“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” – 2 Timóteo 2:15
No texto referido, o Apóstolo Paulo apresenta a Timóteo, seu discípulo, recomendações para uma fé sólida em Cristo, principalmente para aqueles que querem exercer a árdua tarefa de ser um obreiro na obra do Senhor.
As recomendações de Paulo têm como intuito preparar Timóteo para a tarefa de contrapor os pregadores de heresias e falsas doutrinas, que já naquele tempo se espalhavam em meio à igreja.
No versículo citado, que logicamente não refiro de forma isolada, mas com o contexto da primeira carta a Timóteo e também com os dois primeiros capítulos, Paulo destaca que a forma de contrapor as mensagens dos plantadores de heresias é se apresentar como um obreiro aprovado, não se esquecendo de que o Cristo havia ressuscitado e de que Paulo, através de sua vida e dos testemunhos dos demais irmãos, testificava uma vida em Cristo.
A segunda recomendação era para que Timóteo manejasse bem a Palavra de Deus. Aqui temos uma referência primordial para que possamos refletir sobre o tema desse artigo.
Nessa semana, teremos mais uma vez a ingrata visita de Morris Cerullo no Brasil, em um congresso promovido por Malafaia e sua turma no Rio de Janeiro. Se não bastassem as controvérsias das outras visitas, Malafaia justifica sua frase “tudo é business” trazendo o pregador americano para um congresso para pastores e líderes.
Cerullo é um pregador contestado em muitos lugares do mundo, pois é hoje a voz da teologia da prosperidade, uma teologia mercantilista que põe Deus na posição de servo diante dos desejos e das vaidades humanas. Também declara que os seres humanos devem se impor à soberania de Deus e fazer valer as suas próprias vontades.
Palavras como domínio, vitória, conquista, posse são a tônica da teologia de Cerullo. Aos ouvintes se resta responder aos desafios do pregador com altas quantias financeiras, no propósito de conseguir cem vezes mais.
A Graça, a misericórdia e a vontade de Deus são meros espectadores nessa teologia onde o importante é o ter e o possuir, e o ser fica em segundo plano.
Aos que não se adequam ou não creem “nessa visão”, Malafaia e Cerullo declaram ser “manés”.
Nós do MEEB (Movimento pela Ética Evangélica Brasileira) estaremos lá, mais uma vez, com nossas faixas e folhetos chamando pacificamente aos que por nós passarem à consciência de que essa teologia é uma adulteração do Evangelho verdadeiro de Cristo. É o outro evangelho, declarado por Paulo na carta aos Coríntios.
É preciso dizer que há muito tempo o Brasil sofre com teologias importadas, oriundas de ministérios e pregadores que trazem à nós uma teologia pragmatizada, que foge em muito à realidade em que vivemos.
Por que poucos contradizem a isso? A resposta é simples: nós não temos uma teologia puramente brasileira, pois todas as teologias em prática são institucionalizadas e tendenciosas por diversos grupos. Isso já é facilmente percebível pelas faculdades, seminários e institutos teológicos brasileiros, onde as teologias se fundamentam em eclesiologias e dogmáticas que se distanciam cada dia mais do eixo cristológico e das doutrinas da cruz.
Se a teologia da prosperidade e seus pregadoes apresentam enormes falhas, também o que dizer dos inúmeros teólogos, mestres e doutores que nada pregam, a não ser sua teologia institucionalizada?
O que vemos é uma teologia totalmente fundamentada em doutrinas pessoais, que na verdade não trazem consciência aos seus ouvintes no sentido de discernir o Sagrado e o profano na sua vida cotidiana.
Essa é minha perspectiva dos porquês do crescimento evangélico no Brasil não ser agente de transformação para a sociedade brasileira. Temos hoje um evangelho com uma visão egoísta, egocêntrica, fundamentada nas instituições religiosas, que almejam, cada um, ser melhor que as outras.
Com isso, vemos igrejas impossibilitadas de produzir vidas pois sua teologia está fundamentada em um pragmatismo ideológico, teologia essa que incapacita seus membros de enxergar uns aos outros como uma só carne.
Muitos com certeza virão com seus discursos prontos contra nós, dizendo que não devemos julgar. Então, novamente me refiro ao texto que deu início a esse artigo.
“E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.” – 2 Timóteo 2:2
Observemos que o próprio Apóstolo Paulo destaca a Timóteo que é preciso lutar pelo doutrina dos apóstolos. É por esse motivo que estaremos mais uma vez em ação, conclamando a todos que:
“VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES, O $HOW TEM QUE PARAR”
A Deus toda a glória.
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