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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

23 de julho de 2012

“Me incendeia, Senhor!”

 

         Ontem, a filha Rose convidou-me para ir a uma igreja pentecostal, que, há poucos  anos, funcionava num barracão improvisado; mas, agora, por causa do acúmulo de dízimos e ofertas, com os pastores dizendo que se os crentes não os entregarem, serão amaldiçoados, a congregação cresceu, enriqueceu materialmente e hoje possui um prédio enorme e luxuoso, com piso de cerâmica vitrificada e outras maravilhas!

         Chegamos ali, meia hora após o início do culto-show, sob um barulho ensurdecedor, com os crentes dançando, pulando e gritando,  exatamente como nos bailes de carnaval.

         Contudo, o que mais me chocou foram as letras dos cânticos, repletas de heresias bíblicas e gramaticais, com os crentes exigindo que Deus os incendiasse, o que, graças a Deus, não aconteceu. Parece que o Deus desses cremtes é surdo, pois não só tem suportado tanto barulho, durante muitos anos, como não tem atendido às suas  esdrúxulas invocações de "Fogo, fogo, fogo! Nos incendeia, Senhor!"

         Na hora da pregação, a qual durou 20 minutos, após uma hora de barulho, um jovem ocupou o púlpito, usando exclusivamente o Velho Testamento,  e exigindo tudo que os crentes não precisam fazer...

         Durante o tal culto-show, eu ia comparando o que o pregador gritava, com a minha Bíblia FIEL, trincando os dentes, para controlar a indignação, pois minha vontade era protestar, ali mesmo, contra tantas aberrações. O resultado é que acabei quebrando um canino, que sustentava a minha prótese e hoje estou completamente banguela. Liguei para a dentista, visando um conserto  provisório, pois uma nova prótese deve me custar muito mais de 2.000, um preço exorbitante, para a "diversão" da noite passada.

         Considerando que essa "igreja" se denomina wesleyana, fico imaginando a indignação de John Wesley, se pudesse ver (lá de cima), o que têm feito contra a sua teologia. Wesley foi um homem santo, que viveu no século 18. Ele escreveu sermões e umComentário do Novo Testamento, (1.200 pp.), que traduzi há mais de 12 anos, e posso garantir que nenhuma igreja metodista ou wesleyana da atualidade segue a sua teologia, preferindo seguir as loucuras de Kenneth Hagin, Benny Hinn, Todd Bentley e outros hereges desta fauna. A teologia da prosperidade é a alavanca movendo os cultos das igreja pentecostais.

         É verdade que, graças à misericórdia divina, muita gente tem se convertido nesses cultos, embora passando a acreditar nas lorotas dos pastores. Uma dessas lorotas é a obrigação de entregar o dízimo. Os pastores pentecostais são vidrados em Malaquias 3, como se os membros de suas igrejas fossem judeus e tivessem a obrigação de entregar dízimos e ofertas, a fim de receber bênçãos divinas, em vez de maldições. Com esse tipo de esperteza,  os líderes vão enriquecendo, milhares de igrejas vão sendo abertas e centenas de fazendas de gado vão sendo compradas, às custas da ignorância bíblica dos inocentes, que, em vez de estudarem a Bíblia, preferem acreditar nas lorotas. A preguiça dos crentes enche o ventredesses homens espertos, enquanto suas almas vão mirrando, por falta do alimento sólido da Palavra da Verdade, a qual nunca é claramente entregue nos púlpitos e cuja leitura diária nunca é aconselhada...

         O neopentecostalismo que impera nos meios evangélicos é uma negação do verdadeiro evangelho e um dispendioso passaporte celestial, para os tolos que nele acreditam, imaginando, erroneamente, que podem comprar a boa vontade divina, mais saúde física e prosperidade material, se encherem os gazofilácios das igrejas carismáticas.

         Todos os dias agradeço ao Senhor por ter-me convertido após a leitura do Novo Testamento, em vez de ter escutado um pregador moderno. Sou leitora assídua da Palavra, principalmente das epístolas de Paulo. Por isso não caio no engodo pentecostal, no qual tem caído a maioria dos crentes modernos.

         Gálatas 5:14 ensina a cumprir toda a lei e os profetas. E quem reconhece os seus pecados e crê na morte e ressurreição de Jesus, aceitando pela fé tudo que Ele fez por nós na cruz, é salvo. E não vai para o inferno, nem mesmo frequentando uma dessas igrejas pecuniosas.

 

Mary Schultze, 23/07/2012 -www.marybiblia.com

1 comentários:

  1. É triste saber que a maioria das igrejas metodistas no Brasil tenha chegado a esse ponto. Espero que, mesmo assim, os "7.000 que não se dobraram a Baal" comecem a aparecer e mostrem aos que têm apostatado o quanto vale a pena permanecer fiel a Cristo e ao genuíno Evangelho.

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