Enfim, os Apóstolos podem inspirar nossas vidas de forma grandiosa. Mas quero aqui me atentar por um apóstolo pouco lembrado, ou melhor, nada lembrado no âmbito da Inspiração: “JUDAS ISCARIOTES”. O que? Juuudas? Judas foi um patife, um gatuno, um pérfido, Drik’s! É sobre Judas mesmo? Bem, ele também foi um apóstolo, ele também foi escolhido por Jesus e como os outros, quis segui-lO. Sendo assim, falaremos sobre ele.
Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos, o que “TRAIU” Jesus Cristo.
A Palavra “Traição”, no dicionário, significa “contrariar o que foi afirmado ou prometido.” “Deslealdade”, “insídia”, “infidelidade.” A traição tem gosto de fel na boca, aparente impotência diante do nosso algoz, traz dor, abandono. Pois só pode trair quem é próximo, quem nos conhece no íntimo; se não for assim, podemos dar qualquer outro nome, menos traição. Seria redundante eu dizer: “Poxa, meu inimigo me traiu.”
A índole de Judas, sempre foi do conhecimento de Jesus, como diz em João 6:64: “Mas há alguns de vós que não crêem. Porque Jesus sabia desde o princípio quem eram os que não criam, e quem era o que o havia de entregar.” O seu caráter logo se manifestou, no momento em que Jesus foi ungido em Betânia, por Maria, que o fez com ungüento de nardo puro, de muito valor. Manifestando assim sua indignação por aquele perfume não ter sido vendido por trezentas moedas de prata e dado aos pobres. Disse isso não pela preocupação pelos pobres, mas porque era ladrão. (João 12:1-8). Depois dessa cena em Betânia, as más idéias começaram a ocupar sua alma, e indo ter com os principais sacerdotes, negociou entregar Jesus por 30 moedas de prata. Desde então, buscava uma ocasião para tal perfídia. (Mateus 26:14-16). Judas era cobiçoso, e não podendo conformar-se com a natureza da missão de Jesus, foi-se fortalecendo aquele sentimento, até que satanás achou seu instrumento “e entrou nele”. (João 13:27). Com tudo isso não se separou de Jesus, foi de Betânia a Jerusalém; esteve com ele no Getsêmani; e na última ceia, sendo lavados os seus pés pelo salvador, e perguntou como os outros Apóstolos: “Sou Eu aquele que o há de trair?” (Mateus 26:25). Judas completou a sua infâmia, entregando com um “BEIJO” o Mestre.
Era um costume da época os homens beijarem a barba em sinal de reverência à autoridade, o beijo então era um gesto de amor, respeito, lealdade e reconhecimento. O beijo também podia ser visto como amigo íntimo da justiça e da paz, mas naquele momento o beijo de Judas foi um beijo que demonstrou um Carinho Fingido, Beijo que denunciou, beijo de morte. Apenas traição. O que aumentou ainda mais a tristeza de Jesus. (Lc 22:48). Um Discípulo, um amigo, um filho que o traíra, o entregando aos seus carrascos. Praticada a vil ação, foi atormentado pelo remorso. Foi nesse estado de sua alma que ele lançou aos pés dos sacerdotes as trinta moedas de prata, sendo por eles escarnecido. (João 17:12) Não havendo para ele esperança, o Filho da Perdição retirou-se e foi enfocar-se. (Mateus 27:5).
LAMENTÁVEL FIM…
Nem você, e nem eu almejamos um fim tão trágico. Mas esse fim lamentável foi só conseqüência do meio. Você e eu nos gabamos constantemente de fazermos tudo que os outros Apóstolos fizeram de bom, mais que isso, temos um discurso de juízo sem fim em relação a outros, quando na verdade, em muitas ocasiões, se não na maioria delas, agimos como Judas e não como os outros Apóstolos.
“Eu não traio Jesus”, você pode dizer. A traição começa logo quando criamos expectativas em relação ao outro, e termina quando vemos que geralmente essas expectativas não são supridas. Quando nos convertemos, prometem a nós (os outros, não Cristo), uma vida repleta de Alegrias e prazeres, que não iremos mais sofrer, que você agora terá um emprego decente, que seu marido vai se converter. O verdadeiro mar de rosas. E então nós fazemos um Compromisso eterno com Cristo, de fidelidade, de que o amaremos e seguiremos para o resto de nossas vidas. Com o tempo você descobre que toda essa conversa, que a tal “Confissão positiva” e que a “Teologia da Prosperidade” não passam de falácias anti-bíblicas pra lotar igrejas. Você começa a ver que Cristãos sofrem, e muito. Jesus, condenado à morte de cruz. Jó, preso a dias de dor. Paulo, prisões e sofrimentos sempre o esperavam…
Nossas Expectativas se desvanecem e deixamos de olhar para o Autor e Consumador da nossa fé. Começamos a questionar em nosso coração o amor de Cristo por nós, afinal, seguimos a Ele, e Ele nos deve uma vida perfeita. Mas Jesus nunca nos prometeu uma vida perfeita, Ele mesmo disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o Mundo.” (Jo 16:33) N’Ele podemos encontrar Paz. Traímos quando não damos de comer, quando não damos de beber, quando não acolhemos, quando não vestimos, quando não visitamos os enfermos e os presos. Traímos quando pecamos, quando apontamos o dedo para o nosso próximo, quando duvidamos do seu Amor, traímos quando não Tomamos a cruz de Cristo e o Seguimos.
Mas, por sua terna misericórida, Deus nos chamou com uma graça maravilhosa e imerecida, e para a nossa traição temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, O Justo. (I Jo 2:1), Podemos encontrar n’Ele lugar de arrependimento, e então Beijar sua face. O Beijo do amor, o Beijo do reconhecimento, o beijo da lealdade e não o Beijo da Morte: O Beijo de Judas. Em Cristo somos perdoados e encontramos vida, e vida em abundância.
TRAIR JESUS NÃO PRECISA SER A NOSSA ESCOLHA. PODE AMÁ-LO E AMAR ÀQUELES QUE CHAMAMOS DE ‘IRMÃOS’, SEM NOS CANSARMOS, ATÉ O FIM. LEMBRANDO QUE TODAS AS COISAS COOPERAM PARA O BEM DAQUELES QUE O AMAM, E QUE A LEVE E MOMENTÂNEA TRIBULAÇÃO REDUNDARÁ EM ETERNO PESO DE GLÓRIA.
Graça seja com vocês
Drik’s
Fonte:http://deboaspalavras1.wordpress.com/2012/08/04/judas-discipulo-como-voce-e-eu/
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