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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

8 de setembro de 2013

Produtos eróticos ganham público evangélico


Thais Plaza ensina novas consultoras a apresentar e a vender produtos eróticos

Por Maria Carolina Caiafa | Correspondente do The Christian Post

Um novo serviço parece estar ganhando fiéis entre o público evangélico: consultoras apresentam produtos eróticos para outras mulheres. Privacidade, discrição, atendimento exclusivo, solução de dúvidas e delicadeza ao tocar no assunto sexo são algumas características deste novo negócio. “As evangélicas não entram em lugares com fotos de pessoas nuas e próteses penduradas. Querem ser atendidas por amigas”, explica Thaís Plaza, de 33 anos, sócia da loja erótica Doce Sensualidade, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo (SP).



Gel Beijo(Foto: Divulgação)
Gel do Beijo é um dos produtos que incrementam o prazer oral.
Mônica Alves, 45 anos, frequentador da igreja Renascer, que também atua em São Paulo (SP) e redondezas, utiliza uma camiseta vermelha com os dizeres: Realize seus sonhos. Pergunte-me como. Ela oferece às clientes diversos apetrechos como calcinhas comestíveis de chocolate, camisolas transparentes e até o kit 50 Tons de Prazer, com chicote, vela e venda. Sua sacola com os diversos itens curiosos tem mais de 6 quilos. Nela, está bordado: A Sós - Vocês Podem Tudo.

Ela já revendeu cosméticos Avon e Natura e hoje utiliza esse talento para vendas para atender suas companheiras religiosas por meio do codinome Munik. A manicure Frances do Nascimento, 45 anos, é uma das suas clientes e declara: “Não é porque a gente vai pra igreja todo dia que precisa ser santa”, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que explorou o tema no último sábado (1º). E Frances completa: “As irmãs a-do-ram os produtos”, referindo às colegas de culto da Igreja Mundial do Poder de Deus do pastor Valdemiro Santiago.

“Católicos têm mais preconceito. Os religiosos que mais aparecem são mesmo os crentes”, reflete Thaís do espaço Doce Sensualidade, na qual um quarto dos clientes são mulheres evangélicas. A loja explora o romantismo e sentimentos, com cores mais suaves e decoração floral.

Os produtos são mais sutis: gel lubrificantes e óleos perfumados são os mais vendidos. Entre os vibradores, os que mais agradam são os lúdicos, sem formatos fálicos.

Estela Fuentes, de 26 anos, é estudante de psicologia e comercializa R$ 300 em produtos eróticos por semana. “Meu maior desafio é mostrar que prazer não é pecado. Todo mundo precisa ter orgasmos na vida”, afirma ela.

O veloz crescimento do mercado gospel contextualiza o trabalho das vendedoras de produtos eróticos. A porcentagem de evangélicos na população brasileira subiu de 15% para 22% entre 2000 e 2010, segundo dados do IBGE. Isso tem reflexos, por exemplo, no mercado literário: a média de leitura dos fiéis é de 7,1 obras por ano, acima da nacional que não passa de 5. Títulos instigantes são apresentados e vendidos na Feira Literária Cristã, como Celebração do Sexo do americano Douglas Rosenau.

Um outro exemplo do sucesso de assuntos apimentados para o público religioso são os vídeos do pastor Cláudio Duarte, de 45 anos, que fazem sucesso na internet. Ele defende que a rotina é um assassino do relacionamento sexual.
 
Fonte: http://blogdopcamaral.blogspot.com.br/2013/09/produtos-eroticos-ganham-publico.html#more

2 comentários:

  1. Gostaria de saber um coisa, porque evangélico não gosta de fazer caridade, alimentar os famintos, visitar os presidiários, os doentes em hospitais, acompanhar os velhinhos em asilos, de modo geral: ajudar e ser util. 2 pesos 2 medidas.

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  2. Muito bom o texto.
    http://www.gally.com.br

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