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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

30 de setembro de 2010

Igreja em casa? Qual sua opinião?

Navegando a procura de atualidades para o blog, "cai" nesse site da Igreja em casa: http://www.igrejaemcasa.com.br


Vejamos as ofertas para se filiar:




Selecione os cursos que deseja ter:
Bacharel em Psicologia Pastoral
Bacharel em Teologia Eclesiástica
Formação de Pastor
Médio em Teologia Eclesiástica
Mestrado em Teologia ênfase em Bibliologia
Títulos que deseja ter:
Associação dos Pastores e Ministros Evangélicos do Brasil
Associação Internacional de Conferencistas Evangélicos
Associação Mundial dos Doutores em Teologia Eclesiástica
Conselho Federal de Pastor
Conselho Internacional de Pastores e Ministros
Seja nosso parceiro com acompanhamento pastoral:
Amigo Parceiro ( R$100,00 à R$300,00)
Amigo Fiel (R$301,00 à R$600,00)
Amigo Perseverante (R$601,00 à R$1.200,00)
Amigo Exclusivo (acima de R$1.200,00)
Receba o óleo ungido e consagre sua casa:
Prosperidade e Multiplicação
Cura e Libertação
Restauração Familiar
Alegria e Renovação Espiritual




No mínimo R$ 100,00 ?? (Humildade passou longe...)


Oléo Ungido em casa: 




Lá vai mais uma "bagatela" de R$ 300,00... O oléo caro, mais deve ser abençoado por Gezuis... (Na minha casa da para fazer compra para o mês inteiro) 




A igreja é em casa, mais o dizimo vai para a igreja! Alias, para Gezuis!


No site tem janela que não acaba mais pedindo ofertas....


Vejam: 




Groria a Gezuis por mais uma igreja aberta, né? Ou casa? Site? Tá um pouco confuso...


Postou Wagner Lemos.

O mais novo produto do mercado gospel


Volta e meia recebo emails de alguns irmãos em Cristo me criticando pelo fato de eu denunciar as  heresias e os desvios teológicos promovidos por alguns dos denominados evangélicos. Segundo eles, eu deveria zelar pela unidade cristã, além obviamente de ser um canal de amor, misericórdia e perdão, deixando com que o Senhor julgue os homens.

Caro leitor, vamos combinar uma coisa? Não dá para ficar quieto diante de tanta sandice. Mesmo porque, acabo de ver no blog da Márcia Gisella, um vídeo cujo conteúdo anuncia o mais novo produto do mercado gospel. 

Por favor, deixe-me explicar: mediante uma  singela e humilde "oferta" de R$ 300,00, o crente em Jesus poderá receber no conforto de sua residência o Kit Comunhão. Isto mesmo cara pálida! O "excepcional e maravilhoso" KIT que é composto por  um "poderoso" óleo ungido, além é claro, dos elementos necessários a Ceia do Senhor.

Pois é, isto me faz lembrar do texto bíblico que diz:

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. (II Pd 2:1-3

Caro leitor, por favor, pare e pense comigo: É justo ficar calado diante da propagação de tantas heresias? É correto por mordaça a boca enquanto inúmeros profeteiros enganam o povo de Deus? Ora, como inúmeras vezes escrevi neste blog, não dá para fazer o jogo do contente, nem tampouco fechar os olhos as aberrações teológicas do neo-pentecostalismo. Em virtude disto acredito que mais do que nunca a Igreja de Cristo precisa preservar a sã doutrina defendendo os valores inegociáveis da fé cristã.

Em dias como os nossos, não podemos hesitar em continuar defendendo a fé crista.

Nele que é a verdade absoluta,

Renato Vargens

WAR - edição especial Império Malafaiano


Depois do retumbante sucesso de MALAPOLY, Nani tem o (des)prazer de  trazer ao mercado gospel mais um jogo que irá fazer história na  blogosfera. 


O mundo está em guerra. Um homem decide ir contra tudo e contra todos. 
Este homem é Silas Malafaia!!!!
Seu objetivo é conquistar o mundo...

WAR Império Malafaiano proporciona que você, na pele do lobo Silas Malafaia, conquiste os seus objetivos. Seus inimigos estão representados pelos principais desafetos deste profeta da prosperidade.


Em nossa edição comemorativa virtual, estamos disponibilizando um folheto especial: "Os ataques do império de Silas Malafaia". Aprenda com este mestre do disfarce a utilizar as poderosas armas midiáticas para denegrir a imagem de seus adversários.


As regras são simples: você terá 1 carta de objetivo e algumas peças de seu obediente exército.
CARTAS DE OBJETIVO
  • Conquistar o mundo
  • Atacar o PT (mas pode apoiar candidatos que apoiam o PT sem medo) 
  • Retirar seu apoio à Marina Silva (com o objetido de eliminá-la do jogo, seja político ou não)
  • Desmoralizar o Kassab
  • Assumir o comando da CGADB
  • Cortar a internet dos blogueiros (ou seja, exterminá-los)
  • Atacar eternamente o Caio Fábio
  • Conquistar 45 territórios à sua escolha (carta em homenagem à aliança com José Serra)

EXÉRCITO COM MINIATURAS PERFEITAS DE
  • Morris Cerullo: 900 pontos de desfalque alheio. Na segunda tentativa, os pontos baixam para 610.
  • Mike Murdock: 1000 pontos de desfalque e 1001 chaves de sabedoria.
  • Gidalti Alencar: arauto do reino malafaiano, só pode ser utilizado com as peças Morris Cerullo e Mike Murdock. Incrementa em 10% o desfalque.
  • Renê Terra Nova: apenas 50 pontos de desfalque por ser produto nacional.
  • Marcelo Crivella: membro do senado do reino malafaiano. Não tem pontos por si mesmo, precisando estar sempre apoiado em alguém. Incrementa o desfalque das outras peças em 50%.

Dica:
Recomendamos a leitura do manual de conduta malafaiano - a Bíblia Batalha Espiritual e Vitória Financeira - antes do jogo. Durante o jogo, a mesma pode ser utilizada para atacar fisicamente o adversário que estiver ganhando. Lembrando que não nos responsabilizamos por qualquer prejuízo  físico, mental ou espiritual devido ao uso da Bíblia Batalha Espiritual e Vitória Financeira

Compaixão? Perdão? Misericórdia? Se você quer conquistar o mundo, estas palavras não podem estar em seu vocabulário.
Não perca a chance de acabar com seus inimigos agora mesmo... Antes que eles acabem com você!
Fonte: Nani e a Teologia

O Assédio psicológico pastoral, a manipulação e o inferno



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Por: Mark Dever

Pregar sobre o inferno é manipulação. É a tática do medo. É assédio psicológico. Não é isso o que as pessoas dizem?
Na maior parte de sua história – afirma o jornalista A. C. Grayling – o cristianismo tem sido uma ideologia geralmente violenta e sempre opressiva – pense nas Cruzadas; na tortura; nas pessoas queimadas em estacas; nas mulheres constantemente escravizadas inúmeras vezes aos partos e ao seu marido, sem poderem se divorciar; na distorção da sexualidade feminina; no uso do medo (dos tormentos do inferno) como um instrumento de controle; e nos resultados horrendos de sua calúnia contra o Judaísmo.

Mas hoje em dia, os cristãos são consumidores mais conscientes. Eles sabem como se vender no mercado, lançando fora as repressões, como se fossem um novo produto ou um político.
Grayling continua:
Atualmente, em contraste, o cristianismo se especializa em músicas comoventes e desfocadas. Suas ameaças acerca do inferno; sua exigência por pobreza e castidade; sua doutrina de que apenas poucos serão salvos e muitos serão condenados foram deixadas de lado e substituídas por dedilhados de violão e sorrisos açucarados. O cristianismo tem se reinventado com freqüência, com uma hipocrisia de tirar o fôlego, com o interesse de manter o seu domínio sobre os incautos. E se um monge medieval despertasse do sono hoje, como no filme O Dorminhoco, de Wood Allen, não seria capaz de reconhecer a fé que leva o mesmo nome que a sua.[i]
De qualquer modo, essa é a transformação que um descrente observou entre os cristãos. Isso reflete o nosso desconforto moderno, nossa repulsa em afirmar publicamente qualquer um dos ensinos impopulares de Jesus, como o apavorante quadro do futuro, pintado por Jesus. Poderia isso refletir também o modo como os crentes se renderam rapidamente aos padrões culturais?
POR QUE ESCARNECEMOS DO MEDO?
Nossa sociedade não se agrada de ser motivada pelo medo. Nós nos ressentimos com isso. Afinal de contas, o medo não é um guia confiável. Ele parece ser indigno de nós. Parece primitivo e até animalesco. Parece muito instintivo, em vez de racional.
“Fobias” são como chamamos os medos irracionais. Então nos referimos à hidrofobia como sendo um medo irracional de água ou à aracnofobia, como um medo irracional de aranhas. Devemos ter pena das fobias e rejeitá-las. Se você chama o modo como concebo a sexualidade de “homofobia”, então você não deve levar em consideração o que digo. As fobias são indignas de serem levadas a sério.
O medo é poderoso, admitimos, mas também é irracional e nos deixa sujeitos à manipulação, vulneráveis. Por essa razão, não gostamos dele.
O MEDO FUNCIONA
Ironicamente, todo mundo sabe que o medo é útil. Por isso tiramos proveito dele.
Fazemos isso desde os primórdios dos tempos. Por essa razão, as fábulas de Esopo advertiam sobre o destino dos preguiçosos. Os provérbios e as máximas de Confúcio e Benjamin Franklin contrastam a prosperidade dos que andam retamente com a pobreza dos que fazem coisas erradas. Os pais dizem aos filhos para não fazerem isto ou aquilopara que não se machuquem ou para não terem aquelesamigos porque eles o conduzirão ao que não é bom. Os professores dizem a Joãozinho que, se ele não ler, não poderá trabalhar; e se não puder trabalhar, não poderá ter as coisas que quer e a vida que deseja. Fingimos não acreditar em afirmações assustadoras, mas a grande verdade é que o medo vende!
Você quer segurança para os seus filhos, por essa razão, compra determinado carro. Você quer sua saúde protegida, por isso adquire um convênio e compra vitaminas. Você quer manter uma boa aparência, então compra um aparelho para abdominais. Você quer segurança financeira, portanto, faz investimentos. Você quer ter um sono sadio, o que significa que precisa dormir em segurança, por essa razão, compra um alarme para a sua casa.
O medo funciona!
E não é só a Madison Avenue que sabe disso. A cidade onde moro, Washington, DC, conhece a utilidade do medo. O medo pode ser censurado – “Não há nada a temer, mas tema o próprio medo”! – no entanto, ele é utilizado constantemente.
Apenas imagine uma tela escura de televisão. Depois, uma foto desagradável em preto e branco aparece, e uma voz profunda e agourenta diz: “Se o ‘Fulano de Tal’ chegar ao poder, prisioneiros assassinos serão soltos; os empregos evaporarão; nosso país ficará indefeso; os idosos passarão fome; o sol não brilhará; sempre será inverno e não haverá mais natal”! Depois, a tela muda para uma foto colorida de um candidato sorrindo, sendo cumprimentado calorosamente por pessoas felizes. A voz passa de agourenta para uma voz calorosa e confiante. Ela afirma o candidato. Fim.
E SE, DE FATO, HOUVER ALGO A TEMER?
É lógico que é bom ensinarmos os nossos filhos a não terem medo de sombras e sermos cautelosos com aqueles que utilizam o medo para nos vender algo. Mas e se houver realmente algo a temer?
E se nossas ações tiverem conseqüências e nem todas as conseqüências forem boas? E se houver uma relação entre o que fazemos e o que colhemos? Temos permissão para falar disso?
Nossa sociedade tolera advertências sobre perigos reais: “Ponte caída. Retorno à direita”. Valorizamos advertências médicas educativas: “Se você não parar de fumar, isso o matará”. Especulamos como uma ação afetará nosso meio ambiente ou nossa economia. Somos rápidos em advertir contra ameaças terroristas.
Mas e nas questões espirituais? Nos assuntos sobre Deus, nossa alma e vida após a morte? O medo é um motivador apropriado nessas questões?
Podemos nos ressentir com tal idéia, no entanto, nossos ressentimentos nunca foram um guia infalível contra o que é falso, não é mesmo? O fato de nos ressentirmos com algo não significa que ele não seja verdadeiro!
JESUS NOS MOSTROU O QUE DEVEMOS TEMER: O INFERNO
Jesus sabia que havia algo a temer: passar a eternidade no inferno. Ele disse aos seus discípulos:
E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga. E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga (Mc 9. 43 a 48).
Em outra passagem, Jesus disse:
Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer (Lc 12.4 a 5).
Jesus nos exortou a temer o inferno. E nos advertiu para temermos a Deus, que tem o poder de nos lançar no inferno.

PASTORES, NÃO TENHAM MEDO DO MEDO
É uma ilusão pensar que podemos viver sem medo neste mundo amaldiçoado e caído. Todo mundo tem medo de algo, é só uma questão do que.
Pastores, não sejam seduzidos pelos padrões culturais a respeito do que devemos ou não temer. Não seja enganado pela ironia de nossa cultura em relação ao medo. Eles também sentem medo. Em vez disso, siga a Jesus, admoestando os outros acerca do futuro aterrorizante que aguarda aqueles que não se arrependem de seus pecados e não confiam em Cristo.
[i] GRAYLING, A. C.. Against All Gods. London: Oberon Books, 2007. p. 24
Sobre o autor: Mark Dever é pastor da Igreja Batista de Capitol Hill, no distrito de Washington; fundador do ministério 9Marcas e um dos organizadores do ministério Juntos Pelo Evangelho; conferencista internacional e autor de vários livros, incluindo os livros “Nove Marcas de Uma Igreja Saudável”,”Refletindo a Glória de Deus” e “Deliberadamente Igreja”, todos publicados em português pela Editora FIEL.
Fonte: [ Editora Fiel ]

A. W. Pink, Uma Alma que Conseguiu Manter-se Fixo na Única Coisa que Importa




Arthur Walkington Pink nasceu em Nottingham, Inglaterra em 01 de abril de 1886. Embora nascido de pais cristãos, antes da conversão, ele migrou para Teosófia ( uma filosofia esotérica que defende que todas as religiões levam a Deus), e levantou-se rapidamente em destaque em suas fileiras. Sua conversão veio em 1908 através de seu pai, que mesmo doente fazia-lhe admoestações através das Escrituras. Foi precisamente o verso de Provérbios 14:12, “há um caminho que parece direito ao homem, mas o fim dele são os caminhos da morte”, que atingiu particularmente o seu coração e lhe obrigou a renunciar a Teosofia e seguir a Jesus.
Desejando crescer no conhecimento da Bíblia, Pink imigrou para os Estados Unidos para estudar no Instituto Bíblico Moody. Em 1910 aceitou o chamado para trabalhar como pregador num campo de minas em Silverton (Colorado, USA). Chegou a pregar mais de 300 vezes ao ano. Em 1916 ele se casou com Vera E. Russell, que era de Kentucky. Ele pastoreou igrejas no Colorado, Califórnia, Kentucky e Carolina do Sul antes de se tornar um professor de Bíblia itinerante em 1919. Mais tarde viajou para Austrália, entre 1925 a 1928,  pastoreando duas congregações, uma delas Batista.
Leitor incansável que era, em 1932, passados exatos 24 anos de sua conversão, pink já havia lido toda a Bíblia mais de 50 vezes e milhares de livros teológicos, até que em 1934 regressou à sua terra natal fixando residência na ilha de Lewis, na Escócia, em 1940, e lá permaneceu até sua morte em 15 de julho de 1952. A causa da morte foi por anemia. Devido à perseguição que sofreu por causa da sua fidelidade às Escrituras, se viu obrigado a se dedicar à escrita e ao aconselhamento de crentes por correspondência, e em 1922 ele iniciou uma revista mensal intitulada “Estudos nas Escrituras”, que circulou entre os cristãos que falam Inglês a nível mundial. A revista estava preocupada apenas com a exposição das Escrituras. Em 1946 Pink já havia escrito 20.000 cartas à mão.
Por empregar um estudo bíblico Independente das organizações, Pink compreendeu que muito do moderno evangelho era defeituoso, já naquela época. Quando a maioria da literatura puritana foram geralmente ignoradas pela Igreja como um todo, ele avançou sobre a maioria de seus princípios com zelo incansável. O progressivo declínio espiritual de sua própria nação (Inglaterra) foi para ele uma prova inevitável da prevalência de um “evangelho” que não podia transmitir convicção de pecado nem curar através de conversão. Familiarizado com toda a gama da revelação das boas novas, Pink raramente desviou-se dos grandes temas centrais das Escrituras: justificação, graça e santificação. Nossa geração deve a ele uma grande dívida para com a luz persistente que lançou, pela graça de Deus, sobre a Verdade da Bíblia Sagrada.
Pink é o que todo bom leitor de teologia procura: erudição misturada com piedade. Os seus comentários são inspiradores, não somente demonstrando a reverência do autor para com Deus e a Escritura, mas também incitando o leitor ao mesmo. A sua maneira cativante de descrever as verdades divinas, a sua capacidade extraordinária de expor as mais difíceis passagens, e o seu rico e belo linguajar dificilmente encontram paralelo em toda a história do Cristianismo.
Um outro fator impressionante em Pink é a sua humildade e o seu compromisso inegociável com a verdade. Assim como Agostinho, ele veio a rejeitar várias das suas doutrinas e crenças anteriores, após um estudo mais cuidadoso do tema à luz das Escrituras. Entre as crenças abandonadas por Pink podemos citar o pré-milenismo e o dispensacionalismo, para não citar a sua mudança de uma Igreja Congregacional para uma Batista. Numa carta ele chega a dizer que não recomendaria o seu próprio livro “The Antichrist” [O Anticristo] para ninguém; além disso, ele escreveu mais tarde um livro combatendo o dispensacionalismo (A Study of Dispensationalism), o qual, como já dito, foi anteriormente defendido por ele. [3] Com certeza não teríamos tantas heresias em nosso meio se os pastores, líderes e membros em geral das igrejas tivessem a humildade de Pink para reconhecerem os seus erros.
Depois de sua morte, as obras de Pink foram republicadas por várias editoras atingindo um público muito maior. A ampla circulação de seus escritos após a sua morte fizeram dele um dos autores mais influentes evangélicos na segunda metade do século XX. Seus escritos provocaram um renascimento da pregação expositiva e focada nos corações dos leitores sobre a vida bíblica. No entanto, ainda hoje, Pink é deixado de fora da maioria dos dicionários biográficos e esquecido por muitos na história da igreja.
Algumas frases de A. W. Pink:
“A tendência da moderna teologia, se podemos chamá-la de teologia, é sempre rumo à deificação da criatura ao invés da glorificação do Criador”.
“Não perguntamos: ‘Cristo é seu Salvador’, mas: ‘É ele, real e verdadeiramente, seu Senhor?’ Se Ele não for seu Senhor, então, com a mais absoluta certeza, ele não é seu Salvador”.
“O fundamento de todo verdadeiro conhecimento de Deus deve ser uma clara apreensão mental de suas perfeições como reveladas nas Escrituras. Não se pode confiar, adorar ou servir a um Deus desconhecido”.
“O Deus deste século vinte não se assemelha mais ao Soberano Supremo das Escrituras Sagradas do que a bruxuleante e fosca chama de uma vela se assemelha à glória do sol do meio-dia. O Deus de que se fala atualmente no púlpito comum, comentado na escola dominical em geral, mencionado na maior parte da literatura religiosa da atualidade e pregado em muitas das conferências bíblicas, assim chamadas, é uma ficção engendrada pelo homem, uma invenção do sentimentalismo piegas”.
“Os idólatras do lado de fora da cristandade fazem “deuses” de madeira e de pedra, enquanto que os milhões de idólatras que existem dentro da cristandade fabricam um Deus extraído de suas mentes carnais. Na realidade, não passam de ateus, pois não existe alternativa possível senão a de um Deus absolutamente supremo, ou nenhum deus. Um Deus cuja vontade é impedida, cujos desígnios são frustrados, cujo propósito é derrotado, nada tem que se lhe permita chamar Deidade, e, longe de ser digno objeto de culto, só merece desprezo”.

Livros de Pink publicados em português:
Deus é Soberano
Atributos de Deus
Enriquecendo-se com a Bíblia
Outro Evangelho
Fonte: Adaptação das biografias dos sites: http://www.ccel.org/p/pink

POSTADO POR ALAN ORENEGADO VIA DISCERNIMENTO CRISTÃO

Sendo Cristão Sem Ser de Cristo

A Bíblia não esconde o fato de que além do cristianismo verdadeiro, legítimo, renascido da “água e do espírito”, há também um cristianismo aparente, formado por “cristãos” que não estão ligados a Jesus, não estão enraizados nEle, não vivem nEle e nem por Ele. Mesmo que tudo pareça legítimo, eles não passam de uma imitação. É desses “cristãos” que Paulo fala ao escrever a Timóteo, em sua segunda carta: “…tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes” (2 Tm 3.5). A Edição Revista e Corrigida diz: “…tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”. Na Nova Versão Internacional lemos: “…tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também”.
Sendo cristão sem ser cristão
De acordo com pesquisas nos EUA, quase metade dos americanos se dizem cristãos renascidos. Mas uma análise mais aprofundada revelou que muitos confundem o novo nascimento com uma sensação positiva a respeito de Deus e de Jesus.
Um levantamento estatístico entre os cristãos praticantes nos EUA apresenta resultados desanimadores, o que também é representativo em relação à Europa:
  • 20% nunca oram
  • 25% nunca lêem a Bíblia
  • 30% nunca vão à igreja
  • 40% não apóiam a “obra do Senhor” por meio de ofertas
  • 50% nunca vão à Escola Bíblica Dominical (de todas as faixas etárias)
  • 60% nunca vão a um culto vespertino
  • 70% nunca dão dinheiro para missões
  • 80% nunca freqüentam uma reunião de oração
  • 90% nunca realizam culto em família [1]
Se a situação já é assim na América marcada pela influência do puritanismo, quanto mais na superficial Europa.
O próprio Senhor Jesus advertiu a respeito da confissão nominal, que carece de conteúdo verdadeiro, ou seja, que não está de acordo com o que vai no coração: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt 7.21-23). Com isso, o Senhor esclarece quatro pontos básicos: há duas coisas que não são de forma alguma suficientes para que alguém seja salvo, e outras duas são imprescindíveis para que alguém seja redimido.
Duas coisas insuficientes para a salvação
Nem a simples confissão “Senhor, Senhor” (1) nem as obras em nome de Jesus (2) são suficientes para alcançar a salvação eterna. Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações são meramente formais, os atos de caridade são feitos em nome de Jesus sem que aqueles que os realizam pertençam a Ele ou sejam filhos de Deus. Quantos indivíduos “cristãos” realizam atos cristãos sem pertencerem a Cristo! É assustador que no fim Jesus até mesmo condena as suas ações como sendo iníquas: “Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.
Duas coisas imprescindíveis para a salvação
Precisamos fazer a vontade de Deus (1) e precisamos ser conhecidos por Deus (2).
1. Fazer a vontade do Pai celeste não é realizar muitas boas ações, pequenas e grandes, mas ter fé em Jesus Cristo, entregar conscientemente a vida a Ele e obedecer-Lhe na prática.
O judaísmo da época de Jesus tinha “boas ações” para apresentar: muitos eram fanáticos em seguir a lei, lidavam com a Palavra de Deus, expulsavam maus espíritos e faziam milagres. Mas uma coisa eles não queriam: crer em Jesus Cristo e, assim, aceitar a misericórdia que recebemos por meio dEle. Pensavam que chegariam ao céu sem Ele, que Deus reconheceria as suas obras e lhes permitiria entrar. Porém, foi justamente nesse ponto que Jesus tratou de contrariar seus planos. Eles tinham de aprender e aceitar que a vontade de Deus era que reconhecessem sua própria falência espiritual e cressem em Jesus.
Nós enfrentamos o mesmo problema hoje. “Cristãos” nascidos em um ambiente cristão pensam que conseguirão ir para o céu por meio de obras cristãs. Ao lhes dizermos que nada disso serve, que no fim das contas as suas ações são iniqüidades inaceitáveis aos olhos de Deus e que eles continuam perdidos, a grande maioria reage de forma irritada, por pensar que não precisam de Jesus pessoalmente. Quando Jesus foi questionado: “Que faremos para realizar as obras de Deus?”,Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.28-29).
2. Precisamos ser conhecidos por Deus. Haverá pessoas das quais Jesus dirá naquele dia:“Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”.
Não é suficiente crer em Jesus de forma superficial, reconhecê-lO, acreditar em Sua existência ou aceitá-lO até certo ponto. Não – é preciso que haja um encontro pessoal com Ele.
Posso dizer: “Conheço o presidente do Brasil”. De onde o conheço? De suas aparições na mídia. Mas será que ele me conhece? Claro que não! No entanto, se eu fosse convidado a visitá-lo, teria a oportunidade de ser conhecido por ele.
O Senhor Jesus convida cada ser humano, de forma pessoal, a entregar-se a Ele: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Quem aceita esse convite, quem se achega a Ele com todos os seus pecados, quem O aceita em seu coração e em sua vida e crê em Seu nome (Jo 1.12), esse é conhecido por Ele. Quem fez isso reconheceu o Pai e o Filho de Deus e entrará no céu: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 17.3).
“Tens nome de que vives…
…e estás morto” (Ap 3.1). Há muitos que se chamam de “cristãos”, mas o são apenas nominalmente. O Senhor Jesus falou de pessoas que imaginariam servir a Deus matando justamente Seus verdadeiros filhos: “Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus. Isto farão porque não conhecem o Pai, nem a mim” (Jo 16.2-3).
Em muitas igrejas, denominações e entidades cristãs as orações viraram rotinas, sem que aqueles que oram pertençam a Jesus.
Eles reivindicam autoridade teológica, pensam servir a Deus, mas não conhecem nem o Pai nem Jesus Cristo. Isso aconteceu, por exemplo, na época das Cruzadas e da Inquisição. Hoje também existe uma teologia que reivindica toda autoridade para si e rejeita os que se baseiam na Palavra de Deus. Basta lembrar das muitas seitas e do islamismo, que afirmam que Deus não tem um Filho.
Já no século VII antes de Cristo, na época do profeta Jeremias, havia dignitários religiosos meramente nominais. Ouvimos o lamento de Jeremias: “Os sacerdotes não disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheceram, os pastores prevaricaram contra mim, os profetas profetizaram por Baal e andaram atrás de coisas de nenhum proveito” (Jr 2.8).
Mesmo um cristão pode apostatar da fé. Quem com sua boca confessa ser cristão, mas não pratica o cristianismo no dia-a-dia, precisa aceitar que outros lhe perguntem se não está enganando a si mesmo.
Não é exatamente isso que vemos hoje? Muitos teólogos abandonaram a fé bíblica e correm atrás de convicções que não servem para nada. Eles se abriram para religiões e correntes espirituais que não têm absolutamente nada a ver com Jesus Cristo. Isso também já aconteceu na época em que o povo de Israel peregrinou pelo deserto. Depois de ter louvado a grandeza e a soberania de Deus (Dt 32.3-4), Moisés emendou uma declaração sobre os infiéis: “Procederam corruptamente contra ele, já não são seus filhos, e sim suas manchas; é geração perversa e deformada” (v.5). Portanto, realmente é possível que aqueles que não são Seus filhos se tornem infiéis a Ele.
É dito a respeito dos filhos de Eli: “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o Senhor… Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor” (1 Sm 2.12,17). Não reconheceram ao Senhor porque desprezaram o sacrifício. Enquanto uma pessoa (por mais cristã que se considere) desprezar o sacrifício de Jesus pelo pecado, não reconhecerá o Senhor.
Todos os israelitas saíram do Egito, mas da maior parte deles Deus não se agradou, motivo pelo qual tiveram de morrer no deserto (veja 1 Co 10.1-12).
Como exemplo especial de alguém que era crente nominal e que realizava obras, mas que ainda assim estava espiritualmente morto, lembro de Balaão (veja Nm 22-24):
  • Ele era um homem a quem Deus se revelava, com quem Deus falava (Nm 22.9).
  • No começo ele foi obediente (Nm 22.12-14).
  • Ele afirmava conhecer o Senhor e O chamou de “meu Senhor” e “meu Deus” (Nm 22.18).
  • Ele adorava o Senhor (Nm 22.31).
  • Ele reconhecia a sua culpa (Nm 22.34).
  • Ele estava disposto a servir (Nm 22.38).
  • Deus colocou Suas próprias palavras na boca de Balaão (Nm 23.5).
  • Balaão abençoou Israel três vezes (Nm 23 e 24).
  • Ele testemunhou da sinceridade e da fidelidade de Deus (Nm 23.19).
  • Ele falou três vezes do Messias como Rei de Israel (Nm 23.21; Nm 24.7,17-19).
  • O Espírito Santo veio sobre ele (Nm 24.2).
  • Ele testemunhava ser um profeta de Deus (Nm 24.3-4).
  • Balaão confirmou a bênção e a maldição de Deus sobre os amigos e inimigos de Abraão (Nm 24.9, Gn 12.3).
  • Ele colocou o mandamento de Deus acima de bens materiais (Nm 24.13).
  • Ele falou profeticamente a respeito do futuro dos povos, sobre a chegada do Messias e chegou a mencionar o Império Mundial Romano [Quitim] (Nm 24.14-24).
Apesar de tudo isso, a Bíblia chama Balaão de falso profeta, vidente e sedutor (veja Nm 31.16; Js 13.22; Ne 13.1-3; 2 Pe 2.15-16; Jd 11; Ap 2.14-16). Por quê? Porque Balaão fazia concessões e aceitava comprometimentos, e levou o povo de Deus a se misturar com outros povos. Havia uma discrepância entre suas palavras e ações. “Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel” (Nm 25.1-3). Balaão havia levado Israel a essa prostituição (Nm 31.16; Ne 13.1-3). Pedro chama Balaão de alguém que“amou o prêmio da injustiça”. Na Epístola de Judas ele é chamado até mesmo de enganador (“erro de Balaão”) e no Apocalipse ele é apresentado como alguém que “armou ciladas”.
A Bíblia diz a respeito das pessoas nos últimos tempos que “os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2 Tm 3.13). Quem tende a prostituir-se espiritualmente ou a comprometer sua fé e suporta, permite e pratica essas coisas sem que sua consciência o acuse, tem motivo para crer que, apesar das aparências, não é um cristão verdadeiro. Com isso não estou me referindo à luta contra o pecado, que qualquer filho de Deus enfrenta. Não, aqui não se trata de “derrotas” na fé e na obediência, mas de lidarmos com o pecado de forma consciente e indiferente, de deliberadamente escolhermos a prática pecaminosa.
Não somos salvos por nossas próprias obras, mas somente pela fé em Jesus Cristo, pela conversão a Ele. Só aqueles que O aceitam, ao Filho de Deus, em seu coração e em sua vida, com fé infantil, poderão realizar obras que testemunhem a veracidade de sua fé. Essa fé precisa estar “enraizada” na Palavra de Deus. Em Sua parábola sobre o semeador, Jesus diz que há pessoas que aceitam a Palavra de Deus com alegria, mas não criam raízes para ela e mais tarde a abandonam (Mt 13.20-21). A raiz liga a planta à terra, da qual ela vive, lhe dá firmeza, extrai alimento e o conduz à planta. A raiz é um símbolo do Espírito Santo, por meio do qual estamos enraizados em Deus. O Espírito Santo nos traz a vida em Deus, à medida que extrai alimento das Escrituras.
Podemos aceitar a Palavra de Deus de forma superficial, podemos simpatizar com o Senhor, podemos acompanhar os cristãos durante algum tempo, mas depois nos afastar novamente, porque nunca nascemos realmente de novo e por isso nunca tivemos “raízes”.
Jesus disse aos Seus discípulos, àqueles que O seguiam: “Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais eram os que não criam e quem o havia de trair” (Jo 6.64). De acordo com Hebreus 6.4-6, há pessoas que foram “iluminadas”, que “provaram o dom celestial”, e que até “se tornaram participantes do Espírito Santo” e ainda assim caíram. Por quê?
  • Porque foram iluminadas, mas elas mesmas nunca se tornaram luz. A luz pode se refletir em mim, e então estou iluminado; mas é preciso mais para que eu mesmo seja luz.
  • Porque provaram, mas não comeram (aceitaram). Posso sentir o cheiro do pão, provar o seu sabor (assim como o enólogo, que toma um pouco de vinho na boca para testar seu aroma, mas depois o cospe fora). Mas é preciso que aconteça mais: precisamos comer o pão, ingeri-lo. Não basta “provar” Jesus, ou seja, experimentá-lO – precisamos aceitá-lO em nós (Jo 6.53-56,63; Jo 1.12).
  • Porque participaram do efeito do Espírito Santo, mas nunca O receberam pessoalmente. Ao ler a Palavra de Deus, ao freqüentar um culto, posso participar do efeito do Espírito Santo. Mas isso não é suficiente. Não – é preciso que haja uma renovação espiritual real.
É possível que pessoas assim imitem o cristianismo durante algum tempo, acompanhem e participem de uma igreja local. Mas um dia elas “cairão” e negarão a Jesus. Então muitos se perguntam espantados: “Como isso é possível?”
Quando o Senhor Jesus falou de comer Sua carne e beber Seu sangue para ganhar a vida eterna (Jo 6.53-59), muitos de Seus discípulos disseram: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (v. 60) e se afastaram dEle (v. 66), apesar dEle ter lhe explicado de antemão o que isso significava: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (v. 63).
Tornar-se cristão apesar de ser “cristão”
Enganam-se a si mesmos os que pensam que todos são cristãos! Muitas vezes, quando questionei pessoas que davam a entender isso, a resposta era: “Meus pais são cristãos”, ou: “Minha família é cristã!” Um conhecido evangelista costumava responder a essas afirmativas: “Se alguém nasce em uma garagem, isso não significa que seja um automóvel! E quando alguém nasce em uma família cristã, ainda falta muito para que se torne cristão!” (extraído de um livro de Wilhelm Busch).
Jesus disse a Pedro: “Eu, porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos” (Lc 22.32). Por um lado, o Senhor confirmou a fé de Pedro. Por outro lado, porém, Ele falou da necessidade de sua conversão futura. Pedro poderia ter retrucado: “Senhor, sou judeu, um filho de Abraão. Cumpro os mandamentos, fui circuncidado ao oitavo dia, guardo o sábado, oro três vezes ao dia, celebro a Páscoa e faço os sacrifícios. E  já Te sigo há três anos…” Mesmo assim, ele ainda precisava converter-se. Da mesma forma Paulo, o grande defensor da lei, precisou se converter, assim como todos os outros apóstolos e discípulos.
Toda pessoa precisa se converter se quiser ser salva – inclusive os “cristãos”, sejam eles membros da igreja católica romana, protestantes, evangélicos ou de uma família cristã. Não são poucos os que nascem no cristianismo, da mesma forma como os judeus nascem no judaísmo. Mas, não é esse nascimento que dá a salvação, alcançada somente através de um “novo nascimento”: “Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). Precisamos nos converter mesmo que tenhamos sido batizados quando pequenos, freqüentado aulas de catecismo ou participado de cultos. Se não nascermos de novo, continuaremos perdidos.
Mais tarde, quando o apóstolo Pedro se converteu e experimentou o novo nascimento, ele escreveu em sua primeira carta: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros” (1 Pe 1.3-4).
Quem carrega em si o testemunho do Espírito Santo a respeito de seu novo nascimento (Rm 8.16) deve alegrar-se com essa certeza e agradecer a Jesus Cristo por ela. Mas quem não possui esse testemunho inconfundível do Espírito Santo e ainda assim pensa ser cristão, está sujeito a um grande engano. Mas hoje esses “cristãos”, e qualquer pessoa que queira ser salva, pode alcançar a certeza da salvação, se converter-se de forma muito séria a Jesus Cristo. Então, por que esperar mais?
Norbert Lieth


Fonte: Título original, “O Grande Engano”, Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, dezembro de 2006.
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