Ontem, dia de São Jorge, meu “filho” primogênito - PP - fez 52 anos e esqueci o seu aniversário, até que ele se encarregou de mo lembrar. Também esqueci o aniversário da filha alemã (10/01) e da filha brasileira (16/08), porque me ligo tanto no trabalho que esqueço tudo que não faça diretamente parte do mesmo. Que mãe desnaturada, hem?
Mas como avó eu sou pior ainda e só me lembro dos netos (um garoto e quatro meninas) para dar bronca. Por isso, uma das netas (Luísa) costuma me chamar de “avó terrorista”. Mas sei que todos os netos e netas me amam e comprovaram isto na festa dos meus 80 anos, quando se reuniram - a maior parte vinda da Alemanha - para me presentear com uma festa esplendorosa! No dia seguinte (Dia de Natal, 2009), eu falei com Deus que Ele podia me levar, a partir daquele dia, porque eu estava totalmente realizada e doente de tanta felicidade.
Voltando ao dia de São Jorge, confesso que nunca fui com a cara deste “santo”, nem quando era católica tradicional, nascida de pais, avós e bisavós católicos, todos eles súditos do papa de Roma. Eu ainda tinha uma certa veneração por São José, padroeiro do Ceará; pela Senhora da Penha, padroeira do Crato; e pela Senhora da Conceição, em cujo dia minha mãe me deu à luz.
Sempre tive uma irresistível tendência religiosa, tanto que ao ver as gravuras do sofrimento de Cristo na cruz, no catecismo católico da família, eu sentia um amor enorme por Ele e chorava muito, sentindo ódio dos Seus algozes, sem imaginar que eu era uma entre os bilhões de pessoas culpadas pelo Seu sofrimento.
Fiz a primeira comunhão aos sete anos de idade e durante a confissão, quando contei meus pecados ao padre e ele me passou uma penitencia leve (porque eu era uma criança obediente e muito responsável), fiquei angustiada, achando que a penitencia estava errada e, por conta própria, dobrei o número de padrenossos e avemarias que me foram prescritos. Uma de minhas últimas confissões foi feita a um padre em Sorocaba (SP), lá pelo ano de 1970. A penitencia foi leve, por isso reclamei: “Reverendo, o senhor entendeu mesmo a gravidade dos meus pecados?” Ele respondeu: “Entendi sim, minha filha, você é uma senhora muito piedosa”. Achei que ele havia sido tolerante demais e fiquei com outro drama de consciência. Mais tarde, conversei com o monsenhor da cidade - amigo de minha irmã Rosa (ex-freira), que ali residia e em cuja casa eu estava hospedada - e ele depressa me tranquilizou. Sendo um Psicólogo, aquele sacerdote entendeu perfeitamente o meu problema.
Por toda a minha vida, fui taxada de “escrupulosa”, porque andava numa linha impecável e quando cometia qualquer pecado, ficava me achando merecedora do inferno. O que eu ignorava era que todos nós, de qualquer modo, só merecemos condenação e inferno e disto só podemos ser libertos pela fé e aceitação do sacrifício do Senhor Jesus Cristo na cruz do Calvário.
Sempre fui colérica - inclusive comigo mesma - e continuo com este temperamento explosivo. A verdade é que mereço o inferno em cada momento da vida, mas confio exclusivamente nas misericórdias do Senhor, que se renovam diariamente, sempre que acordo para um novo dia. Sei disso porque leio a Bíblia e ela é minha conselheira exclusiva, desde que me converti ao Evangelho de Cristo Jesus, em 1978.
Vejam como eu sou explosiva:
Conforme contei, ontem, a dois irmãos especiais, meu computador estava enguiçado, desde anteontem à noite, só enviando e não recebendo mensagem alguma. Tentei receber os e-mails, o dia inteiro, e como o dito não queria funcionar, peguei uma tradução de 8 pp. sobre os pecados dos líderes pentecas americanos (cada pecado mais escabroso), tendo interrompido a tradução no final da p. 6, porque minha coluna estava reclamando.
Vim fazer nova tentativa com a Internet, sem resultado algum. Perdi a esportiva e dei um murro na mesinha do computador, falando em voz alta: "Escute aqui, São Jorge ... Se você não deixar o meu computador receber as mensagens, que já devem chegar a umas 60, eu vou aí em cima, na lua, e mato o seu cavalo, com uma boa porção de hexaclorofeno. Aí você vai andar com essa roupa pesada de cavaleiro medieval e terá de enfrentar, a pé, ‘o dragão, a antiga serpente que é o diabo!’... Entendeu, seu santo de meia pataca?"
Pois não é que, na mesma hora, o computador voltou a funcionar perfeitamente? Só posso presumir que o "santo" precisa do seu cavalo tanto como eu preciso do computador e, além do mais, ele é muito covarde, pois teve medo das ameaças de uma velhinha octogenária, a qual, quando muito, sabe protestar, exatamente porque é protestante.
As duas respostas que recebi dos dois irmãos a quem confessei o pecado, foram: “Cuidado para não lhe canonizarem como "Santa Mary Conserta Tudo Com Safanão." E esta: “Então se prepare, pois o ‘Jorginho’ vai ficar zangado com você... [que] também esqueceu o meu aniversário e o do [meu filho]. Como sou desligada, hem?
Filhos e netos, por favor, me perdoem. Estou ficando esclerosada, mesmo consultando tão pouco o Dicionário de Webster, quando faço as traduções. Ontem fiz duas consultas para uma tradução de 08 pp. ofício A-4.
Recebi da autora por email: Mary Schultze, 24/04/2010 – www.maryschultze.com
Bem já ouvi dizerem por ai que o Jorge na verdade é amigo do dragão e que toda a batalha não passa de encenação .
ResponderExcluirVale de tudo só pro safado passar por valente
a armação é a seguinte: pode cortar , machucar e espetar tudo só não pode no coração que é onde se mata o dragão. E dessa maneira já enganaram muita gente mundo afora .
Toda hora é a mesma historia , um dragão um vilarejo e uma donzela dai vem o cavaleiro que depois da proeza casa com a donzela
agora o que ninguém fala é que o pilantra do cavaleiro foge depois de dormir com ela .