Quando Deus me criou ele estava empolgado com cabelos e resolveu me abençoar com mais fios do que uma pessoa normal costuma ter (todo cabeleireiro que vou diz que a minha cabeça vale por 3 e alguns até se recusam a me atender). Além de me abençoar na quantidade fui também abençoada na qualidade: meus fios são grossos e extremamente resistentes a qualquer dano e processo químico aplicado nele.
Quando eu era criança não tinha problema nenhum com ele a não ser quando minha mãe resolvia fazer aquele corte da moda de 1990 estilo sertanejo que até a Sandy tinha e eu detestava. O tempo foi passando e meu cabelo fortalecendo cada vez mais e assim aumentando os palpites alheios de como eu deveria cuidar da minha 'juba'.
Na escola os meninos me zombavam, se escondiam atrás do meu cabelo, colocavam objetos nele para dizer que tinham perdido na minha juba etc. Minha mãe resolveu defender sua prole e começou a me levar a vários cabeleireiros para sanar meu suposto problema capilar.
E aí começou todo aquele processo sem eu entender porque meu cabelo incomodava tanto as pessoas, afinal eu não tinha problema algum com ele e eu não havia escolhido ele, Deus havia feito assim e pronto ué... comecei a ter problemas com ele depois de tanta perturbação e o que mais me doía era os comentários vindos dos meu familiares.
O tempo foi passando e fui pegando gosto pelas alterações de cor do meu cabelo – meu cabelo natural é castanho médio, mas já fui loira, morena, ruiva, natural e estou ruiva novamente e com meu cabelo natural em sua forma – cheio de ondulações e cachos.
Um belo dia então, eu devia ter uns 17 anos, uma vizinha minha que era evangélica e eu ainda não, virou para mim e disse: "querida, Deus te fez assim, linda e perfeita, você sabia que quando você quer alterar sua imagem você está dizendo para Deus que você não aceita como ele te criou? " Na época eu quase ri na cara dela e achei aquilo uma loucura. Ela, o esposo e suas 4 filhas pertencem a uma denominação evangélica tradicional e cheia de costumes. Suas filhas eram lindas, andavam sempre bem arrumadas, porém não podiam alterar a cor do cabelo nem usar esmaltes de cores chamativas. Aquilo me deixava bem confusa, pois sempre quando eu as encontrava parecia que elas estavam indo a uma festa de gala, o que para mim também era de certa forma uma alteração de imagem que fugia da realidade.
10 anos se passaram e hoje compreendo o que ela quis me dizer que eu deveria sim me arrumar, mas nunca me transformar e perder a essência do que Deus fez – arrumar-se para valorizar o que é bem feito e não transformar algo por pura vaidade. Deus ainda foi tão generoso comigo que me deu um marido que me ama e ama meu cabelo do jeito que ele é.
Deus te criou do jeito que você é e te ama mesmo você não se aceitando, a questão é que ele se entristece com isso e o grande problema é que na maioria das vezes nós nos aceitamos, mas somos rejeitados pelo grupo em qual pertencemos.
Para pensar: Você aceita sua aparência como ela é?
As pessoas ao seu redor te aceitam ou tentam te mudar? Como isso te afeta?
Você já desejou ser outra pessoa ou tenta seguir a moda ou imitar alguém, pois assim acha que seria mais feliz?
Você já passou por algum procedimento radical para mudar a aparência?
Você ama seu corpo ou finge que ele nem existe?
Você critica/ignora alguém por não gostar da aparência da pessoa?
Como sua família te criou/orientou sobre como lidar com a aparência e corpo?
Qual a importância da sua vestimenta e comportamento das pessoas quanto a isso onde você congrega?
Nunca se esqueça que acima de tudo Deus te ama, fez você assim, ÚNICO(A) e jogou a fôrma fora – não existe NINGUÉM igual a você !
Carla Stracke (colunista do Web Evangelista)
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