Blogroll

"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

27 de agosto de 2009

Louvor, um estilo de vida

Tenho um amigo que concluiu seus estudos de mestrado de forma brilhante. A banca examinadora achou excelente seu trabalho escrito, dissertação como costumamos dizer no meio acadêmico. E, por isso, conferiu-lhe nota 10 "com louvor". Até onde sei, ninguém na banca era cristão, mas louvaram o trabalho desse meu amigo. Ninguém cantou, mas todos elogiaram, falaram bem. Nesse caso o louvor foi um reconhecimento público do trabalho que ele fez. Aliás, até mesmo na Bíblia há pessoas recebendo elogios. É o caso da mulher virtuosa, que é louvada pelo marido. Ele diz: "Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas" (Provérbios 31.29).

Isso levanta a seguinte pergunta: que é louvor cristão? Em muitas igrejas louvor são aqueles dez, quinze, vinte ou mais minutos do culto quando cantamos várias músicas, muitas vezes com uma oração entre uma música e outra. De uns tempos para cá, essa palavra tornou-se sinônimo de música evangélica, especialmente quando cantada nos cultos de nossas igrejas. Acontece que, se o nosso louvor é só isso, então temos um problema, pois não estamos entendendo nada de louvor.

Para início de conversa, é necessário entendermos o significado da palavra "louvor". Mestre Aurélio diz que "louvor" é, entre outras coisas, "elogio, exaltação, glorificação, aplauso". O Antigo Testamento, que foi escrito em hebraico, apresenta exatamente essas idéias quando fala de louvor. Qualquer pessoa pode receber elogios. E quem não gosta? Como se vê, louvar é elogiar, falar bem, aplaudir alguém por aquilo que essa pessoa é ou faz.

Em segundo lugar, existem basicamente duas maneiras de você e eu elogiarmos. Podemos falar bem de alguém a outras pessoas e podemos dizer diretamente a ela como apreciamos o que ela é ou aquilo que fez. Na hora do almoço, lá em casa, enquanto converso com minha família, posso elogiar o pastor da nossa igreja por ver o esforço com que se dedica ao ministério. Ou posso dizer diretamente para ele que admiro o trabalho que realiza. Essas são as duas formas de louvor.

E, terceiro, não basta entender que louvar é falar bem de outra pessoa. É preciso imaginar maneiras de fazê-lo. Deus, mais do que qualquer outra pessoa, merece nosso aplauso. Vamos, então, pensar como podemos falar bem daquele que nos criou e redimiu. Infelizmente, aqui não há espaço para detalhar todas as maneiras possíveis de se louvar a Deus – vamos ter de nos contentar com uns poucos exemplos.

Louvor a Deus acontece quando, no emprego ou numa roda de amigos, a pessoa testemunha da própria conversão, deixando claro para os outros que foi Deus quem operou a mudança em seu coração. Acontece quando, em suas orações, seja em seu cantinho ou em público, a pessoa reconhece quem Deus é e o que tem feito por ela. Acontece quando entrega o dízimo ou uma oferta, sabendo lá no fundo do coração que o Senhor é tão bom que merece aquele presente. Acontece quando, depois de ter implorado algo a Deus, lembra-se de agradecer depois de receber a bênção que pediu. Acontece quando, antes mesmo de receber a bênção pedida, a pessoa fala para os outros e para o próprio Deus como ele é bom e amoroso. E, é claro, acontece quando canta hinos que elogiam a Deus.

Eu me aventuro a dizer que louvor é um estilo de vida. Caso contrário, os salmos não falariam bem de Deus nas horas de angústia e aflições. Veja, por exemplo, o salmo 57. Ao mesmo tempo em que clama por misericórdia por causa das perseguições que estava experimentando (versículos 1, 4 e 6), o salmista afirma que vai louvar a Deus (versículo 9) e duas vezes pede: "Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e em toda a terra esplenda a tua glória" (versículos 5 e 11). Como pode-se ver, louvor é um jeito, uma maneira de viver, é um estilo de vida.

Felizmente, não é preciso muita massa cinzenta para descobrir maneiras de louvarmos a Deus. Vamos, exercite sua imaginação. Cante louvores a Deus no culto em sua igreja, mas elogie-o também em todas as outras horas. Com palavras e ações, fale bem dele para os outros. E, também com palavras e ações, declare a Deus como ele é importante em sua vida.

0 comentários:

Postar um comentário

Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!

Considere apenas:
(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.

(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.

“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .