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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

17 de dezembro de 2012

Será verdade?


 

         Quando completei 80 anos (em dezembro de 2009), a neta Lu me presenteou com um aparelhinho interessante chamado "Timer", porque sabia que eu vivo esquecendo as panelas no fogo, quando estou trabalhando no computador. Guardei a "belezura" e nunca a usei, porque sou relapsa e, assim,  as panelas continuam queimando. Na semana passada, esqueci uns ovos que estavam cozinhando numa caneca esmaltada e quando me lembrei (duas horas depois), os ovos tinham se transformado em duas bolas negras e a caneca precisou ficar dois dias com água fortemente clorada, a fim de voltar a ser usada na cozinha.

         A palavra "Timer" me faz lembrar uma pessoa da minha infância, que se chamava Angélica. Ela nunca se atrasava em seus afazeres domésticos. Foi minha babá e já deve ter morrido há muitos anos, pois a última vez em que a vi, Rose (hoje com 36 anos) era uma criança de 7 anos. Naquele tempo, Rose adoeceu pela primeira vez, após ter permanecido  muito tempo, com as primas, numa praia em Fortaleza, e apanhado muito sol, tendo ficado desidratada e, depois, acamada com uma infecção intestinal. Gravei este episódio porque, no dia seguinte, quando ela melhorou, estávamos reunidos na sala da casa de minha mãe e um dos primos de Rose descobriu uma cobra coral escondida sob o tapete da sala. O animal tinha vindo do jardim, entrado pela porta da frente e poderia ter picado as crianças que brincavam no tapete. Lembro-me que, naquele exato momento, eu estava evangelizando uma garota da vizinhança, ela aceitou Cristo como Salvador e o nosso maravilhoso Salvador salvou as crianças de uma picada da serpente, que simboliza o diabo. Romanos 8:28!

         Angélica me ajudou a cuidar de Rose e, depois que voltei ao RJ, perdi contato com ela. Às vezes me lembro dela com muita saudade e me sinto culpada por não ter insistido para ela vir morar comigo, no RJ.      Minha ingratidão com Angélica se assemelha à ingratidão dos cristãos, quando, após terem se convertido ao Senhor, esquecem de testemunhar a sua gratidão pela salvação eterna recebida de graça, através da morte vicária e da ressurreição de Jesus Cristo. Todos nós temos a obrigação de testemunhar as maravilhas que Cristo realizou e continua realizando em nossas vidas, desde o dia em que fomos concebidos no ventre materno, até o momento atual. Paulo nos ensina muitas coisas importantes, no sentido de darmos testemunho da nossa fé. Quem lê e conhece bem as Epístolas de Paulo não pode ficar calado, sem falar de Cristo a todas as pessoas que encontra, porque Paulo foi o maior missionário do Cristianismo e nos ensina tudo que precisamos saber sobre Ele e como apresentar a Sua obra vicária às pessoas, conduzindo-as ao novo nascimento, pelo poder do Espírito Santo.

         Quem reconhece que é um pecador perdido em seus delitos e pecados e que Cristo sofreu em seu lugar para lhe dar a salvação eterna, logo se comove diante de tão grande salvação e se prostra diante dEle, em fé e verdade, pedindo perdão dos pecados e se entregando em Suas mãos. Quem conhece a verdade bíblica, logo se liberta do erro doutrinário (João 8:32), abandonando a crença numa salvação conseguida pelos próprios méritos, conforme os ensinos das falsas religiões.

         Às vezes me sinto frustrada por nunca ter ido trabalhar no campo missionário, pois me converti aos 48 anos de idade, com o marido e uma filha pequena para cuidar. Três anos depois,  fui para um seminário batista, a fim de estudar Teologia, onde tentei ser a melhor aluna da turma, durante os 4 anos do curso, ali. Consegui ajudar os colegas que não conheciam o Inglês, traduzindo artigos e livros para eles e oferecendo-lhes, gratuitamente, algumas  apostilas. Tenho tentado ser uma missionária do papel, traduzindo 25 livros e escrevendo 1.500 artigos e 20 livros evangélicos, até hoje... Mas continuo em falta com o Senhor, porque nunca me dediquei totalmente à obra de missões...

         Talvez eu nunca tenha usado o "Timer" que o Senhor me apresentou, para saber a hora de ir para o campo missionário e, por isso, tenho realizado tão pouco em Sua obra, deixando de usar os dons que Ele me concedeu.

         Quando eu comparecer diante do Tribunal de Cristo, minhas omissões serão conhecidas... Ainda bem que  não para efeito de condenação eterna, mas para que eu possa avaliar como fui relapsa na Sua obra. Que Ele me perdoe tudo que deixei de fazer, por causa do meu egoísmo, da minha futilidade e do meu consumismo. PP costuma dizer, quando lê meus textos: "Mary fala, mesmo depois de Fútil". Será verdade?

 

Mary Schultze, 16/12/2012 - marybiblia.com

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