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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

12 de dezembro de 2009

Será que a Apologética leva o crente a se perder?


Autor: Robson T. Fernandes
Muitos têm feito essa afirmação: “quem se mete em apologética termina se perdendo”.
Ora, o maior apologista que já existiu foi o próprio Jesus Cristo, pois Ele foi quem mais defendeu a fé contra os ataques dos religiosos, e ensinou a importância da fidelidade ao que está escrito, pois em Sua própria tentação defendeu-se utilizando a Escritura.
Os apóstolos deixaram grandes ensinos apologéticos, como Judas que fez uma carta inteira que é denominada como um chamado ao combate cristão; Pedro que exorta a sabermos responder com mansidão e temor aos questionamentos que nos são feitos, santificando a Cristo em nossos corações em primeiro lugar; Paulo que todos os dias estava nas praças das cidas para debater com os filósofos, aos sábados nas sinagogas para debater com os judeus e aos domingos reunindo-se com os irmãos.
Não vejo a apologética como uma ferramenta que desvia o crente do caminho, mas uma ferramenta que faz com que estejamos sempre alertas, vigilantes e sóbrios contras as armadilhas, ou melhor, contra as centenas ou milhares de armadilhas que são postas em nossos caminhos.
Normalmente, aqueles que se opõem a apologética são os mesmo que têm ensinado heresias e distorções e temem que suas máscaras caiam e sejam confrontados com a verdade da Escritura.
A apologética não deve servir para formar um exército de “xiitias” evangélicos que saem por aí brigando com todo mundo, não! A apologética deve servir como instrumento de esclarecimento da doutrina bíblica sadia e como ferramenta de evangelização. Afinal, devemos estar “preparados” para responder com mansidão e temor.
Acredito que a apologética não leva o crente a se perder, mas o ajuda a encontrar o verdadeiro Deus da Bíblia, livre dos estereótipos estabelecidos pela sociedade e pela religiosidade do ser humano. A apologética ajuda o estudante a ver Deus como Ele realmente é, e não como gostaríamos que fosse segundo nossa própria vontade e entendimento.
Jesus defendeu a fé, quando lhe perguntaram sobre os impostos, e Ele disse: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. (Mt 22:21)
Jesus defendeu a fé, quando disse que: “O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui”. (Jo 18:36)
Jesus defendeu a fé, quando açoitou os comerciantes na porta do templo: “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões”. (Mt 21:13)
Jesus defendeu a fé, quando por várias vezes explicou os detalhes e minúcias da Escritura (Mt 26:31; Mc 7:6; Mc 14:21).
Jesus defendeu a fé, quando foi questionado (Mt 22:24).
A apologética é uma ferramenta que ajuda o crente a pensar, e pensar de forma coerente, sensata, lógica, correta e bíblica.
A apologética ajuda o crente a conhecer a verdade, e conhecendo a verdade se chega a liberdade. O problema é que muitos líderes religiosos pretendem manter suas “ovelhas” no aprisco da cegueira e escravidão.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”(Jo 8:32)
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”(2 Tm 2:15)
“Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”(Mt 22:29)
“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”(Cl 2:8)

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