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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

16 de março de 2012

IGREJAS CARISMÁTICAS DESTRUIDORAS

As Destrutivas Igrejas Carismáticas

         Estive envolvido com uma dessas igrejas destrutivas durante 12 anos. Minha família e eu abandonamos a igreja, por causa do estranho comportamento dentro da mesma, que em muito se assemelhava ao de uma seita. Ela era tremendamente “profética” e quando uma profecia chegava, era sempre recebida como a autêntica “Palavra de Deus”, mesmo divergindo das Escrituras Sagradas. Então, ficávamos numa posição temerosa, entre obedecer à profecia ou ser considerados “rebeldes contra Deus”.
         Como eu era um cristão sincero e havia passado quase toda a minha  vida no Movimento Carismático, demorei a reconhecer que alguns líderes tendem a exorbitar a sua autoridade. Tendo sido um ancião sob tal autoridade, durante cinco anos, muitas vezes eu me sentia temeroso. Parecia-me errado não participar de uma variedade de “manifestações proféticas”, as quais, regularmente, aconteciam naquela igreja e que eu estava perdendo o que havia de “melhor da parte de Deus”. Foi quando comecei a investigar diligentemente os métodos e crenças daquela igreja, comparando-as com a Bíblia, que descobri os seus erros e recuperei a liberdade. (Gálatas 5:1).
         Após um ano de intensa pesquisa, usando uma variedade de fontes independentes, minha família e eu resolvemos abandonar “o rebanho”.  A dor do processo foi tremenda. Ninguém mais nos visitava, após termos saído da igreja. O medo engendrado naquele tipo de manipulação que havíamos experimentado fazia com que as pessoas se afastassem da lógica e passassem a ignorar a fé simples e amistosa do Deus da Bíblia. Quando comecei a observar as doutrinas daquela igreja, descobri que muitas se assemelhavam às doutrinas dos mórmons e das Tjs. Então, tive coragem de abandonar “o rebanho”.
         Os ensinos extremistas praticados pelas igrejas do Movimento Carismático resultam em sérias implicações. Essas igrejas deveriam ser intimamente escrutinizadas, no que veremos a seguir:
1. - Revelação Extrabíblica - Muito do sistema de crenças [naquela igreja] se embasava nas supostas “palavras do Senhor”, mesmo sem qualquer suporte nas Escrituras para validá-las. Os que acreditavam nas “revelações” formavam um círculo fechado dentro da igreja, enquanto os que não acreditavam nelas eram considerados “rebeldes” ou “espiritualmente imaturos”.
         O fundador do Mormonismo - Joseph Smith - teve as próprias revelações pessoais, as quais não tinham respaldo algum na Bíblia. Mas, claro que ele explicou aos seus seguidores que havia recebido um evangelho oculto como uma legítima adição ao Novo Testamento. Infelizmente, este tipo de revelação pessoal parece estar aumentando e se tornando comum entre os carismáticos extremistas.
2 - Forte resistência à Autoridade Final - Qualquer tentativa de corrigir o líder  ou professor envolvido no extremismo carismático, em geral, encontra barreiras, desculpas ou raiva. Eles podem argumentar: “Como você tem a ousadia de questionar uma doutrina entregue no púlpito?” . Os que ousam fazê-lo são frequentemente rotulados de “estranhos” ou “imaturos”. Por exemplo, minha própria experiência com igrejas influenciadas pelo Reavivamento Brownsvilleou pela Bênção de Toronto,  levou-me a demonizar qualquer cristão que discordasse dos mesmos.  Lembro-me do Pr. John Kilpatrick, de Brownsville, proferindo uma ameaça profética contra Hank Henegraff, porque este havia criticado Brownsville. [Benny Hinn faz o mesmo contra os que dele discordam].
3. Conhecimento Esotérico - É somente para os que alcançam "níveis mais elevados de entendimento". Um dos meus pastores jamais compartilharia o seu “conhecimento” com qualquer pessoa. Este só poderia ser compartilhado com os “iluminados”, ou seja, com os que estavam de acordo com ele.
4. Absurda desconsideração pela evidência contrária -Qualquer evidência que contradissesse a experiência, a visão, a profecia ou a doutrina supostamente vindas de Deus era totalmente descartada. As pessoas, simplesmente, recusavam-se a discutir inteligentemente o assunto, reagindo com raiva ou mesmo com medo.
5. Medo - As pessoas encurraladas nesse tipo de sistema aceitam quase tudo que lhes é imposto; pois, questionar ou discordar da doutrina do grupo, seria como questionar Deus.  Quando abandonei a igreja, tive muito receio de que Deus ficasse zangado comigo e eu perdesse Suas bênçãos. Foi muito difícil. Conheci o pastor de uma dessas igrejas que admoestou o rebanho: “Se vocês questionarem qualquer coisa nesta igreja, tenham cuidado!” Esta assustadora admoestação era sempre precedida da leitura de Atos 5, mostrando o caso de Ananias e Safira, os quais caíram mortos por terem mentido ao Espírito Santo [e aqueles pastores se consideravam autênticos representantes do Espírito de Deus]. Existem muitos outros casos encontrados nas seitas; mas, os supracitados já são suficientes.
         Tenho conversado com outros irmãos que abandonaram igrejas carismáticas extremistas. Eles perderam os amigos da igreja, o apoio, experimentaram conflitos familiares, traumas e se tornaram alvo de muitas fofocas. Alguns até chegaram a receber ameaças de morte como sendo, supostamente, as “palavras do Senhor”. É um milagre que essas pessoas ainda possam ter mantido a sua fé em Jesus Cristo, mesmo após terem atravessado tantos desgostos. Mas, pela minha própria experiência, aprendi que os lobos vestidos de pele de cordeiro não conseguem invalidar a gloriosa mensagem do evangelho nem os mensageiros fieis.
         Mas, por favor, entendam que também havia bons momentos naquela igreja. Isso incluía almoços comunitários, pescarias, orações e ajuda mútua, nos tempos difíceis. Havia ali muito amor. Contudo, para todo o amor expresso durante os anos de fidelidade à mesma, também existe uma carga de sofrimento e a preocupação de que os amigos do nosso tempo, naquela igreja, tenham medo de nós e não queiram mais ter contato algum conosco. [o que sempre acontece nas seitas].
         Nós contribuímos fielmente  com dízimos e ofertas - em média 25 mil dólares anuais - e deixamos no grupo irmãos que ainda não reconhecem estar sendo doutrinados num sistema de crenças destrutivas e heréticas. O amor de Cristo, o perdão dos nossos pecados pela cruz, Sua morte e ressurreição, certamente eram pregados ali; porém, havia tantas adições e  interpretações pessoais, constantemente intercaladas à simples mensagem  do evangelho, que o resultado era prejudicial e caótico.
         Uma igreja carismática ou pentecostal pode ser uma seita? Existem pregadores controversos, como Benny Hinn e Kenneth Copeland, os quais têm conduzido a tal questionamento. E o que dizer de movimentos como a “Bênção de Toronto”, o “Reavivamento de Brownsville” ou o “River” e dos que nasceram destes?  Não se assemelham a seitas do tipo Mormonismo e TJs?
         Tenho muitos amigos ainda envolvidos nesses movimentos e temo por eles. Às vezes, tento lhes oferecer ajuda com insightsbíblicos, se e quando tenho oportunidade. Mas, é difícil ajudar os que foram apanhados nessa armadilha teológica e se ligaram a tais grupos e aos seus líderes. Foi difícil voltar ao Cristianismo bíblico, abandonado o erro doutrinário e a confusão em que minha família e eu havíamos sido apanhados. Essas igrejas copiam suas doutrinas de fontes heréticas, redefinindo os seus ensinos. Elas não admitem que Jesus Cristo é o único Salvador e que a mensagem do evangelho continua imutável. Seus líderes até podem captar a mensagem; porém, não conseguem suportar a luz da verdade.
         Hoje em dia, minha família e eu evitamos todo ensino aberrante e toda manipulação pastoral. Sabemos que existem boas igrejas pentecostais. Elas têm nos ajudado a voltar às Escrituras e nos guiado no processo de abandonar as falsas doutrinas, que têm varrido tantas igrejas carismáticas. A partir de agora, nossa decisão definitiva é jamais seguir homem algum sem questionamentos (Gálatas 5:1). Se o que for pregado no púlpito, ou mesmo informalmente, não concordar com o registro bíblico, não mais apoiaremos o pregador nem a sua mensagem.

Rick Ross - “Destructive Charismatic Churches”.
Traduzido por Mary Schultze, em 15/03/2012 -www.marybiblia.com 

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