O jornalista Marco Antonio Araujo, que escreve no blog do R7 'O Provocador' escreveu esta semana a respeito da matéria divulgada pela Folha/UOL sobre o Bispo Romualdo Panceiro ensinando os pastores a pedir oferta e a negociar com bandidos. Confira abaixo na íntegra
O Provocador
Logo no início, o óbvio para quem me conhece: sou ateu. Não acredito em Deus, em força superior ou em luz divina. Se a Madre Tereza de Calcutá aparecer na minha frente com as mãos pingando sangue, mando internar ou prender.
Mas acredito em manipulação. E em preconceito religioso dos barões da imprensa do nosso país.
Desde ontem (terça, 13), o UOL, braço digital do Grupo Folha, bate na Igreja Universal do Reino de Deus. Olhe a primeira página do UOL na manhã desta quarta-feira, 14.
A chamada é jornalisticamente criminosa. Ao colocar logo abaixo de sua submanchete a frase "Vídeos são coerentes com crença, diz Universal", o UOL induz o leitor a uma associação vil, incorreta e equivocada de que negociar com bandidos é parte da crença dos fiéis. Vergonhoso.
É orquestrado. OK. Mas basta ler a reportagem do jornal e assistir ao vídeo que colocaram na internet para constatar: é manipulação. É mentira. É desespero.
Os vídeos não trazem uma única palavra que mereça crítica. É muita hipocrisia, em um país marcado pela violência e pela corrupção policial, enxergar alguma ilegalidade ou mesmo leviandade no que o bispo diz.
E é igualmente sórdido usar o discurso de um pastor como se fosse a confissão de um crime. É a tentativa ridícula de construir um escândalo. Ridícula.
Veja o trecho da fala que está no jornal, sob o título "Em vídeo, bispo da Universal ensina a arrecadar na crise":
"Por isso que a gente tem que perguntar [ao fiel]: 'Você crê mais na crise ou você crê em Deus? Porque se você crê na crise, então você vai guardar para ela, ela vai pegar o que você tem. Sem que você saiba, quando você acordar, já era. Mas se você crê em Deus, você vai pegar o que a crise pode pegar e você vai colocar onde? [...] Vai semear no altar!'."
Como disse, sou ateu, mas as palavras merecem respeito. Considero todas as religiões e o direito ao culto. Eu e as leis deste país.
Existem os neopentecostais e sua Teologia da Prosperidade, criada, veja bem, pelos americanos. Quanto mais você dá, mais vem de volta.
Se é verdade ou não, é outro assunto. O fato é que sobreviver tantos anos enganando milhões de pessoas diariamente foge à lógica. Ainda assim, eu, os jornalistas ou o senhor Otavio Frias Filho, dono do UOL/Folha, não temos nada a ver com isso. A não ser que sejamos preconceituosos. Ou estejamos motivados por outros interesses…
Ao associar a crença de milhões de fiéis evangélicos ao mundo do crime, o UOL/Folha desrespeita o direito que cada pessoa tem de fazer o que bem entende com seu dinheiro. Eu gastei R$ 13,12 em um queijo do Pão de Açúcar e fiquei feliz com meu sanduíche. Se alguém, no mesmo horário, entregou qualquer valor a um padre, pastor, rabino, pai de santo, guru ou qualquer outro cara em um altar e ficou satisfeito com isso, ok. É legítimo. Quer conspirar contra qualquer tipo de culto? Então rasguem a Constituição e respondam por isso na Justiça.
Mas é interessante ver o UOL falar em crise. Disso entendem bem. Desde que as ações do UOL foram lançadas na Bolsa em 2005, houve uma desvalorização de 43,4%. No exato momento em que escrevo este texto, quem investiu R$ 100 naquele portal, hoje tem apenas R$ 56,5.
Mau negócio. Talvez por isso o desespero em fabricar manchetes.
Quer prosperar, UOL? Pois comece a rezar. Não aos berros de suas manchetes. Pelo que dizem, mentir é pecado. E dos brabos.
Com informações de R7/ Blog O Provocador
O Provocador
Logo no início, o óbvio para quem me conhece: sou ateu. Não acredito em Deus, em força superior ou em luz divina. Se a Madre Tereza de Calcutá aparecer na minha frente com as mãos pingando sangue, mando internar ou prender.
Mas acredito em manipulação. E em preconceito religioso dos barões da imprensa do nosso país.
Desde ontem (terça, 13), o UOL, braço digital do Grupo Folha, bate na Igreja Universal do Reino de Deus. Olhe a primeira página do UOL na manhã desta quarta-feira, 14.
A chamada é jornalisticamente criminosa. Ao colocar logo abaixo de sua submanchete a frase "Vídeos são coerentes com crença, diz Universal", o UOL induz o leitor a uma associação vil, incorreta e equivocada de que negociar com bandidos é parte da crença dos fiéis. Vergonhoso.
É orquestrado. OK. Mas basta ler a reportagem do jornal e assistir ao vídeo que colocaram na internet para constatar: é manipulação. É mentira. É desespero.
Os vídeos não trazem uma única palavra que mereça crítica. É muita hipocrisia, em um país marcado pela violência e pela corrupção policial, enxergar alguma ilegalidade ou mesmo leviandade no que o bispo diz.
E é igualmente sórdido usar o discurso de um pastor como se fosse a confissão de um crime. É a tentativa ridícula de construir um escândalo. Ridícula.
Veja o trecho da fala que está no jornal, sob o título "Em vídeo, bispo da Universal ensina a arrecadar na crise":
"Por isso que a gente tem que perguntar [ao fiel]: 'Você crê mais na crise ou você crê em Deus? Porque se você crê na crise, então você vai guardar para ela, ela vai pegar o que você tem. Sem que você saiba, quando você acordar, já era. Mas se você crê em Deus, você vai pegar o que a crise pode pegar e você vai colocar onde? [...] Vai semear no altar!'."
Como disse, sou ateu, mas as palavras merecem respeito. Considero todas as religiões e o direito ao culto. Eu e as leis deste país.
Existem os neopentecostais e sua Teologia da Prosperidade, criada, veja bem, pelos americanos. Quanto mais você dá, mais vem de volta.
Se é verdade ou não, é outro assunto. O fato é que sobreviver tantos anos enganando milhões de pessoas diariamente foge à lógica. Ainda assim, eu, os jornalistas ou o senhor Otavio Frias Filho, dono do UOL/Folha, não temos nada a ver com isso. A não ser que sejamos preconceituosos. Ou estejamos motivados por outros interesses…
Ao associar a crença de milhões de fiéis evangélicos ao mundo do crime, o UOL/Folha desrespeita o direito que cada pessoa tem de fazer o que bem entende com seu dinheiro. Eu gastei R$ 13,12 em um queijo do Pão de Açúcar e fiquei feliz com meu sanduíche. Se alguém, no mesmo horário, entregou qualquer valor a um padre, pastor, rabino, pai de santo, guru ou qualquer outro cara em um altar e ficou satisfeito com isso, ok. É legítimo. Quer conspirar contra qualquer tipo de culto? Então rasguem a Constituição e respondam por isso na Justiça.
Mas é interessante ver o UOL falar em crise. Disso entendem bem. Desde que as ações do UOL foram lançadas na Bolsa em 2005, houve uma desvalorização de 43,4%. No exato momento em que escrevo este texto, quem investiu R$ 100 naquele portal, hoje tem apenas R$ 56,5.
Mau negócio. Talvez por isso o desespero em fabricar manchetes.
Quer prosperar, UOL? Pois comece a rezar. Não aos berros de suas manchetes. Pelo que dizem, mentir é pecado. E dos brabos.
Com informações de R7/ Blog O Provocador
Via: O Galileu
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“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .