Blogroll

"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

10 de janeiro de 2012

O testemunho de Gary Goldberg, M.D.

 

         Nasci nos anos 1960, num subúrbio de Long Island, numa típica família judaica. Meus pais eram muito cuidadosos e envolvidos em minha vida. Eles não eram religiosos, mas se identificavam fortemente com as suas raízes judaicas. Comecei a estudar na escola hebraica, aos 10 anos e fiz o Bar Mitzvah aos 13 anos. Meus pais não se preocupavam que eu fosse ou não fosse excelente na escola hebraica, ou que eu continuasse a frequentá-la, após o Mitzvah, até que eu a concluísse.

         Meu pai tentou ensinar-me que alguns gentios eram boas pessoas, mas que "se eu fosse além da superfície, iria descobrir que eles cultivavam um anti-semitismo". Até a juventude eu me lembro que não acreditava muito nesta ideia e até me afastava das reuniões da família, evitando as declarações esnobes, que minhas tias e tios faziam sobre os gentios. Eles davam a entender que qualquer "cristão" nos odiava e, mesmo sem nisso acreditar, logo aprendi que a linha divisória da lealdade havia se rompido.

         Desde muito cedo, eu acreditava na existência de Deus e desejava agradá-Lo. Não sabia como fazê-lo e temia ser castigado por, praticamente, tudo. Aos 15 anos, comecei a buscá-Lo, frequentando regularmente os cultos vespertinos de sexta-feira. Mas, esta fase não durou muito tempo.

         Aos 17 anos, consegui a licença para dirigir, arranjei uma namorada e comecei a jogar basebol, no time universitário.

         Na universidade, foi a minha vez de acreditar que o conhecimento acadêmico e o sucesso eram a chave para uma vida bem sucedida. Jejuar no Yom Kippur estava perdendo a importância e Deus se tornara inacreditavelmente distante.

         Era fácil conseguir mulheres e meus relacionamentos se tornaram insalubres e egocêntricos. Minha consciência, fora das necessidades básicas, havia adormecido.

         Embora eu tivesse me tornado bem sucedido na prática de anestesista, em Phoenix, aos 30 anos, as horas excessivas de trabalho e a vida deprimente me levaram ao desespero. Busquei conforto no pecado, crendo  na mentira de que ele significava liberdade. Mas, isto só me levou a pecar mais ainda e a me sentir envergonhado com a perda do amor próprio.

         Em 1989, desfiz meu compromisso com Robin, a qual eu havia conhecido há 5 anos. Esse rompimento foi devastador. Após termos nos magoado mutuamente, durante 8 anos, observei uma mudança em sua personalidade. Ela estava calma, pacífica, amorosa e alegre. Ela havia conseguido saudavelmente se afastar de mim, tendo se tornado uma amiga cuidadosa. Eu soube que ela estava frequentando uma igreja, onde havia encontrado alguma coisa significativa, mas não senti inclinação alguma para o que ela estava fazendo. 

         Em agosto de 1990, meu desespero se tornara insuportável. Quando almoçava com Robin, pressionei-a para que me contasse o segredo de sua alegria. Ela hesitou em me contar, declarando que eu jamais iria acreditar nela. Eu lhe disse para tentar. Após o almoço, voltamos à sua casa  e ali  nos sentamos. Ela abriu um folheto intitulado "As Quatro Leis Espirituais", que lemos juntos.

         Aprendi que Deus me ama e tinha um maravilhoso plano para a minha vida; que eu estava separado dEle por causa do meu pecado; que Jesus morreu na cruz para me salvar e que eu precisava recebê-Lo pessoalmente, a fim de ser salvo. Fiz a "oração do pecador", com sincero coração. Robin me abraçou alegremente. Então, eu soube que minha vida havia mudado.

         Minhas primeiras palavras foram: "Sei que sou um cristão, mas nunca serei capaz de contar isto a meus pais". Robin respondeu: "Não alimente noções preconcebidas sobre o que você pode ou não pode fazer, com a ajuda de Deus". Não entendi o que ela quis dizer.

         Três meses depois, confrontado com a ordem de me batizar, senti a urgência do Espírito para confessar Cristo a meus pais, antes de fazer minha pública confissão de fé.

         Em novembro de 1990, eu lhes telefonei e foi a pior conversa que já tive. Meu pai disse que eu o havia ferido mortalmente e minha mãe ficou arrasada. Ficamos dois anos sem tocar no assunto. Após ter conseguido minha licença para trabalhar na profissão, meus pais, finalmente, se dispuseram a aceitar minha fé em Cristo. Tive uma oportunidade maravilhosa de testemunhar-lhes, e, até certo ponto, a descrença de meu pai foi impactada, com a apresentação das profecias de Isaías 52-53.

         Ele estava quase pronto a confessar Cristo, porém minha mãe e seu rabino o empurraram de volta à sua cegueira espiritual. Tenho orado por eles, nos últimos seis anos, e vou continuar orando. Atualmente mantenho um amorável relacionamento com eles.

         Temos percorrido um longo caminho, desde o dia daquela fatídica chamada, mas temos crescido em maturidade e amor pelo meu Senhor.

 

Dr. Gary Goldberg, Anestesiologista.

Traduzido por Mary Schultze, em 09/01/2012.

www.maryschultze.com

0 comentários:

Postar um comentário

Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!

Considere apenas:
(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.

(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.

“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .