Meu nome é Maria Cecília e tenho 47 anos. Nasci num lar cristão e nunca me afastei do evangelho, mas hoje estou muito decepcionada com a igreja. O que devo fazer?
Maria Cecília, minha experiência pessoal é parecida com a sua, e é muito comum ouvirmos pessoas dizendo que a melhor coisa que podemos fazer para seguir a Jesus é romper com a religião institucionalizada e as estruturas eclesiásticas formais. Durante muito tempo desconfiei de que esse seria mesmo o melhor caminho. Mas aos poucos fui percebendo que minha dificuldade não era com a igreja em si, ou com a necessária vivência comunitária da fé, mas com as lideranças, os rituais, os legalismos e as crenças que pretendem expressar o evangelho de Jesus Cristo. A maioria das pessoas que me procuram trazendo a mesma angústia que você expressa na sua pergunta, na verdade, não está desapontada com o evangelho, mas com uma versão específica desse evangelho. Mas também é verdade que se tirarmos as comunidades, os mentores espirituais, os rituais, as crenças e os imperativos morais, o evangelho deixa de ser uma realidade histórica e social, e passa a ser uma ideia abstrata que acaba se perdendo no caudal da cultura. Concluí que a questão não é ser cristão com igreja ou sem igreja, acatar ou não a autoridade de uma comunidade ou tradição religiosa, assumir ou não assumir determinados comportamentos como certos e outros como errados, e até mesmo participar ou não participar de rituais coletivos de celebração da fé. Mesmo num grupo pequeno, informal, haverá hierarquia, liturgia, crenças e uma estrutura mínima de organização da comunhão, comportamentos aceitáveis e outros rejeitados. Como nos ensinou Jesus, na falta do odre o vinho se perde. A questão não se resolve quando abrimos mão dos odres, mas quando temos a coragem de substituí-los, o que, em alguns casos, significará destruir um odre para que seja possível fazer outro.
Maria Cecília, minha experiência pessoal é parecida com a sua, e é muito comum ouvirmos pessoas dizendo que a melhor coisa que podemos fazer para seguir a Jesus é romper com a religião institucionalizada e as estruturas eclesiásticas formais. Durante muito tempo desconfiei de que esse seria mesmo o melhor caminho. Mas aos poucos fui percebendo que minha dificuldade não era com a igreja em si, ou com a necessária vivência comunitária da fé, mas com as lideranças, os rituais, os legalismos e as crenças que pretendem expressar o evangelho de Jesus Cristo. A maioria das pessoas que me procuram trazendo a mesma angústia que você expressa na sua pergunta, na verdade, não está desapontada com o evangelho, mas com uma versão específica desse evangelho. Mas também é verdade que se tirarmos as comunidades, os mentores espirituais, os rituais, as crenças e os imperativos morais, o evangelho deixa de ser uma realidade histórica e social, e passa a ser uma ideia abstrata que acaba se perdendo no caudal da cultura. Concluí que a questão não é ser cristão com igreja ou sem igreja, acatar ou não a autoridade de uma comunidade ou tradição religiosa, assumir ou não assumir determinados comportamentos como certos e outros como errados, e até mesmo participar ou não participar de rituais coletivos de celebração da fé. Mesmo num grupo pequeno, informal, haverá hierarquia, liturgia, crenças e uma estrutura mínima de organização da comunhão, comportamentos aceitáveis e outros rejeitados. Como nos ensinou Jesus, na falta do odre o vinho se perde. A questão não se resolve quando abrimos mão dos odres, mas quando temos a coragem de substituí-los, o que, em alguns casos, significará destruir um odre para que seja possível fazer outro.
• Ed René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. É mestre em ciências da religião e autor de, entre outros, “O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia”.
PASSEI A COMPREENDER MELHOR QUANDO ENTENDI QUE, UMA NATUREZA CAIDA, NAO COMPORTA NENHUMA PLENITUDE DE DEUS.
ResponderExcluir" NAO ME ENVERGONHO DO EVANGELHO DE CRISTO, POIS É PODER DE DEUS.
EU ME ENVERGONHO DO EVANGELHO DO HOMEM, POIS É PODER DO HOMEM".
DANIEL REICHERT