Por Hermes C. Fernandes
COMPROVADO: A Teologia da Prosperidade
realmente funciona. Pelo menos para alguns dos seus maiores expoentes. A Forbes
publicou uma reportagem onde lista os cinco pastores mais ricos do Brasil.
Em primeiro lugar
está o bispo Edir Macedo (Igreja
Universal do Reino de Deus), cuja renda divulgada pela revista é de
aproximadamente US$ 950 milhões,
algo em torno de 2 bilhões de reais.
Em segundo lugar aparece o nome de
Valdemiro Santiago (Igreja
Mundial do Poder de Deus), com uma fortuna estimada em US$ 220 milhões,
de acordo com a Forbes. Considerando a trajetória meteórica do apóstolo,
trata-se de um fenômeno sem precedentes. Quase meio bilhão de reais.
Na terceira colocação está o pastor Silas Malafaia, cuja fortuna é estimada em US$ 150 milhões,
de acordo com a revista, mais de 300 milhões de reais.
O
Líder e fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus, missionário R. R. Soares, surge em quarto lugar com
um patrimônio estimado em US$ 125 milhões,
quase 300 milhões de reais.
Na quinta posição aparece o casal Apóstolo Estevam Hernandes Filho e bispa Sonia Hernandes,
líderes e fundadores da Igreja Renascer em Cristo, com fortuna de
aproximadamente US$ 65 milhões,
cerca de 140 milhões de reais.
A
Forbes informou que os dados obtidos para esta reportagem foram concedidos
através do Ministério Público e pela Polícia Federal.
Parafraseando Jesus, nem mesmo Salomão em toda a sua glória
obteve resultado semelhantes. Fico imaginando de quem seria o sexto lugar.
A notícia chega num momento em que a credibilidade dos
pastores anda bem balançada, desde que se noticiou que alguns desses líderes
teriam recebido passaportes diplomáticos do governo brasileiro.
E pensar que o Filho do Homem sequer tinha onde reclinar a
cabeça...
Estas fortunas só foram construídas graças à credulidade e
ingenuidade do povo brasileiro.
Silas Malafaia, que ocupa o terceiro lugar na lista, veio a
público contestar as informações, dizendo que se juntar tudo o que ele e seu
ministério possuem, não chega à metade do que foi noticiado. Digamos, então,
que chegue a uma bagatela de 70 milhões de dólares, ou 150 milhões de reais... Que injustiça!
Tão pouco! (ironia MODE ON).
Se houvesse uma publicação semelhante no céu, uma espécie de
Forbes Celestial, quem a encabeçaria? Quem, dentre os pregadores do Evangelho,
tem se preocupado em ajuntar tesouros no céu, conforme prescrito por Jesus? O
que teriam feito se ouvisse de Jesus o mesmo que ouviu o jovem rico? Qual deles
se disporia a vender tudo e dar aos pobres?
Outra pergunta pertinente: Se um deles partisse hoje, para
quem deixaria tanto dinheiro? Quem brigaria por ele?
Houve tempo em que os ícones dos jovens seminaristas eram os
mártires, os missionários enviados às terras longínquas, os abnegados. Hoje,
seus ícones são os pregadores bilionários que possuem seus próprios aviões,
assediados por políticos, donos de canais de TV, etc.
Fonte: http://www.hermesfernandes.com/2013/01/quem-estaria-na-forbes-celestial.html
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