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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

29 de novembro de 2012

Haja paciência com os Adoradores de Maria...


 

         Uma virtude que ainda não consegui aprender na vida é a dapaciência. Não tenho paciência com gente burra, principalmente com alguns católicos, que ficam me enviando textos glorificando Maria. Só pelo título do texto e pelo nome do remetente posso descobrir que se trata de material herético, o qual vai abarrotar minha lixeira, dando-me o trabalho de limpar a mesma, duas vezes por semana. Declaro, em o Nome de Jesus, que não leio esse material enviado por mariólatras e papistas e que eles perdem tempo me enviando esses trapos de mentira, desconsiderando meus 83 anos. Não tenho tempo a perder com tolices, pois o meu dia de comparecer diante do Senhor está se aproximando e preciso dar-Lhe conta do bem e do mal que terei feito nesta vida. (2 Coríntios 5:10).  

         Fui católica durante 48 anos, até que li o Novo Testamento e Salmos da Trinitariana (em Inglês e Português); descobri a verdade que liberta do engodo religioso e aceitei Jesus Cristo como o meu ÚNICO, TOTAL E SUFICIENTE SALVADOR. Desde então, comecei a viver na eternidade, aguardando, tranquilamente, a hora de encontrar o SENHOR, face a face, para  me ajoelhar diante dEle, em adoração, a fim de agradecer tudo que Ele fez por mim (e por toda a humanidade perdida) na cruz do Calvário.

         Só me interesso pelos textos que chegam em Inglês, os quais são remetidos por excelentes teólogos americanos, para quem tenho traduzido muitas páginas, tanto que em um dos sites mais conhecidos (o Biblical Discernment Ministries) sou citada como tradutora.

         Preocupo-me com os mariólatras que me enviam textos e oro para que o SENHOR os ilumine, evitando que caiam no inferno, por causa da sua mariolatria. Se  a chamada "Nossa Senhora", que eles adoram como se fosse uma deusa, pudesse ver o que eles fazem em sua honra, iria chorar de tristeza, conforme um belo texto que traduzi há uns 18 anos (para o CPR),  o qual se transformou num folheto, que foi vendido pela Chick Publications, aos milhares, aqui no Brasil. Vou tentar encontrar esse texto em meu arquivo de 5.000 pp. e escrever abaixo:

         Se Maria pudesse realmente aparecer e se manifestar, sem dúvida alguma seria para chorar muito, ENSOPANDO AS RENDADAS TOALHAS DOS ALTARES CATÓLICOS COM O SEU PRANTO... E por que  será que Maria iria chorar tanto? Ela iria chorar por muitos motivos e vamos tentar explicar alguns deles.

         Maria deveria chorar porque os cristãos nominais não obedecem aos ensinos da Palavra de Deus, exatamente como deveriam fazer. Mesmo porque ela deu um único mandamento para os cristãos em João 2:5: "Fazei tudo quanto Ele  (Jesus) vos disser".

         Maria iria chorar porque as pessoas no mundo inteiro vivem se curvando diante de suas gravuras e estátuas e como Maria conhecia bem os mandamentos de Deus, ela sabe que o Segundo Mandamento (que a igreja do papa retirou do Catecismo) proíbe terminantemente qualquer tipo de adoração e fabricação de ídolos. Isso porque a ICAR transformou a santa mãe de Jesus num ídolo.

         Ela iria chorar muito porque confessou ser "pecadora necessitada de um Salvador" em Lucas 2:47 e a igreja do papa inventou que ela nasceu imaculada, negando a verdade bíblica que afirma: "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus"(Romanos 3:23);  Só Jesus nasceu sem pecado, por ter sido concebido pelo Espírito Santo, mesmo porque ele é Deus.

         Ela choraria ainda mais, porque a igreja do papa sequestrou seus filhos: José, Simão, Tiago e Judas, além de pelo menos duas meninas, a fim de mostrar que ela continuou virgem depois do parto e não foi uma esposa perfeita para o seu digníssimo esposo José.

         Maria se desmancharia em lágrimas porque, além de carregá-la num andor, coisa importada do paganismo babilônico, em que a deusa Ishtar era carregada da Babilônia para o Egito, as pessoas lhe dão muitos nomes, adoram-na como se ela fosse uma deusa pagã e a "Rainha dos Céus", a qual é condenada pela Bíblia, em Jeremias 7:18 e outras passagens.

         Maria inundaria todo o seu manto de lágrimas, porque as pessoas lhe dirigem orações, achando que ela é Mediadora entre Deus e os homens, quando a Bíblia diz que existe um único Mediador: Cristo Jesus, homem, na 1 Timóteo 2:5. Como poderia a pobre Maria, exilada no céu, até o Dia do Juízo Final, ouvir as orações de mais de um bilhão de ignorantes, em todas as línguas e dialetos, em todos os minutos do dia e da noite, se ela não é Deus e só Deus é onipresente e onipotente?

         Maria choraria demais, porque tendo sido uma simples e pura mulher do povo, foi incorporada às deusas pagãs Semíramis, Isis, Ishtar, Astarte, Diana, e muitas outras, porque a igreja do papa adaptou as gravuras  e estátuas antigas dessas deusas, a fim de que fossem veneradas e lhe trouxessem uma fábula em dinheiro, da parte dos ignorantes da Palavra de Deus.  Maria choraria muitoporque ela  sabe que não pode ser venerada como deusa, nem agir como Mediadora, nem ser Rainha dos Céus, nem ser Mãe da Igreja, nem fazer milagres, enganando incontáveis milhões de pessoas ignorantes, que assim a consideram.

Por isso, ela iria pedir, chorando, que as pessoas que a amam cumprissem os mandamentos de Deus e acatassem as verdades do Sermão do Monte, que o seu Filho Jesus pregou para melhorar o mundo. Ela pediria que todos lessem a Palavra Santa, Infalível e Eterna, que é a Bíblia, porque as tradições mentem, os livros adicionais mentem, os magistérios mentem. Todos os ensinos extra bíblicos são organizados por homens pecadores e fraudulentos, enquanto a Palavra de Deus é mais cortante do que espada de dois gumes, sendo, portanto, a única realmente perfeita e digna de ser obedecida.

         Tenho mais de 50 textos mostrando que Maria não tem poder algum no Céu, em favor dos pecadores. Se essa corja de mariólatras continuar me enviando suas tolices, vou começar a desencavar esses textos traduzidos e/ou escritos, durante quase duas décadas, para enviar a todos os meus contatos. Que esses ignorantes mariólatras não me "ameacem", dizendo que vão "rezar a Maria pedindo minha conversão". Intercessão de Maria a meu favor eu dispenso totalmente. Já tenho o maior e melhor Advogado do universo intercedendo por mim, Jesus Cristo (Hebreus 7:25), e não preciso da ajuda de nenhuma " Nossa Senhora" Daqui, Dali nem Dacolá, oxente!

 

Mary Schultze, 27/11/2012 - marybiblia.com

O Inferno em que Rob Bell se meteu

Por Augustus Nicodemus Lopes


Acabo de ler a entrevista que Rob Bell deu à revista VEJA desta semana (28/11/2012) com o título "Quem falou em céu e inferno?" (veja aqui). A entrevista provocou intensa polêmica nas redes sociais. Rob Bell se tornou uma figura polêmica quando passou a pregar a salvação de todos os seres humanos no final (universalismo) negando, assim, a realidade do inferno. Este ano ele deixou a igreja que fundou, a Mars Hill Bible Church – não confundir com a Mars Hill Church do Mark Driscoll, uma não tem nada a ver com a outra – para se dedicar ao ministério itinerante percorrendo, segundo a revista VEJA, "o mesmo circuito das bandas de rock".

Inteligente, carismático, conectado e bom comunicador, Rob Bell tem atraído muitos jovens evangélicos no Brasil, especialmente após o lançamento de seu livro O Amor Vence no ano passado e seus vídeos muito bem produzidos no YouTube.

Achei a entrevista dele extremamente esclarecedora, mesmo considerando que estas entrevistas são editadas e por vezes amputadas pelos editores e raramente publicadas na íntegra. Se o que temos na VEJA é realmente o pensamento de Rob Bell, então declaro aqui que poucas vezes na minha vida vi uma figura religiosa de prestígio se contradizer tanto em um espaço tão curto. É por isto que esta entrevista é esclarecedora. Qualquer evangélico de bom senso, que tenha um mínimo de conhecimento bíblico e que saiba seguir um raciocínio de maneira lógica irá se perguntar o que Rob Bell tem que atrai tanta gente.

Vou começar reconhecendo o que não há de tão ruim na entrevista. Bell se posiciona contra o aborto e reconhece as limitações do darwinismo para explicar a totalidade da existência, embora aceite que Deus poderia ter usado o processo evolutivo como o método da vida.  

Bell também está certo quando diz que céu e inferno são "como dimensões da nossa existência aqui e agora". Concordo com ele. Os ímpios já experimentam aqui e agora, alguns mais e outros menos, os sofrimentos iniciais do inferno que se avizinha. Da mesma forma, os salvos pela fé em Cristo, pela graça, já experimentam o céu aqui e agora, embora de forma limitada. Lembremos que Jesus disse que quem crê nele já tem a vida eterna. O Espírito em nós é o penhor da nossa herança e nos proporciona um gosto antecipado do que haverá de vir.

Surpreendente para mim foi ver que nesta entrevista Bell não nega o céu ou o inferno depois da morte, mas sim que possamos saber com certeza que eles existem depois da morte. Nas suas próprias palavras, "acredito que céu e inferno são realidades que se estendem para a dimensão para a qual vamos ao morrer, mas aí já entramos no campo da especulação". A "bronca" dele é com a certeza e a convicção que as igrejas e os evangélicos têm de que após a morte existe céu e inferno. "Vamos pelo menos ser honestos. Ninguém sabe o que acontece quando morremos. Não tem fotografia, não tem vídeo". É claro que, por este critério, também não podemos ter certeza se Deus existe ou que Jesus existiu, pois não temos nem foto nem vídeo deles – que eu saiba...

Nesta mesma linha, ao se referir ao fato de que acredita que Deus ao final vai conquistar todos, diz "não sei se isso vai acontecer, também não sei o que acontece quando morremos."

Então, tá. Não sabemos o que acontece depois da morte. Mas é aí que começam as contradições de Rob Bell. Ao ser perguntado se Gandhi, que não era cristão, estaria no inferno, ele responde "acredito que está com o Deus que tanto amou". Isso só pode ser o céu, certo? A resposta coerente e honesta com seu pressuposto seria "não sei".

Da mesma forma, quando a revista pergunta sobre Hitler, se ele está no céu, Bell responde que Deus deu a Hitler o que Hitler buscou a vida toda, "infernos para si e para os outros". E acrescenta "qualquer reconciliação ou perdão, nesse caso, está além da minha compreensão". Se esta resposta não quer dizer que Hitler recebeu o inferno da parte de Deus depois da morte não sei o que mais poderia representar. A resposta coerente e honesta deveria ter sido esta: "não sei", o que significa dizer que ele admite a possibilidade de Hitler ter ido para o céu.

À certa altura o jornalista perspicaz indaga acerca do livre arbítrio: "não existe escolha, então, ninguém pode dizer não ao paraíso?" E Bell retruca, "acho que você pode dizer não ao paraíso e neste caso talvez você fique em algum estado de rejeição ou resistência. Talvez seja esse o estado que as pessoas chamam de 'inferno'". Bom, parece por esta resposta que para Bell o inferno é na verdade o céu, só que os condenados no céu viverão em estado constante de rejeição e resistência a Deus. Mas, qual o céu disto e neste ponto, em que difere do inferno? Vá entender... e é claro, de onde ele tirou esta ideia? Se não temos na Bíblia informação suficiente para saber se o céu e o inferno existem, muito menos para uma teoria destas.

Não é difícil identificarmos as origens destas contradições tão óbvias no pensamento de Rob Bell.

A primeira e mais importante é que ele rejeita o ensino de Jesus Cristo nos Evangelhos sobre o inferno e o céu. Se Jesus era a personificação do Deus que é amor – e amor é, para Bell, o mais importante, senão o único, atributo de Deus – este é um fato que não pode ser desprezado. Eis alguns poucos exemplos:

  • Mat 5:22  Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
  • Mat 5:29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
  • Mat 5:30  E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.
  • Mat 10:28  Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
  • Mat 11:23  Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje.
  • Mat 16:18  Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
  • Mat 18:9  Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.
  • Mat 23:15  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!
  • Mat 23:33  Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
  • Marcos 9:43  E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível
  • Marcos 9:45  E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno
  • Marcos 9:47  E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno,
  • Lucas 10:15  Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno.
  • Lucas 12:5  Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer.
  • Lucas 16:23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
  • Mat 13:42 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
  • Mat 3:12 A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
  • Mat 25:41 Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.
  • João 15:6 Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
  • Mat 22:13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.

As referências de Jesus ao inferno, como o castigo eterno dos ímpios, formam reconhecidamente um dos temas dominantes do ensino dele, como pode ser claramente visto acima. Contudo, Rob Bell afirma contra todas as evidências que Jesus falou muito mais do sofrimento real que as pessoas têm aqui neste mundo. É claro que o Senhor Jesus se preocupou com o sofrimento presente, mas consistentemente, como pode ser visto nas passagens acima, ele nos avisa que o sofrimento eterno é muito pior.

O que espanta é o uso seletivo que Rob Bell faz das palavras de Jesus. Ele ignora por completo todas as passagens cima em que Jesus fala do inferno mas se refere à fala dele sobre os sofrimentos físicos. Bell fala várias vezes na mensagem de amor pregada por Jesus. Mas, de onde ele tirou estas informações acerca da pregação de Jesus? Só pode ter sido do Novo Testamento, o único documento que a preservou. Mas, então, por que ele ignora uma das maiores ênfases da pregação de Jesus, que foi o castigo eterno preparado para os ímpios?

Se Rob Bell diz que não podemos ter certeza de que o céu e o inferno existem, como ele pode ter certeza, então, que Jesus pregou sobre o amor e o sofrimento das pessoas neste mundo? Estas coisas todas estão no Novo Testamento. É evidente a interpretação enviesada, preconceituosa e selecionada que ele faz, conservando as passagens que lhe interessam e rejeitando as que o contradizem.

Outra razão para as contradições de Rob Bell é a sua base epistemológica. Ele declara: "nunca fiquei preocupado com sistema doutrinário, nunca me empenhei em ter confirmação de meu dogma." Tudo bem. Mas, então, o que ela pensa sobre céu e inferno é o que? Para mim, é sistema doutrinário e dogma. É teologia. Mas, onde ele baseia suas ideias, enfim? A resposta é surpreendente: "tive alguns encontros meus, profundos, com o amor de Deus que tiveram sobre mim, digamos, um impacto pré-cognitivo." Parece que ele teve algumas experiências que serviram para orientar a sua teologia. Aqui o ensino das Escrituras passou longe, como única regra de fé e prática. Bell é mais um daqueles hereges que apela para suas experiências como fonte de autoridade. Nada novo aqui.

E deve ser por isto que o conceito dele sobre Deus é tão equivocado. Deus é amor, diz Bell. Por isto, a salvação universal deve ser o ponto de partida. Para ele, é "incompreensível um cristão que não considera a salvação universal como a melhor saída, a melhor história". O erro deste raciocínio, evidentemente, é não levar em conta que Deus também é justo, verdadeiro, santo e reto. Não se pode separar os atributos de Deus e não podemos considerá-lo a partir de um destes atributos somente. O amor de Deus deve ser levado em conta juntamente com a sua santidade e sua justiça. Portanto, um cristão verdadeiro não considera o universalismo como a melhor saída ou o melhor fim da história. O melhor fim da história é aquele escrito por Paulo:

Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (Rom 9:22-24).

A melhor saída é aquela onde Deus expressa a plenitude do seu ser, o seu amor e a sua ira, nos que se salvam e nos que se perdem, no céu e no inferno.

Por fim, Bell faz uma inferência historicamente equivocada em suporte de seu argumento. Afirma ele que "as pessoas mais interessadas em discutir o inferno depois da morte são as menos interessadas em discutir o inferno sobre a terra". Não há dúvida de que entre os evangélicos que acreditam no céu e no inferno há muitos que não se importam com as questões sociais, mas a afirmação de Bell é uma generalização grosseira. Calvino, Lutero e os demais reformadores criam no inferno e pregavam abertamente sobre ele. Contudo, poucos fizeram tanto para diminuir o sofrimento da Europa de sua época, abrindo escolas, hospitais, orfanatos, brigando contra leis injustas, o monopólio de alimentos e a corrupção do Estado. Outros muitos exemplos poderiam ser dados para contradizer esta falácia de Rob Bell.

Obrigado, revista VEJA, por ter exposto o pensamento de Rob Bell ao Brasil, as suas incoerências, sofismas e as origens de suas ideias estranhas. Como sempre acontece com as seitas, muitos os seguirão. Mas, como nos disse o apóstolo João,

Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. (1Jo 2:19).

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28 de novembro de 2012

Edir Macedo diz ser perseguido e questiona monopólio da Globo


Na esteira de Nada a Perder, maior sucesso editorial de 2012, a revista Istoé desta semana – que chega às bancas de todo País neste sábado (24) - traz uma entrevista exclusiva com Edir Macedo, a primeira concedida pelo bispo em sete anos. Em quatro páginas, o líder religioso fala sobre a perseguição sofrida pela Igreja Universal, o monopólio da Rede Globo e os investimentos na Rede Record, além de comentar o sucesso do primeiro volume da sua biografia. 
Buenos Aires, Bogotá e Caracas foram as primeiras cidades a receber o lançamento internacional do livro, após a passagem por 28 cidades no Brasil – onde quebrou recordes, vendendo 350 mil exemplares em dois meses. O livro também permaneceu por 11 semanas no topo da lista de best-sellers de não-ficção. 
Nas três capitais estrangeiras atingiu a impressionante marca de 94.346 edições vendidas. Nada a Perder chega à Europa nas próximas semanas, em lançamentos em Madrid, no dia 8 de dezembro, e Lisboa, no dia 15. Uma versão em francês também está sendo preparada e deve ser lançada em Paris, no começo do ano que vem. 
- O nome do meu livro não é uma mera expressão literária. Não tenho nada a perder. E isso é um recado claro e direto a quem interessar. 
Tocando em passagens difíceis da vida de Macedo, como a prisão em 1992, a biografia ainda terá mais dois volumes, a serem lançados em 2013 e 2014, que detalharão o crescimento da Igreja Universal pelo Brasil e pelo mundo, o relacionamento pessoal do bispo com os presidentes brasileiros e autoridades internacionais e a aquisição e expansão da Rede Record. Sobre ela, Macedo diz que grandes investimentos serão feitos no próximo ano para consolidar o projeto de liderança da emissora. 
- Construímos um departamento de jornalismo sólido e com credibilidade, uma fábrica de novelas própria com milhares de funcionários e um projeto comercial que conquistou a confiança dos anunciantes. Nossa meta é a liderança, não importa o tempo que isso demore para acontecer. 
Ainda sobre as Comunicações no País, o bispo diz lamentar que ainda persista o monopólio de uma emissora – a Rede Globo. 
- No último encontro que tive com a presidenta Dilma, em Londres, durante os Jogos Olímpicos, procurei mostrar a ela e aos demais ministros que a democracia nos meios de comunicação, principalmente na televisão, é o melhor caminho para o Brasil. Alertei a presidenta que o monopólio é um caminho perigoso. 
Macedo, afirma, contudo, que sua atuação na Record é discreta e seu principal objetivo é a expansão da Igreja Universal, seu maior projeto. Hoje com centenas de templos espalhados pelo Brasil e pelo mundo e mais de 5.800 funcionários, a Universal continua sua missão de ajudar milhões de pessoas a encontrarem um novo caminho para suas vidas. 
- A Igreja Universal foi e continua sendo atacada. Isso não acabou. Somos sempre alvo de certos setores da sociedade incomodados com a perda de espaço e privilégios, como a Globo e o Vaticano. Há um claro preconceito por trás disso. Uma postura agressiva velada. Ou alguém duvida que a Globo só me ataca e ataca a Igreja Universal por causa da Record? Para eles, a Record é uma ameaça. 

Fonte: R7

Hereges são pessoas legais que ganham o ouvido e enganam o coração!



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Por Josemar Bessa


Por que foi tão difícil para Paulo e os outros apóstolos combaterem os falsos mestres em seus dias?

Muitas pessoas esperam que aqueles que deturpam e torcem as verdades bíblicas sejam pessoas não amáveis, sem simpatia, sem carisma... Paulo disse aos coríntios: "E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz." -  2 Coríntios 11:14 - "Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo". 2 Coríntios 11:3

Em toda a história da igreja homens que propagaram heresias destruidoras eram amáveis, simpáticos, falavam em amor ao próximo, se empenhavam em caridade... hoje é assim como sempre foi. Podemos ensinar doutrinas antibíblicas enquanto falamos em ajuda aos pobres, missão integral, igreja relevante... Na verdade, todas as religiões podem falar sobre temas simpáticos, agradáveis, caridosos... sendo mesmo assim o oposto da revelação bíblica. Podemos passar horas lendo Confúcio, Budismo... Mas nossa questão aqui são heresias que saem da igreja, de líderes na igreja, simpáticos, caridosos... Paulo quando fala sobre líderes que ensinam doutrinas heréticas e desviam homens da verdade, diz: "e com suaves palavras e lisonjas (bajulações) enganam os corações dos simples." - Romanos 16:18

Falsos mestres são simpáticos, amáveis e adoram falar sobre amor. Mas o amor que é proposto é um tipo de amor completamente diferente do que a Bíblia ensina. É um sentimentalismo que põe a verdade de lado em nome do que chamam amor. Qualquer amor que é destrutivo para a verdade total do evangelho (com todo seu lado ofensivo ao homem natural), qualquer amor que ignora a verdade e a vê como um obstáculo, chamando-a de dogmatismo... qualquer amor que é tolerante com o erro ou propaga o erro... tem que ser completamente evitado e combatido... porque isso não está nem próximo da essência daquilo que a Bíblia chama de amor. Toda conversa sobre amor, caridade, missão, união... que põe a verdade de lado é exatamente o trabalho dos falsos mestres, falsos profetas... Como é doce ouvir "paz, paz..." – "E curam superficialmente a ferida da filha do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz." - Jeremias 6:14 – É isso que Paulo enfatiza: "e com suaves palavras e lisonjas (bajulações) enganam os corações dos simples." - Romanos 16:18

Na história da igreja homens que ensinaram doutrinas terríveis eram homens simpáticos e amáveis. Ário (Arius 256-336)  negava a divindade de Cristo. Ele defendia que o Logos e o Pai não eram da mesma essência, que o Filho era uma criação do Pai, que houve um tempo em que o Filho ainda não existia... Era um líder cristão em Alexandria. Mas é dito sobre ele que era um homem simpático, amável... Era descrito como  - brilhante, companheiro, atraente... um tipo de cidadão que todos gostariam de ter ao seu lado em causas nobres. Um tipo de homem que todos gostavam de ver ensinando a Bíblia... ele foi imensamente popular nos seus dias... Exatamente o que Paulo disse: "e com suaves palavras e lisonjas (bajulações) enganam os corações dos simples." - Romanos 16:18

Outro homem que ensinou as mesmas heresias foi Socino (Fausto Socinus 1539-1604) – Seu ensino rejeitou os pontos de vista ortodoxos teologia cristã no conhecimento de Deus, sobre a doutrina da Trindade,  divindade de Cristo , e na soteriologia... Mas ele em si era um cara legal e simpático, amável... Ele é descrito como um verdadeiro cavaleiro. Sua moral estava acima de qualquer suspeita e era conhecido por sua cortesia infalível. É descrito como muito mais cortês do que os Reformadores que viveram na mesma época, Calvino, Lutero... Enfim, Socino é descrito como homem exemplar.

Eis o motivo porque raramente é ou será popular combater e resistir os falsos mestres. Eis o motivo porque Paulo teve grandes problemas para combatê-los em Corinto, na igreja dos Gálatas, e em todas as outras igrejas. Falsos mestres, hereges... são amáveis, falam muito sobre o amor, em ajuda aos necessitados... são simpáticos, falam sobre "paz paz.." – então eles quase sempre são vistos como uma benção para a igreja. Eles sempre tem palavras cativantes. Eles são atenciosos. Eles falam o que muitos querem ouvir. Eles estão prontos a adaptar a verdade. Eles são cavaleiros... Então Paulo diz: "e com suaves palavras e lisonjas (bajulações) enganam os corações dos simples." - Romanos 16:18

"Suaves palavras" – A frase significa discurso suave. Eles sabem falar de forma inteligente. O diabo coloca os erros mais devastadores não na boca de hereges óbvios... ele não coloca esses erros na boca de homens que são um desastre para o objetivo dele. Palavra suaves e lisonjas. A palavra é eulogia, como elogio. É a ideia de uma eloquência falsa, mentiras bem escolhidas e que tem um som atraente e enganam o coração dos ingênuos,  é o que Paulo diz. Inteligente, eloquente, polido, de fala suave, elogiando, lisonjeiro, abraçando causas nobres... Ele ganha o ouvido e engana o coração.

Nunca, nunca será popular resistir falsos mestres na igreja, eles são vistos como benção e não tragédia!

Rede Globo x EBF Comunicações: em jogo, o comércio das coisas de Deus




"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura." - Marcos 16:15

O versículo acima é o mandamento de Cristo para que todo o que Nele crê colabore na divulgação da Sua Boa Nova. Assim, entende-se que quanto mais pessoas pregarem a Palavra, melhor.

Ou não.

Para muitos, o "pregar a Palavra" é a desculpa para encherem seus bolsos com os tesouros desta terra. Como não basta lucrar, tendo que lucrar muito mais do que os outros, é preciso que este "pregar" (ou melhor, mercadejar) ocorra sem a sombra de concorrentes que possam diminuir nosso ganho. O espiritual perde lugar para o administrativo. Os Evangelhos perdem força perante as teorias de Peter Drucker. A Palavra perde sua essência e se mostra ao gosto do freguês, no caso o povo, se apresentando obedecendo à risca os preceitos do marketing (pós) moderno.

Pois é, a pregação da Palavra se tornou, para muitos, um negócio dos mais rentáveis. E, como negócio, não admite concorrentes no mesmo nível. Se na Igreja Primitiva era possível um Paulo pregando de um lado e um Pedro de outro, no mundo pós-moderno basta que "meu" ministério arrecade milhões para "alcançar" milhares. Se outro ministério grandioso se levantar, tenho que me defender usando as estratégias de mercado.

Que diferente do "Ide"! Ao invés de haver alegria por outros estarem se levantando para pregar a Palavra, muitos ficamos muito irados, afinal os "outros" estarão "roubando" uma parcela do "mercado gospel" que deveria ser conquistada por nós!

Fico imaginando o apóstolo (de verdade) Pedro discutindo com o Paulo porque ele foi pregar para os gentios quando o Pedro é que tinha tido a visão da cornucópia…

Hoje tivemos a notícia de que a EBF Comunicações estava saindo do Troféu/Festival Promessas porque a Rede Globo, através de uma de suas empresas (Geo Eventos) tenciona montar uma Feira Gospel para concorrer com a Expocristã (do EBF). A justificativa da EBF, segundo o site Holofote.Net:

"Recentemente a EBF foi surpreendida por diversas ações da GEO Eventos, que vem oferecendo ao mercado propostas de um evento voltado ao público sem a concordância e participação da EBF, alijada do processo de maneira antiética e unilateral.

Uma vez que foi a EBF Comunicações quem introduziu a GEO Eventos no meio cristão por ocasião do contrato celebrado entre as partes, essas ações têm gerado questionamentos para empresas e ministérios que compõem o segmento por entender que as ações atuais daquela empresa têm ainda a anuência da EBF.

Desta forma, a EBF Comunicações esclarece que não possui vínculo nem envolvimento nestas iniciativas e declara de forma veemente que repudia o modo como a GEO eventos/Globo Comunicação e Participações S.A. vêm tratando o assunto, deixando de reconhecer direitos legítimos que a EBF tem garantido por contrato assinado entre as partes.

Neste ínterim, a EBF seguirá as instruções do seu departamento jurídico, que está representando a empresa em seu fiel compromisso de prestar serviços relevantes para o meio evangélico, através dos projetos e eventos."

Ou seja, por causa do DINHEIRO há a luta pela primazia da "pregação da Palavra". E não se espantem, isso não ocorre apenas neste caso. Assistam aos programas de telepastores e vejam a "guerra fria" com o fim de fazer pescaria em aquário alheio.

Nada em nome de Jesus. Tudo isso em nome da luta pelo poder religioso e os tesouros que este pode trazer a quem o tem.

No ano passado estivemos no Festival Promessas lá no Rio, estendendo nossas faixas que alertavam contra a mercantilização da fé e a espetacularização do Sagrado. Recebemos muitas críticas de gente que dizia que os cantores gospel contratados pela Vênus Platinada estavam levando a Palavra de Deus através da telinha. 



E agora? O que essas pessoas dirão? De que lado ficarão: da Rede Globo ou da EBF Comunicações?

Nós continuaremos do mesmo lado que antes: do lado da defesa da fé, do lado da busca pela pregação genuína do Evangelho de Cristo, o Evangelho daqueles que dão sua vida para que Jesus viva neles. Este Evangelho é odiado pelos deste mundo, pois não promete riquezas e poder, mas nos conclama a seguir o Mestre, isto é, viver como Ele viveu. Jesus nos ensinou a amar a todos e a SERVIR a todos, não sermos amados ou servidos. É um Evangelho de renúncia, de morte neste mundo para se receber a vida verdadeira no mundo vindouro, não de busca desenfreada por riquezas e poder.

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." – Romanos 12:1-2

Neste ano, no dia 8 de dezembro, estaremos novamente estendendo nossas faixas no Festival Promessas, que desta vez será no Campo de Marte, zona norte de São Paulo. Mas não estaremos estendendo nossas faixas contra a Globo e a favor da EBF. Nossas faixas alertarão sobre os lobos (globais ou expomamonais) que rosnam uns contra os outros na ânsia de comer a maior parte do rebanho.

Você está convidado(a). Estaremos lá. E você, onde estará?

VOLTEMOS AO EVANGELHO PURO E SIMPLES,
O $HOW TEM QUE PARAR!

27 de novembro de 2012

O Inferno em que Rob Bell se Meteu.



Acabo de ler a entrevista que Rob Bell deu à revista VEJA desta semana (28/11/2012) com o título “Quem falou em céu e inferno?”. A entrevista provocou intensa polêmica nas redes sociais. Rob Bell se tornou uma figura polêmica quando passou a pregar a salvação de todos os seres humanos no final (universalismo) negando, assim, a realidade do inferno. Este ano ele deixou a igreja que fundou, a Mars Hill Bible Church – não confundir com a Mars Hill Church do Mark Driscoll, uma não tem nada a ver com a outra – para se dedicar ao ministério itinerante percorrendo, segundo a revista VEJA, “o mesmo circuito das bandas de rock”.
Inteligente, carismático, conectado e bom comunicador, Rob Bell tem atraído muitos jovens evangélicos no Brasil, especialmente após o lançamento de seu livro O Amor Vence no ano passado e seus vídeos muito bem produzidos no YouTube.
Achei a entrevista dele extremamente esclarecedora, mesmo considerando que estas entrevistas são editadas e por vezes amputadas pelos editores e raramente publicadas na íntegra. Se o que temos na VEJA é realmente o pensamento de Rob Bell, então declaro aqui que poucas vezes na minha vida vi uma figura religiosa de prestígio se contradizer tanto em um espaço tão curto. É por isto que esta entrevista é esclarecedora. Qualquer evangélico de bom senso, que tenha um mínimo de conhecimento bíblico e que saiba seguir um raciocínio de maneira lógica irá se perguntar o que Rob Bell tem que atrai tanta gente.
Vou começar reconhecendo o que não há de tão ruim na entrevista. Bell se posiciona contra o aborto e reconhece as limitações do darwinismo para explicar a totalidade da existência, embora aceite que Deus poderia ter usado o processo evolutivo como o método da vida.  
Bell também está certo quando diz que céu e inferno são “como dimensões da nossa existência aqui e agora”. Concordo com ele. Os ímpios já experimentam aqui e agora, alguns mais e outros menos, os sofrimentos iniciais do inferno que se avizinha. Da mesma forma, os salvos pela fé em Cristo, pela graça, já experimentam o céu aqui e agora, embora de forma limitada. Lembremos que Jesus disse que quem crê nele já tem a vida eterna. O Espírito em nós é o penhor da nossa herança e nos proporciona um gosto antecipado do que haverá de vir.
Surpreendente para mim foi ver que nesta entrevista Bell não nega o céu ou o inferno depois da morte, mas sim que possamos saber com certeza que eles existem depois da morte. Nas suas próprias palavras, “acredito que céu e inferno são realidades que se estendem para a dimensão para a qual vamos ao morrer, mas aí já entramos no campo da especulação”. A “bronca” dele é com a certeza e a convicção que as igrejas e os evangélicos têm de que após a morte existe céu e inferno. “Vamos pelo menos ser honestos. Ninguém sabe o que acontece quando morremos. Não tem fotografia, não tem vídeo”. É claro que, por este critério, também não podemos ter certeza se Deus existe ou que Jesus existiu, pois não temos nem foto nem vídeo deles – que eu saiba...
Nesta mesma linha, ao se referir ao fato de que acredita que Deus ao final vai conquistar todos, diz “não sei se isso vai acontecer, também não sei o que acontece quando morremos.”
Então, tá. Não sabemos o que acontece depois da morte. Mas é aí que começam as contradições de Rob Bell. Ao ser perguntado se Gandhi, que não era cristão, estaria no inferno, ele responde “acredito que está com o Deus que tanto amou”. Isso só pode ser o céu, certo? A resposta coerente e honesta com seu pressuposto seria “não sei”.
Da mesma forma, quando a revista pergunta sobre Hitler, se ele está no céu, Bell responde que Deus deu a Hitler o que Hitler buscou a vida toda, “infernos para si e para os outros”. E acrescenta “qualquer reconciliação ou perdão, nesse caso, está além da minha compreensão”. Se esta resposta não quer dizer que Hitler recebeu o inferno da parte de Deus depois da morte não sei o que mais poderia representar. A resposta coerente e honesta deveria ter sido esta: “não sei”, o que significa dizer que ele admite a possibilidade de Hitler ter ido para o céu.
À certa altura o jornalista perspicaz indaga acerca do livre arbítrio: “não existe escolha, então, ninguém pode dizer não ao paraíso?” E Bell retruca, “acho que você pode dizer não ao paraíso e neste caso talvez você fique em algum estado de rejeição ou resistência. Talvez seja esse o estado que as pessoas chamam de ‘inferno’”. Bom, parece por esta resposta que para Bell o inferno é na verdade o céu, só que os condenados no céu viverão em estado constante de rejeição e resistência a Deus. Mas, qual o céu disto e neste ponto, em que difere do inferno? Vá entender... e é claro, de onde ele tirou esta ideia? Se não temos na Bíblia informação suficiente para saber se o céu e o inferno existem, muito menos para uma teoria destas.
Não é difícil identificarmos as origens destas contradições tão óbvias no pensamento de Rob Bell.
A primeira e mais importante é que ele rejeita o ensino de Jesus Cristo nos Evangelhos sobre o inferno e o céu. Se Jesus era a personificação do Deus que é amor – e amor é, para Bell, o mais importante, senão o único, atributo de Deus – este é um fato que não pode ser desprezado. Eis alguns poucos exemplos:
·        Mat 5:22  Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
·        Mat 5:29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
·        Mat 5:30  E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.
·        Mat 10:28  Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.
·        Mat 11:23  Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje.
·        Mat 16:18  Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
·        Mat 18:9  Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo.
·        Mat 23:15  Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!
·        Mat 23:33  Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
·        Marcos 9:43  E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível
·        Marcos 9:45  E, se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno
·        Marcos 9:47  E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois seres lançado no inferno,
·        Lucas 10:15  Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno.
·        Lucas 12:5  Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer.
·        Lucas 16:23  No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio.
·       Mat 13:42 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
·       Mat 3:12 A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.
·       Mat 25:41 Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. E irão estes para o castigo eterno, porém os justos, para a vida eterna.
·       João 15:6 Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
·       Mat 22:13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
As referências de Jesus ao inferno, como o castigo eterno dos ímpios, formam reconhecidamente um dos temas dominantes do ensino dele, como pode ser claramente visto acima. Contudo, Rob Bell afirma contra todas as evidências que Jesus falou muito mais do sofrimento real que as pessoas têm aqui neste mundo. É claro que o Senhor Jesus se preocupou com o sofrimento presente, mas consistentemente, como pode ser visto nas passagens acima, ele nos avisa que o sofrimento eterno é muito pior.
O que espanta é o uso seletivo que Rob Bell faz das palavras de Jesus. Ele ignora por completo todas as passagens cima em que Jesus fala do inferno mas se refere à fala dele sobre os sofrimentos físicos. Bell fala várias vezes na mensagem de amor pregada por Jesus. Mas, de onde ele tirou estas informações acerca da pregação de Jesus? Só pode ter sido do Novo Testamento, o único documento que a preservou. Mas, então, por que ele ignora uma das maiores ênfases da pregação de Jesus, que foi o castigo eterno preparado para os ímpios?
Se Rob Bell diz que não podemos ter certeza de que o céu e o inferno existem, como ele pode ter certeza, então, que Jesus pregou sobre o amor e o sofrimento das pessoas neste mundo? Estas coisas todas estão no Novo Testamento. É evidente a interpretação enviesada, preconceituosa e selecionada que ele faz, conservando as passagens que lhe interessam e rejeitando as que o contradizem.
Outra razão para as contradições de Rob Bell é a sua base epistemológica. Ele declara: “nunca fiquei preocupado com sistema doutrinário, nunca me empenhei em ter confirmação de meu dogma.” Tudo bem. Mas, então, o que ela pensa sobre céu e inferno é o que? Para mim, é sistema doutrinário e dogma. É teologia. Mas, onde ele baseia suas ideias, enfim? A resposta é surpreendente: “tive alguns encontros meus, profundos, com o amor de Deus que tiveram sobre mim, digamos, um impacto pré-cognitivo.” Parece que ele teve algumas experiências que serviram para orientar a sua teologia. Aqui o ensino das Escrituras passou longe, como única regra de fé e prática. Bell é mais um daqueles hereges que apela para suas experiências como fonte de autoridade. Nada novo aqui.
E deve ser por isto que o conceito dele sobre Deus é tão equivocado. Deus é amor, diz Bell. Por isto, a salvação universal deve ser o ponto de partida. Para ele, é “incompreensível um cristão que não considera a salvação universal como a melhor saída, a melhor história”. O erro deste raciocínio, evidentemente, é não levar em conta que Deus também é justo, verdadeiro, santo e reto. Não se pode separar os atributos de Deus e não podemos considerá-lo a partir de um destes atributos somente. O amor de Deus deve ser levado em conta juntamente com a sua santidade e sua justiça. Portanto, um cristão verdadeiro não considera o universalismo como a melhor saída ou o melhor fim da história. O melhor fim da história é aquele escrito por Paulo:
Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (Rom 9:22-24).
A melhor saída é aquela onde Deus expressa a plenitude do seu ser, o seu amor e a sua ira, nos que se salvam e nos que se perdem, no céu e no inferno.
Por fim, Bell faz uma inferência historicamente equivocada em suporte de seu argumento. Afirma ele que “as pessoas mais interessadas em discutir o inferno depois da morte são as menos interessadas em discutir o inferno sobre a terra”. Não há dúvida de que entre os evangélicos que acreditam no céu e no inferno há muitos que não se importam com as questões sociais, mas a afirmação de Bell é uma generalização grosseira. Calvino, Lutero e os demais reformadores criam no inferno e pregavam abertamente sobre ele. Contudo, poucos fizeram tanto para diminuir o sofrimento da Europa de sua época, abrindo escolas, hospitais, orfanatos, brigando contra leis injustas, o monopólio de alimentos e a corrupção do Estado. Outros muitos exemplos poderiam ser dados para contradizer esta falácia de Rob Bell.
Obrigado, revista VEJA, por ter exposto o pensamento de Rob Bell ao Brasil, as suas incoerências, sofismas e as origens de suas ideias estranhas. Como sempre acontece com as seitas, muitos os seguirão. Mas, como nos disse o apóstolo João,
Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. (1Jo 2:19).

Fonte:

26 de novembro de 2012

PROMOÇÃO “NA LIMOUSINE COM O THALLES” É VERDADEIRA?: THALLES DIZ QUE NÃO, ORGANIZADORES DIZEM QUEM SIM!





A notícia da tal promoção da Limousine tem gerado polêmica entres os fãs do Thalles Roberto nas redes sociais.

Na verdade, muitos internautas foram abordados de surpresa em suas caixas de e mail, sendo convidados a participarem de tal promoção. O site Agita Vale Gospel, que não tenho certeza se organiza, mas que divulga eventos do mercado gospel, é o responsável pela peripécia bizarra, antropocêntrica e ridícula chamada de “Na Limousine com o Thalles”, onde se propõe a levar o fã premiado para o show, ao lado de seu ídolo. (Que prêmio, hein?)

Pois bem… a bomba explodiu e recebeu toneladas de críticas nas redes sociais e nos blog’s.

Quando vi a coisa, não acreditei. No Púlpito Cristão, o mano Leonardo Gonçalves postou a sua tristeza para com o público que aprovou a ideia: “O pior de tudo é que tem gente que curte esse tipo de idolatria gospel… lamentável”. Mas não demorou muito para o site do Thalles logo cuidar de se retratar e a outra ala de fãs do cantor (que não viu com bons olhos a ideia), a divulgar o que seria uma falsa informação.

Vejamos a defesa postada pela assessotia de imprensa do Thalles Roberto:

“O cantor e pastor Thalles informa por meio de sua assessoria de imprensa que não está realizando qualquer tipo de promoção referente à passeio em limusine ou similar. TODA E QUALQUER PROMOÇÃO, AGENDA E NOTÍCIAS OFICIAL SÃO publicadas primeiro neste site.

Somente depois da repercussão nas redes sociais Thalles tomou conhecimento desta promoção. “No dia que eu entrar em uma limusine com um fã para ir em um show, pode dizer que eu estou doido e jogar uma pedra na minha cabeça, jamais faria isso, sou pastor de ovelhas, não artista”.

Segundo Thalles, o responsável por esta agenda em sua equipe entrou em contato com a organização do evento informando que ele NÃO vai participar de nenhuma programação deste tipo. Mesmo que tenham feito sem qualquer autorização oficial dele.

“Nem todos que dizem Senhor, Senhor vão entrar no reino dos céus. Quando nos tornamos pessoas públicas esse tipo de informação se espalha sem tomarmos conhecimento. “Eu não sou artista, sou pastor. As pessoas que me acompanham não são fãs, são ovelhas. Tenho muito respeito e temor pelo chamado que o Senhor me confiou”, finaliza Thalles.”

No entanto, hoje, dia 22 de novembro, o portal Agita Vale Gospel replicou a declaração da assessoria do cantor, dizendo o seguinte:

“Em relação à nota divulgada pelo cantor Thalles Roberto sobre a Promoção:

O Portal Agita Vale Gospel informa que a promoção era sim de extrema veracidade e de conhecimento da assessoria do cantor.

A promoção, jamais teve a intenção de macular a imagem de quaisquer pessoas envolvidas, sejam elas das partes organizacionais do evento, assessoria do cantor ou do próprio cantor.

Toda a produção da promoção seria custeada através do nosso Portal. Não foi proporcionado nenhum custo ou cachê para a participação, tanto para os ganhadores quanto ao próprio cantor ou assessoria.

Porém, devido a imensa divulgação negativa por parte de alguns veículos que se dizem “cristãos”, que postaram matérias maliciosas e com isso impulsionaram uma repercussão muita negativa em relação à promoção, o Thalles decidiu não participar.

O cancelamento foi exatamente pelo fato de ter causado um boom por toda a rede de uma forma muito negativa. Muitos comentários foram lançados, sem antes mesmo do resultado final da Promoção.

Salientamos que em nossas redes sociais, até o momento não havia sequer comentários negativos e que as matérias postadas não expressam a opinião do nosso público. Sites postaram matérias através de uma visão isolada, como se fosse a opinião da unanimidade.

Agora, mediante a alguns comentários esdrúxulos, ressaltamos aqui:

Se o show fosse na época de Jesus, não seria alugado uma Limousine, seria sim alugado uma charrete ou um barco e aí seria: “Na charrete com o Thalles” que seria algo de mais moderno da época.

Impressionante! O tempo muda, mas ainda existem “cristãos” com mente pequena.

Se Jesus viesse à terra nos dias de hoje, será que ele ainda usaria um jumentinho?

A ideia era proporcionar algo diferente e inovador, mas infelizmente, grande parte do nosso público cristão ainda possui pensamentos pequenos e às vezes mesquinhos.

Nosso objetivo sempre foi proporcionar aos Levitas do Senhor ou entrevistados em geral, o melhor tratamento possível e entendemos que essa seria uma das grandes formas de honrar um servo de senhor.

Entendemos que, o Thalles sendo uma pessoa pública deva pensar primeiro em seu público. Só lamentamos pela falta de visão e entendimento de várias pessoas e até de alguns veículos de comunicação.”

***

O que penso sobre isso?

Primeiramente, a coisa está feia.

Segundo. Não sei ao certo quem está dizendo a verdade. Porém, de uma coisa não tenho dúvidas: qualquer contratante do Thalles, ou outro famoso qualquer, dificilmente terá acesso ao artista gospel, mas sim a uma equipe seja de assessoria, relações públicas, empresário, produtor, etc. Portanto, todos detalhes dos eventos, assim como os possíveis vexames, certamente envolvem estes setores , sem que o artista esteja diretamente ciente. Há esta possibilidade remota, mas há.

Terceiro. Do mesmo modo, com a presença desses profissionais intermediários, fica fácil dar um calote, sair pelos corredores, voltar atrás, ou inventar qualquer desculpa afirmando não saber de nada, usando-os como escudo.

Finalizando, “Mesmo sem entender” a situação, vamos esperar pra ver como termina esse impasse.

P.S.: Não sei o pior foi a ideia da Limousine divulgada pelo portal Agita Vale Gospel, ou a tréplica que fez em relação a declaração de negação do Thalles. (??????)

***

Com infomações do Púlpito Cristão, Gospel Prime, Thalles Roberto e Agita Vale Gospel. Antognoni Misael, do Arte de Chocar.


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2012/11/promocao-na-limousine-com-o-thalles-e.html#ixzz2DMvBCAG3
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