando disputou a eleição para vereador.
Beto vai entregar seu pedido de "desligamento do exercício dos ministérios sacerdotais" nesta segunda-feira para o bispo. Ele garantiu não ter planos para o futuro, mas disse que poderá se reunir com seus seguidores para sessões de orações.
Procurado pela reportagem, o bispo preferiu esperar o recebimento do pedido para comentar a decisão.

Luly Zonta/Agência Bom Dia
Mais de mil pessoas lotaram a igreja Santo Antônio, em Bauru, no domingo de manhã para de despedir das missas celebradas pelo Padre Beto que anunciou sua saída da igreja no sábado. Pedro Motta deixa um churro de adeus. Crédito: Luly Zonta/Agência BOM DIA
Mais de mil pessoas lotaram igreja em Bauru no domingo de manhã para de despedir das missas celebradas pelo Padre Beto
ESTILO
Padre Beto sempre chamou a atenção dos católicos da cidade pelo estilo diferente dos religiosos tradicionais.
Usa roupas com estampas "roqueiras" e com a imagem do guerrilheiro comunista Che Guevara. Usa piercing, anéis e frequenta choperias. Nas missas, no entanto, usava as vestimentas tradicionais e seguiu todos os rituais católicos.
Seus sermões atraiam os fiéis em razão dos questionamentos sociais, políticos e morais.
As últimas declarações polêmicas do padre provocaram protestos de católicos tradicionais da comunidade de Bauru.
Por outro lado, a reprimenda do bispo, que considerava padre Beto um "filho amado, mas rebelde" gerou manifestações de apoio e provocou comoção entre os admiradores.
Ao explicar sua decisão de se afastar da igreja, disse que se trata de "um momento que faz parte de sua caminhada".
"Pensei em pedir perdão. Mas tudo que falei é bem pensado. Posso estar errado, mas o dia em que admitir será porque conclui isso mesmo. Senão seria hipocrisia", afirmou.
Disse ainda que é importante "dormir bem porque foi coerente" e que assim as pessoas vão percebê-lo "como homem de Deus".
Integrante do grupo de liturgia da Igreja Santo Antônio, Michele Dias fez uma homenagem na despedida.
Disse que se "curou" de uma síndrome do pânico após palestra em que Beto falou sobre a importância de enfrentar os medos.
A missa reuniu católicos de todas as gerações. O casal formado por Giovani e Luzia Dermengi, de 77 e 70 anos, respectivamente, mora em outra região da cidade, mas tinha o hábito de frequentar as missas do padre Beto.
"Ele foi um renovador e a igreja precisa disso", afirmou Luzia.
O arquiteto Fábio Said, 30, virou amigo do religioso e diz que ele levou muitos jovens para a igreja, por falar diretamente com seus fiéis e dar conselhos que às vezes até irritavam, mas depois eram compreendidos.
"E agora? A fé continua, mas é difícil", disse sobre a despedida.
Aos 6 anos, Pedro Motta Popoff não frequenta a missa todos os finais de semana. Neste domingo foi acompanhar a mãe, Carla Motta, que declarou estar na igreja por um ato de cidadania e apoio ao padre.
Pedro ficou na fila da despedida e deu de presente a Beto um churro comprado na porta da igreja. Depois disso, Beto cumprimentou os demais fiéis com o presente do menino nas mãos.
Agora à noite, o padre Beto realiza uma segunda missa de despedida na Igreja São Benedito. Será a última antes de ele entregar o pedido de afastamento. O padre tem 14 anos de sacerdócio.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/04/1270214-fieis-lotam-igreja-em-ultima-missa-de-padre-que-defende-homossexuais.shtml

Seita com 6 mil adeptos em Minas cai na mira da PF

ESTADAO.COM.BR

MINDURI - Uma seita que arrebanha integrantes na capital paulista para trabalhar sem salário em fazendas e indústrias no interior de Minas Gerais já reúne cerca de 6 mil pessoas. Para ser aceito no "mundo paralelo" do grupo Jesus A Verdade que Marca, é preciso, segundo a polícia e ex-integrantes, doar casa, carro e os demais bens para os líderes e obedecê-los cegamente. As regras incluem a proibição do marido dormir com a mulher, o confinamento em fazendas e alojamentos e o veto a TV e internet.

Veja também:
TV Estadão: Veja as imagens do local
'Para entrar, doei duas casas e um carro'


Durante a Operação Canaã, deflagrada pela Polícia Federal na terça-feira, dois líderes da seita - cujos nomes não foram revelados - acabaram presos por apropriação indébita ao serem flagrados com cartões do Bolsa-Família de integrantes do grupo. Para a PF, o discurso religioso é um atrativo para cooptar mão de obra escrava. "É um grupo extremamente fechado, que busca pessoas em situação vulnerável e as mantém nas propriedades com uma alta carga de doutrinação", diz o delegado João Carlos Girotto.

O advogado do grupo, Leonardo Carvalho de Campos, argumenta que as fazendas nas cidades de Minduri, São Vicente de Minas, Madre de Deus e Andrelândia são apenas associações de agricultura comunitária (veja ao lado).

Depoimentos de ex-integrantes destoam do que ele diz. Um aposentado de 72 anos conta que o pastor Cícero Vicente de Araújo, líder da seita, o convenceu a doar tudo o que tinha porque "todas as estradas iam se fechar e colocariam chips na cabeça das pessoas". "O pastor disse que só quem fosse para aquela região de Minas conseguiria viver bem." Há três anos, o homem tenta reaver na Justiça os R$ 32 mil de um carro e parte do dinheiro de uma casa que vendeu para aderir à seita. Para manter os fiéis, o ex-adepto conta que os pastores afirmavam que as pessoas que saíssem seriam amaldiçoadas. "Eles diziam que os demônios destruiriam aqueles que saíssem e passavam uns filmes da inquisição."

Carne. Apesar de todos se tratarem por irmã ou irmão, os ex-membros relatam disparidade de tratamento. "Eu passava as noites limpando tripa, cabeça e pé de boi para comermos. A carne ia para os líderes", contou uma ex-adepta da seita, de 42 anos, que vendeu a casa e doou para o grupo. A vigilância é outra característica, diz ela. "Minhas duas filhas, de 20 e 22 anos, ficaram lá e há dois anos não as vejo." Um médico do Programa de Saúde da Família conta que os integrantes não ficam desacompanhados nem durante as consultas.

A PF não localizou o pastor Araújo. A suspeita é de que ele esteja articulando a expansão da seita para a cidade de Ibotirama (BA). Publicamente, o grupo tenta se desvincular do caráter religioso e formou seis associações de agricultores. A polícia crê que as entidades, com fazendas arrendadas, sirvam como fachada para um esquema de lavagem de dinheiro, supressão de direitos trabalhistas e formação de quadrilha. Uma lista com nome dos eleitores fará a investigação verificar a possibilidade de manejo político. Dois vereadores da região são identificados com a seita. Ex-fiéis afirmam que Araújo os arrebanhou em igrejas na Lapa, zona oeste da capital, e Osasco. Os templos mudam constantemente de endereço. A PF averigua a existência de um novo na região da Sé.



Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,seita-com-6-mil-adeptos-em-minas-cai-na-mira-da-pf,1026279,0.htm

27 de abril de 2013

Atos profeticamente patéticos.

Por Ruy Cavalcante

Não é novidade para ninguém meu posicionamento firme em relação ao que é verdadeiro dentro do âmbito das práticas cristãs. Para mim, se for bíblico é verdadeiro, é de Deus, se não for bíblico, se não foi ensinado na palavra de Deus, não é dEle logo, é maldito (Gl 1:8).

Não há a mínima margem para eu relativizar esse meu posicionamento, embora eu reconheça ter isso um ar de radicalismo xiita.

Posto isso, gostaria de fazer alguns comentários sobre uma prática comum dentro de boa parte de nossas igrejas, especialmente entre as adeptas do movimento neopentecostal (apesar de a maioria delas negar fazer parte desse movimento). Em poucas linhas, falarei sobre os “Atos proféticos”.

Bem, por profecia entende-se uma mensagem enviada diretamente de Deus, por intermédio de seus servos, geralmente denominados profetas. Se o remetente for qualquer outra pessoa, a mensagem não pode ser considerada uma profecia (Ez 13:7-8; Jr 23:16-18).

Dessa forma, podemos considerar (se é que existem) “atos proféticos” como atitudes que anunciam uma mensagem de Deus, podendo ser um acontecimento, um alerta, etc.

Os que ensinam tais práticas têm, como principal fonte doutrinária, a passagem do vale de ossos secos, descrita em Ezequiel 37. Ora, posso perfeitamente, através desta passagem, considerar que atos proféticos existem, embora me pareça que tal conclusão, baseada apenas nesta passagem, pareça ser meio que forçada. Mas até mesmo numa leitura superficial, podemos perceber claras diferenças entre os “atos proféticos” ensinados e praticados hoje em dia, e este, levado a cabo pelo profeta Ezequiel.

Vou direto ao ponto, veja só o que diz os versos 3 e 4:
Ele me perguntou: Filho do homem, poderão viver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor”.

Claro como a neve não? Ainda que alguém considere isso um verdadeiro ato profético, foi uma ação ordenada diretamente por Deus!

Ezequiel não planejou nada, não elaborou nenhum plano com a igreja, não fez jejum, não invocou anjos, ele simplesmente obedeceu ao que Deus o mandou fazer. Nada partiu da própria vontade de Ezequiel, nada.

Apesar da clareza desta passagem, hoje em dia as pessoas simplesmente não se importam com a verdade bíblica, com os alertas de Deus contra os que profetizam falsamente, elas realizam seus planos mesmo que isso contrarie os ensinamentos imutáveis de Deus.

Muitos de nós apenas nos importamos com uma coisa: Crescimento. Se nossas atitudes promoverem o crescimento da igreja, tocamos o barco em frente, pois crescimento numérico traz consigo muitas outras vantagens. Poder de barganha política, aumento da arrecadação, credibilidade ministerial, e por ai vai. Por isso agimos contra a palavra de Deus sem o menor pudor.

Não me estenderei nessa questão, mas afirmo com total convicção: Os atos proféticos promovidos por nossa geração são apenas mais um câncer que assola a igreja. Atos realizados sem a ordenança expressa de Deus, delírios absurdos que iludem o povo tão sedento de amor, paz e justiça, mas que muitas vezes só encontra lobos vorazes nas cadeiras eclesiásticas, prontos para depenarem o primeiro leigo que aparecer nas fileiras de sua “igreja”.

São na verdade atos patéticos, de uma turma que tenta de todas as formas tornar a igreja num grande circo, onde palhaços são a atração principal.


Fonte da imagem: www.mir12.com.br 
 
Fonte: http://intervalocristao.blogspot.com.br/2013/04/atos-profeticamente-pateticos.html

Você daria a vida por um amigo?



Pítias, condenado à morte pelo tirano Dionísio, passava na prisão os seus últimos dias. Dizia não temer a morte, mas, como explicar que seus olhos se enchessem de lágrimas ao ver o caminho que se abria diante das grades da prisão? Sim, era a dura lembrança dos velhos pais! Era ele o arrimo e o consolo deles. Não mais suportando, um dia Pítias disse ao tirano:

- Permita-me ir à casa abraçar meus pais e resolver meus negócios.
Estarei de volta em quatro dias, sem acrescentar nem uma hora a mais.

- Como posso acreditar na sua promessa? Os caminhos são desertos. O que você quer mesmo é fugir - respondeu Dionísio, irônica e zombateiramente.

- Senhor, é preciso que eu vá. Meus pais estão velhinhos e só contam comigo para se defenderem - insistiu Pítias com o olhar nublado de lágrimas.

Vendo que o tirano se mantinha irredutível, Damon, jovem e amigo de Pítias, interveio propondo:

- Conceda a licença que meu amigo pede; conheço seus pais e sei que carecem da ajuda do filho. Deixe-o partir e garanto sua volta dentro dos dias previstos, sem faltar uma hora, para lhe entregar a cabeça.

A resposta foi um não categórico. Compreendendo o sofrimento do amigo, Damon propôs ficar na prisão em lugar de Pítias e morreria no lugar dele se necessário fosse. O tirano, surpreendido, aceitou a proposta e depois de um prolongado abraço no amigo, Pítias partiu.

O dia marcado para sua execução amanheceu ensolarado. As horas passavam céleres e a guarda já se mostrava inquieta. Entretanto, Damon procurava restabelecer a calma, garantindo que o amigo chegaria em tempo.

Finalmente chegara a hora da execução. Os guardas tiraram os grilhões dos pés de Damon e o conduziram à praça, onde a multidão acompanhava em silêncio a cada um dos seus passos.

Subiu, então, ao cadafalso. Uma estranha agitação levou a multidão a prorromper em gritos. Era Pítias que chegava exausto e quase sem fôlego.

Porém, rompendo a multidão, galgou os degraus do cadafalso, onde, abraçando o amigo, entregou-se ao carrasco sem o menor pavor.

Os soluços da multidão comovida chegaram aos ouvidos do tirano.

Este, pondo-se de pé em sua tribuna, para melhor se convencer da cena que acabava de acontecer na praça, levantou as mãos e bradou com firmeza:

- Parem imediatamente com a execução! Esses dois jovens são dignos do amor dos homens de bem, porque sabem o quanto custa a palavra. Eles provaram saber o quanto vale a honra e o bom nome!

Descendo imediatamente daquela tribuna, dirigiu-se a Pítias e a Damon. Dionísio estava perplexo, e os abraçando comovidamente, lhes falou:

- Eu daria tudo para ter amigos como vocês!

"Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a própria vida pelos seus amigos" (Jo.15:13).
"Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós. E devemos dar a nossa vida pelos irmãos" (I Jo.3:16).
 
Fonte: http://www.hermesfernandes.com/2009/10/o-que-voce-faria-por-um-amigo.html

Igreja gay inaugura primeiro templo na cidade

Marcos Gladstone e Fabio Souza, os pastores-fundadores da igreja gay FABIO MOTTA/ESTADÃO
 
Levando o amor de Deus a todos, sem preconceitos. Com esse slogan – que deixa implícita a aceitação plena das orientações sexuais de seus fiéis, para calafrios de adeptos de pastores e padres conservadores de outros credos –, a Igreja Cristã Contemporânea chega a São Paulo hoje. E com um discurso otimista. Depois de sete unidades em funcionamento (seis no Rio e uma em Minas Gerais), a instituição pretende abrir dez templos em São Paulo no período de três anos.
“Temos espaço para crescer. Nossos cultos são sempre muito cheios, fica gente para fora”, diz o pastor Marcos Gladstone, de 37 anos, fundador e presidente da igreja. Segundo ele, há 1,8 mil adeptos da Igreja Cristão Contemporânea em todo o Brasil.
Localizado no Tatuapé, na zona leste da capital, o templo paulistano tem 734 metros quadrados – o que lhe confere, segundo a própria administração da igreja, o título de “maior templo gay da América Latina”. Há um mês, o grupo realiza os cultos na capital, mas em um local improvisado: um salão de eventos no centro.
“Há muitos gays na cidade. Costumamos receber paulistanos em nossos templos no Rio, por exemplo. Já estava na hora de termos um endereço fixo paulistano também”, conta o pastor Gladstone.
História. Gladstone fundou e comanda a igreja ao lado de seu companheiro, o também pastor Fabio Inacio de Souza, de 33 anos – o casal tem dois filhos, frutos de uma adoção conjunta: Davison, de 10 anos, e Felipe, de 9. Ambos já eram religiosos antes de se conhecerem. Advogado, integrante da Comissão de Direito Homoafetivo da seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil e teólogo, Gladstone era pastor da Igreja Evangélica Congregacional do Brasil, que frequentava desde os 14 anos. Souza, por sua vez, era pastor da Igreja Universal do Reino de Deus. Os dois viviam relacionamentos heterossexuais – chegaram a ser noivos.
“Acredito que as igrejas costumam seguir traduções errôneas e até mesmo tendenciosas dos textos bíblicos. Por isso, condenam o homossexualidade”, diz Gladstone. “Então sempre me preocupei com o que sentia. Porque acreditava que era pecado, que era algo abominado por Deus.”
Em 2006, pouco tempo depois de eles se conhecerem e começarem a namorar, nascia a Igreja Cristã Contemporânea, no boêmio bairro carioca da Lapa. Com o discurso da tolerância, a nova religião começou com cerca de 20 integrantes. “Até hoje, a maioria dos fiéis são homossexuais”, comenta Gladstone. “Mas, com o tempo, começamos a ter um público hétero também, principalmente parentes dos gays.”
Consequência. Para o teólogo Wagner Sanchez, professor da PUC, é uma tendência. “Há algum tempo, já existem igrejas evangélicas que focam determinados grupos, como jovens ou surfistas”, analisa. “Uma igreja assim é consequência do espaço que os grupos homossexuais vêm ganhando na sociedade brasileira.”
Serviço:
Igreja Cristã Contemporânea de São Paulo: Rua Plátina, 190, Tatuapé. Inauguração hoje, às 19h. Confira horários dos cultos em www.igrejacontemporanea.com.br
Cidade de Refúgio reúne lésbicas
Desde junho de 2011, lésbicas cristãs também têm seu ponto de encontro em São Paulo. Casadas (entre si), as pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha comandam a Comunidade Cidade de Refúgio com um discurso semelhante ao da Igreja Cristã Contemporânea: a teologia inclusiva, ou seja, a aceitação de todos, sem preconceitos por causa de orientação sexual.
A comunidade funciona na Avenida São João, 1.600, no centro. A reportagem tentou falar com Lanna e Rosania na tarde de ontem, mas, segundo a secretaria da instituição, elas estão viajando e não poderiam dar entrevista.

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/edison-veiga/2013/04/27/igreja-gay-inaugura-templo-em-sao-paulo/
 

Angola proíbe operação de igrejas evangélicas do Brasil.

O governo de Angola baniu a maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país.
Segundo o governo, elas praticam "propaganda enganosa" e "se aproveitam das fragilidades do povo angolano", além de não terem reconhecimento do Estado.
Medida do governo angolano assegura 'monopólio' à Universal
"O que mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e isso é um problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda enganosa", disse à Folha Rui Falcão, secretário do birô político do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e porta-voz do partido, que está no poder desde a independência de Angola, em 1975.
Cerca de 15% da população angolana é evangélica, fatia que tem crescido, segundo o governo.
Em 31 de dezembro do ano passado, morreram 16 pessoas por asfixia e esmagamento durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda. O culto reuniu 150 mil pessoas, muito acima da lotação permitida no estádio da Cidadela.
O mote do culto era "O Dia do Fim", e a igreja conclamava os fiéis a dar "um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas."
O governo abriu uma investigação. Em fevereiro, a Universal e outras igrejas evangélicas brasileiras no país -- Mundial do Poder de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém-- foram fechadas.

Editoria de Arte/Folhapress
No dia 31 de março deste ano, o governo levantou a interdição da Universal, única reconhecida pelo Estado.
Mas a igreja só pode funcionar com fiscalização dos ministérios do Interior, Cultura, Direitos Humanos e Procuradoria Geral da Justiça. As outras igrejas brasileiras continuam proibidas por "falta de reconhecimento oficial do Estado angolano". Antes, elas funcionavam com autorização provisória.
As igrejas aguardam um reconhecimento para voltar a funcionar, mas muitas podem não recebê-lo. "Essas igrejas não obterão reconhecimento do Estado, principalmente as que são dissidências, e vão continuar impedidas de funcionar no país", disse Falcão. "Elas são apenas um negócio."
Segundo Falcão, a força das igrejas evangélicas brasileiras em Angola desperta preocupação. "Elas ficam a enganar as pessoas, é um negócio, isto está mais do que óbvio, ficam a vender milagres."
Em relação à Universal, a principal preocupação é a segurança, disse Falcão.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/04/1269733-angola-proibe-operacao-de-igrejas-evangelicas-do-brasil.shtml

Designer cria série de cartazes com as “pérolas da Igreja Evangélica”



 

Designer cria série de cartazes com as "pérolas da Igreja Evangélica"

No mês passado, o designer curitibano Butcher Billy chamou atenção ao retratar os pastores Edir Macedo, Marco Feliciano, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia, R.R. Soares e o casal Estevam e Sonia Hernandes como demônios.

Ele alegou que era um protesto à lista dos pastores mais ricos do Brasil, divulgada pela revista Forbes. Junto aos desenhos estava o montante de suas fortunas, segundo a Forbes, e uma frase em inglês “Prazer em conhecê-lo, espero que adivinhe o meu nome, mas o que está te deixando confuso é saber qual é o meu jogo”. A citação é da música Simpathy for the Devil [Simpatia pelo demônio], do grupo Rolling Stones.

Este mês, Butcher Billy publicou outra série de ilustrações criticando as igrejas evangélicas e seus pastores. A série de cartazes é intitulada Imagine there’s no Heaven [Imagine que o céu não existe], frase da música Imagine, de John Lennon. Acima, pode-se ler a palavra “Cerebral”, com a mesma fonte gótica usada pela Igreja Universal do Reino de Deus. Essa não é a única menção direta à IURD.

Usando o coração que ficou famoso como logotipo da Igreja, mas substituído a figura do centro. Ao invés de uma pomba, pode ser vista a máscara de Guy Fawkes, que ficou famosa no filme V de Vingança, em 2006.

Alguns dos cartazes trazem os dizeres “Pérolas proferidas em nome de Deus” seguidas por frases que ficaram famosas aos serem ditas por pregadores como Edir Macedo e Marco Feliciano. Outras criticam diretamente os evangélicos que dão seus dízimos nas igrejas.

Algumas dessas imagens estão circulando nas redes sociais, como o Facebook. Curiosamente, a figura de Fawkes tem uma conotação religiosa. Ele foi um terrorista católico do século 17 que tentou explodir o Parlamente inglês e derrubar o rei protestante James I, além de fazer um protesto contra a perseguição religiosa de católicos no Reino Unido. Seu atentado fracassou, e Fawkes foi levado à forca por traição.

Em 2008, o grupo de ativistas e hackers autodenominado Anonymous, escolheu usar a máscara de Fawkes como sua “cara pública” durante uma manifestação contra a Igreja da Cientologia, nos Estados Unidos.

A partir daí e do sucesso de ações do Annonymous em invadir e tirar do ar sites de grandes empresas e de governos, a máscara passou a simbolizar a defesa pelos direitos individuais. Durante o movimento Ocupar Wall Street, e outros similares que surgiram pelo mundo todo, tornou-se um dos maiores símbolo dos grupos anticapitalistas.Com informações de Hypeness

Confira:











Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/butcher-billy-perolas-da-igreja-evangelica/

18 de abril de 2013

Vida inteligente (de crente) na madrugada.


Rubinho Pirola  para o Genizah


Nada forçado, apesar do entrevistado ser um artista, músico, e... crente.

Assim vi a entrevista do ex-Paquito Alexandre Canhoni, ou Xand, no programa Agora é Tarde do comediante Danilo Gentili na Band.

O que podia ser mais do mesmo, aquela do ex-artista fracassado que se converte e nem bem esquentou já está desfiando uma pregação repleta de chavões e frases-feitas. 

Não que seja tarefa fácil tapar a boca de um novo convertido, cheio de gás, de paixão por Cristo... mas infelizmente não é disso que estou falando. Geralmente, alguém assim, desfaz qualquer má impressão por um testemunho convincente. A paixão não é algo bem comportado e com modos.

Infelizmente, temos visto mais do primeiro exemplo.

O que temos assistido nas nossas TVs é uma teologia de buteco, pregações rasas e geralmente imbecís, e pregadores sem modos (entendamos: sem educação, que não ouve, não respeita o outro), presunçosos e de uma vaidade que beira ao ridículo.

Fui premiado ontem ficando até tarde.

O assunto principal foi a solidariedade (do ax-artista que largou tudo, vive com a esposa no Níger, segundo país mais pobre do planeta, com 15 filhos adotivos e mais de um milhar de abrigados no seu projeto humanitário)...

A fonte desse trabalho, o que o motivou a fazer o que faz e a sua conversão dos valores e princípios, vieram puxados pelo microfone do entrevistador, abertamente – e sinceramente – interessado nas obras que sinalizavam algo maior. A raiz estava na fé do entrevistado, fruto do seu encontro com Jesus.

Nada mal para quem já começa a acreditar na estúpida mania de perseguição – quase esquizofrênica dos crentes de hoje. Só têm sido atacados e perseguidos os que teimam em parecerem-se, em apresentarem-se idiotas (não estou sendo juiz, só digo que aparentam ser, rsrsrsrs).

Com esse tipo – idiota – de pregação, de testemunho, ou o que queiramos chamar no alto do nosso exercício do “evangeliquês” – temos mais é que levar pau. E sermos perseguidos.

E que saudade do tempo em que éramos perseguidos pelo nome de Cristo...

Quem desejar conhecer o trabalho, deve acessar: http://guerreirosdedeus.com.br/








Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/04/vida-inteligente-de-crente-na-madrugada.html#ixzz2Qr5VaI49

Fonte: http://www.genizahvirtual.com/2013/04/vida-inteligente-de-crente-na-madrugada.html 

17 de abril de 2013

Apenas a Igreja Católica é capaz de interpretar a Bíblia, diz Papa.



Por Leiliane Roberta Lopes


Apenas a Igreja Católica é capaz de interpretar a Bíblia, diz Papa

Durante seu discurso no Comitê da Bíblia do Vaticano, que aconteceu na última sexta-feira (12), o papa Francisco rejeitou a interpretação subjetiva da Bíblia e disse que apenas a Igreja está habilitada a interpretar corretamente as escrituras.

“O Concílio lembrou com grande clareza: tudo o que está relacionado com a maneira de interpretar as Escrituras está, em última análise, sujeito ao julgamento da Igreja, que realiza o seu mandato divino e o ministério de preservar e interpretar a palavra de Deus”.

Esta foi uma das poucas vezes que o papa citou o Concílio Vaticano II (1962 – 1965) e a Constituição ‘Dei Verbum’ que falam sobre o papel da Igreja.

“A Sagrada Tradição transmite a Palavra de Deus plenamente (….) Desta forma, a Igreja tira a sua certeza a respeito de todas as coisas reveladas não só nas Sagradas Escrituras. Uma como a outra devem ser aceitas e veneradas com sentimentos semelhantes de piedade e respeito.”

É por esta tradição que ele afirma que a interpretação da Bíblia não deve ser feita apenas de forma intelectual, devendo ser confrontada e inserida dentro dessa tradição da igreja católica.

A posição de Francisco deve desagradar católicos contestatórios e os protestantes que defendem a o direito da livre interpretação das escrituras. O que para o papa não pode acontecer.

“A insuficiência de qualquer interpretação sugestiva, ou simplesmente limitada a uma análise incapaz de acolher o significado global que tem sido construído há séculos pela tradição de todo o povo de Deus”. Com informações G1.

Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/interpretar-biblia-igreja-catolica-papa/

16 de abril de 2013

Marx ou Mamom? Seu Deus é Comunista ou Capitalista?


Pra quem anda confundindo o Evangelho com discursos ideológicos

Por Hermes C. Fernandes

Definitivamente, não existem ideologias perfeitas. Todas têm suas virtudes e vicissitudes. Cada qual tem seu altar e seu sacrifício. O comunismo, por exemplo, sacrifica a liberdade de seus cidadãos no altar da justiça social. O capitalismo faz o inverso, sacrifica a justiça social no altar da liberdade.
Ora, se não há ideologias perfeitas, o que nos dá o direito de sacralizá-las? Não podemos diluir a mensagem do Evangelho, transformando-o num discurso ideológico. Ainda que cada uma delas tenha um ponto ou mais que coincidam com a proposta do Evangelho. Diluir uma gota de Evangelho num balde de ideologia acaba por corromper completamente seu conteúdo e subversividade originais.
Deus não é de esquerda, nem de direita. Se o Evangelho promove a justiça social, também não prescinde da liberdade individual.
Quando sacralizamos uma ideologia, geralmente, demonizamos as demais. Foi o que aconteceu com o comunismo a partir do golpe militar em 1964. Pregadores fizeram vista grossa às atrocidades cometidas pelo governo militar, enquanto identificavam o comunismo com o próprio diabo. Houve quem enxergasse um viés político-ideológico até na passagem em que Jesus descreve o juízo final, quando a humanidade será dividida em dois grupos. Os da esquerda, destinados à condenação, seriam os comunistas, enquanto que os da direita, destinados à vida eterna, seriam as nações que adotassem a ideologia importada dos EUA, a saber, o capitalismo. Igualmente, dos dois ladrões crucificados com Jesus, somente o da direita foi salvo.
Qualquer pregador que ousasse questionar a ditadura militar, corria o risco de ser preso, acusado de subversão. Há quem diga que muitos desapareceram...
Não devemos nutrir uma visão romântica de nenhuma ideologia. Em nome de todas elas, atrocidades foram cometidas.
Vamos focar as duas principais ideologias vigentes neste novo século, a saber, o comunismo (que resiste bravamente na China e em Cuba), e o capitalismo.
O comunismo, em sua essência, defende que os bens de uma sociedade deveriam ser partilhados igualmente entre todos os seus cidadãos. Isso parece coincidir com a proposta do Evangelho. Eu disse, parece. Teria o Estado o direito de apropriar-se de bens privados?
Temos um exemplo disso na Bíblia, quando um rei malévolo desejou acampar a vinha de um cidadão de Israel. Acabe conspirou contra Nabote, a fim de tomar-lhe a propriedade. É óbvio que Deus jamais apoiaria tal atitude. O mandamento que diz que não devemos cobiçar o bem alheio, bem como o mandamento que nos proibe o roubo, são uma indicação de que a vontade de Deus é que a propriedade privada seja respeitada. Também encontramos nas Escrituras leis que regulam a hereditariedade de bens (Pv.13:22).
Entretanto a Bíblia incentiva a partilha de bens, desde que seja voluntária, fruto de uma consciência grata e generosa. Foi isso que aconteceu na igreja primitiva. O que vemos ali está longe de ser uma amostra grátis do que seria uma sociedade comunista. Em vez disso, trata-se de uma demonstração de como funciona uma sociedade erigida ao redor do Trono da Graça. Trata-se, portanto, de reinismo, em vez de comunismo. A partilha jamais foi compulsória, mas provinha do fato de todos terem um só coração (At.4:32). Não havia imposição por parte dos apóstolos. Tudo era voluntário. Portanto, diferente do que propõe regimes comunistas, a partilha dos bens deve ser voluntária, tanto quanto o celibato, equivocadamente exigido pelo Vaticano aos seus sacerdotes.
Chamamos “reinismo” a ideologia que deve reger a sociedade construída a partir de uma cosmovisão do reino de Deus. Reinismo, portanto, deveria ser o modus vivendis de toda comunidade legitimamente cristã.
De acordo com Paulo, o cidadão do Reino deve trabalhar, “fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade” (Ef. 4:28). Bem diferente da proposta do capitalismo que é fazer do trabalho um meio para adquirir e concentrar bens, no reinismo somos instados a trabalhar para ter o que repartir. Assim como o comunismo, o reinismo também valoriza o trabalho muito mais que o capital. Porém, cada qual deve desfrutar do resultado de seu próprio trabalho, e não usufruir ociosamente do trabalha alheio. Somente aqueles que estiverem impossibilitados de trabalhar, ou que houver sido vítimas de alguma injustiça, devem desfrutar da partilha comunitária. “Se alguém não quiser trabalhar, que também não coma”, sentencia Paulo (2 Ts.3:10-12).
Um Estado regido pela ideologia comunista tende a ser totalitário, intrometendo-se em questões que deveriam ser mantidas na esfera privada.

Qual seria o papel do Estado de acordo com a Bíblia?
“Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as que existem foram ordenadas por Deus. Por isso quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são motivo de temor para os que fazem o bem, mas para os que fazem o mal. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem, e terás louvor dela; porquanto ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador em ira contra aquele que pratica o mal. Pelo que é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa da ira, mas também por causa da consciência. Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo.” Romanos 13:1-6
De acordo com este texto, o Estado recebeu de Deus autoridade para punir os malfeitores, ao mesmo tempo em que incentiva toda e qualquer boa iniciativa. Leis civis são implementadas para regulamentar a vida social. Quando estas leis são transgredidas, o Estado tem o direito de punir os transgressores. Mas não pára aí. O Estado também tem a obrigação de “louvar” quem faz o bem, o que pode ser interpretado como incentivar qualquer iniciativa que vise o bem comum. Isso pode incluir incentivos fiscais, como aqueles dados à cultura. Se o Estado extrapola sua esfera de atuação, seus cidadãos têm o direito de resisti-lo, denunciando-o e buscando sua reforma. O Estado deve servir como um facilitador de boas obras, oferecendo à sua população meios para tal. Desde infraestrutura para escoamento da produção, passando por incentivos fiscais, segurança, educação, saúde, saneamento básico, etc.
Já no Liberalismo/capitalismo, valoriza-se o capital em detrimento do trabalho. O consumo é incentivado a todo custo, a fim de manter a máquina a pleno vapor. Trata-se, portanto, de um sistema retroalimentado. O consumo estimula a produção, que por sua vez, promove a abertura de postos de trabalho. Segundo seus defensores, o resultado desta equação é a prosperidade da sociedade como um todo. Tudo parece muito bonito, até que nos deparamos com as palavras de Jesus: “Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.” (Lc. 12:15). Como, então, poderíamos endossar o espírito consumista que justifica a ideologia capitalista? Um sistema erigido sobre esta ideologia só poderia está fadado a ruir.
No capitalismo a concentração de renda também é valorizada, em franca dissonância com os princípios da Palavra de Deus.
“Ai dos que ajuntam casa a casa, dos que acrescentam campo a campo, até que não haja mais lugar, de modo que habitem sós no meio da terra!”
Isaías 5:8
A justiça do reino de Deus nos impele à distribuição de renda, e não à sua concentração. Cartéis, monopólios, oligarquias, são alguns dos efeitos colaterais deste sistema capaz de corromper os valores essenciais da vida em nome do ganho.
O capitalismo também promove a exploração do trabalhador. Apesar do discurso afirmar que todos saem ganhando, não é isso que constatamos. Quem lucra, nunca se dá por satisfeito. Os detentores dos meios de produção, bem como os banqueiros e donos dos veículos de comunicação querem sempre mais, e mais, e mais.. E ao mesmo tempo, reduzir gastos, o que pode significar redução de salários, substituição de mão-de-obra humana por máquinas, etc. Investe-se em publicidade e lobby político, ao passo que reduz-se o gasto com aqueles que mantém a máquina, os empregados. Tudo em nome da eficiência e da otimização dos lucros. Não é à toa que grandes empresas de países ricos têm se mudado para países do terceiro mundo, por saberem que lá pagarão salários menores a seus empregados. O preço pago a médio e longo prazo será incalculável. E já começou a ser pago. Vide o altíssimo índice de desemprego nesses países.
Se por um lado o capitalismo promove competitividade, fazendo com que serviços e bens de consumo sejam aprimorados, por outro lado, atravancam o desenvolvimento. Dificilmente empresas petrolíferas apoiarão iniciativas que desenvolvam veículos movidos à água, por exemplo. A menos que descubram uma maneira de tirar proveito disso. Muita coisa já foi inventada, patentizada, porém, jamais chegou às mãos do consumidor, pois ameaçam produtos já consagrados. Eu mesmo conheci um professor universitário que já nos anos 80 havia desenvolvido um motor à água. Resultado: foi demitido e teve seu projeto abortado pela Universidade, que por sua vez recebeu uma enorme soma em doação da parte de certa empresa petrolífera. No sistema capitalista, tudo é movido pela ânsia do lucro.
Governos pautados nesta ideologia estão construindo sobre areia movediça. Bem fariam em dar ouvidos à advertência bíblica:
“Ai daquele que edifica a sua casa com iniqüidade, e os seus aposentos com injustiça; que se serve do trabalho do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário.”
Jeremias 22:13
Tragicamente, esta ideologia tem encontrado amparo no seio da igreja evangélica. A teologia da prosperidade é sua filha caçula. Sua mensagem, resultado da mistura de um gota de Evangelho com uma caixa d’água de discurso ideológico, tem sido responsável por tornar a igreja numa importante engrenagem do sistema, incentivando a alienação.
Todos as ideologias e seus respectivos sistemas estão fadados a desaparecer (1 Co.15:24-25; Hb.12:27-28). Por isso, perde tempo quem tenta conciliar a verdade do Evangelho com qualquer uma delas. Bom seria se déssemos ouvidos a Paulo, analisando tudo e retendo somente o que for bom. Nada de pacotes fechados!
Assim como não podemos sacralizar qualquer que seja a ideologia, também não podemos demonizá-la. Dos dois lados da trincheira ideológica há gente de bem, lutando pela justiça e pela verdade. Quem gosta de rotular os outros de maneira tendenciosa e preconceituosa está à serviço da discórdia, disseminando o ódio entre irmãos. Posso condenar uma linha de pensamento, mas isso não me dá o direito de sentenciar ou fomentar suspeitas sobre pessoas que pensem diferente de mim.
Cristãos que cerraram fileiras com a ala direita certamente o fizeram por identificarem naquela ideologia alguns elementos comuns ao Evangelho. O mesmo podemos falar dos que cerraram fileiras com a esquerda. Ambas as ideologias têm coisas em comum com a proposta do Evangelho, como também têm disparates que não podem ser ignorados. Há santos e pecadores de ambos os lados. Não sejamos tão severos... Nem tão ingênuos...
Em vez de lutarmos em nome de uma ou de outra, digladiando-nos uns com os outros, que tal lutarmos pela liberdade e pela justiça preconizadas na mensagem do Reino de Deus?
 
Fonte: http://www.hermesfernandes.com/2012/04/pra-quem-anda-confundindo-o-evangelho.html

Papa Francisco cria grupo para estudar reforma na Igreja



Ao todo, oito cardeais foram escolhidos pelo papa argentino. Primeira reunião do grupo deve ocorrer em outubro deste ano



O papa Francisco criou neste sábado um grupo de oito cardeais para aconselhá-lo no governo da Igreja e estudar um projeto de revisão da Cúria Romana. Um comunicado do escritório de imprensa do Vaticano detalhou que a iniciativa do papa surgiu depois das sugestões feitas durante as Congregações gerais que antecederam o conclave.

O Vaticano informou que a primeira reunião do grupo ocorrerá em outubro deste ano e que o papa já está realizando os primeiros contatos com os cardeais escolhidos.

O grupo será formado por cardeais representantes dos cinco continentes do mundo. São eles o italiano Giuseppe Bertello, governador do Estado da Cidade do Vaticano; o chileno Francisco Javier Errázuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago do Chile; o indiano Oswald Gracias, arcebispo de Mumbai; o alemão Reinhard Marx, arcebispo de Munique; o congolês Laurent Monsengwo Pasiny, arcebispo de Kinshasa; o americano Sean Patrick O'Malley, arcebispo de Boston; o australiano George Pell, arcebispo de Sydney; e o hondorenho Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa, que será o coordenador do grupo.


Em VEJA com informações France Press

A covardia da criminalização juvenil





O Brasil registrou nos dados consolidados de 2010 um número impressionante de homicídios, 49.932 – um aumento de 259% em relação a 1980. O Brasil é – qual a novidade? – um país violento.
presidio
E quem são as maiores vítimas? Pobres, negros/pardos e… jovens.
O aumento das taxas de homicídio no país aumentaram quase que linearmente até 2003, quando começaram a apresentar eventuais quedas, como a notável queda entre os anos de 2003 e 2007, porém apresentando igualmente número que fazem inveja a qualquer país em conflito civil.
Para se ter uma ideia, a ONU calcula que, somente dentro da Síria, devido a uma guerra declarada, já morreram mais de 70 mil pessoas em dois anos. No Brasil morreram mais de 100 mil, no mesmo período, sem que nenhuma milícia tenha contestado a autoridade do poder central. Em 2010, por exemplo, morreram 137 pessoas por dia, em média – número superior ao do massacre do Carandiru (111). E todos os dias.
Os números absolutos são assustadores – e também o são percentualmente.
Entre 1980 e 2010 – 31anos portanto – o país perdeu 1 milhão de pessoas para a violência, com cerca de 70% deles por decorrência do uso de alguma arma de fogo. Em quase 20 anos de guerra na Somália (1982-2000), foram 30 mil mortos. A guerra civil na Colômbia deixou 45 mil vítimas em 36 anos. A guerra civil de Angola meio milhão de pessoas em 27 anos. A guerra civil na Guatemala fez 400 mil vítimas em 24 anos.
As perdas humanas somente no Brasil equivalem, em média, às perdas humanas nos 12 principais conflitos armados pelo mundo – incluindo alguns dos mais sangrentos, como Iraque, Sudão, Afeganistão, Paquistão e República Democrática do Congo.
Alguém tem dúvida de que trata-se – não de uma guerra, mas – de uma tragédia humanitária absolutamente bárbara e desumana? Eu não.
E não adianta tentar argumentar que o Brasil é um país de dimensões continentais. Trata-se de um notável falso argumento. O país tem taxas de homicídios por armas de fogo quatro vezes superiores aos da China, que tem sete vezes mais população que o Brasil. A Índia, com 6 vezes mais habitantes que o Brasil, tem 12 vezes menos assassinatos com armas de fogo.
E quem são as maiores vítimas por aqui? Pobres, negros/pardos e… jovens.
Enquanto 73,2% dos jovens brasileiros – 15 a 24 anos – morrem por “causas externas”, entre os não-jovens essa proporção não chega a 10%. Enquanto 38,6% dos jovens morrem por homicídios no país, entre os não-jovens essa proporção é de 2,9%.
Os dados do ‘Mapa da Violência’ de 2012, por exemplo – para deixar evidenciado para os que ainda não entenderam – mostram que entre 1980 e 2010 morreram no Brasil, segundo os registros do Ministério da Saúde, um total de 799.226 cidadãos vítimas de armas de fogo. Sendo que 450.255 mil deles eram jovens entre 15 e 29 anos de idade.
Dois em cada três vítimas fatais das armas de fogo são jovens. Quase meio milhão, e contando. E – na outra ponta – dos cerca de 26 milhões de jovens e adolescentes entre 12 a 18 anos, menos de 0,2% estão em conflito com a lei.
O Brasil segue um padrão às avessas quando se trata de encerrar – por comparação – um conflito civil de grandes proporções.
Segundo os órgãos internacionais mais experientes neste tema, você encerra uma tragédia como esta com três medidas nada simples, porém essenciais: (1) Fim da facilidade de acesso a armas de fogo; (2) o fim da cultura da violência e do discurso do ódio; (3) exemplar punição por meio de um processo justo e idôneo e a reconciliação “entre as partes”, inclusive com a adoção de conhecidos métodos de ressocialização e entendimento mútuo.
Quando a sociedade brasileira se depara com um assassinato bárbaro ou uma chacina, entra em pânico. Morrem 137 pessoas por dia, mas somente quando algo “aparentemente” grave acontece, queremos resposta.
A tática generalizada é muito simples: elencam-se estes e outros problemas – falta de controle das mais de 15 milhões de armas de fogo (registradas e não registradas), a cultura da violência que dá origem aos motivos fúteis ou aos impulsos, o baixíssimo grau de resolução dos inquéritos policiais – para, então, relacioná-los diretamente a qualquer outro motivo menor para tais crimes.
Como – por exemplo – à maioridade penal de 18 anos.
E o motivo é mais do que óbvio: é mais fácil criminalizar uma parte vulnerável da população do que enfrentar as causas do problema já devidamente constatadas. O lobby da indústria bélica é notavelmente maior do que o lobby a favor das crianças e adolescentes.
É como se um país em meio a uma guerra civil sugerisse que as suas crianças-soldado paguem pelos terríveis crimes contra a humanidade que cometeram, após terem sido arrancados de suas famílias, escolas, comunidades. Quer dizer, é a mesma coisa.
Conhecemos muito bem o desafio: a posição de que devemos ser mais “duros” com as crianças e adolescentes é um fruto inequívoco desta mesma cultura da violência que, em um ciclo perverso, mantem reféns pessoas ingênuas, numa espiral de medo e pânico. O desafio é conhecido, porém nada simples.
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Artigo de opinião, com dados de arquivo pessoal e do mapadaviolencia.org.br. Por Gustavo Barreto, membro do Conselho Editorial da Vírus Planetário.

SEGUE ENTREVISTA:
Para falar sobre o assunto, a Fórum entrevistou o advogado Ariel de Castro Alves,especialista em Políticas de Segurança Pública pela PUC- SP e ex- conselheiro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Para ele, “reduzir a idade penal seria como reconhecer a incapacidade do Estado brasileiro em garantir oportunidades e atendimento adequado à juventude. Seria como um atestado de falência do sistema de proteção social do País”. Confira abaixo a entrevista da RevistaFórum:
Revista Fórum – Por que o debate sobre a redução da maioridade penal sempre vem à tona após crimes contra jovens de classe média como o assassinato de Victor Deppman?
Ariel de Castro Alves - Os familiares das vítimas têm todo o direito de se manifestar e provavelmente se eu estivesse no lugar deles, após ter perdido um ente querido, também pediria a redução da idade penal ou até pena de morte. Mas temos que diferenciar a emoção da razão. Racionalmente entendo que esta não é a solução para a questão da criminalidade infanto-juvenil no País.
Às vezes também parece que só a vida de jovens de classe média ou alta tem valor na sociedade brasileira. Milhares de jovens são assassinados todos os dias nas periferias e poucos tratam do assunto ou se revoltam e exigem soluções para os casos. Existe muito oportunismo e demagogia nessas discussões.
Há 17 anos venho me posicionando a atuando contra a redução da idade penal. Entendo que se trata de medida ilusória já que o que inibe o criminoso não é o tamanho da pena e sim a certeza de punição. No Brasil existe a certeza de impunidade já que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos. Precisamos de reestruturação das polícias brasileiras e melhoria na atuação e estruturação do Judiciário.
As propostas de redução da idade penal também são inconstitucionais, só poderiam prosperar através de uma nova Assembléia Nacional Constituinte. Além disso a reincidência no Sistema Prisional brasileiro, conforme dados oficiais do Ministério da Justiça, é de 60%. No sistema de internação de adolescentes, por mais crítico que seja, estima-se a reincidência em 30%. A Fundação Casa de São Paulo tem apresentado índices de 13%, mas não levam em conta os jovens que completam 18 e vão para as cadeias pela prática de novos crimes.
Essa medida é enganosa, só vai gerar mais crimes e violência. Teremos criminosos profissionais, formados nas cadeias, dentro de um Sistema Prisional arcaico e falido, cada vez mais precoces.
Revista Fórum – De acordo com a legislação atual, quanto tempo o adolescente que atirou em Victor pode ficar preso?
Ariel de Castro Alves - O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece até 3 anos de internação (privação de liberdade). Se o autor do crime sofrer transtornos psiquiátricos e ficar demonstrada a sua periculosidade através de laudos e relatórios após os 3 anos, a lei que criou o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, que entrou em vigor em abril de 2012, prevê a ampliação do tempo por prazo indeterminado, transformando a internação socioeducativa em internação psiquiátrica.
Revista Fórum – O governador Geraldo Alckmin anunciou que seu partido (PSDB) vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei para tornar o Estatuto da Criança e do Adolescente mais rígido, com penas maiores para menores. O que o sr. acha disso? Deve-se punir com mais rigor?
 
Ariel de Castro Alves - Ele já anunciou essa proposta em 2003 e 2012, após momentos de clamor social diante de crimes graves e rebeliões na Fundação Casa, mas ele mesmo não deu sequência. Vejo certo oportunismo e demagogia nesta atitude.
A questão da ampliação do tempo de internação é passível de discussão, cabe ao Congresso Nacional criar uma Comissão Especial e tratar do tema com vários especialistas. Toda lei pode ser atualizada ou reavaliada, o Estatuto da Criança e do Adolescente neste item também pode ser, se o congresso e os especialistas assim entenderem. O que não podemos é ter legislações com base na emoção e sim pela razão. O clamor popular após esses casos gravíssimos não contribui com o processo legislativo e abre espaços para oportunismos. Porém, se o tempo de internação ao invés de até 3 anos, fosse de 6 anos, possivelmente a Fundação Casa teria 18 mil internos, ao invés dos 9 mil que tem hoje, tendo mais superlotação e sendo necessários mais investimentos do Estado.
Já a proposta do governador de transferir os jovens da Fundação Casa para presídios é totalmente inadequada. O Sistema Prisional Paulista está com a superlotação acima dos 100%. Além disso a reincidência passa dos 60% e muitas prisões são dominadas por facções criminosas. Já a Fundação Casa tem anunciado a reincidência em torno de 13%. Colocar os jovens num sistema prisional falido e superlotado só vai aumentar a criminalidade no Estado.
Ao invés de transferir os maiores de 18 para presídios, é pertinente que existam unidades de internação específicas aos jovens com idades entre 18 anos até completarem os 21 anos. É uma obrigação do Estado já prevista na lei. Eles não podem ser transferidos  para presídios comuns, já que a medida socioeducativa deve ser cumprida em unidade de internação e não em presídios comuns. Apesar dos jovens já terem 18 anos de idade, eles cometeram o ato infracional quando tinham menos de 18 anos e podem cumprir até 3 anos de internação, ou até completarem os 21 anos.
Revista Fórum – Quais medidas seriam efetivas para conter a violência que atinge níveis absurdos em São Paulo, com altos índices de homicídios por arma de fogo principalmente nas periferias?
 
Ariel de Castro Alves - O Estatuto da Criança e do Adolescente gerou muitos avanços nos últimos anos com relação ao atendimento às crianças, mas, ainda, no atendimento aos adolescentes deixa muito a desejar, principalmente nas áreas de educação, saúde e profissionalização. A prevenção, através de políticas sociais, custa muito menos que a repressão. O futuro do Brasil não pode ser condenado à cadeia.
São necessários programas de inclusão e oportunidades visando à emancipação social dos jovens. Sempre digo que só com conselhos e atendimentos esporádicos não temos como convencer o jovem a deixar o envolvimento com o crime. Temos que ter programas capazes de criar um novo projeto de vida para os adolescentes, que envolvam suas famílias. Programas com subsídio financeiro, que ofereçam bolsa-formação, oportunidades de estágios, aprendizagem, cursos técnicos, empregos, com ações dos órgãos públicos e também da iniciativa privada.
Quando o Estado exclui, o crime inclui. Se o jovem procura trabalho no comércio e não consegue, vaga na escola ou num curso profissionalizante e não consegue, na boca de fumo ele vai ser incluído. O Estatuto da Criança e do Adolescente tem o caráter mais preventivo do que repressivo. Se o ECA fosse realmente cumprido sequer teríamos adolescentes cometendo crimes. É exatamente pela falta de cumprimento do Estatuto e pelo alijamento  de muitas crianças e adolescentes dos seus direitos fundamentais previstos no ECA é que temos adolescentes envolvidos com a criminalidade.
A ausência de políticas públicas, programas e serviços de atendimento, conforme prevê a lei, e a fragilidade do sistema de proteção social do País favorecem o atual quadro de violência que envolve adolescentes como vítimas e protagonistas. Isso só será revertido quando realmente for cumprido o princípio Constitucional da Prioridade Absoluta com relação às crianças e adolescentes, o que atualmente ainda é uma utopia. Quem nunca teve sua vida valorizada, não vai valorizar a vida do próximo. O que esperar de crianças e adolescentes que nunca tiveram acesso à saúde, educação, assistência social, entre outros direitos. Muitas vezes não tiveram sequer uma família efetivamente. E sempre viveram submetidos a uma rotina de negligência e violência. A negligência, a exclusão e a violência só podem gerar pessoas violentas.
Em abril de 2012, entrou em vigor a Lei que criou  o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, o cumprimento desta lei também resultaria num atendimento mais adequado aos adolescentes infratores no País, com ações qualificadas por parte dos municípios, dos estados e do governo federal. Mas, ainda, o poder público tem se omitido no cumprimento desta lei, mantendo unidades de internação ou programas de atendimento em meio aberto totalmente inadequado.
Fonte: http://www.hilarioesevero.com/2013/04/a-covardia-da-criminalizacao-juvenil.html

13 de abril de 2013

A simplicidade do evangelho e a sofisticação da Igreja.



Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. (Apocalipse 2:4-5)




O evangelho de Jesus Cristo é simples. Simples na forma e simples no conteúdo. A vida e o ministério de Jesus acontecem num cenário simples. Ele anunciou as boas novas do reino de Deus, demonstrou a presença do reino através de palavras, exemplos e ações. Convidou pessoas para estarem e aprenderem com ele. Sofreu as incompreensões do sistema religioso e político do seu tempo. Morreu e ressuscitou. Após a ressurreição, encontrou-se com seus discípulos e comunicou-lhes que recebera toda autoridade no céu e na terra, e que, como Rei e Senhor, enviou seus discípulos para anunciarem as boas novas, levando homens e mulheres a guardarem tudo o que ele ensinou, integrando-os numa comunidade trinitária por meio do batismo, e prometeu estar com eles todos os dias, até o fim.

Alguns dias depois, no meio da festa de Pentecostes, 120 discípulos estavam reunidos em Jerusalém, e a promessa de Jesus se cumpriu. Todos foram cheios do Espírito Santo, começaram a viver a nova realidade anunciada por Jesus, saíram alegremente, por todo canto, pregando a boa notícia de que Deus visitou seu povo e trouxe salvação, justiça e liberdade.

A história seguiu e os cristãos foram se multiplicando, organizando igrejas, criando instituições, formas e ritos. Porém, as instituições cresceram e suas estruturas se tornaram mais complexas e sofisticadas. Transformaram-se num fim em si mesma. A simplicidade do evangelho foi substituída pela complexidade institucional.

C. S. Lewis, na carta 17 do livro “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz”, aborda o tema da glutonaria e afirma que uma das grandes realizações do maligno no último século foi retirar da consciência dos homens qualquer preocupação sobre o assunto, e isso aconteceu quando ele transformou a “gula do excesso na gula da delicadeza”. Para C. S. Lewis, o problema da gula, muitas vezes, não está no excesso de comida, mas na sofisticação, na exigência de detalhes em relação ao vinho, ao ponto do filé ou ao cozimento da massa. Fica impossível atender a um paladar tão sofisticado. A simplicidade do ato de comer dá lugar à sofisticação gastronômica. Pessoas assim, segundo o autor inglês, demitem cozinheiras, destratam garçons, abandonam restaurantes, cultivam relacionamentos falsos e terminam a vida numa solidão amarga.

Como igreja, corremos o mesmo risco. A simplicidade e pureza do evangelho já não provocam prazer na maioria dos cristãos ocidentais. A sofisticação da igreja, sim. É o vaso tornando-se mais valioso que o tesouro contido nele. Se a música não estiver no volume perfeito, o ar condicionado no ponto exato, a pregação no tempo apropriado, com conteúdo que agrade a todos os paladares e com o bom uso dos aparatos tecnológicos, talvez eu não me agrade desta igreja.

Justificamos a sofisticação com expressões como “busca por excelência”, “relevância”, “qualidade”. Parece justo. O problema é que a excelência ou a relevância do evangelho está exatamente na sua simplicidade. É cada vez mais fácil encontrar cristãos que acharam a “igreja certa” do que os que simplesmente encontraram o evangelho. A sofisticação da igreja mantém o cristão num estado de espiritualidade falsa e superficial. A maior deficiência do cristianismo não está na forma, mas no conteúdo.

A verdadeira experiência espiritual requer um coração aquecido e não sentidos aguçados. Precisamos elevar nossos afetos por Cristo, seu reino, sua Palavra e seu povo, e não os níveis de sofisticação e exigências institucionais. O vaso deve ser de barro, sempre. O tesouro que ele guarda, o evangelho simples de Jesus Cristo, é que tem grande valor. A sofisticação produz queixas, impaciência, falta de caridade e egoísmo. A simplicidade sempre nos conduz a compaixão, sinceridade, devoção e autodoação.

Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

Fonte: http://blogdopcamaral.blogspot.com.br/2013/04/a-simplicidade-do-evangelho-e.html

O PAPEL PEDAGÓGICO DA DOR

 
Por Pr. Geremias Couto
Ninguém gosta de sentir dores. Elas incomodam, trazem imenso desconforto e chegam até a restringir o nosso ir e vir. Muitas vezes somos obrigados a parar e esperar que passem os seus efeitos. Nossa primeira iniciativa é logo tomar alguma medicação para eliminá-las. Isso vale não só para a dor física, mas também para a dor emocional. É doloroso sentir dor. 
Mas não podemos olvidar o seu lado pedagógico até porque a dor é fruto de alguma causa, ou seja, não existe por si mesma, mas em razão de algum problema que precisa ser identificado. Nesse sentido, trata-se de um sistema de defesa, um sistema de alarme, que, acionado, nos põe em alerta para descobrir o que lhe deu causa. Imagine se não sentíssemos dor. Já estaríamos mortos! No mínimo, estaríamos vivendo no mundo dos mutilados!
Essa é a pedagogia da dor. Ela nos ensina que algo não vai bem conosco e precisamos, com urgência, buscar corrigir o problema. Ora trata-se de um processo inflamatório ou infeccioso, ora trata-se de alguma disfunção em algum dos sistemas que fazem funcionar o nosso corpo, ora trata-se de alguma ação externa que nos fere, enfim, a dor não é um mal. É um bem. Prudentes são aqueles que não negligenciam os seus sinais.
Pode ser que a nossa dor seja emocional. É a alma que dói. Ficamos dias e dias curtindo esse sofrimento e não buscamos descobrir as razões para erradicá-las de vez a ponto de somatizarmos todos os seus efeitos e nos tornarmos enfermos no corpo. É a compulsão pela ira, a frustração por alguma coisa mal sucedida, o elevado nível de estresse que leva à prostração, a tristeza por achar que chegamos ao fundo do poço, a sensação de que nada mais há para ser feito, enfim, são dores que sinalizam como estamos em nossa psique.
A saída? Com a ajuda do Espírito Santo, que penetra as profundezas do nosso coração, arrancar todas as raízes originárias dessas dores e deixar que apenas o fruto do Espírito seja a força reguladora das nossas emoções. Mas não nos esqueçamos: a dor é pedagógica. Estejamos atentos quando der às caras. Ela estará dizendo que há algo mais profundo que precisa ser encarado e tratado para que haja restauração e não se transforme em doença crônica.
Fonte: Geremias do Couto