Creio que respeitar uma determinada crença, não significa concordar com ela. Nunca fui adepto a filosofia relativista; não anuo que todos os caminhos são bons (como dizia Tolstói), e muito menos consinto com a proposição de que todos as filosofias são vulneráveis (dentro do modelo niilista de Nietzsche ). Desse modo, se alguém possui um arcabouço cristão, ele invariavelmente deve acreditar "em um mediador" e não no universalismo. Ele deve arrogar para si a presunção da verdade, anunciando a todos o quanto o homem sem Cristo é pecador e merecedor do castigo eterno. Também deve apontar que todas as outras religiões, apesar de terem valores respeitáveis, não podem levar a criatura a vida – pois “há um só caminho a verdade e a vida” (João 14:6); “e não há nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” ( Atos 4.12)
Vale destacar que mesmo a fé não sendo racional - pelo menos no que diz respeito ao conhecimento exaustivo - ela baseia-se em alguns conceitos absolutos, e, mesmo que para acreditar neles eu também precise de fé, tais absolutos são postulados inegociáveis. Tentar conciliar duas doutrinas opostas, apenas nos levaria a criação de uma nova religião sincrética, insensata e sem nenhum fundamento (pois os conceitos absolutos das duas são opostos). Seria muito mais fácil virarmos agnósticos e dizermos que não entendemos o transcendente.
Se acreditamos em Cristo, temos que fazer valer o que está escrito em 1 João 5.20 (meu versículo favorito): “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” Puritanos, fundamentalistas ou não, continuaremos dando razão a nossa Esperança, pois no que é verdadeiro estaremos para sempre.
Muito bom! É uma boa análise do cenário intelectual. É um desafio para nós cristão lidarmos com esses tipos de pensamento.
ResponderExcluirFaço das palavras acima as minhas!
ResponderExcluir