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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

2 de julho de 2012

E se eu não estiver com vontade de perdoar?

E seu eu não tiver com vontade de te perdoar?


Perdão sempre foi assunto frequente na boca de Jesus. Em diversos de seus ensinos Ele trouxe aos seus discípulos ensinos que focavam na importância de se perdoar. 
Na parábola do credor incompassivo (Mt 18. 23-35), na oração do Pai nosso (Mt 6. 12, 14-15), em resposta a Pedro quando este queria saber quantas vezes deveria perdoar (Mt 18. 21-22), e, surpreendentemente, mandou amar os inimigos, o que, necessariamente, inclui o perdão (Mt 5. 44). Além, é claro, do Seu próprio exemplo na cruz, local onde derramou Seu sangue para que recebêssemos o perdão pleno.
Apesar de tantas orientações que ressaltam o desejo de Deus de que perdoemos o nosso próximo para o nosso próprio bem, surgem dificuldades devido ao nosso coração duro.
Alguns dizem que não perdoam porque não sentem no coração essa vontade naquele momento e, por isso, se perdoassem seria um perdão falso. Outros dizem que algumas ofensas são imperdoáveis. Assim, acabam como que se esquivando de perdoar ao próximo, baseados no sentimento e vontade de seus corações.
MAS SERÁ QUE SÓ DEVEMOS PERDOAR SE TIVERMOS VONTADE OU ESTIVERMOS SENTINDO QUE DEVEMOS PERDOAR?
É evidente que não. Em nenhum dos textos bíblicos que falam sobre perdão, encontramos que a nossa vontade ou sentimento deve funcionar como motivador para darmos ou não o perdão. O motivador mostrado por Jesus é a obediência a vontade de Deus em humildade. 
É evidente que nem sempre teremos vontade de perdoar, ainda mais se a ofensa que recebemos foi grave. Porém, Deus nos manda obedecer. A cura plena do coração virá de Deus após o nosso ato de perdoar e, em muitos casos, demandará tempo. Devemos confiar e perdoar, ainda que contra o desejo (maligno) do nosso coração (que pode estar verdadeiramente ferido) que nos manda não perdoar.
TUDO QUE FAZEMOS EM NOSSA VIDA É FEITO SOMENTE QUANDO TEMOS VONTADE?
Devemos agir coerentemente. Nem tudo aquilo que não temos vontade de fazer deixamos de fazer. Quando está bem frio pela manhã e chovendo, você tem VONTADE de levantar e ir trabalhar? Quando chegam suas contas ao final de um mês, você tem vontade de ir ao banco e pagar? 
Evidentemente que não fazemos tudo porque temos vontade, mas porque são importantes. Temos de trabalhar mesmo em situações adversas, pois é nossa sobrevivência que está em jogo. Temos que pagar nossas contas mesmo contra a vontade porque podemos sujar nosso nome e arrumar muita confusão por isso. Assim, a vontade é muitas vezes vencida em prol de algo maior. Deve ser assim também com o perdão.
Assim, o perdão não é questão de vontade, mas de obediência. E obediência é questão de humildade e confiança na vontade de Deus. Perdão não é fácil, mas é necessário e exigido por Deus. Deus chega a dizer que se não ver perdão em nós, também não nos perdoará. 
“Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.” (Mt 6. 14-15)
Deus trata o perdão como coisa séria. Devemos também tratá-lo assim!

Por André Sanchez 




Retirado do Blog Esboçando Ideias.

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