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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

16 de dezembro de 2009

CARREGANDO A CRUZ




          Quando eu era católica fazia questão de exibir minha fé, carregando ao pescoço um crucifixo de ouro, enquanto na parede do meu quarto, sobre a cama, estava pendurado um crucifixo de madeira com o Cristo em marfim. Era assim que eu demonstrava ser uma boa católica, sentindo-me orgulhosa dos meus símbolos "cristãos".
          Os anos passaram. Meu marido (um luterano liberal) era complacente e, se não acreditava no poder dos meus crucifixos, também não me censurava pela fé ingênua naqueles símbolos religiosos. Naquele tempo eu ia à missa - aos domingos - no bairro onde residíamos. O padre era um italiano esquerdista, que usava a missa para pregar cuidadosamente a revolução dos empregados contra os patrões e aquilo começou a me incomodar, pois eu era uma microempresária e achava que ele estava me atingindo. Certo dia, quando ele foi almoçar em nossa casa, falei sobre o assunto, ao que ele contemporizou: "Mas eu falo dos maus patrões. Você não é patroa... É uma verdadeira mãe para os seus empregados". Mesmo depois daquela ressalva continuei preocupada, até que em agosto de 1976, lá em Fortaleza, ganhei de presente um bebê recém-nascido, cuidei dos papéis legais e o trouxe para criar. Era uma menina, a qual foi adotada  como filha e, por causa dela,  deixei de freqüentar as reuniões do Rotary Clube, preferindo ficar em casa lendo e cuidando do meu bebê.
          Como me achava despreparada para ser mãe novamente (a filha única estava na Universidade Rural e eu me sentia velha demais para exercer um papel tão importante), fui fazer um curso de Psicologia com a Professora Lydia Mattos, em Copacabana. Lá fui aconselhada a ler um livro que, embora herético, iria me conduzir à verdadeira vida cristã. Era "O Poder do Subconsciente", de Joseph Murphy. Li o livro, gostei muito e em seguida fui em busca de outros no gênero. Foi assim que entrei em contato com os livros de Norman Vincent Peale e comprei todos os títulos que encontrei nas livrarias. Quando li o 10º. livro dele - Mensagens da Vida Diária - copiei os 90 versículos bíblicos ali mencionados, como sempre ia fazendo nas leituras anteriores, sentei diante da máquina de escrever e fiz um poema de amor para Jesus Cristo. Logo em seguida, comecei a ler o Novo Testamento e quando me filiei a uma igreja presbiteriana já o havia lido umas 50 vezes.
          Descobri que era uma pessoa má, cheia de defeitos, embora diante da sociedade eu fosse um modelo de virtudes. Depois de ler os versículos apresentados nos livros do Peale, comecei a me conscientizar da maldade natural que existia em meu coração e descobri que era orgulhosa, vaidosa, agressiva e rebelde contra Deus. Quando me sentei diante da máquina de escrever (01/05/78), confessei meus pecados a Jesus e O aceitei como Salvador e Senhor de minha vida.
          Hoje não me considero uma pessoa melhor. Continuo cheia de defeitos, pecando diariamente por causa do meu temperamento forte, mas tenho a certeza de que "O meu Redentor Vive e eu também viverei" na eternidade, junto com ele e meus irmãos na fé.
          Um dia, li um artigo de Dave Hunt falando sobre a maneira pela qual devemos, realmente, considerar a cruz de Cristo. Eis algumas citações desse artigo, no qual Dave Hunt fala da maneira errônea como a cruz de Cristo tem sido exibida pelos cristãos modernos, usando o pensamento de A. W.Tozer:
          "... A. W. Tozer escreveu: 'Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular não é a mesma cruz que a do Novo Testamento. É, sim, um ornamento novo e chamativo a ser pendurado no colo de um cristianismo seguro de si e carnal... a velha cruz matou todos os homens; a nova cruz os entretém. A velha cruz condenou; a nova cruz diverte. A velha cruz destruiu a confiança na carne; a nova cruz promove a confiança na carne...' A carne, sorridente e confiante, prega e canta a respeito da cruz; perante a cruz ela se curva e para a cruz ela aponta através de um melodrama cuidadosamente encenado - mas sobre a cruz ela não haverá de morrer, e teimosamente se recusa a carregar a reprovação da cruz...  O evangelho foi concebido para fazer com o eu aquilo que a cruz fazia com aqueles que nela eram postos: matar completamente. Essa é a boa notícia na qual Paulo exultava: 'Estou crucificado com Cristo'. A cruz não é uma saída de incêndio pela qual escapamos do inferno para o céu, mas é um lugar onde nós morremos em Cristo. É só então que podemos experimentar 'o poder da sua ressurreição' (Filipenses 3.10), pois somente os mortos podem ser ressuscitados. Que alegria isso traz àqueles que há tempo anelam por escapar do mal de seus próprios corações e vidas; e que fanatismo isso aparenta ser para aqueles que desejam se apegar ao eu e que, portanto, pregam o evangelho que Tozer chamou de 'nova cruz'... Paulo declarou que, em Cristo, o crente está crucificado para o mundo e o mundo para ele (Gálatas 6.14). É uma linguagem muito forte! Este mundo odiou e crucificou o Senhor a quem nós amamos - e, através desse ato, nos  crucificou também. Vamos assumir uma posição com Cristo. Que o mundo faça conosco o que fez com Ele, se assim quiser, mas o fato é que jamais nos associaremos ao mundo em suas concupiscências e ambições egoístas, em seus padrões perversos, em sua determinação orgulhosa de construir uma utopia sem Deus e em seu desprezo pela eternidade".
          Ser crucificado com Cristo é a maneira mais sublime que podemos encontrar, a fim de crescer na vida espiritual. Infelizmente, o nosso "eu" é forte demais e essa luta que travamos, diariamente, para morrer em Cristo, muitas vezes é perdida por causa do mundanismo que nos cerca através dos programas de TV, da mídia e das amizades que entretemos neste mundo que jaz no maligno. Meu grande pecado é o consumismo em roupas/adereços.
          Apesar de tudo, somos mais que vencedores em Cristo e, mesmo quando sucumbimos sob o poder do pecado, um poder maior se levanta em nosso coração, o poder do Espírito Santo, que nos conduz ao arrependimento e nos mostra que, mesmo tendo caído, ainda podemos nos levantar, sacudir a poeira de nossas almas e seguir em frente, para um dia chegar ao que é perfeito.
          Que Deus dê a cada cristão bíblico a coragem de prosseguir na luta, tornando-nos realmente vencedores, conforme a promessa que recebemos em Sua Santa Palavra.

Mary Schultze, (arquivo de 1996) - http://www.maryschultze.com/
(Romanos 8:28)

1 comentários:

  1. sobre seu comentário no Dicas para Blogs
    qual botão quer colocar ao lado do titulo o retweet? acho que é melhor dentro de cada postagem

    para colocar algo ao lado do título você precisa dividir o cabeçalho do blog, veja aqui
    http://www.dicasparablogs.com.br/2009/10/como-dividir-o-cabecalho-do-blog-em.html

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