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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

12 de abril de 2012

A SUPREMA ARTE DA PACIÊNCIA!




Esperar não é fácil. Em tempos modernos, esperar é quase uma tortura. Esperar 3 minutos até que o jantar esteja quente no micro-ondas; esperar 1 minuto até que as pipocas comecem a estourar, esperar 3 segundos até o que canal mude na TV... Puxa! Que tortura! 

Parece piada, mas é esse nosso conceito de paciência hoje. Na maioria das vezes, o tempo de espera suportável está dentro desta “terrível” média. Não sei como alguém consegue aguardar 9 meses para seu filho (a) nascer! 

É por isso que Salomão, já experimentado das besteiras que tinha feito em meio à ansiedade, diz “porque para todas as coisas há um tempo certo e um modo certo de agir... Ecl. 8:6”. 

Esperar não é uma das virtudes do tempo moderno. Vivemos em meio a um imediatismo constante. Queremos tudo “pra ontem”. 

- Helena era alguém extremamente agitada. Sua correria entre o escritório e seu estágio, os filhos pra cuidar, a casa pra administrar, sua faculdade, a saúde da sua mãezinha, a preocupação com o seu marido um tanto quanto “abandonado”... 

Até que em um determinado momento teve que parar. A pressão foi tanta, que seu corpo reagiu. Era um tumor maligno. Câncer. Teve que se readaptar a realidade. Percebeu que, na correria da sua vida, não ganhara nada, mas perdera muitas coisas. 

Helena teve de reaprender a arte da paciência. Viu que nem tudo pode acontecer na sua hora ou do seu jeito. O tratamento de quimioterapia era lento, desestimulante, cansativo, doloroso... Começou então a reenxergar sua carência divina. Já não ia à igreja há muito tempo, isso era algo fora da sua “agenda”. 

Viu que, na busca por seu espaço no mercado – e por um salário melhor – perdera grandes emoções na vida dos filhos... Via no marido quase um estranho. Era como se tivesse feito tudo errado todo esse tempo. Perdera a comunhão com Deus. Sentia-se uma estranha pra Ele e pra sua família. 

Mas a nova realidade a impôs um novo aprendizado. Teve de aprender a esperar o tempo de Deus. A valorizar o que realmente importava. Tentava se resgatar e resgatar o que havia perdido. 

Com Deus é assim. É no tempo Dele. Não é do meu jeito, nem como quero. 

E é por isso que há uma correlação tão forte entre fé e paciência. Uma não subsiste sem a outra. 

Hebreus relata que, dentre tantos heróis da fé – muitos morreram sem terem recebido o que lhes havia sido prometido – mas com paciência e fé – aguardaram até o último minuto. E sua espera certamente não fora em vão. Seus exemplos tem grande valia pra nós hoje. 

“Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra”. Heb. 11:13


Ainda que aguardassem e, contudo percebessem o fim de suas vidas, pela fé desenvolvida com a paciência enxergavam em Deus aquilo que seus olhos humanos não enxergariam. Foi assim com Moisés. Foi assim com tantos outros. 

Homens que morreram crendo nas promessas de Deus, embora não tivessem desfrutado delas na íntegra. Mas pacientemente aguardavam. Vislumbravam pela fé. Sua paciência era o combustível para que continuassem crendo. 

Paciência é uma virtude essencial hoje. Espere mais. Aguarde mais. Acalme-se. Descanse. Relaxe. Lembre-se do que Jesus advertiu: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” Lucas 12:25. Pare e pare pra pensar. Deus é quem tem o controle. 


E glórias a Ele.




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