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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

29 de abril de 2010

Aprilinárias

Cícero escreveu as Catilinárias, em 63 a.C., numa serie de quatro discursos, contra Catilina, seu maior inimigo. Vejamos parte do conteúdo deste discurso, que fui obrigada a traduzir, quando estudava Latim, uma tradução que se perdeu, nos mais de 50 anos que se passaram; por isso, estou recorrendo a uma tradução de outrem, usando apenas um pequeno trecho. "Até quando, ó Catilina, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo ainda há de zombar de nós essa tua loucura? A que extremos se há de precipitar a tua audácia sem freio? Nem a guarda do Palatino, nem a ronda noturna da cidade, nem os temores do povo, nem a afluência de todos os homens de bem, nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado, nem o olhar e o aspecto destes senadores, nada disto conseguiu perturbar-te? Não sentes que os teus planos estão à vista de todos? Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem? Quem, de entre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, em que local estiveste, a quem convocaste, que deliberações foram as tuas? Oh tempos, oh costumes! O Senado tem conhecimento destes fatos..."  [Não é a cara dos "catilinas" de Brasília?]

Minhas "aprilinárias", como sempre, são contra os líderes pentecostais e/ou  emergentes, embora eu esteja em lua-de-mel com a vida, desde ontem à noite, depois de ter assistido a um culto de gratidão, no apartamento da filha Rose, quando escutei uma pregação do PP sobre a 2 Coríntios 4. PP vive o que prega, por isso suas pregações são tão abençoadas.
Hoje cedo, andei até o laboratório "Bronstein", onde fui fazer exame de sangue para controle do açúcar, o qual, no exame do ano passado, estava no limite e não fiz regime algum... Por isso a Cardiologista pediu um novo exame, para ver se já estou com um princípio de Diabetes, o qual espero que dê negativo.

Andar bem cedo pelas ruas de Terê é maravilhoso! Caía uma garoazinha do tipo comum nas cidades serranas, com uma temperatura de 17 graus,  as pessoas estavam ligeiramente agasalhadas e encontrei uma gari rechonchuda limpando a rua com um amplo sorriso. Dei-lhe bom dia, abracei-a e beijei-a, fazendo um elogio ao seu trabalho tão digno e necessário para que a cidade fique limpa. Ela ficou feliz e continuei meu caminho. No "Bronstein", fui atendida em menos de meia hora e conversei com a bela "vampira", que me sugou o sangue, deixando com ela um artigo evangélico.

Na volta, entrei numa farmácia para comprar "Euthyrox", para controle da função da Tireóide, e tentei pregar o evangelho ao rapaz que me atendeu. Descobri que ele freqüentou uma igreja batista (provavelmente "avivada") e se afastou, dizendo-se decepcionado com a organização. Prometi levar-lhe um CD, quando voltar ao centro da cidade. [Quando eu digo que a igreja organizada está falida, logo aparece um tolo, para me chamar  de "herege".]

Minha próxima parada foi na loja de frutas. Uma das moças das caixas é minha amiga. Ela escreve tão bem que já ganhou um prêmio literário na Academia de Letras e sempre me recebe alegremente, quando ali apareço, para fazer minha provisão semanal de frutas e legumes. Uma coisa eu posso garantir: sinto-me bem mais à vontade com as pessoas simples do que com essa turma de líderes religiosos, na maioria orgulhosos, vaidosos e ambiciosos. Eu soube que um desses autólatras (Marco Feliciano),  quando pregava, recentemente, numa igreja do RJ, teve a audácia de se igualar ao Senhor Jesus Cristo, assumindo o papel de "segunda pessoa da trindade". [Só se for da trindade minúscula!].

Mark Driscoll, autor calvinista americano, conseguiu o nome exato para a
"Teologia da Prosperidade", ou seja: "Lixologia da Prosperidade". Driscoll é  um inimigo feroz dos emergentes. Quando indagado sobre os garbosos pastores das megaigrejas americanas, como Robert Schuller, Rick Warren, Bill Hybels e outros milionários da fé, ele respondeu: 'Esses homens traem suas esposas, batem nos filhos, vêem pornografia e se divorciam" ...

A meu ver, Driscoll foi muito generoso com os seus patrícios, pois, das 27 biografias que traduzi esta semana - de evangelistas americanos (atuando entre 1940 e 1990), 90% destes têm praticado o homossexualismo e os 10% restantes são adúlteros e quase todos são bandidos de colarinho branco... como os políticos brasileiros. No Brasil, os líderes pentecostais já não se contentam com o dízimo; agora eles querem receber até 40% do bruto de quem fatura bastante. Ninguém respeita as admoestações de Paulo, na  1 Timóteo 6:9-10...

Todo cristão, e principalmente um líder evangélico, é obrigado a dar um bom testemunho de vida, a fim de ter moral para pregar o Evangelho e conduzir pessoas a Cristo. Ainda bem que "o evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" e não o poder desses homens, cujas hipócritas pregações lhes saem da boca, para se perderem na confusão dos seus tenebrosos malfeitos. Será que algum dia eles entenderam Efésios 5:11-12? "E não vos comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe".

Mary Schultze, 28/04/2010 - www.maryschultze.com

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