Ministério Público diz que "havia engenhoso esquema de desvio de doações".
Uma verdadeira organização criminosa foi identificada atuando na Igreja Cristã Maranata, denuncia o Ministério Público Estadual, com base em quebra de sigilos bancário e fiscal, interceptação telefônica dos envolvidos e depoimentos de testemunhas.
Na denúncia, consta que Gedelti Gueiros, Antônio Angelo Pereira, Arlínio Rocha, Mario Luiz de Moraes, Wallace Rozetti, Amadeu Lopes, Antônio Carlos Peixoto, Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira, Jarbas Duarte Filho e Leonardo Alvarenga, "em conluio, estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de doações, dízimos e contribuições oferecidas à Maranata, em benefício próprio".
Outros denunciados teriam fornecido duplicatas simuladas. "Acusados se valiam ora da constituição fraudulenta de empresas, ora da utilização de outras já constituídas, contratando serviços por valores acima dos padrões de mercado, além de confabular a escrituração de notas fiscais superfaturadas de empresários que também eram ou são membros da igreja". E o montante pago a essas empresas teria chegado a R$ 24.823.688,19.
Sobre Gedelti Gueiros, pastor fundador da instituição, pesa a acusação de "ocupar o vértice da pirâmide do crime", com o "auxílio direto de outros denunciados, entre os quais Antônio Angelo, "cuja função na quadrilha era solicitação de notas fiscais superfaturadas".
Gastos
Na denúncia, o MPES aponta que todos os mais de 6 mil templos Maranata no Brasil usam lâmpadas fornecidas por uma empresa cujo sócio é pastor da instituição, que gastos com jardinagem em um Maanain baixaram de R$ 6,58 mil em um mês a R$ 350,00, no mesmo período, após mudança de gestão. Indica, ainda, que houve uso de caixa dois para pagamento de pensão de cerca de R$ 7 mil à viúva de um pastor.
Há casos de fornecedor que admitiu ter deixado bloco de notas da sua empresa com funcionário do almoxarifado da igreja e de "uso de notas fiscais inidôneas" para pagar policiais militares em dias de folga na segurança de Maanains.
Carros de luxo teriam sido comprados pela igreja, mas usados por membros da diretoria. Uma testemunha teria recebido um Renault Symbol, e Gedelti Gueiros teria apropriado-se de bens pertencentes à instituições.
"Gedelti não fez nada de ilícito"
A defesa do ex-presidente e fundador da Igreja Cristã Maranata, Gedelti Gueiros, afirmou que, até ontem à noite, ele não havia tomado conhecimento oficialmente do teor da denúncia. De acordo com o advogado de Gedelti, Gustavo Varela Cabral, todas as informações usadas pelo Ministério Público Estadual foram fornecidas pela própria igreja.
"O Ministério Público entrou numa linha de responsabilizar Gedelti por ele ser líder espiritual da igreja e com base nos depoimentos de algumas pessoas. Isso é muito frágil. Ele não fez nada de ilícito. Não existe a responsabilidade por ser liderança espiritual no processo penal brasileiro", afirmou o advogado.
Varela afirmou que Gedelti acredita que o curso do processo vai mostrar quem tem responsabilidade sobre os desvios apurados na igreja. Segundo o advogado, três pessoas já estão sendo processadas pela instituição por apropriação indébita.
O advogado também defende outro denunciado, Amadeu Loureiro Lopes, que é médico e pastor da Maranata. "Ele prestava serviços à igreja. Se foi escolhido porque era membro da igreja isso pouco importa, porque é uma instituição privada. Ele prestou serviço e recebeu por eles" , disse. (Elton Lyrio)
Acusados demonstram surpresa
Entre os 19 denunciados pelo Ministério Público estão pessoas que prestaram serviços à Igreja Maranata e estão sendo denunciadas por duplicata simulada, o que significa emitir nota ou duplicata que não corresponda à mercadoria vendida ou ao serviço prestado. Alguns demonstraram surpresa com as denúncias.
O empresário Ricardo Alvim disse não ter conhecimento da denúncia do Ministério Público Estadual. Acrescentou que há quatro anos não presta mais serviços para a igreja. Ele atua na área de tecnologia de informação.
Novidade
Já o eletricista Paulo Pinto Cardoso Sobrinho garantiu que não sabia da denúncia, que o fato para ele era novidade. Ele confirma ter prestado serviços para a instituição e diz estar tranquilo. "Nego qualquer irregularidade. Nunca tive nada a esconder. Prestei serviço, mas da minha parte estou com a consciência tranquila."
Outro denunciado, o contabilista Urquisa Braga Neto, afirmou que somente vai se pronunciar sobre a denúncia em juízo.
A GAZETA tentou entrar em contato com os demais denunciados, incluindo pastores e antigos fornecedores da Maranata, mas não conseguiu localizá-los ou seus advogados de defesa. (Elton Lyrio, com informações de Letícia Gonçalves)
Igreja diz confiar em muitos dos denunciados
Após o Ministério Público Estadual (MPES) ter oferecido denúncia contra 19 pessoas – entre elas pastores que atuavam no comando da Igreja Cristã Maranata –, a atual direção da instituição afirmou que acredita na idoneidade de muitos dos denunciados.
Para o interventor da instituição, coronel aposentado da PM nomeado para a função Júlio Cezar Costa, a denúncia "é apenas o primeiro passo e não uma condenação".
O coronel, que também é pastor, está no comando da Maranata desde o início do mês passado, após ter o nome aceito pela Justiça, que em março decidiu intervir na igreja.
Ele é responsável pela gestão administrativa da instituição e não tem comando sobre as atividades espirituais dirigidas pelo conselho do presbitério, de que faz parte Gedelti Gueiros, um dos denunciados.
Na declaração enviada pela assessoria de comunicação da igreja, o coronel Julio Cezar ressaltou que não existe na denúncia citação contra a instituição religiosa e que, por isso, a igreja não teria motivo para se manifestar.
"(O coronel) Afirma ainda que não tem dúvida da idoneidade de muitos dos denunciados e que, ao final, caberá ao Poder Judiciário dizer se a denúncia procede ou não", diz o texto enviado pela assessoria. O coronel Julio Cezar Costa concluiu a declaração, afirmando que a Igreja Cristã Maranata continua sendo uma organização de fé, muito respeitada e frequentada pela sociedade".
A Gazeta
Na denúncia, consta que Gedelti Gueiros, Antônio Angelo Pereira, Arlínio Rocha, Mario Luiz de Moraes, Wallace Rozetti, Amadeu Lopes, Antônio Carlos Peixoto, Antônio Carlos Rodrigues de Oliveira, Jarbas Duarte Filho e Leonardo Alvarenga, "em conluio, estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de doações, dízimos e contribuições oferecidas à Maranata, em benefício próprio".
Outros denunciados teriam fornecido duplicatas simuladas. "Acusados se valiam ora da constituição fraudulenta de empresas, ora da utilização de outras já constituídas, contratando serviços por valores acima dos padrões de mercado, além de confabular a escrituração de notas fiscais superfaturadas de empresários que também eram ou são membros da igreja". E o montante pago a essas empresas teria chegado a R$ 24.823.688,19.
Sobre Gedelti Gueiros, pastor fundador da instituição, pesa a acusação de "ocupar o vértice da pirâmide do crime", com o "auxílio direto de outros denunciados, entre os quais Antônio Angelo, "cuja função na quadrilha era solicitação de notas fiscais superfaturadas".
Gastos
Na denúncia, o MPES aponta que todos os mais de 6 mil templos Maranata no Brasil usam lâmpadas fornecidas por uma empresa cujo sócio é pastor da instituição, que gastos com jardinagem em um Maanain baixaram de R$ 6,58 mil em um mês a R$ 350,00, no mesmo período, após mudança de gestão. Indica, ainda, que houve uso de caixa dois para pagamento de pensão de cerca de R$ 7 mil à viúva de um pastor.
Há casos de fornecedor que admitiu ter deixado bloco de notas da sua empresa com funcionário do almoxarifado da igreja e de "uso de notas fiscais inidôneas" para pagar policiais militares em dias de folga na segurança de Maanains.
Carros de luxo teriam sido comprados pela igreja, mas usados por membros da diretoria. Uma testemunha teria recebido um Renault Symbol, e Gedelti Gueiros teria apropriado-se de bens pertencentes à instituições.
"Gedelti não fez nada de ilícito"
A defesa do ex-presidente e fundador da Igreja Cristã Maranata, Gedelti Gueiros, afirmou que, até ontem à noite, ele não havia tomado conhecimento oficialmente do teor da denúncia. De acordo com o advogado de Gedelti, Gustavo Varela Cabral, todas as informações usadas pelo Ministério Público Estadual foram fornecidas pela própria igreja.
"O Ministério Público entrou numa linha de responsabilizar Gedelti por ele ser líder espiritual da igreja e com base nos depoimentos de algumas pessoas. Isso é muito frágil. Ele não fez nada de ilícito. Não existe a responsabilidade por ser liderança espiritual no processo penal brasileiro", afirmou o advogado.
Varela afirmou que Gedelti acredita que o curso do processo vai mostrar quem tem responsabilidade sobre os desvios apurados na igreja. Segundo o advogado, três pessoas já estão sendo processadas pela instituição por apropriação indébita.
O advogado também defende outro denunciado, Amadeu Loureiro Lopes, que é médico e pastor da Maranata. "Ele prestava serviços à igreja. Se foi escolhido porque era membro da igreja isso pouco importa, porque é uma instituição privada. Ele prestou serviço e recebeu por eles" , disse. (Elton Lyrio)
Acusados demonstram surpresa
Entre os 19 denunciados pelo Ministério Público estão pessoas que prestaram serviços à Igreja Maranata e estão sendo denunciadas por duplicata simulada, o que significa emitir nota ou duplicata que não corresponda à mercadoria vendida ou ao serviço prestado. Alguns demonstraram surpresa com as denúncias.
O empresário Ricardo Alvim disse não ter conhecimento da denúncia do Ministério Público Estadual. Acrescentou que há quatro anos não presta mais serviços para a igreja. Ele atua na área de tecnologia de informação.
Novidade
Já o eletricista Paulo Pinto Cardoso Sobrinho garantiu que não sabia da denúncia, que o fato para ele era novidade. Ele confirma ter prestado serviços para a instituição e diz estar tranquilo. "Nego qualquer irregularidade. Nunca tive nada a esconder. Prestei serviço, mas da minha parte estou com a consciência tranquila."
Outro denunciado, o contabilista Urquisa Braga Neto, afirmou que somente vai se pronunciar sobre a denúncia em juízo.
A GAZETA tentou entrar em contato com os demais denunciados, incluindo pastores e antigos fornecedores da Maranata, mas não conseguiu localizá-los ou seus advogados de defesa. (Elton Lyrio, com informações de Letícia Gonçalves)
Igreja diz confiar em muitos dos denunciados
Após o Ministério Público Estadual (MPES) ter oferecido denúncia contra 19 pessoas – entre elas pastores que atuavam no comando da Igreja Cristã Maranata –, a atual direção da instituição afirmou que acredita na idoneidade de muitos dos denunciados.
Para o interventor da instituição, coronel aposentado da PM nomeado para a função Júlio Cezar Costa, a denúncia "é apenas o primeiro passo e não uma condenação".
O coronel, que também é pastor, está no comando da Maranata desde o início do mês passado, após ter o nome aceito pela Justiça, que em março decidiu intervir na igreja.
Ele é responsável pela gestão administrativa da instituição e não tem comando sobre as atividades espirituais dirigidas pelo conselho do presbitério, de que faz parte Gedelti Gueiros, um dos denunciados.
Na declaração enviada pela assessoria de comunicação da igreja, o coronel Julio Cezar ressaltou que não existe na denúncia citação contra a instituição religiosa e que, por isso, a igreja não teria motivo para se manifestar.
"(O coronel) Afirma ainda que não tem dúvida da idoneidade de muitos dos denunciados e que, ao final, caberá ao Poder Judiciário dizer se a denúncia procede ou não", diz o texto enviado pela assessoria. O coronel Julio Cezar Costa concluiu a declaração, afirmando que a Igreja Cristã Maranata continua sendo uma organização de fé, muito respeitada e frequentada pela sociedade".
A Gazeta
Espero que as pessoas que leram esta materia tanto aqui no Blog como em outras fontes estejam atendas no que diz respeito a Instituição, pois a Igreja Maranata é seria os culpados irão pagar pela seus erros. Mas o povo ou seja a verdadeira Igreja continuará sua jornada. A Justiça já está sendo feita,.
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