(Mat. 23:37)
O ser humano é livre por
natureza. Por ter sido criado a imagem e semelhança do Pai, possui a opção de
escolha. É um ser volitivo.
Temos a capacidade de decidirmos,
de escolhermos. Podemos querer ou não. Podemos fazer ou não. Não fomos criados para
sermos marionetes manipuláveis, mas seres idênticos ao Pai, com personalidade,
moral, caráter e volitividade.
Até que houve a desobediência.
Tentado a ser “mais parecido” com o Pai do que já era o homem desobedeceu a
orientação divina e tomou uma decisão equivocada. Imagine o lamento do Pai. A
frustação em ver sua criação, dotada de características singulares, optando em
desobedece-lo.
A partir daí, inicia-se a saga do
PAI, que respeitando a volitividade do homem, passa a dar-lhe a escolha da
reconciliação. De retornar à uma vida de obediência e liberdade ao seu lado.
Cristo é o
ápice da saga. É a manifestação total de Deus quando mostra ao homem seu grande
amor, a ponto de dar-se a Si mesmo em favor de sua criação.
Afinal de
contas, que Pai não o faria? Que pai não faz de tudo pelo bem estar de seu
filho? Que pai não passa dificuldade no afã de suprir carências ou deficiências
de seu filho? Se conseguirmos entender isso, compreenderemos com maior clareza
a manifestação do Pai de Amor em nosso favor.
Mas como tudo
na vida do homem é questão de escolha, muitos optaram, ao longo da história, em
voltar-lhe as costas. O texto lido é um lamento de Deus pela atitude de muitos.
- UM LAMENTO
PELAS ESCOLHAS EQUIVOCADAS:
Acreditando
saber o que está fazendo, o homem toma atitudes que destroem sua própria vida.
Isso acontece comigo, com você e aconteceu no passado. Esse é o motivo do
lamento de Jesus. Depois de tudo que Deus tinha feito ao longo da história e,
agora, através do Filho, ainda assim muitos não o quiseram dar ouvidos.
Preferiram
continuar vivendo da maneira que achavam melhor. Como um filho que acha que
sabe o que faz e rechaça os conselhos de pai e mãe.
Como no caso
de Janet (fictício). JANET enfrentou
sérios problemas familiares em sua infância. Nunca teve uma família normal, sem
saber quem era seu pai, o paradeiro do restante da sua família, foi criada pela
mãe apenas. Uma mulher batalhadora, mas solitária e amarga. Janet sempre se viu
como inferior aos outros, mas sonhava como toda menina. Queria uma família
bonita, uma bela casa e uma vida normal.
Casou-se com um bom homem. Não era perfeito,
mas esmerava-se em dar o melhor para sua família e mulher. Janet, porém,
percebeu que o casamento não era como nos romances televisionados. As lutas e
as batalhas do dia-dia a desanimavam.
Até que a voz “do inimigo” soprou-lhe os
ouvidos. As amigas de faculdade a incentivavam a ter uma vida mais “solta”.
Diziam que sua vida “represada em casa” estava fora da realidade.
Incentivavam-na
a curtir mais a vida.
Aos poucos essas vozes começaram a tomar
lugar no seu coração. Assim ela passou a agir diferente. Já não parava em casa,
o filho foi ficando a própria mercê. O marido, sem compreender, tentava
ajuda-la, mas tudo sempre acabava em briga. A relação começou a ficar distante.
Noites seguidas de barzinho após a faculdade, de festas... O conselho dos
amigos tomando cada vez mais lugar...
Até que, um dia, Janet decide abandonar o
lar. “Vou curtir a vida”, dizia. O marido ficou pra trás. Não permitiu que
levasse o filho. A guerra havia-se instaurado. Parece que tudo que Janet
sonhava para sua vida agora tomava um novo corpo, um novo conceito.
- UM LAMENTO PELAS CONSEQUÊNCIAS COLHIDAS:
A figura da
galinha é algo emblemático nesse texto. Jesus estava expressando a vontade de
Deus em abrigar e proteger seu povo dos perigos do pecado. Após esbravejar
contra os fariseus e sua religiosidade, as próximas palavras de Jesus
expressariam lamento e dor. Jesus não estava chorando pelo fato de ser
rejeitado, mas pela opção de muitos de viver uma oca religiosidade ao invés de
aceitarem sua mensagem. Mais tarde, por volta de 70 d.C., Jerusalém seria
cercada por exércitos, e uma desolação que sobrepujaria até mesmo a mais
horrível imaginação ocorreria dentro de seus muros, sobre suas ruas, e até
mesmo no templo. Era a devastação já prevista por Jesus.
Fato é que,
todas as vezes que o povo escolhido optou por suas próprias escolhas, as
consequências foram nefastas. Todas as vezes que optamos em vivermos nossas
próprias decisões, nos frustramos e ferimo-nos.
Voltemos a JANET.
Agora com a vida que queria. Havia feito às
escolhas que julgava necessária. Mas toda vez que encontrava seu filho,
ironicamente ouvia a criança de 4 anos dizer: “Jesus te ama”. Isso passou a
incomodá-la. Ao abordar o ex, descobriu que o mesmo havia dado um passo em
direção a Cristo. ‘Você também precisa’, afirmava ele. JANET zombava e ria
Dele, mostrando ao mesmo tempo uma intolerância pelo assunto. ‘Era só o que
faltava agora, igreja... ’ falava sarcasticamente ela.
Mas sua vida não andava com esperava. Amigas
que decepcionavam; homens que vinham e iam; tentativas de encontrar felicidade
frustradas, saudades da convivência com o filho... Isso começou a leva-la para
um abismo de depressão e álcool. Bebia todas. Em algum momento ela repensou
suas decisões. Olhou para trás. Percebeu que nada era o que parecia.
- O
LAMENTO DE JESUS TERMINA QUANDO NOS VOLTAMOS PRA ELE:
JANET, em determinado momento da vida caiu
em si. Quase um ano depois, lembrou-se do seu sonho de infância e viu o quão
distante estava dele. Reavaliou sua antiga vida e viu que, mesmo com todas as
batalhas que tinha, era infinitamente melhor do que aquele momento que vivia.
Suas lágrimas começaram a descer. Seu coração agora doía. Pedia perdão a Deus e
forças para se reerguer do poço profundo em que se encontrava.
Encorajada e decidida (apesar de temerosa),
decidiu procurar seu ex-marido. Aquele homem quase gritou. Sua expressão era um
misto de alegria, surpresa e medo. Os dois se abraçaram e começaram a se ver
aos poucos. Ainda relutante, aceitou ir a um encontro na Igreja com ele.
Naquela noite JANET se prostrou. Chorou copiosamente, reconheceu seu estado de
pecadora e decidiu se entregar a Cristo. Clamou intensamente para que Ele
refizesse sua casa, seu lar.
Com o passar do tempo e ação Divina, os dois
reataram o enlace. Não obstante a tudo isso, o processo ainda fora longo e
doloroso, afinal de contas eram os frutos de suas antigas escolhas. Mas, agora
feliz e refeita, JANET se dispunha a enfrentar as novas batalhas com Cristo
para que seu lar fosse reerguido.
Não espere que
a vida seja sofrida ou permeada de sofrimentos provenientes da ausência de
CRISTO.
Volte-se para Ele. De ouvidos a Ele.
Pr. Marcelo Matias.
www.pastormatias.com
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