Por Augustus Nicodemus Lopes
O
deputado Jean Wyllys protocolou um projeto na Câmara de Deputados que
visa regulamentar e legalizar a prostituição. De acordo com a notícia
abaixo, ele espera que seja aprovada até ao que a Copa de 2014. Ele
alega que o projeto é um esforço para atender as reivindicações de um
movimento de prostitutas que ocorreu nos anos 70 e 80 e que ele defende
as liberdades individuais e os direitos humanos das minorias. Um de seus
argumentos em favor da aprovação é que, segundo afirmou, 60% dos
deputados contratam prostitutas. Veja aqui e aqui.
Qualquer perspectiva dos cristãos sobre este assunto deveria passar pelo que as Escrituras nos informam sobre a prostituição:
1 – Os
primeiros relatos bíblicos a mencionar a prostituição a relacionam com
as religiões pagãs de Canaã. Estes cultos pagãos mantinham sacerdotisas
que se deitavam com os adoradores de Baal e outros deuses para “encenar”
a relação destes deuses com a terra. Elas eram chamadas de "prostitutas
cultuais", veja Gn 28:1-22. No caso de homens (homossexuais), eram
chamados de "prostitutos-cultuais" e a prática considerada uma
abominação (1Reis 14:24). Mas também a prostituição é mencionada fora do
contexto religioso como meio de vida. As meretrizes recebiam a paga de
seus “serviços” sexuais, cf. Ez 16:30-33 e Provérbios 6:26.
2 – A
prostituição cedo foi usada pelos autores bíblicos como símbolo da
prostituição espiritual, que era a adoração de outros deuses por parte
dos judeus, veja Ex 34:15-16; Lv 17:7; Lv 20:5-6; etc. Veja
especialmente os profetas, como por exemplo Ezequiel 16.
3 – A
prostituição era terminantemente proibida ao povo de Deus no Antigo
Testamento. Um pai não podia obrigar sua filha a se prostituir para
ajudar na renda da família (Lv 19:29). Um sacerdote não poderia se casar
com uma mulher que fosse prostituta (Lv 21:7,14) e uma filha de
sacerdote que se prostituísse desonraria o sacerdócio do pai (Lv 21:9).
Nenhuma mulher das que servia no templo poderia se prostituir (Dt 23:17)
e o dinheiro obtido pela prostituição não poderia ser trazido como
oferta a Deus (Dt 23:18).
4 – A
prostituição de judeus com mulheres pagãs sempre foi um problema em
Israel e Deus sempre castigou os envolvidos, conforme Nm 25:1-4. Veja
ainda Juízes 6:1. Mas havia também prostitutas em Israel, veja 1Reis
22:38 e o famoso caso das duas prostitutas que disputam o filho diante
do rei Salomão (1Re 3:16). O livro de Provérbios descreve a prostituta e
seu comportamento bem como o castigo que ela traz para si e para todos
os que se envolvem com ela (Provérbios 7). Este mesmo livro traz
advertências sérias contra a prostituição (Pv 23:27; 29:3). A prostituta
é considerada uma mulher que não tem vergonha (Jr 3:1), depravada (Ez
23:43-44), adúltera (Os 2:2).
5 – O
Senhor Jesus incluiu a prostituição entre os pecados que brotam do
coração corrompido do homem (Mt 15:19). O apóstolo Paulo inclui a
prostituição como uma das obras da carne (Gl 5:19) e parte da nossa
natureza terrena pecaminosa (Col 3:5). Ele condena de maneira veemente,
com argumentos teológicos, a prática da prostituição por parte de quem é
crente em Jesus Cristo (1Cor 6:13-20) e determina aos crentes que se
abstenham da prostituição (1Tess 4:3). O livro de Apocalipse usa a
figura da prostituta e da meretriz como símbolo das falsas religiões e
dos reinos de mundo que perseguem os servos de Deus (Ap 17:1-5; 19:2).
6 –
Apesar de a prostituição ser terminantemente proibida na palavra de
Deus, as prostitutas não estão fora do perdão e da salvação, mediante o
arrependimento e a fé, como a famosa prostituta Raabe (Js 2:1). Jesus
disse que meretrizes arrependidas entram no Reino de Deus em contraste
com os religiosos endurecidos de seus dias (Mt 21:31-32).
Diante
do exposto, os cristãos jamais poderiam ser a favor de um projeto de lei
que regulamenta a prostituição como uma profissão reconhecida e
legítima. Para nós, mesmo que fatores sociais e econômicos sejam
trazidos como argumentos para justificar a prostituição, sempre será um
pecado diante de Deus, uma manifestação da natureza corrompida do ser
humano. Cristãos verdadeiros acreditam em arrependimento e mudança de
vida pelo poder do Evangelho e que prostitutas e os que usam seus
serviços – podem ser senadores ou deputados, não importa – precisam se
arrepender. Além de pregar o Evangelho, as igrejas deveriam oferecer
serviços de apoio para que aqueles que querem realmente mudar de vida
tenham condição de ganhar seu sustento de maneira digna.
Fonte: Rev. Augustus Nicodemus Lopes, via Facebook
Não obstante todas essas passagens bíblicas, tem "igreja" que se diz "evangélica" aceiando oferta de "garota de programa", como foi amplamente divulgado recentemente. Na minha opinião, trata-se de uma cilada satânica para preparar os freqüentadores de igrejas para aceitar aberrações como a desse pseudo-representante do povo. Aliás, tendo em mente que a nossa luta não contra carne nem sangue, proponho uma campanha de oração pela conversão desse rapaz. É a única forma de ele parar com essas provocações, o único jeito de ele deixar de ser instrumento de Satanás.
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