Quando um cantor de influência dá uma declaração polêmica ou faz merchandising de algum produto, isso reflete imediatamente em seus admiradores. Isso é especialmente verdade em tempos que as redes sociais dão acesso constante a tudo que eles declaram publicamente.
Porém, quando esses artistas são do segmento gospel, as críticas geralmente têm outro tom. Nos últimos dias, tanto Thalles Roberto quanto André Valadão passaram por essa situação. Os dois publicaram vídeos nas redes sociais fazendo declarações que não foram bem recebidas pela maioria dos evangélicos que os acompanham no mundo virtual.
Tempos atrás, Andre Valadão, pastor da Igreja Batista da Lagoinha, enfrentou muitas críticas por ter assinado contrato com a gravadora da Rede Globo. Para um segmento dos evangélicos, foi uma traição uma vez que os valores da emissora são conflitantes com a mensagem do Evangelho.
Com mais de 155 mil visualizações em uma semana, André Valadão usou o Facebook para fazer propaganda da operadora Claro. Chamou a empresa de parceira na evangelização e divulgou um telefone para se contratar o serviço. Aliou também as hashtags #Fépratodolado com #claroexperiencias.
Houve uma enxurrada de críticas. O tom predominante nos comentários é de insatisfação pelo fato de André ter novamente “se vendido” e, pior, usado o que Deus lhe deu para ganho pessoal. O argumento mais comum é que ele estava sendo um “mercador da fé”. Em uma semana na qual o Boticário recebeu severas críticas do segmento evangélico por defender o homossexualismo, fica evidente que publicidade X ideologia é uma questão espinhosa no Brasil.
O site Púlpito Cristão foi direto ao ponto: “Incomoda e ofende o fato do nome de Deus ser usado em merchandising barato por gente que, na condição de ministros que dizem ser, deveria zelar pelo nome do Senhor”.
Dois dias depois do vídeo controverso do pastor Valadão, Thalles publicou um de seus vídeos com reflexões bíblicas, algo que faz costumeiramente. Ao abordar o texto de Eclesiastes 3, enumerou uma série de coisas que as pessoas podem estar fazendo na hora errada. Isso inclui “sonegar impostos”. A naturalidade com que ele fala mostra que ele não percebeu o que dizia ou simplesmente acredita ser algo que os crentes podem fazer “na hora certa”.
Com 661 mil visualizações, e mais de 13 mil compartilhamentos, nos dois minutos de reflexão ele afirma ser uma “palavra de Deus para você que vai te LIVRAR agora e vai te Dar CAMINHO”. Aparentemente o fato de sonegar impostos ser contrário ao que Jesus ensinou não impediu o cantor de atribuir a Deus suas afirmações.
Thalles já deve estar acostumado as críticas, pois seguidamente é alvo delas por suas declarações na TV aberta. Seu novo CD inclusive já mostra que pretende se afastar do rótulo de “cantor gospel”. No final do mês passado, preferiu desabafar, disparando contra quem o critica na internet “Vocês não têm o que fazer não? Isso é para os fariseus, tudo o que eu faço vira polêmica”. Alguns dias depois, usou sua conta no Facebook pra dizer que quem perde tempo criticando os outros “não tem tempo de amar”.
Dentre as várias reações contra os dois cantores geradas nas redes sociais, chama atenção o longo texto publicado por Thiago Grulha, que apela para uma reflexão sobre esse tipo de situação
Ao se referir ao que chama de “irmãos midiáticos”, ele pede: “Orem para que não sejamos a causa do sofrimento de uma casa. Orem para que haja iluminação do Senhor em nós e neles. Sei que temos preferência pelos anônimos, aflitos por não ter o que vestir. Temos que prioriza-los mesmo… Tenho certeza que se gastarmos a mesma energia que investimos para “defender o evangelho”, para usar o evangelho para defender os sofridos, faríamos muito mais diferença no Reino”.
Via: Gospel Prime
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