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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

13 de abril de 2013

O PAPEL PEDAGÓGICO DA DOR

 
Por Pr. Geremias Couto
Ninguém gosta de sentir dores. Elas incomodam, trazem imenso desconforto e chegam até a restringir o nosso ir e vir. Muitas vezes somos obrigados a parar e esperar que passem os seus efeitos. Nossa primeira iniciativa é logo tomar alguma medicação para eliminá-las. Isso vale não só para a dor física, mas também para a dor emocional. É doloroso sentir dor. 
Mas não podemos olvidar o seu lado pedagógico até porque a dor é fruto de alguma causa, ou seja, não existe por si mesma, mas em razão de algum problema que precisa ser identificado. Nesse sentido, trata-se de um sistema de defesa, um sistema de alarme, que, acionado, nos põe em alerta para descobrir o que lhe deu causa. Imagine se não sentíssemos dor. Já estaríamos mortos! No mínimo, estaríamos vivendo no mundo dos mutilados!
Essa é a pedagogia da dor. Ela nos ensina que algo não vai bem conosco e precisamos, com urgência, buscar corrigir o problema. Ora trata-se de um processo inflamatório ou infeccioso, ora trata-se de alguma disfunção em algum dos sistemas que fazem funcionar o nosso corpo, ora trata-se de alguma ação externa que nos fere, enfim, a dor não é um mal. É um bem. Prudentes são aqueles que não negligenciam os seus sinais.
Pode ser que a nossa dor seja emocional. É a alma que dói. Ficamos dias e dias curtindo esse sofrimento e não buscamos descobrir as razões para erradicá-las de vez a ponto de somatizarmos todos os seus efeitos e nos tornarmos enfermos no corpo. É a compulsão pela ira, a frustração por alguma coisa mal sucedida, o elevado nível de estresse que leva à prostração, a tristeza por achar que chegamos ao fundo do poço, a sensação de que nada mais há para ser feito, enfim, são dores que sinalizam como estamos em nossa psique.
A saída? Com a ajuda do Espírito Santo, que penetra as profundezas do nosso coração, arrancar todas as raízes originárias dessas dores e deixar que apenas o fruto do Espírito seja a força reguladora das nossas emoções. Mas não nos esqueçamos: a dor é pedagógica. Estejamos atentos quando der às caras. Ela estará dizendo que há algo mais profundo que precisa ser encarado e tratado para que haja restauração e não se transforme em doença crônica.
Fonte: Geremias do Couto

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