O reverendo Caio Fábio comentou as críticas que recebe de teólogos e outras lideranças evangélicas por sua postura doutrinária frente a questões de teor filosófico na teologia.
Segundo Caio Fábio, os motivos para o “abominarem” são “algumas razões simples de minha fé, e pelas quais os teólogos me odeiam hoje em dia; embora tenha sido isto mesmo que eu sempre ensinei, inclusive no tempo em que me ‘adoravam’. rsrsrs. A única coisa que mudou é me divorciei faz quase 16 anos. Então, tudo virou heresia”, escreveu.
Caio é conhecido por apontar falhas da Teologia Dogmática, considerada “consenso teológico dos Concílios”, e que o próprio reverendo menospreza: “Eu nunca dei a mínima para isto. Li tudo e todos. Mas sempre li como quem lia Platão, na melhor das hipóteses”.
Sobre a Teologia Sistemática, que segue o “Dogma do Interprete (s) selecionador (es) de textos conforme o dogma adotado e feito Teologia Sistemática pelo Concílio que define a crença de um dado ‘grupo de crentes’ na religião cristã”, Caio disse que considera essa linha de pensamento uma “escolha de time por afinidades e conveniências pressupostas”: “Sempre achei tolo [...] e hermeneuticamente condicionador do olhar do interprete. Tolo demais”.
A linha de pensamento teológico que Caio diz adotar é Jesus como chave hermenêutica dos textos bíblicos. “Sim, é assim que cri desde o início. Sim, pois quando Jesus é a Chave Hermenêutica da nossa interpretação bíblica [tanto do V.T. quanto do N.T.], então, não há um dogma anterior… Os Dogmas passam a ser Exclusivamente os Absolutos Explicitados e Encarnados por Jesus. Também não há uma ‘sistemática’ como ‘consequência do dogma’. conforme faz a religião: define o dogma e então cria a sistemática”, afirmou o reverendo.
“O que há em Jesus para mim [...] é que Ele é o único Definidor do Dogma [sendo que Ele é, de fato, o único dogma; e, Nele, o único dogma é amor]; é o único interprete absoluto do Princípio-Dogma-Amor que Ele encarna. Ora, é porque Ele encarna a Palavra que é Ele mesmo é que no ato de viver Ele a interpreta! E mais: em Jesus tem-se também ‘a seleção das relevâncias’ para a vida segundo Deus”, resumiu.
Em sua conclusão, o reverendo diz que “é preciso conhecer o Evangelho para entender o que digo”, e pontua que a interpretação que faz da teologia coloca sobre o ser humano a responsabilidade de seguir o exemplo de Jesus: “Teólogos se asfixiam diante de tais realidades insofismáveis! Claro! Tal percepção tira o eixo da discussão da interpretação filosófica ou filológica do texto e nos chama para a prática do amor como escrito da vida no chão do mundo; sim, tudo para o meu bem e do meu próximo; posto que este seja o verdadeiro benefício do Evangelho!”, finalizou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
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