Como já diriam muitos de nós, a vida é uma batalha. Uma luta constante. E, como em qualquer batalha, existem momentos de glória e momentos de frustação. A Bíblia é repleta de narrativas, onde grandes homens venceram inúmeras batalhas, mas também relata os casos de outros incríveis personagens, que perderam tantas outras.
É por isso que discordo de certo cântico antigo que dizia “derrota não é coisa de cristão”. Derrota faz sim parte da caminhada. Quem não aprende a perder, a lidar com a frustração do insucesso, não está preparado para encarar a realidade do mundão.
Poderíamos elencar aqui uma série de homens e mulheres de Deus que, ao longo da história, foram bem sucedidos em suas empreitadas e, com base nisso, categorizar nesse texto as benesses das vitórias e como Deus nos abençoa com sucessos.
Davi, Sansão, Jó, Pedro, Saulo... E vários outros homens e mulheres que, além das vitórias e conquistas, sentiram o sabor amargo da frustação na derrota. Contudo pessoas que, embora vencidas momentaneamente, não sucumbiram ao desespero.
Por isso pensei em Davi. Alguém vitorioso nas batalhas, valente nas guerras, servo fiel a DEUS e, até mesmo por isso, desacostumado a perder.
Até que, em certo momento da sua história, surge a marca de um pecado, conforme relato no texto de 2 Reis. O filho que havia gerado em Bateseba estava muito doente. Era um bebê fruto de um adultério.
O capítulo 11 e 12 mostram os momentos crucias desse episódio, onde logo após o parto apresenta-se uma série de complicações na saúde do recém-nascido. O filho de Davi só poderia ser salvo por um milagre.
Mas não acontece. Davi, aquele homem acostumado ao triunfo foi vencido. Suas orações não foram atendidas. Seja qual fosse o propósito de Deus, já não era mais importante. O bebê havia morrido. A derrota do vencedor estava decretada. E aí? O que fazer diante de um quadro tão drástico? Como superar uma perda tão profunda? Como suportar tamanho sofrimento? Como aceitar os planos do Soberano?
O que fazer na derrota? Como superar a dor de sofrer um duro golpe, de não ser bem sucedido em seus sonhos empreendidos?
Aprendamos então algumas lições com as atitudes de Davi após a perda:
Submeta-se a Deus na derrota: Não se esqueça de que Ele tem o controle de tudo. Na vitória ou na derrota, na alegria ou na tristeza, Deus sabe e tem soberania sobre todas as coisas e pessoas. Nada passa despercebido. Faça como Davi. Reconheça-o como Soberano e acate seus desígnios.
Agradeça a Deus na derrota: Pior do que perder, é perder sem Deus. Nenhuma vitória é plena sem Deus em nós. Da mesma forma, nenhuma derrota é o fim se Deus está em nós. Davi ergueu sua cabeça e foi ao Templo adorar. Adore a Deus e agradeça-o por ser presente na sua vida, mesmo em meio à dor, luta e perseguição. A presença do Espírito de Deus, por si só, já é fonte de consolo e renovo.
Prossiga apesar da derrota: Se derrota a derrota numa partida, por exemplo, fosse o fim, muitos times fechariam as portas. Apesar do desanimo e da frustação, sempre há o renovo da esperança. Hora de seguir em frente e vislumbrar um novo alvo. Foque-se em novos objetivos. Submeta-os a Deus e sua vontade e prossiga. Sempre feliz e alegre, permitindo que Deus cicatrizes sua feridas, cure sua alma, revigore seu vigor... Quem segue a CRISTO sabe que, ainda que tudo aqui dê errado, há uma vitória certa garantida na eternidade...
Erga-se. Seque as lágrimas. Tire lições de tudo. Avalie sua dependência de Deus no que passou. Agradeça-o. Louve-o pela sua presença, cuidado e companheirismo. Toque a bola pra frente. Continue sonhando. Não pare de crer. Não pare de acreditar. Em Deus podemos proezas.
A derrota não é o fim, mas é o começo. O começo de uma nova mentalidade, de uma nova postura, de um novo nível de relacionamento com o Eterno, de um novo objetivo. Não pare na derrota.
Pr. Marcelo Matias
Muitas vezes Deus usa as derrotas para que reconheçamos nossa dependência do Senhor e aceitemos Seu senhorio em nossas vidas para que não nos sintamos auto-suficientes e sejamos direcionados pelo Espírito Santo para cumprimos os planos divinos para nossa existência terrena. "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28).
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