O novo ministro desmistificou qualquer descontentamento da bancada evangélica com o governo à sua indicação
Indicado para o cargo de ministro da Pesca e Aquicultura, o senador Marcelo Crivella concede entrevistaAntônio Cruz/ABr
Da Agência Brasil noticias@band.com.br
O senador Marcelo Crivella (PRTB-RJ) negou que haja qualquer vinculação de sua indicação para o Ministério da Pesca e Aquicultura a um possível descontentamento da bancada evangélica com o governo. O senador disse, porém, esperar que a bancada "siga o governo". Crivella teve o nome divulgado apósdemissão de Luis Sérgio nesta quarta-feira.
Ressaltando que sempre trabalhou na bancada para "dirimir controvérsias", Crivella lembrou que os evangélicos apoiaram a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nos dois mandatos, e a maioria votou em Dilma Rousseff em 2010.
Pouco antes de receber os jornalistas, o senador conversou rapidamente, por telefone, com a presidente. "Em nenhum momento da conversa", disse Crivella, a presidente vinculou sua escolha para o ministério ao apoio da bancada ou às eleições municipais em São Paulo, onde o PRB apoia a candidatura do ex-deputado Celso Russomano a prefeito.
O senador recebeu o convite da presidente no último fim de semana e disse que "terá muito o que aprender" no setor. Crivella pretende dar à pasta da Pesca visibilidade equivalente à do Ministério da Agricultura. Surpreso com o fato de o Brasil, com sua dimensão continental e rico em água doce, ter apenas 1.475 engenheiros de pesca, o senador informou que terá como desafio estruturar "uma Embrapa da pesca". Ele reconheceu, porém, que, para isso, a comunidade científica especializada no setor terá que aumentar muito no país.
Segundo o senador, na conversa de hoje, Dilma Rousseff lembrou os trabalhos sociais de que ele participou na África, quando era evangelizador da Igreja Universal do Reino de Deus. "A presidente lembrou que a [atividade da] pesca envolve milhares de pessoas no Brasil, especialmente os mais pobres. E me pediu que atuasse [no ministério] como trabalhei durante dez anos na África."
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