O ministério apostólico
O chamado movimento de restauração defende a tese de que Deus está restaurando a igreja. Para estes, após a morte dos primeiros apóstolos, a igreja de Cristo, paulatinamente experimentou um processo de declínio espiritual culminando com a apostasia vivenciada pelos seus adeptos no período da idade média.
Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes, Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, Finney pelo vigor do avivamento, Azuza, pelo ressurgimento do batismo com Espírito Santo com evidência em falar em linguas estranhas, e agora em pleno século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor antes de sua vinda. Segundo estes, os apóstolos de hoje possuirão em alguns casos maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente de pensamento a glória da segunda casa será maior do que a primeira.
O escritor Peter Wagner acredita que a igreja no terceiro milénio está entrando na segunda era apostólica, semelhante à primeira era apostólica dos dias do Novo Testamento. Ele diz: “Somos testemunhas de uma mudança transcendental na estrutura da Igreja. Particularmente, eu gosto de chamá-la Nova era apostólica”. Isto porque “atualmente, um crescente número de líderes cristãos reconhece e afirma tanto o dom, como a função de apóstolo. Os apóstolos ressurgiram!” Miguel Ângelo fundador da igreja Cristo Vive, em entrevista a revista enfoque gospel disse: “assim como foi necessário ungir no passado apóstolos e profetas, Deus o faz de novo por uma urgente necessidade de expansão do Reino, trazendo revelações às nações, porque os tempos do fim se aproximam” (Edição 62 - SET / 2006).
Há pouco, um destes "apóstolos", em um emissora de televisão afirmou que se um dia pudesse encontrar com o apóstolo Pedro lhe diria o seguinte: "- Pedro, cá entre nós, de apóstolo para apóstolo, acho que você errou em escrever isso aqui."
Pois é, estes loucos acreditam que possuem a mesma autoridade apostólica dos apóstolos do primeiro século. Para estes o ministério apostólico não morreu. Na verdade, os pastores em questão advogam que o ministério apostólico é perpétuo e que o livro de Atos ainda continua a ser escrito por santos homens de Deus que mediante a sua autoridade apostólica agem em nome do Senhor.
Ora, inevitavelmente isto me faz lembrar os mórmons e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias que ensinam que o corpo de escritos inspirados por Deus não se fechou, e que Deus tem muita coisa nova para dizer e para revelar aos seus santos através de seus apóstolos.
Infelizmente, assim como os mórmons, os adeptos do movimento apostólico consideram a Bíblia uma fonte importante, embora não única de fé. Para os apostólos deste tempo, Deus através de seus profetas pode revelar coisas novas, ainda que isso se contraponha a sua Palavra. Basta olharmos para os decretos espirituais que chegaremos à conclusão que os apóstolos do século XXI, acreditam entrelinhas que suas revelações são absolutamente diretivas e inquestionáveis.
Caro leitor, tenho pleno convicção de que o ministério apóstólico cessou com a morte de João e que absolutamente ninguém possui condições de tomar para si o titulo em questão, visto que nenhum homem na face da terra possui as credenciais bíblicas para ser um apóstolo.
As Escrituras Sagradas são claras em afirmar que algumas marcas deveriam caracterizar efetivamente o ministério apostólico, senão vejamos:
1. O apóstolo teria que ser testemunha do Senhor ressurreto.
Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo conversando sobre quem substituiria a Judas. No cap. 1:21-22 lemos: “É necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós , começando no batismo de João, até ao dia em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição”. Paulo diz que viu Jesus ressurreto: “Não sou, porventura livre? Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, Nosso Senhor?” (I Co 9:1).
2. O apóstolo tinha de ter um chamado especial da parte de Cristo para exercer este ministério.
3. O apóstolo era alguém a quem foi dada autoridade para operar milagres. Isso fica bem claro em II Co 12:12 - “Pois as credenciais do meu apostolado foram manifestados no meio de vós com toda a persistência, por sinais prodígios e poderes miraculosos”. Era como se ele dissesse: “Como vocês podem questionar meu ofício de apóstolo se as minhas credenciais foram apresentadas claramente entre vós”. Sinais, milagres e prodígios maravilhosos.
4. O apóstolo tinha autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.
5. Os apóstolos tiveram autoridade para estabelecer a ordem nas igrejas. Nomeavam os presbíteros, decidiam questões disciplinares e questões doutrinárias, e falavam com autoridade do próprio Jesus: “... mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”(Jô 14:26).
Caro leitor, a luz destas afirmações para, pense e responda sinceramente: Será que diante destas prerrogativas os famosos apóstolos brasileiros podem de fato reivindicar o título de apóstolo de Cristo? Por acaso algum deles viu o Senhor ressurreto? Foram eles comissionados por Cristo a exercerem o ministério apostólico? Quantos dos apóstolos brasileiros ressuscitaram mortos? E suas doutrinas? Possuem elas autoridade para se contraporem aos ensinamentos bíblicos?
Isto posto, sem a menor sombra de dúvidas considero a utilização do título "apóstolo" por parte dos pastores brasileiros como uma apropriação indevida de um ministério que não existe mais.
Pense nisso!
Renato Vargens
Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes, Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, Finney pelo vigor do avivamento, Azuza, pelo ressurgimento do batismo com Espírito Santo com evidência em falar em linguas estranhas, e agora em pleno século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor antes de sua vinda. Segundo estes, os apóstolos de hoje possuirão em alguns casos maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente de pensamento a glória da segunda casa será maior do que a primeira.
O escritor Peter Wagner acredita que a igreja no terceiro milénio está entrando na segunda era apostólica, semelhante à primeira era apostólica dos dias do Novo Testamento. Ele diz: “Somos testemunhas de uma mudança transcendental na estrutura da Igreja. Particularmente, eu gosto de chamá-la Nova era apostólica”. Isto porque “atualmente, um crescente número de líderes cristãos reconhece e afirma tanto o dom, como a função de apóstolo. Os apóstolos ressurgiram!” Miguel Ângelo fundador da igreja Cristo Vive, em entrevista a revista enfoque gospel disse: “assim como foi necessário ungir no passado apóstolos e profetas, Deus o faz de novo por uma urgente necessidade de expansão do Reino, trazendo revelações às nações, porque os tempos do fim se aproximam” (Edição 62 - SET / 2006).
Há pouco, um destes "apóstolos", em um emissora de televisão afirmou que se um dia pudesse encontrar com o apóstolo Pedro lhe diria o seguinte: "- Pedro, cá entre nós, de apóstolo para apóstolo, acho que você errou em escrever isso aqui."
Pois é, estes loucos acreditam que possuem a mesma autoridade apostólica dos apóstolos do primeiro século. Para estes o ministério apostólico não morreu. Na verdade, os pastores em questão advogam que o ministério apostólico é perpétuo e que o livro de Atos ainda continua a ser escrito por santos homens de Deus que mediante a sua autoridade apostólica agem em nome do Senhor.
Ora, inevitavelmente isto me faz lembrar os mórmons e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias que ensinam que o corpo de escritos inspirados por Deus não se fechou, e que Deus tem muita coisa nova para dizer e para revelar aos seus santos através de seus apóstolos.
Infelizmente, assim como os mórmons, os adeptos do movimento apostólico consideram a Bíblia uma fonte importante, embora não única de fé. Para os apostólos deste tempo, Deus através de seus profetas pode revelar coisas novas, ainda que isso se contraponha a sua Palavra. Basta olharmos para os decretos espirituais que chegaremos à conclusão que os apóstolos do século XXI, acreditam entrelinhas que suas revelações são absolutamente diretivas e inquestionáveis.
Caro leitor, tenho pleno convicção de que o ministério apóstólico cessou com a morte de João e que absolutamente ninguém possui condições de tomar para si o titulo em questão, visto que nenhum homem na face da terra possui as credenciais bíblicas para ser um apóstolo.
As Escrituras Sagradas são claras em afirmar que algumas marcas deveriam caracterizar efetivamente o ministério apostólico, senão vejamos:
1. O apóstolo teria que ser testemunha do Senhor ressurreto.
Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo conversando sobre quem substituiria a Judas. No cap. 1:21-22 lemos: “É necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós , começando no batismo de João, até ao dia em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição”. Paulo diz que viu Jesus ressurreto: “Não sou, porventura livre? Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, Nosso Senhor?” (I Co 9:1).
2. O apóstolo tinha de ter um chamado especial da parte de Cristo para exercer este ministério.
3. O apóstolo era alguém a quem foi dada autoridade para operar milagres. Isso fica bem claro em II Co 12:12 - “Pois as credenciais do meu apostolado foram manifestados no meio de vós com toda a persistência, por sinais prodígios e poderes miraculosos”. Era como se ele dissesse: “Como vocês podem questionar meu ofício de apóstolo se as minhas credenciais foram apresentadas claramente entre vós”. Sinais, milagres e prodígios maravilhosos.
4. O apóstolo tinha autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.
5. Os apóstolos tiveram autoridade para estabelecer a ordem nas igrejas. Nomeavam os presbíteros, decidiam questões disciplinares e questões doutrinárias, e falavam com autoridade do próprio Jesus: “... mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”(Jô 14:26).
Caro leitor, a luz destas afirmações para, pense e responda sinceramente: Será que diante destas prerrogativas os famosos apóstolos brasileiros podem de fato reivindicar o título de apóstolo de Cristo? Por acaso algum deles viu o Senhor ressurreto? Foram eles comissionados por Cristo a exercerem o ministério apostólico? Quantos dos apóstolos brasileiros ressuscitaram mortos? E suas doutrinas? Possuem elas autoridade para se contraporem aos ensinamentos bíblicos?
Isto posto, sem a menor sombra de dúvidas considero a utilização do título "apóstolo" por parte dos pastores brasileiros como uma apropriação indevida de um ministério que não existe mais.
Pense nisso!
Renato Vargens
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Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!
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(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.
(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.
“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .