Até que ponto uma estrela gospel adoradora de Mamom é capaz de chegar para obter benefício para si?
O cantor André Valadão, pastor na Igreja Batista da Lagoinha, um verdadeiro celeiro de heresias e modismos – diga-se de passagem – publicou um vídeo em sua fanpage onde louva a Deus pela “Claro Parceira”, e faz um belo merchandising da empresa, oferecendo seus serviços ao rebanho gospel. “Quantos no mundo tem apoio de empresas que incentivam ao pecado, destruição”, diz o líder da Lagoinha, tratando de convencer seus fiéis seguidores que a Claro é uma empresa “do bem”, “da luz”, e que não incentiva o pecado.
Agora assista o vídeo:
O discurso de André não é novo. Parece que a lei que impera entre as celebridades do gênero gospel é a seguinte: Enquanto a empresa “X” ou a TV “Y” não me oferece vantagens ou benefícios pessoais, elas são do diabo, mas quando essas mesmas empresas oferecem alguma vantagem, lucro, emprego, elas são rapidamente beatificadas. Foi assim com a Globo, que antes era do demônio, mas foi redimida assim que começou a organizar o Festival Promessas e incluir em seus programas varios pastores e artistas evangélicos. Quem não lembra do discurso usado na época pelos ícones da musica “cristã”, que diziam que “a Globo está se abrindo ao evangelho”, quando na verdade todos sabiam que a emissora estava apenas visando lucrar? A mesma coisa aconteceu com a Som Livre, que era uma gravadora “do mal” do “belzebu”, “mundana”, mas foi rapidamente redimida ao contratar artistas do meio gospel para gravarem com o seu selo. Como esquecer do empalagoso jargão “você adora, a Som Livre toca”? De fato, como observou o mano Rodolfo Abrantes (esse sim, um cara que até o momento não se curvou ao Mamom evangélico), “a Som Livre só toca, ela não adora”.
O vídeo teve mais de 1100 compartilhamentos e centenas de comentários, e a grande maioria é de evangélicos que estão pedindo coerência à estrela (caída), que parece não se dar conta do absurdo da sua proposta, ou na pior das hipóteses, sabe exatamente o tamanho da bobagem que está fazendo, mas parece não dar a mínima, com tanto que a “Claro Parceira” o continue patrocinando seus interesses.
De fato, André é livre para fazer propaganda de quem ele quiser. Ele pode sim trabalhar para a Claro, fazer merchan e propaganda se quiser. Esta é uma prerrogativa que lhe cabe e não estamos aqui para questionar isso. O que de fato nos incomoda é o uso de elementos religiosos para vender uma imagem da empresa que não é real. Incomoda e ofende o fato do nome de Deus ser usado em merchandising barato por gente que, na condição de ministros que dizem ser, deveria zelar pelo nome do Senhor.
“Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão” é um dos mandamentos do decálogo, e está relacionado ao uso reverente do nome do Senhor. O Salmo 29.2 diz: “Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome”. Isso significa que o nome do Senhor deve ser usado com reverencia, respeito (Dt 28.58) e jamais deve ser invocado por motivo vão (Ex 20.7). Apesar disso, as celebridedes evangélicas continuam usando o nome do Senhor para vender toda sorte de quinquilharias e bugigangas, transitando na fronteira da blasfêmia, e aqueles que se escandalizam e denunciam essa conduta vil acabam apedrejados por uma geração de apedeutas cujo único fragmento de texto aprendido de memoria é o famoso “não julgueis”, obviamente retirado de contexto, torcendo assim as Escrituras para defender seus veneráveis bezerros de ouro, mascates da fé cujo deus parece ser o vil metal e o objetivo do ministerio, o acumulo de riquezas pessoais.
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Postou Leonardo Gonçalves, cansado de franchising e merchandising com o nome de Deus
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