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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

30 de agosto de 2013

É pra julgar sim!



Ariovaldo Carlos Jr.


Me admira em pleno século XXI ainda haver dúvidas com relação a questão do juízo. São milhões de pessoas repetindo a ladainha que tem aparência de verdade, mas está destituída de coerência por desprezar o contexto do ensino dado pelo Senhor Jesus.

“Examinai tudo. Retende o que for bom.” (1 Tessalonicenses 5:21)

Quando o próprio Cristo disse que não devemos julgar para que não sejamos julgados, Ele não estava proibindo ou sequer censurando o julgamento. Muito pelo contrário! Como saberemos discernir entre o que é justo e injusto, senão comparando? Como poderemos perceber o quanto somos inaptos para o Reino de Deus, senão medindo a nós mesmos com o padrão que Jesus revelou? A verdade é que o julgamento que foi desaconselhado é o TEMERÁRIO, ou seja, sem conhecimento de causa.

Um povo que se abstém de julgar todas as coisas, peca por omissão.

“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?” (1 Coríntios 6:2-3)

O apelo bíblico a todo aquele que profere julgamento é a misericórdia. Isto significa que precisamos nos colocar no lugar das pessoas. Isto evita constrangimentos e julgamentos precipitados. Quanto a apontar o equívoco daquele que se diz irmão, mas na verdade só está tentando se aproveitar das pessoas, com este não devemos sequer sentarmos à mesa para comer.

“Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.” (1 Coríntios 5:11)

E é exatamente isto que temos visto. Muita gente batendo no peito pra se afirmar como pastor, mas ao invés de dar a vida pelas ovelhas, está lucrando horrores com a lã. Se esquecem que o verdadeiro pastor é Cristo, e que nós somos apenas seus auxiliares.

Glória a Deus! O Senhor que não a divide com ninguém!




Ariovaldo Carlos é mano do Genizah

Igreja Mundial do Poder de Deus é condenada por assédio moral



Burrinho, macaquinho e jegue.
Era assim que um empregado da Igreja Mundial do Poder de Deus era constantemente chamado pelo bispo responsável pela igreja e por outros pastores. Contratado como editor de vídeo, o empregado chegou a exercer também a função de supervisor do programa do bispo e sofria essas ofensas sempre que havia um imprevisto ou algum erro na produção do programa.
Os fatos foram confirmados por testemunhas, que contaram que o bispo ria e achava graça da situação. Ainda de acordo com a prova oral, o reclamante chegou a ser colocado sem trabalhar, durante três dias, na cozinha do estabelecimento. Para a 2ª Turma do TRT-MG, que acompanhou o voto do desembargador, o assédio moral ficou plenamente caracterizado, justificando a reparação por parte do empregador. Por esse motivo, a sentença que julgou procedente o pedido de indenização formulado pelo reclamante foi confirmada pelos julgadores. No entanto, o valor fixado em primeira instância foi reduzido para R$ 15 mil.
"A figura do assédio moral se caracteriza pela conduta abusiva do empregador ao exercer o seu poder diretivo ou disciplinar, atentando contra a dignidade ou integridade física ou psíquica de um empregado, ameaçando o seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho, expondo o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras. Existindo prova de tais fatos nos autos, é devida a respectiva indenização reparadora", constou da ementa do voto. As informações são do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região.

29 de agosto de 2013

Pastor Silas Malafaia: “Evangélicos devem dominar política, mídia e redes sociais para influenciar o Brasil”


Pastor Silas Malafaia: “Evangélicos devem dominar política, mídia e redes sociais para influenciar o Brasil”
A Marcha para Jesus em Campo Grande, na última segunda-feira, 26 de agosto, reuniu 40 mil pessoas nas ruas da capital do Mato Grosso e contou com a presença do pastor Silas Malafaia.
No evento, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) fez discurso contra a homossexualidade, classificando a prática como “abominação” e disse que o casamento gay está “integrado com a safadeza” de ateus e anarquistas.
Segundo informações do portal Campo Grande News, Silas Malafaia sugeriu aos participantes da Marcha para Jesus que votassem em candidatos evangélicos nas próximas eleições, e fez uma ressalva: “Vejam muito bem em quem vocês vão votar, porque tem muito evangélico aí que se diz evangélico, mas apoia o casamento gay”, afirmou, antes de complementar: “O senador é a favor do aborto? Chumbo nele. O seu candidato é a favor do casamento gay? Chumbo nele”.
O pastor disse ainda que se sente na obrigação de continuar lutando contra os ativistas gays e suas propostas: “Mesmo que não consiga [acabar com o casamento gay], a geração seguinte vai perceber que aqui passou alguém que não concorda com essa abominação”, argumentou Malafaia.
“Muitos crentes vem e falam: pastor, não tem como ganhar dos gays, eles ganharam o casamento no Supremo Tribunal Federal. Eu digo a vocês: isso não é um jogo de futebol, não é um time que está ganhando. Nós temos que ter a consciência tranquila em defender o direito a família, a moralidade do ser humano”, disse o pastor.
Ele chamou atenção ainda para a existência de centenas de projetos no Congresso criados “para detonar os conceitos cristãos, para destruir os valores morais da sociedade, destruir tudo”, e afirmou que “por trás disto temos ateístas e anarquistas, querendo construir um novo paradigma, apoiado, sustentado na libertinagem e na safadeza”, esbravejou.
Malafaia ainda criticou a mídia e convocou os fiéis para criar conteúdo e conquistar espaços: “Vamos tomar posse dos meios de comunicação, vamos tomar posse das redes sociais, da política. Vamos fazer diferença, influenciar o Brasil”, disse.
O pastor deixou transparecer que desconfia do custo das mídias de massa no Brasil, considerado abusivo: “Não consigo expandir meu programa aqui no Brasil, enquanto faço dublagem para outros países e vendo sabem por quanto para o exterior? Por vinte vezes mais barato que aqui. Querem nos impedir de divulgar a palavra”, teorizou.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+

Cinquenta anos depois, discurso de Martin Luther King ainda emociona




Impossível não se emocionar ao assistirmos o discurso proferido pelo pastor negro Martin Luther King em 28 de agosto de 1963, durante a famosa Marcha de Washington, em favor dos direitos raciais dos negros dos EUA.

Impossível não se inconformar ao sabermos que homens como Martin Luther King estão em extinção. Assim como ele, eu também tenho um sonho e com fé o realizarei.

Veja o vídeo, vale a pena.

28 de agosto de 2013

Pastores alertam para crescimento de movimento herético nas igrejas



 

Pastores alertam para crescimento de movimento herético nas igrejas

Os Estados Unidos são responsáveis pela produção da maior parte da teologia consumida e ensinada no mundo todo. Desde os movimentos missionários dos séculos 19 e 20, que levaram o evangelho por todo o mundo, até as mais novas heresias e modismos do mundo gospel.

Segundo o site da revista pentecostal Charisma, um movimento novo tem preocupado pastores e líderes americanos, pois está se espalhando rapidamente por outros países. Chamado de “Hipergraça”, seus ensinamentos se baseiam em uma visão de que Deus não pune ninguém. Provavelmente influenciados pela exigência quase onipresente para que as pessoas sejam “politicamente corretas”, muitos de seus ensinamentos confrontam diretamente a Bíblia.

Para os críticos, o movimento é uma “evolução” de uma igreja que nas últimas décadas tem presenciado um declínio na doutrina e pregação bíblica. Paulatinamente, a teologia da lugar à terapia motivacional nos púlpitos. De outro lado, a busca pela prosperidade minou alguns dos fundamentos onde o cristianismo se sustentou por séculos.

Com isso, muitas igrejas e pregadores se recusam a combater o pecado. Raramente se menciona a necessidade de arrependimento ou nem se fala sobre temas como inferno e julgamento. Muitas dessas igrejas permitem que seus líderes vivam sem se preocupar em prestar contas, mesmo que claramente estejam distantes do que se esperaria deles.

O movimento da Hipergraça seria uma versão atualizada da antiga heresia conhecida como antinomianismo (em grego, anti significa “contra” e nomos , “lei”). Trata-se da crença que a lei moral do Antigo Testamento foi totalmente abolida. Como vivemos depois da vinda de Cristo, podemos viver do jeito que queremos, pois já não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça. Assim, resta ler o Antigo Testamento apenas metáforas, tipos e símbolos sobre a vinda de Cristo. O Novo Testamento acaba com a Lei do Antigo Testamento, por isso tudo é graça!

Ideias como palavras proféticas, busca pelo Espírito Santo, batalha espiritual, ou ouvir a voz de Deus são propositalmente ignoradas e muitas vezes ridicularizadas. Para os teólogos e pastores que estão alertando sobre esse movimento, ele pode colocar em risco o futuro do cristianismo e enganar milhares de pessoas.

Obviamente os líderes que integram esse movimento não admitirão que pertencem a ele. Afinal, não se trata de um movimento organizado, mas sua existência e influência tem crescido através de literatura cristã que enfatiza o sucesso pessoal e eclesiástico. Possivelmente não usam o termo e dirão que chegaram a essas conclusões sozinhos.

Com certeza a Bíblia fala sobre graça, mas aparentemente essas pessoas não leram ou convenientemente esqueceram de textos como Romanos 6: 1-2 “Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?”

Contudo, o teólogo Joseph Mattera listou os 8 sinais mais claros de que uma igreja está seguindo a Hipergraça:

1. Os pregadores nunca falam contra o pecado

Se você estiver em uma igreja como esta, irá notar que a palavra “pecado” normalmente só é mencionada no contexto do perdão dos pecados em Cristo. Por vezes, recrimina-se as pessoas que ousam insistir no assunto, classificando-as de “legalistas” e “fariseus”.

2. O pastor nunca toma uma posição firme sobre a santidade

Na tentativa de atrair mais pessoas, tudo é feito para tornar os cultos mais agradáveis, em especial o sermão. Os ministros não tomam posição pública, nem ensinam os membros, sobre questões que estão na ordem do dia como aborto, homossexualidade, legalização das drogas, ou qualquer coisa que possa confrontar o público presente. Ignora-se qualquer tentativa de se estabelecer ou cobrar dos membros os parâmetros para uma vida de santidade.

3. O Antigo Testamento é quase totalmente ignorado

Nessas igrejas, o Antigo Testamento é tratado como um registro que não tem valor real com nosso estilo de vida moderno. Convenientemente, não se menciona os Dez Mandamentos nem as porções bíblicas onde Deus é mostrado como juiz.

4. Os líderes são autorizados a ensinar e pregar mesmo vivendo abertamente em pecado

Se não há mais condenação, pecados como imoralidade sexual, ganância e embriaguez são tolerados. Seja para membros comuns ou pessoas em posição de liderança, isso não é “importante”, pois não refletiria o amor ao próximo e respeito pelas suas escolhas.

5. As mensagens muitas vezes se voltam contra a “igreja institucional”

Os pastores que adotaram a hipergraça constantemente se voltam contra as igrejas mais “conservadoras”, pois acreditam que sua mensagem não é mais relevante para a cultura de hoje. Além disso, esses “fundamentalistas” apenas colaboram para que as pessoas em geral tenham uma má impressão dos evangélicos.

6. Os pastores pregam contra o dízimo

A hipergraça não estimulas as pessoas a lerem a Bíblia e chegarem às suas próprias conclusões, mas se preocupa em dizer no que elas não podem acreditar. Embora falem sobre ofertas e anunciem as necessidades financeiras da igreja, os pastores defendem que o dízimo é mais uma lei que foi abolida em Cristo. Portanto, cada membro pode decidir se deseja ou não se envolver financeiramente.

7. Os pastores pregam apenas mensagens motivacionais positivas

Dos púlpitos dessas igrejas ecoam apenas mensagens positivas sobre saúde, riqueza, prosperidade, o amor de Deus, o perdão de Deus e como se obter sucesso na vida. Não há preocupação nem interesse de se anunciar “todo o conselho de Deus”, nem estimular trabalhos evangelísticos ou missionários que exijam arrependimento e mudança de vida. Não se menciona a existência do diabo ou de seus anjos. Deus ama a todos e cuida para que nenhum mal chegue perto deles.

8. Os membros da igreja não precisam temer nenhum tipo de reprimenda da liderança

Os participantes de uma igreja da hipergraça serão convencidos que, por causa da forte ênfase na graça, tudo é permitido. Ou seja, nenhuma mudança real se espera deles, apenas que frequentem os cultos e sejam “pessoas melhores e mais felizes”.



Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/hipergraca-movimento-heretico-igrejas/

07 CARACTERÍSTICAS DE UM FALSO CONVERTIDO

Por Renato Vargens

O número de pessoas que frequentam as igrejas evangélicas em nossos dias é absurdamente elevado, no entanto, acredito que boa parte daqueles que se dizem cristãos, não nasceram de novo. Aliás, assusta-me o fato de saber que em nossas igrejas existem um número considerável de indivíduos que desconhecem as verdades inequívocas do evangelho, vivendo portanto um cristianismo desprovido de vida e santidade.

Isto posto, gostaria de elencar as principais características de um falso convertido:

1- O falso convertido apesar de conjugar o "evangeliquês" com propriedade, de entoar as canções gospel de cor e salteado, ama demasiadamente o pecado e em virtude disso não está disposto a abandoná-lo.

2- O falso convertido não ama a Palavra de Deus nem tampouco está disposto a obedece-la. Para o falso convertido as Escrituras não devem ser consideradas como a Palavra infalível de Deus.

3- O falso convertido não sente prazer na oração. Para ele o hábito de se relacionar com o Senhor em oração é um fardo pesado e desnecessário.

4- O falso convertido não sente falta da comunhão dos santos. Para o falso convertido o relacionamento entre os irmãos na igreja é dispensável, nessa perspectiva, ele prefere o futebol, as festas, as baladas e todo tipo de entretenimento à reunião dos santos de Deus.

5- O falso convertido não manifesta em sua vida frutos de arrependimento nem tampouco mudança de comportamento. Para o falso convertido tudo é válido desde que no final redunde em satisfação pessoal.

6- O falso convertido não persevera em sua fé, antes pelo contrário, ao enfrentar as batalhas da vida, desiste do Senhor, voltando assim a uma vida de pecados e transgressões.

7- O falso convertido não teme ao Senhor, antes pelo contrário, desenvolve uma espiritualidade focada em si mesmo, onde Deus na verdade não passa de um provedor de seus caprichos.

Pense nisso!

Renato Vargens

O que é Heresia?


Por Antônio Pereira Jr.


"Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo". Colossenses 2.8

Para a maioria das pessoas os termos: seita, heresia, apologética etc, é de difícil elucidação e trazem, na maioria das vezes, confusões e discrepâncias. Talvez por falta de informação e formação teológica, muitos líderes estão ministrando heresias destruidoras no seio da igreja cristã. Isso é deveras preocupante. Termos como: conversão, arrependimento, regeneração, justificação, propiciação, dentre outros, estão sendo substituídos por: decretar, maldição, reivindicar, apossar-se, tomar posse da bênção etc.

Urge a necessidade de, mais do que nunca, o líder estar de acordo com 1Tm 3.2 que diz: "é necessário, pois, que o bispo seja… apto para ensinar". Mas a aptidão ao ensino só vem com esmero estudo das Escrituras Sagradas, o que muitos não querem. Preferem copiar a moda vigente. A "Teologia do Momento" é muito mais atraente e fácil. Traz satisfação ao ego, massageia a nossa alma narcisista. O evangelho do aplauso é mais vistoso do que o evangelho da cruz. Dá mais status.

Amados, devemos lembrar-nos do que diz o apóstolo Paulo: "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas. Tu , porém, sê sóbrio em tudo , sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério". 2Tm 4.3-5

Enquanto muitos estão embriagando-se com os sistemas hodiernos de uma eclesiologia doente, somos advertidos para sermos sóbrios no meio dos bêbados-hereges. Paulo diz-nos que para cumprirmos o nosso ministério não é preciso tomar um porre de pseudodoutrinas. Basta sermos fieis aquele que nos chamou.

Mas, afinal, o que significa as palavras seita e heresia? Ambas derivam da palavra grega "háiresis" , que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de "háiresis". Quando passada para o latim, "háiresis" virou "secta" . Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do judaísmo. Com o tempo, "háiresis" também assumiu conotação negativa, como em 1Co 11.19; Gl 5.20; 1Pe 1.1-2.

Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.

Vejamos ainda algumas definições de apologistas famosos:

1ª "um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais pessoas". Dr. Walter Martin.

2ª "é uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos ensinos históricos da Igreja Cristã". Josh McDoweell e Don Stewart.

3ª "Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria". J. K. Van Baalen.

A palavra doutrina vem do latim "doctrina", que significa ensino. Referindo-se a qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico. Algumas pessoas confundem doutrina com a questão de usos e costumes. Alguns falam: "a minha igreja tem doutrina". Quando, possivelmente, lá existam na realidade muitas heresias. O verdadeiro ensino bíblico e teológico é que constitui a verdadeira doutrina.

Apologia significa defesa. Algumas pessoas fazem apologia às drogas, ao crime etc, mas dentro da heresiologia, apologia significa fazer uma defesa da fé cristã ortodoxa. Defender a igreja contra ensinos de demônios e de homens cujo deus é o ventre. É defender a fé que "de uma vez por todas foi entregue aos santos". (Jd 3). O trabalho do apologista é difícil e, muitas vezes, incompreendido até mesmo dentro de sua denominação.

Quando o apóstolo Pedro nos pede para "…estar sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (1Pe 3.15); a palavra "responder", é apologia. Ou seja, Pedro nos diz que devemos estar preparados para fazer uma defesa segura de nossa fé. Como alguém que está sendo acusado em um júri. Será que todos nós, líderes, ovelhas e pastores, temos esta condição de sermos apologistas da fé cristã? Ou estamos descendo de ladeira abaixo rumo às falácias de homens incautos e arrogantes, que "não sabem o que dizem sem as coisas sobre as quais fazem ousadas asseverações?" Pois são pessoas que "resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé". 2Tm 3.8b.

Portanto, as heresias podem ser encontradas em vários lugares. Muitos se enganam por pensarem que heresias existem apenas nas seitas conhecidas. Existem heresias destruidoras nas mais diversas igrejas, inclusive nas que se proclamam cristãs ou evangélicas. Que Deus nos dê a Sua graça, e nos ajude. Parafraseando Lutero: que a nossa mente esteja cativa à Palavra de Deus.

***
Fonte: NAPEC

A PREGAÇÃO DO MEDO


rj2Michel Alecrim, na IstoÉ

Preso desde maio em uma cela isolada do presídio de Bangu 9, no subúrbio do Rio de Janeiro, o pastor Marcos Pereira, 56 anos, continua falando para multidões. Com sua pregação exaltada, segue angariando convertidos na cadeia. Ergue as mãos para fora das grades e, em voz alta, comanda a reza, que é acompanhada por detentos em celas próximas. Pereira não usufrui do banho de sol junto dos outros presos porque se recusa a tirar a camisa, alegando motivos religiosos. Está mais magro e perdeu um dos dentes da frente. "Ele vai ser absolvido. Ofereceram dinheiro para as supostas vítimas", diz Luiz Carlos da Silva Neto, advogado do pastor.

O pastor Marcos Pereira, fundador e líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud), é acusado de uma série de crimes, como associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Suspeito de ter praticado mais de 20 estupros contra mulheres, foi denunciado à polícia por oito delas, mas apenas dois dos casos viraram processos. Quatro prescreveram e outros dois ainda estão sendo investigados. Agora, surge uma nova acusação: uma testemunha disse à polícia que viu o assassinato da fiel Adelaide Nogueira dos Santos, 25 anos, em 2006, na Baixada Fluminense, e aponta Pereira como mandante. Adelaide foi estrangulada porque estaria preparando um dossiê contra o pastor. A testemunha acaba de pedir proteção policial. Ela reconheceu às autoridades que na época evitou apontá-lo como responsável por medo. Mas agora decidiu contar tudo o que sabe e responsabiliza Pereira pelo crime. Segundo a testemunha, que pede anonimato, "Adelaide citou orgias" e disse que Pereira "recebia de traficantes para fazer cultos". A mãe da vítima, Amélia Pinheiro Batista, 65 anos, confirma as acusações e contou que foi vigiada por seguidores da igreja. Ela desconfia de um homem que bateu em sua porta pedindo comida, "mas esticou o pescoço" para olhar dentro de casa. "Era uma ameaça, tenho certeza."

Amélia não é a única a se sentir ameaçada pelos fiéis seguidores do pastor Pereira. ISTOÉ entrevistou duas mulheres que dizem ter sido estupradas pelo pastor. Elas pediram para não ser identificadas. Uma sofreu represália após um depoimento: disse que um grupo tentou arrombar a porta de sua casa e foi impedido por vizinhos. Todos da família se mudaram para casa de parentes. "Pensei em entrar para o Programa de Proteção à Testemunha, mas desisti por causa das crianças, que seriam obrigadas a mudar de escola. Todo dia eu penso: 'Hoje eu não morri, graças a Deus'", conta. A outra testemunha, também sob anonimato, diz, igualmente, viver com medo. "Estava numa loja e um homem da igreja chegou perto do caixa e começou a armar uma confusão. Era para me intimidar", afirma. Pereira foi acusado, junto com dois integrantes da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, Lúcio Oliveira Câmara Filho e Daniel Candeias da Silva, de coação a testemunhas. Mas, devido a erros de procedimento do Ministério Público, esse processo foi suspenso e aguarda, agora, o procurador-geral de Justiça do Estado, Marfan Vieira, encaminhar de novo a denúncia à Justiça. "Com todas as vítimas, o pastor usava de seu poder como líder religioso e fazia ameaças, caso elas viessem a acusá-lo", diz a promotora Luciana Barbosa Delgado, que atua num dos processos. "Por esse motivo, não me surpreende que muitas desistam de testemunhar."

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TRAJETÓRIA
O pastor, que ficou famoso por converter bandidos, foi preso em maio.
Abaixo, a sede da igreja Assembleia de Deus dos Últimos Dias, no Rio

rj4Nas contas do Ministério Público e do delegado titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), Márcio Dubugras, que comanda a maioria das investigações a respeito de Pereira, há dezenas de mulheres que teriam sido vítimas de abusos sexuais pelo pastor, algumas identificadas pelo primeiro nome ou por um apelido, mas que até hoje não depuseram. Uma peça-chave desapareceu: é a ex-mulher de Pereira Ana Madureira da Silva, cuja família ignora seu paradeiro. Depois de declarar em depoimento a autoridades policiais e à Justiça que fora estuprada pelo pastor, Ana postou um vídeo no YouTube dizendo: "Meu marido não me estuprou" e atribuiu as acusações à "galhofada" da mídia.

Pereira se tornou famoso no Brasil por converter bandidos de alta periculosidade e ajudar a controlar rebeliões em presídios. Calcula-se que tenha dez mil seguidores. No ano passado, foi acusado por um ex-parceiro, o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, de ser "a maior mente criminosa do Rio e de estar por trás de um plano para matá-lo". Segundo Júnior, o pastor teria dito a traficantes presos que ele seria o responsável por transferências de chefes de facções de penitenciárias, o que equivale a uma sentença de morte. Júnior vive sob escolta policial e luta para prosseguir com a ONG que teve a unidade do complexo do Alemão incendiada e a da Vila Cruzeiro metralhada. Após um ano e meio do início das investigações, Pereira ainda não foi julgado.

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REVIDE
Amélia Batista, com a foto da filha Adelaide, morta em 2006. Testemunha diz que
ela preparava um dossiê contra Pereira e por isso foi assassinada

A explicação para a demora é que há fatos que ocorreram há muitos anos e são de difícil encaminhamento, até pela desistência de parte das testemunhas. À ISTOÉ, o coordenador do AfroReggae aponta outra causa: um lobby da bancada evangélica da Câmara dos Deputados estaduais para libertar o líder religioso. "O que mais me surpreendeu não foi a reação do narcotráfico (com quem o pastor é acusado de estar associado), mas a do efetivo de parlamentares que o apoiam", diz. "Quando fiz a denúncia contra o pastor, sabia que estaria atingindo um alvo muito poderoso. Já fui aconselhado até a sair do País, mas não saio nem volto atrás", garante.

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AGRESSÃO
José Júnior, do AfroReggae: ele denunciou o pastor
e duas unidades da ONG foram atacadas

O delegado Dubugras apura o envolvimento do religioso também com o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios. "Ele demonstra ter relação íntima com os chefes do Comando Vermelho", afirma. Numa conversa gravada com autorização da Justiça, em 10 de maio, na penitenciária de segurança máxima de Catanduvas (PR), os traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Márcio Nepomuceno dos Santos, o Marcinho VP, lamentaram a prisão de Pereira e mandaram punir José Júnior, do AfroReggae. "Foi o Juninho que estava por trás disso. Tinha que mandar um salve lá para ele", ordenou Beira-Mar. "Salve" significa ataque ou represália. Logo depois, as unidades da ONG foram incendiadas e metralhadas.
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Fonte: Isto É, via Pavablog. Divulgação: Púlpito Cristão.

SUINGUE GOSPEL? SITE DE RELACIONAMENTO REÚNE CASAIS “CRISTÃOS” QUE DESEJAM FAZER SEXO GRUPAL


christian-swigersUm site de relacionamentos está causando uma enorme polêmica no Brasil e nos Estados Unidos por ser focado apenas em casais cristãos que querem fazer "suingue" com outros casais cristãos, ou seja, sexo grupal entre eles.

O Swingers Christians é como qualquer outro site de relacionamento para cristãos, com a diferença de que ao invés de encontrar uma pessoa para se relacionar, ele facilita através da internet o "troca-troca" de casais.

O serviço estampa em sua primeira página a foto de um suposto casal cristão que realiza suingue, e um texto afirmando que o Swingers Christians foi feito para "casais cristãos devotos que ainda querem ter uma vida amorosa ativa e compartilhá-la com outros, de boa fé!". Parece piada, mas não é. O site, já prevendo a grande quantidade de críticas que receberia, cita ainda o Livro Sagrado para defender a si e seus usuários: "a Bíblia nos ensina: não julgueis para que não sejais julgados. E há o verso sobre a primeira pedra".

O site possui cadastro gratuito, mas cobra para que o usuário realize uma série de atividades consideradas "premium". Apesar do serviço ser em inglês, diversos casais do mundo inteiro já se registraram, geralmente em anonimato. Segundo a página de "quem somos" do serviço, o "Swingers Christians é a mais crescente cooperativa de sites de encontros on-line do mundo".

Diferente do informado por uma notícia no site Yahoo, o Swingers Christians não foi criado por cristãos. O registro do domínio foi feito pela empresa Infinite Connections Inc, especializada na criação de sites de relacionamentos adultos voltados para pessoas que praticam fetiches e/ou homossexualismo.

Revolta

O site vem sendo recebido como piada por cristãos e até por pessoas não ligadas ao cristianismo. A proposta, que claramente fere a doutrina pregada nas igrejas e na Bíblia, é vista como "anti-bíblica e pecaminosa", segundo o Louise Nielsen, profissional de saúde mental do ministério At The Crossroads Inc, nos Estados Unidos.

Em entrevista ao site americano Christian Post, Nielsen afirmou que o comportamento dos swingers não é "de maneira nenhuma apropriado para os cristãos ou para qualquer outra pessoa", e completou, "sinto-me triste pelas pessoas que estão envolvidas nisso. Nunca vi isso resultar em outra coisa a não ser dor no casamento", enfatiza.

Na página do serviço no Facebook é possível encontrar diversos cristãos indignados com a proposta do Swingers Christians, a maioria cita o versículo 1 Corintios 6:9-10 que diz que os "adulteros não herdarão o reino dos céus".

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Nota do Blogueiro: Quanto mais se desce ao fundo do poço, mais se vê lama e fundura. Pois é, parece até notícia fraudada, mas não, é a nítida perversão daqueles que deram as costas para o Evangelho tentando fazer dele o pretexto mais inescrupuloso de seus próprios prazeres.

"Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça". Romanos 1:18

De Renato Cavallera, para o Gospel+. Divulgação: Púlpito Cristão.

Você foi salvo de quê?


Por R. C. Sproul

Certa vez, fui confrontando por um jovem na Filadélfia que me perguntou: "Você está salvo?" Minha resposta para ele foi: "Salvo de quê?". Ele foi pego de surpresa com a minha pergunta. Obviamente, ele não tinha pensado muito sobre o significado da questão que estava perguntando. Certamente eu não estava salvo de ser interrompido na rua e abordado com a pergunta "Você está salvo?".

A questão de ser salvo é a questão suprema da Bíblia. O assunto das Sagradas Escrituras é o tema da salvação. Jesus, em sua concepção no ventre de Maria, é anunciado como o Salvador. Salvador e salvação caminham juntos. O papel do Salvador é salvar.

Perguntamos novamente: Salvo de quê? O significado bíblico de salvação é amplo e variado. Na forma mais simples, o verbo salvar significa"resgatar de uma situação perigosa ou ameaçadora". Quando Israel escapa da derrota nas mãos de seus inimigos no campo de batalha, ele se diz salvo. Quando as pessoas se recuperam de uma doença com risco de vida, elas experimentam salvação. Quando a colheita é resgatada de praga ou seca, o resultado é a salvação.

Usamos a palavra salvação de uma maneira similar. Diz-se que um boxeador foi  "salvo pelo gongo" se o round termina antes do árbitro iniciar a contagem. Salvação significa ser resgatado de alguma calamidade. No entanto, a Bíblia usa o termo salvação em um sentido específico para se referir à nossa redenção definitiva do pecado e à reconciliação com Deus. Neste sentido, a salvação é da calamidade final – o juízo de Deus. A salvação final é realizada por Cristo, "que nos livra da ira vindoura" (1Ts 1.10).

A Bíblia anuncia claramente que haverá um dia de julgamento, em que todos os seres humanos serão responsabilizados diante do tribunal de Deus. Para muitos, esse "dia do Senhor" será um dia de trevas, sem luz. Esse será o dia em que Deus vai derramar sua ira contra os ímpios e impenitentes. Será o holocausto final, a hora mais escura, a pior calamidade da história humana. Ser liberto da ira de Deus, que muito certamente virá sobre o mundo, é a salvação definitiva. Esta é a operação de resgate que Cristo executa para o seu povo, como seu salvador.

A Bíblia usa o termo salvação não só em muitos sentidos, mas em muitos tempos. O verbo salvar aparece em praticamente todos os possíveis tempos da língua grega. Há o sentido de que fomos salvos (desde a fundação do mundo); estávamos sendo salvos (pela obra de Deus na história); somos salvos (por estar em um estado justificado); estamos sendo salvos (por estarmos sendo santificados ou tornado santos) e seremos salvos (por experimentar a consumação da nossa redenção no céu). A Bíblia fala da salvação em termos de passado, presente e futuro.

Às vezes, nós igualamos a nossa salvação presente com a nossa justificação. Em outros momentos, vemos a justificação como um passo específico na ordem total ou plano de salvação.

Por fim, é importante notar outro aspecto central do conceito bíblico de salvação. A salvação é do Senhor. Salvação não é uma iniciativa humana. Os seres humanos não podem se salvar. A salvação é uma obra divina, que é realizada e aplicada por Deus.  Somos salvos pelo Senhor e do Senhor. É ele quem nos salva da sua própria ira.

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Traduzido por Annelise Schulz | iPródigo.com | Original aqui

27 de agosto de 2013

TRAVESTI PEDE OPORTUNIDADE E CANTA DURANTE CULTO EM ASSEMBLÉIA DE DEUS




Desviado da igreja, ele pediu oportunidade e se apresentou em culto da Assembleia de Deus




Marcio Collins foi criado numa família evangélica. Quando decidiu revelar sua homossexualidade ao pais, foi expulso de casa pelo pai e desde então vive nas ruas de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Envolvido com drogas e prostituição, ele é conhecido na Baixada Fluminense.

Em fevereiro deste ano surgiu um vídeo seu no YouTube cantando a música “Ele Não Desiste de Você”, do cantor gospel Marquinhos Gomes.

Segundo os comentários no Youtube, ele é afastado da igreja e costumava cantar no louvor. Esta semana surgiu outra apresentação dele na internet com o título “Travesti entra na igreja pede pra canta e solta a voz”. Em pouco tempo o material gerou reações reprovando e outras apoiando o fato de a igreja ter permitido que ele cantasse.




O vídeo foi gravado em um culto dia 23 de agosto na Assembléia de Deus Nadando Na Bênção, na Pavuna, Rio de Janeiro. O pastor Giovanni Vieira, responsável pela igreja, confirmou em seu perfil doFacebook que permitiu que Marcio cantasse.

Ele não faz nenhum comentário sobre o fato de Marcio estar vestido de mulher, preferiu apenas postar a seguinte mensagem “Gente, o culto hoje da Pavuna explodiu tudo! Divulgue isso, ele pediu nossa ajuda. É muito forte”. Não há indícios que tipo de ajuda foi pedida.

Os comentários no Youtube e no Facebook mostram um debate acalorado entre quem concorda e quem discorda da decisão do pastor.

O tempo dirá que mudança poderá ocorrer na vida de Marcio por conta da divulgação desse vídeo. No início do ano, um mendigo entrou numa igreja em Minas Gerais e entoou um hino gospel.

Depois de mais de um milhão de acessos, Antenorgenes Silva Fernandes, o ex-mendigo e ex-usuário de drogas recebeu ajuda da igreja e se recuperou. Seis meses depois, conseguiu gravar um CD e até mesmo um vídeo clipe com a música “Um Milagre em Jericó”, que o tornou famoso.


Acudam que o Malafaia botou o coração pela boca!


Dica do Paulo André

Genizah

25 de agosto de 2013

Araruama: Igreja investe dízimos e ofertas na construção de casas para membros sem moradia

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Publicado no O Cidadão RJ
Sargento da Polícia Militar da 25ª CIA em Cabo Frio, Fábio Mendonça é o pastor da Assembleia de Deus Ministério Lagoinha no bairro Outeiro, em Araruama. Uma congregação com cerca de 200 membros, que tem surpreendido a muitos revertendo dízimos e ofertas em moradias para membros em condições de vulnerabilidade social, sem nenhum tipo de custo. A igreja também possui dois veículos van, que servem para o transporte de membros que moram em localidades como Regamé, Km 30, Rio do Limão e Fazendinha.
“Fui amparada na hora que mais precisei, hoje tenho a segurança de um lar”, disse Andréa Silva Rocha, benificiada com uma das casas.
Confira a seguir a entrevista com Pastor Fábio Mendonça.
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JOC – Como surgiu o projeto?
Da observação e convivência com pessoas com dificuldades. Do desejo de assisti-las. A igreja a princípio se assustou com a ideia, mas eu tinha que ser o primeiro a mostrar que poderia acontecer. Na Polícia Militar eu trabalho com manutenção, usei minha experiência na área no projeto. Por isso, eu mesmo fiquei de frente, inclusive, ajudando a cavar a fundação das casas.
JOC – Qual o critério de escolha dos beneficiados?
A prioridade é o grau de dificuldades das pessoas.
JOC – O projeto já recebeu críticas?
Sim, alguns pastores me perguntaram se eu não estava “arrumando” muito trabalho. Se Deus pensasse no trabalho que o ser humano dá a Ele em relação à desobediência a seus princípios, não teria feito o mundo. Tudo que fazemos na vida pode nos gerar problemas, você não compra um carro, por exemplo, pensando que o pneu pode furar um dia, mas no benefício que você vai ter com o veículo.
JOC – Qual o maior desafio na concretização do projeto?
O maior desafio era não desperdiçar material e economizar com mão de obra. Foram construídas quatro casas em apenas quatro meses, os dízimos e ofertas foram revertidos para a obra. Além de mim, mais três pedreiros ajudaram na realização das construções trabalhando voluntariamente aos finais de semana.
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JOC – A igreja ganhou ofertas para a construção das casas?
Não sou de pedir. Acredito que quando o trabalho é direito, o Espírito Santo se encarrega de mover o coração das pessoas ao desejo de ofertar. E assim foi: um membro doou mil tijolos, outro duas pias… E agora, estamos construindo mais quatro kitinetes, com o desafio de entregá-las até o dia 12 de outubro. Pois, hoje, temos duas senhoras alojadas na igreja, uma delas está no espaço onde eu atendia, meu gabinete pastoral e a outra na “salinha” das crianças.
JOC – Como é a administração do projeto?
É da igreja, assim como, a manutenção também é feita pela igreja. As pessoas assumiram o compromisso de cuidar das casas enquanto precisarem morar nelas e nós administramos isso.
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JOC – O senhor possui projeto político?
Não. Se eu estiver fazendo isso na intenção de ser candidato o trabalho é em vão, não tenho interesse político nenhum.
JOC – Quais suas considerações finais?
As igrejas devem ficar mais atentas à necessidade do povo. Sejam elas materiais ou espirituais. Há igrejas em que a maioria dos membros não possui necessidades financeiras, mas sempre há os que precisam de ajuda espiritual e aqueles que precisam de ajuda material.
ótimo exemplo!

23 de agosto de 2013

“Há abusos em nome de Deus”


“Há abusos em nome de Deus”
 
Jornalista relata os danos do assédio espiritual cometido por líderes evangélicos
Kátia Mello
A igreja evangélica está doente e precisa de uma reforma. Os pastores se tornaram intermediários entre Deus e os homens e cometem abusos emocionais apoiados em textos bíblicos. Essas são algumas das afirmações polêmicas da jornalista Marília de Camargo César em seu livro de estreia, Feridos em nome de Deus (editora Mundo Cristão), que será lançado no dia 30. Marília é evangélica e resolveu escrever depois de testemunhar algumas experiências religiosas com amigos de sua antiga congregação.
  ENTREVISTA - MARÍLIA DE CAMARGO CÉSAR  

Anna Carocina Negri QUEM É
Marília de Camargo César, 44 anos, jornalista, casada, duas filhas

O QUE FEZ
Editora assistente do jornal O Valor, formada pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero

O QUE PUBLICOU
Seu livro de estreia é Feridos em nome de Deus (editora Mundo Cristão)

ÉPOCA – Por que você resolveu abordar esse tema?
Marília de Camargo César –
Eu parti de uma experiência pessoal, de uma igreja que frequentei durante dez anos. Eu não fui ferida por nenhum pastor, e esse livro não é nenhuma tentativa de um ato heroico, de denúncia. É um alerta, porque eu vi o estado em que ficaram meus amigos que conviviam com certa liderança. Isso me incomodou muito e eu queria entender o que tinha dado errado. Não quero que haja generalizações, porque há bons pastores e boas igrejas. Mas as pessoas que se envolvem em experiências de abusos religiosos ficam marcadas profundamente.

ÉPOCA – Qual foi a história que mais a impressionou?
Marília –
Uma das histórias que mais me tocaram foi a de uma jovem que tem uma doença degenerativa grave. Em uma igreja, ela ouviu que estava curada e que, caso se sentisse doente, era porque não tinha fé suficiente em Deus. Essa moça largou os remédios que eram importantíssimos no tratamento para retardar os efeitos da miastenia grave (doença autoimune que acarreta fraqueza muscular). O médico dela ficou muito bravo, mas ela peitou o médico e chegou a perder os movimentos das pernas. Ela só melhorou depois de fazer terapia. Entendeu que não precisava se livrar da doença para ser uma boa pessoa.

ÉPOCA – Que tipo de experiência você considera como abuso religioso e que marcas são essas?
Marília –
Meu livro é sobre abusos emocionais que acontecem na esteira do crescimento acelerado da população de evangélicos no Brasil. É a intromissão radical do pastor na vida das pessoas. Um exemplo: uma missionária que apanha do marido sistematicamente e vai parar no hospital. Quando ela procura um pastor para se aconselhar, ele fala assim para ela: “Minha filha, você deve estar fazendo alguma coisa errada, é por isso que o teu marido está se sentindo diminuído e por isso ele está te batendo. Você tem de se submeter a ele, porque biblicamente a mulher tem de se submeter ao cabeça da casa. Então, essa mulher, que está com a autoestima lá embaixo, que apanha do marido - inclusive pelo Código Civil Brasileiro ele teria de ser punido - pede um conselho pastoral e o pastor acaba pisando mais nela ainda. E ele usa a Bíblia para isso. Esse é um tipo de abuso que não está apenas na igreja pentecostal ou neopentecostal, como dizem. É um caso da Igreja Batista, em que, teoricamente, os protestantes históricos têm uma reputação melhor.

ÉPOCA – Seu livro questiona a autoridade pastoral. Por quê?
Marília –
As igrejas que estão surgindo, as neopentecostais, e não as históricas, como a presbiteriana, a batista, a metodista, que pregam a teologia da prosperidade, estão retomando a figura do “ungido de Deus”. É a figura do profeta, do sacerdote, que existia no Antigo Testamento. No Novo Testamento, não existe mais isto. Jesus Cristo é o único mediador. Então o pastor dessas igrejas mais novas está se tornando o mediador. Para todos os detalhes da sua vida, você precisa dele. Se você recebeu uma oferta de emprego, o pastor pode dizer se deve ou não aceitá-la. Se estiver paquerando alguém, vai dizer se deve ou não namorar aquela pessoa. O pastor, em vez de ensinar a desenvolver a espiritualidade, determina se aquele homem ou aquela mulher é a pessoa da sua vida. E o pastor está gostando de mandar na vida dos outros, uma atitude que abre um terreno amplo para o abuso.

ÉPOCA – Você também fala que não é só culpa do pastor.
Marília –
Assim como existe a onipotência pastoral, existe a infantilidade emocional do rebanho, que é o que o Sérgio Franco, um dos pastores psicanalistas entrevistados no livro, fala. A grande crítica do Freud em relação à religião era essa. Ele dizia que a religião infantiliza as pessoas, porque você está sempre transferindo as suas decisões de adulto - que são difíceis - e a figura do sagrado, no caso aqui o líder religioso, para a figura do pai ou da mãe - o pastor, a pastora. É a tendência do ser humano em transferir responsabilidade. O pastor virou um oráculo. É mais fácil ter alguém, um bode expiatório, para pôr a culpa nas decisões erradas tomadas.

“O pastor está gostando de mandar na vida dos outros
e receber presentes. Isso abre espaço para os abusos”

ÉPOCA – Quais são os grandes males espirituais que você testemunhou?
Marília –
Eu vi casamentos se desfazer, porque se mantinham em bases ilusórias. Vi também pessoas dizendo que fazer terapia é coisa do Diabo. Há pastores contra a terapia que afirmam que ela fortalece a alma e a alma tem de ser fraca; o espírito é que tem que ser forte. E dizem isso supostamente apoiados em textos bíblicos. Dizem que as emoções têm de ser abafadas e apenas o espírito ser fortalecido. E o que acontece com uma teologia dessas? Psicoses potenciais na vida das pessoas que ficam abafando as emoções. As pessoas que aprenderam essa teologia e não tiveram senso crítico para combatê-la ficaram muito mal. Conheci um rapaz com muitos problemas de depressão e de autoestima que encontrou na igreja um ambiente acolhedor. Ele dizia ter ressuscitado emocionalmente. Só que com o passar dos anos, o pastor se apoderou dele. Mas ele começou a perceber que esse pastor é gente, que gosta de ganhar presentes e que usa a Bíblia para se justificar. Uma das histórias que mais me tocou foi a de uma jovem que tem uma doença degenerativa grave. Ela foi para uma dessas igrejas e ouviu que se estivesse sentindo ainda doente era porque não tinha fé suficiente em Deus. Essa moça largou os remédios que eram importantíssimos no tratamento para retardar os efeitos da miastenia grave (doença auto-imune que acarreta fraqueza muscular). O médico dela ficou muito bravo e não a autorizou. Mesmo assim, ela peitou o médico e chegou a perder os movimentos das pernas. Ela só melhorou depois de fazer terapia. Ela entendeu que não precisava se livrar da doença para ser uma boa pessoa.

ÉPOCA – Por que demora tanto tempo para a pessoa perceber que está sendo vítima?
Marília –
Os abusos não acontecem da noite para o dia. A pessoa que está sendo discipulada, que aprende com o pastor o que a Bíblia diz, desenvolve esse relacionamento aos poucos. No primeiro momento, ela idealiza a figura do líder, como alguém maduro, bem preparado. É aquilo que fazemos quando estamos apaixonados: não vemos os defeitos. O fiel vê esse líder como um intermediário, como um representante de Deus que tem recados para a vida dele, um guru. E o pastor vai ganhando a confiança dele num crescendo, como numa amizade. Esse líder, que acredita que Deus o usa para mandar recados para sua congregação, passa a ser uma referência na vida do fiel. O fiel, pro sua vez, sente uma grande gratidão por aquele que o ajudou a mudar sua vida para melhor. Ele se sente devedor do pastor e começa, então, a dar presentes. O fiel quer abençoar o líder porque largou as drogas, ou parou de beber, ou parou de bater na mulher, ou porque arrumou um emprego e está andando na linha. E começa a dar presentes de acordo com suas posses. Se for um grande empresário, ele dá um carro importado para o pastor. Isso eu vi acontecer várias vezes. O pastor, por sua vez, gosta de receber esses presentes. É quando a relação se contamina, se torna promíscua. E o pastor usa a Bíblia para dizer que esse ato é bíblico. O poder está no uso da Bíblia para legitimar essas práticas.

ÉPOCA – Qual é o limite da autoridade pastoral?
Marília –
O pastor tem o direito de mostrar na Bíblia o que ela diz sobre certo tema. Como um bom amigo, ele tem o direito de dar um conselho. Mas ele tem de deixar claro que aquilo é apenas um conselho. Pode até falar que o resultado disso ou daquilo pode ser ruim para a vida do fiel. Mas ele não pode mandar a pessoa fazer algo em nome de Deus. O que mais fere as pessoas é ouvir uma ordem em nome de Deus. Se é Deus, então prova! Se Deus fala para o pastor, por que Ele não fala para o fiel? Eles estão sendo extremamente autoritários.

ÉPOCA – Você afirma que muitos dos pastores não agem por má-fé, mas por uma visão messiânica. Explique.
Marília –
É uma visão messiânica para com seu rebanho. Lutero (teólogo alemão responsável pela reforma protestante no século XVI) deve estar dando voltas na tumba. Porque o pastor evangélico virou um papa que é a figura mais criticada no catolicismo, o inerrante. E não existe essa figura, porque somos todos errantes, seres faltantes, como já dizia Freud. Pastor é gente. E é esse pastor messiânico que está crescendo no evangelismo. Existe uma ruptura entre o Antigo e o Novo Testamento, que é a cruz. A reforma de Lutero veio para acabar com a figura intermediária e a partir dela veio a doutrina do sacerdócio universal. Todos têm acesso a Deus. Uma das fontes do livro disse que precisamos de uma nova reforma e eu concordo com ela. Essa hierarquização da experiência religiosa, que o protestante tanto combateu no catolicismo, está se propagando. Você não pode mais ter a conversa direta com o divino. Porque tem aquela coisa da “oração forte” do pastor. Você acha que ele ora mais que você, que ele tem alguma vantagem espiritual e, se você gruda nele, pega uma lasquinha. Isso não existe. Somos todos iguais perante Deus.

ÉPOCA – Se a igreja for questionada em seus dogmas, ela não deixará de ser igreja?
Marília –
Eu não acho isso. A igreja tem mesmo de ser questionada, inclusive há pensadores cristãos contemporâneos que questionam o modelo de igreja que estamos vivendo e as teologias distorcidas, como a teologia da prosperidade, que são predominantemente neopentecostais e ensinam essa grande barganha. Se você não der o dízimo, Deus vai mandar o gafanhoto. Simbolicamente falando, Ele vai te amaldiçoar. Hoje o fiel se relaciona com o Divino para as coisas darem certo. Ele não se relaciona pelo amor. Essa é uma das grandes distorções.

ÉPOCA – Por que você diz que existe uma questão cultural no abuso religioso?
Marília –
Porque o brasileiro procura seus xamãs, e isso acontece em todas as religiões. O brasileiro é extremamente religioso. A ÉPOCA até publicou uma matéria sobre isso, dizendo que a maioria acredita em algo e se relaciona com isso, tentando desenvolver seu lado espiritual. O brasileiro gosta de ter seu oráculo. A pessoa que vem do catolicismo, onde há centenas de santos, e passa a ser evangélica transfere aquela prática e cultura do intermediário para o protestantismo, e muitas igrejas dão espaço para isso. O pastor Edir Macedo (da igreja Universal) trouxe vários elementos da umbanda, do candomblé, porque ele é convertido. Ele diz que o povo precisa desses elementos -que ele chama de pontos de contato - para ajudar a materializar a experiência religiosa. A Bíblia condena tudo isso.

ÉPOCA – No livro você dá alguns alertas para não cair no abuso religioso. Fale deles.
Marília –
Desconfie de quem leva a glória para si. Um conselho é prestar atenção nas visões megalomaníacas. Uma das características de quem abusa é querer que a igreja se encaixe em suas visões, como quere ganhar o Brasil para Cristo e colocar metas para isso. E aquele que não se encaixar é um rebelde, um feiticeiro. Tome cuidado com esse homem. Outra estratégia é perguntar a si mesmo se tem medo do pastor ou se pode discordar dele. A pessoa que tem potencial para abusar não aceita que discorde dela, porque é autoritária. Outra situação é observar se o pastor gosta de dinheiro e ver os sinais de enriquecimento ilícito. São esses geralmente os que adoram ser abençoados e ganhar presentes. Cuidado com esse cara.
 
Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI80245-15228,00.html