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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

24 de março de 2015

Cantor Lázaro é acusado de agredir fã





Uma situação inusitada envolvendo o cantor Lazaro, ex-olodum, tomou conta das redes sociais. Trata-se de uma suposta agressão do cantor à uma fã, logo após um show na cidade bahiana de Simões Filho. Uma senhora identificada como Cleide teria se aproximado do camarim do cantor para pedir um abraço.

Em um vídeo postado no Youtube, a suposta vítima conta sua versão dos fatos. Ela teria se aproximado e pedido um abraço ao cantor, quem retrucou dizendo: "Não sou um artista, sou um servo de Deus". Após a insistencia da fã, ele teria proferido a seguinte frase: "o que é que você quer Satanás?". Ainda segundo a versão da mulher, Lázaro a empurrou, caracterizando agressão.

O caso ainda não foi devidamente apurado, portanto, não podemos inferir em juizo de valor sobre a atitude de Lázaro. No entanto, ainda que essa fosse uma história verdadeira, precisamos reconhecer que é uma prerrogativa do cantor abraçar ou não a quem quer que seja. Não existe nenhuma cláusula contratual que o obrigue a abraçar a dona Cleide ou qualquer fã. Lazaro é livre para fazê-lo ou não, segundo razões que cabem somente a ele.


No entanto, é muito dificil analisar essa história sem a contrapôr a outra história, neste caso, extraída da Biblia. Trata-se do episódio em que se aproximam de Jesus algumas pessoas pedindo que ele abençoasse suas crianças. Jesus certamente estava extenuado de sua jornada ministerial, podendo portanto, apresentar qualquer desculpa factivel para não ceder ante tal pedido. Certamente os discipulos entendiam que tocar aquelas crianças não estava na lista de prioridades ministeriais de Jesus, de modo que despediam a multidão sob a alegação de que o mestre não estava em condições de ser importunado. Mas Jesus se dirigiu a seus discipulos e os repreendeu dizendo: "Deixem vir a mim os pequeninos e não os impeçam, porque deles é o Reino dos Céus" (Mt 19.14).


Penso que essa história, caso se confirme, tem potencial para nos ensinar uma dupla lição: (1) Que os cantores gospel não são Deus e não devem ser idolatrados pelos fãs. Caso Cleide houvesse entendido isso logo no inicio, não haveria espaço para segundas "colocações", nem para a suposta agressão (a meu ver um exagero dela, pois a julgar por suas próprias palavras, parece que o cantor apenas quis se proteger do assédio e acabou excedendo-se). (2) Que o estilo de vida das celebridades do pop-gospel tem como arquetipo a figura das grandes estrelas pop, cercadas de seguranças dificultando-lhes o acesso por todos os lados, e não o ministério do humilde carpinteiro da Galiléia, que detinha sua jornada para conversar com uma prostituta junto á fonte, com um mendigo á beira do caminho, ou mesmo para abençoar crianças, seres tão insignificantes dentro da hierarquia social da Palestina do séc I.

Redação Púlpito Cristão

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