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Por Renato Vargens
O
Romanismo possui similaridades interessantíssimas com o
neopentecostalismo brasileiro, até porque, ambos fundamentam suas
doutrinas e comportamentos em três pilares, as Escrituras Sagradas, a
tradição e autoridade apostólica papal.
Na
verdade, tanto católicos como neopentecostais não consideram na prática
(ainda que neopentecostais afirmem o contrário) a Bíblia como única e
exclusiva regra de fé. Isto porque, para ambos os movimentos, a tradição
bem como a experiência adquirida com o sagrado, possuem um enorme peso
na consolidação de suas doutrinas. Junta-se a isso, o fato de que as
duas correntes possuem em suas estruturas eclesiásticas lideres papais,
cuja autoridade apostólica é inquestionável. Além disso, ambos
mercantilizam a fé, comercializando as benesses divinas, oferecendo aos
fiéis objetos sagrados que possuem em si poder suficiente para operar
milagres. Quanto à práxis litúrgica o neopentecostalismo faze-nos por um
momento pensar que regressamos aos tenebrosos dias da idade média, onde
como no século XVI, (veja o vídeo abaixo) a manipulação religiosa se
faz presente mediante os pseudo-apóstolos que em nome de Deus
estabelecem doutrinas que se contrapõem a Palavra revelada do Senhor.
Tanto o
Romanismo como o neopentecostalismo brasileiro entendem que as bênçãos
de Deus não são frutos de sua maravilhosa graça, mais sim, conseqüência
diretas de uma relação baseada na troca ou no toma-lá-dá-cá. Neste
contexto, tudo é feito em nome de Deus e para se conseguir a benção é
absolutamente necessário pagar e pagar alto! Por favor, responda
sinceramente: Qual a diferença da oferta extorquida do povo sofrido nos
dias atuais pra venda das indulgências da idade média? Qual a diferença
dos utensílios vendidos no século XVI, para os que comercializados em
nossos templos nos dias de hoje?
O que
me chama atenção, é que a igreja evangélica brasileira diante de tanta
sandice ainda advoga a causa de que estamos vivendo momentos de um
genuíno avivamento. Outra vez lhe pergunto: Será? Que avivamento é esse,
que não produz frutos de arrependimento? Que avivamento é esse que não
muda o comportamento do crente? Que avivamento é esse que não converte o
coração do marido a esposa e vice-versa? Que avivamento é esse que
dicotomiza a relação entre pais e filhos? Que avivamento é esse que
relativiza a ética?
Amados,
acredito piamente que os conceitos pregados pelos reformadores precisam
ser resgatados e proclamados a quantos pudermos. Sem sombra de dúvidas
necessitamos desesperadamente de uma nova reforma, por que caso
contrário a vaca vai para o brejo.
Soli Deo Gloria,
Renato Vargens
Fonte: Blog do autor
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