"Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus? Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou disseram-to outros de mim? Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui." - João 18:33-36
Está aberta a temporada de "Marchas para Jesus" no Brasil, ocorrendo cada semana numa cidade diferente (no próximo sábado, no Rio de Janeiro). Também está sendo amplamente divulgada uma "manifestação pacífica" em frente ao Congresso Nacional no início de junho, que se diz "em favor da liberdade de expressão, liberdade religiosa, vida e família tradicional". E também vemos já há tempos a infiltração de evangélicos na política, sendo que agora temos até um pré-candidato gospel à Presidência, o Pr. Everaldo Dias Pereira do PSC (mesmo partido do Marco Feliciano), que inclusive está aparecendo já nas propagandas gratuitas na tv.
Qual a razão alegada para todo esse movimento evangélico em torno de demonstração de força e busca do poder?
Uma profetada gospel lançada anos atrás e repetida "papagadaioscamente" pelos líderes gospel: O BRASIL SERÁ DO SENHOR JESUS.
Por que digo que repetem essa profetada como papagaios (sem pensar)? Porque essa profetada é totalmente contrária à profecia bíblica! Ora, a Bíblia não diz que o Evangelho reinará em nenhuma nação. Ao contrário, a Palavra de Deus diz que no final as coisas vão ficar bem difíceis para os poucos que permanecerem firmes na fé, e só com a volta gloriosa de Cristo os que sobrarem à sua direita serão do Senhor Jesus.
(Quem ler em sua Bíblia algo diferente disso, por favor, me mande a passagem, não apenas a maldição gospel contra minha vida por ousar tocar nos "ungidos do sinhô").
Assim, por que tanta ênfase, por parte das grandes lideranças gospel-evangélicas, na tomada do poder da nação através dos seus políticos, e de demonstrar a força e a grandeza do rebanho gospel através de "marchas" e "manifestações pacíficas"?
Porque o interesse não é mais apenas cumprir a vontade de Deus.
Jesus cumpriu a vontade de Deus. Quando preso injustamente, e perante a autoridade romana, Jesus poderia ter invocado sua autoridade espiritual infinitamente superior. Uma simples ordem faria com que poucos anjos destruíssem toda a nação. E, se quisesse, Jesus poderia ter sido aclamado Rei, com o slogan "Roma é do Senhor Jesus".
Mas não foi isso o que Ele fez. Ele permaneceu manso, como um cordeiro, mesmo sabendo que Seu destino seria o matadouro. Ele não buscou a influência política de Nicodemus e de outros do Sinédrio que, mesmo em silêncio, fossem favoráveis à Sua causa. Ele não orquestrou um levante com Seus seguidores, que poderiam em Sua defesa fazer manifestações e atos a favor de Sua libertação.
Ele não fez nada disso. Apenas se entregou a Seu destino, pois
"Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus." - João 3:14-21
Se Jesus tivesse ouvido o chamado de satanás ("Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares." – Mateus 4.9), teria sido aclamado Rei das nações. As nações seriam do Senhor Jesus, já naquele tempo. Mas a vontade de Deus não teria sido feita, e sim a vontade de satanás.
Pense nisso tudo e reflita: "O Brasil será do Senhor Jesus" é de Deus? Isso está de acordo com as profecias bíblicas para os últimos tempos? Ou apenas serve de plataforma para que líderes gospel afoitos por fama, dinheiro e poder terreno possam buscar seus objetivos aqui na terra, usando o rebanho que os segue na ignorância bíblica como massa de manobra, como "gado gospel"?
Pense nisso tudo, antes de ir na próxima "marcha para jesus" ou "manifestação pacífica" com interesses políticos implícitos. Pense se está fazendo a vontade de Deus, ou se está fazendo a vontade de satanás.
Jesus estaria nas marchas e nessas manifestações pacíficas com fins eleitoreiros? Jesus estaria buscando poder terreno, poder político, poder sobre quem tem outras religiões ou outras orientações sexuais? Ou estaria servindo Àqueles que são marginalizados?
A história já nos mostrou o resultado da união da Igreja com o Estado. Pense nisso.
Se possível, leia agora Apocalipse 2 e 3, onde estão as mensagens às sete igrejas.
Voltemos ao Evangelho puro e simples,
O $how tem que parar!
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