13 de julho de 2015
Assédio Espiritual: Um Crime como Qualquer Outro!
Eu penso que, muito em breve, a legislação brasileira terá de olhar de forma séria, com legislação específica, para um tipo de abuso praticado a céu aberto e sem qualquer tipo de sanção da sociedade civil: o assédio espiritual.
Trata-se da exploração da miséria em nome de Deus, do charlatanismo sincrético que propaga curas mentirosas, das promessas de prosperidade para famintos de alma e indigentes de pão.
Se você ligar agora sua TV e sintonizar em algum canal que veicule programas religiosos, a chance de se deparar com este tipo de “mensagem” será enorme. É trágico, mas a esmagadora maioria dos teleevangelistas que estão nas grandes redes faz uso deste expediente.
Para que se saiba, gente abusada espiritualmente fica desgraçada para a vida, perde a esperança, a alegria, compromete a fé e tem sua autoestima abalada. É uma invasão de privacidade o que se faz hoje, um tipo de coronelismo espiritual, onde o “senhor de engenho” da igreja-latifúndio tem o poder de adentrar mentes e corações.
E assim, os fracos de alma, sem paz e sem calma, sucumbem às suas proposições tentadoras, aos seus apelos frenéticos e a desafios insanos. Tudo mentira! Cafetões do Sagrado, traficantes de sofismas, pregadores de fundo de quinta e estupradores de mentes.
As vítimas, via de regra, sofrem porque não entendem, de forma clara, as Escrituras, é gente com pouca ou nenhuma consciência do Evangelho. O alvo destes falsários se detém em quem está em desespero flagrante, se entregando a qualquer mágica que alivie a dor, que diminua a sensação de abandono existencial.
Estes abutres, como que sentindo o cheiro da “carniça”, se abatem sobre os incautos sempre em hora propícia, quando os indivíduos estão mais fragilizados. Eles chegam sorrateiros, com fala e voz mansa, travestem-se de um tipo de piedade perversa, que oferece a salvação por um lado e a escravidão pelo outro.
Mas que se saiba, ai destes que apagam a torcida que ainda fumega, que sujam com excrementos o solo santo do coração de pessoinhas aflitas e entregues a própria sorte! Eles darão conta, no último dia, ao Juiz de toda a Terra, que não lhes poupará a dívida, mas os enviará para o “verdugo” até que paguem o último centavo roubado de quem não tinha mais o que perder no chão dos dias.
Meu desejo é que haja alguma legislação que proteja essa gente simples e humilde que vem sendo dilacerada em seus sentimentos e enganada pela agiotagem da fé. Eles compram um produto enganoso, iludidos com a promessa de solução de todos os problemas, um negócio que envolve barganhas com a divindade, que tenta vender àquilo que já foi pago e liquidado na Cruz do calvário.
Carlos Moreira
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