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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

10 de junho de 2011

Jovens saem em defesa do Pastor Ricardo Gondim por lutar pelos direitos dos gays e o comparam com Martin Luther King

Jovens saem em defesa do Pastor Ricardo Gondim por lutar pelos direitos dos gays e o comparam com Martin Luther King
A liderança do grupo de jovens da Igreja Betesda resolveu se manifestar através de um blog para defender o líder da igreja, o pastor Ricardo Gondim, das críticas que ele vem recebendo desde que declarou a uma revista que apoia a luta dos direitos civis entre homossexuais.
O texto publicado começa comparando a luta pelos direitos do grupo LGBT (Lésbiscas, Gays, Bissexuais e Transexuais) com a luta pelos direitos civis dos negros americanos na década de 50. Assim como, naquela época, os pastores brancos não queriam que os negros tivessem direitos, hoje os pastores evangélicos não querem dar direitos civis aos homossexuais.
Enquanto lá nos Estados Unidos tinha a voz de um pastor negro, defendendo os seus, o pastor Ricardo Gondim está se manifestando em favor da minoria. “Cada época tem seu argumento bíblico conveniente para oprimir as minorias,” diz o texto.
Para eles as críticas referidas ao líder da Betesda são injustiças. “Não é de hoje que os ataques acontecem, mas pioraram dramaticamente depois de sua entrevista à Carta Capital, quando se posicionou a favor de estender direitos civis aos homossexuais, garantindo-lhes o reconhecimento jurídico de união estável perante o Estado.”
O grupo questiona que a maioria das pessoas que criticam Gondim não conhece seu ministério e só estão repetindo as falas de seus líderes. “Interessante é que a maior parte de seus acusadores e perseguidores nunca leu um livro que ele escreveu, ou um artigo, uma entrevista, nunca foi à um culto na igreja Betesda (…). Apenas repete o discurso inflamado de seus líderes e pastores que vêem no livre-pensar do Gondim uma ameaça.”
De acordo com os fieis a pregação de Gondim aos domingos fala sobre todos os tópicos da fé cristã: o nascimento de Jesus, sua morte na Cruz e a salvação por meio da fé. Por isso eles afirmam que quem dizer que Gondim é uma ameaça para o evangelho é “um pretexto” para tentar calá-lo.
“O Dr. Martin Luther King Jr. também já foi acusado de herege pelos pastores poderosos de sua época – e libertou um povo oprimido, dando a eles direito à cidadania.”
Seguindo com a comparação o grupo se posiciona ao lado do fundador da igreja e diz que se ele for herege da mesma forma que Martin Luther King, Martinho Lutero, os apóstolos e a até mesmo como Jesus, então Gondim está em um excelente caminho.
“Heresia pressupõe uma verdade absoluta. Na fé cristã essa verdade é o Amor, não uma doutrina ou um dogma. Por isso não consideramos o Ricardo Gondim um herege, pois nunca o vimos relativizar a revelação que Deus é Amor. Ele é um herege apenas para quem considera alguma doutrina e lei absolutas. Mas nesse caso, King, Lutero, os apóstolos e o próprio Jesus também eram, então o Gondim está em ótima companhia, e seguindo um excelente caminho.”
Leia aqui a carta completa:

Ao Ricardo Gondim

Em tempo de mentiras, fofocas, intrigas e má fé, é importante descer do muro e se posicionar. Quem assim orientou foi o Dr. Martin Luther King Jr., que em sua carta da prisão em Birminghan, de 1963, escreveu: “Mais nociva que a minoria de homens maus que criam a injustiça é a maioria de homens "bons" que não fazem nada para denunciá-la”.

Dr. King dirigiu a carta aos pastores brancos que o pressionavam a se calar a respeito dos direitos civis dos negros, criticavam suas manifestações, chamavam King de extremista, anarquista, ateu e humanista.

Isso aconteceu numa época em que ter a pele escura, nos EUA, era sinônimo de “não ser gente”. Quem era o Dr. King para querer transformar negros em gente e lhes dar direitos civis?

O argumento vigente contra os direitos civis dos afro-americanos vinha da Bíblia. A maioria dos cristãos (brancos, claro) afirmava que Deus não queria que os diferentes descendentes de Noé fossem misturados aos brancos puros, alvos mais que a neve.

Da boca do falecido senador norte-americano Absalom Robertson - pai do famoso televangelista Pat Robertson - veio a conclusão que representava a mentalidade branca cristã norte-americana na década de cinquenta: “Eu certamente gostaria de ajudar as pessoas de cor, mas a Bíblia diz que não posso” [i].

Cada época tem seu argumento bíblico conveniente para oprimir as minorias.

Voltando ao assunto, não podemos nos calar diante de uma cruel injustiça que estamos testemunhando. Queremos fazer algo para denunciá-la. Não podemos ver lobos em pele de cordeiro dar a última palavra como se fosse verdadeira.

A injustiça a qual nos referimos é o violento e sistemático ataque ao Pr. Ricardo Gondim. Não é de hoje que os ataques acontecem, mas pioraram dramaticamente depois de sua entrevista à Carta Capital, quando se posicionou a favor de estender direitos civis aos homossexuais, garantindo-lhes o reconhecimento jurídico de união estável perante o Estado.

A partir daí mentiras foram inventadas, de propósito, por pessoas de má fé que não gostam do Gondim e que queriam, a todo custo, que sua voz fosse enfraquecida no universo evangélico brasileiro. Ou então, pessoas que viram nesse momento uma oportunidade de aparecer, às custas do nome do Ricardo.  

Interessante é que a maior parte de seus acusadores e perseguidores nunca leu um livro que ele escreveu, ou um artigo, uma entrevista, nunca foi à um culto na igreja Betesda do Jardim Marajoara, em São Paulo – onde ele é pastor e prega todos os domingos – não conhece os membros da Betesda e não sabe quase nada sobre a história de vida do Gondim nem da Betesda. Apenas repete o discurso inflamado de seus líderes e pastores que vêem no livre-pensar do Gondim uma ameaça.

Afirmam que o pensamento do Gondim é uma ameaça à Bíblia e à fé cristã - mas é claro que isso é pretexto, para não dizer balela. Quem conhece a Betesda e o Gondim sabe que ele prega todos os domingos na Bíblia e que proclama em alto e bom som a fé cristã: Jesus é Deus encarnado, nascido de uma virgem por meio do Espírito Santo, morreu na cruz por amor de nós, a fim de nos salvar, e ressuscitou no terceiro dia vencendo a morte, estendendo a ressurreição a todos os homens e mulheres por meio da fé. Os que o consideram ameaça, portanto, consideram contra si mesmos, suas doutrinas maléficas, suas estruturas de poder e manipulação mental de gente honesta e de boa fé.     

O Gondim virou o herege da vez. O inimigo da vez. Nada mais mesquinho e estranho ao Evangelho - que nos convida a amar os inimigos, mas parece que o universo evangélico se especializou em produzir inimigos para odiá-los em comunhão.

“Heresia” é uma palavra criada para tentar invalidar ideias opostas às ideias vigentes. Criar hereges é fonte de alianças maquiavélicas, para calar a boca de quem incomoda as maiorias, sempre poderosas. O Dr. Martin Luther King Jr. também já foi acusado de herege pelos pastores poderosos de sua época - e libertou um povo oprimido, dando a eles direito à cidadania. Lutero também já foi acusado de heresia, e é reconhecidamente o maior herege da Modernidade - é só por causa dele que temos livre acesso e interpretação da Bíblia. Os apóstolos foram chamados de hereges por anunciar que Deus havia encarnado em Jesus Cristo. E, por fim, Jesus já foi chamado de herege por se posicionar ao lado de uma mulher adúltera, relativizando uma lei mosaica, e libertando-a de um assassinato por apedrejamento - por essas e outras, foi parar numa cruz.

Heresia pressupõe uma verdade absoluta. Na fé cristã essa verdade é o Amor, não uma doutrina ou um dogma. Por isso não consideramos o Ricardo Gondim um herege, pois nunca o vimos relativizar a revelação que Deus é Amor. Ele é um herege apenas para quem considera alguma doutrina e lei absolutas. Mas nesse caso, King, Lutero, os apóstolos e o próprio Jesus também eram, então o Gondim está em ótima companhia, e seguindo um excelente caminho.

Se for assim, ainda bem que há hereges, e que ele é um! Nesse caso, aceitaremos o adjetivo como elogio.

Escrevemos para nos posicionar ao lado de quem tem nos ensinado a pensar, a ser livres e a amar. Escrevemos para dizer “obrigado” e “estamos juntos”, a quem nos tem ensinado a crescer a amadurecer na fé cristã.

Como escrevemos em 2007, voltamos a afirmar: aprendemos que qualquer um que tenta abrir os olhos de pessoas encabrestadas pela religião, acaba sendo queimado na fogueira da instituição.

Estamos seguros que o Verdadeiro Amor lança fora todo medo, e por isso não temos medo de caminhar com alguém que nos ensina a lidar responsavelmente com a liberdade do amor.

Obrigado Pr. Ricardo Gondim, conte com a gente. Sua vida tem sido inspiração para todos nós

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