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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

16 de março de 2011

Em honra dos excluídos: Homossexuais



Homossexualismo. Toda vez que nos deparamos com este tema um turbilhão de emoções se conflitam em nossas mentes e corações não é mesmo? Acho que nos dias atuais é quase impossível para qualquer pessoa que viva em sociedade não se deparar com algum amigo, visinho ou até familiar que se define como homossexual. É nessa hora que os conflitos se iniciam para o Cristão, pois esta realidade acaba por “bater” a sua porta.
Quero frisar e deixar claro desde agora que a Sagrada Escritura é estanque no que se refere ao ato homossexual em minha visão e eu, como cristão que sou, tenho por base que o que esta me reflete a verdade e a visão Divina para todas as coisas. Porém apresar de todos os meus preconceitos, que não são poucos acredite, resolvi enfocar o tema por achar que muitos de nós não estamos sabendo lidar com pessoas como Mel White.
Mel White é um escritor americano que por muito tempo foi tele evangelista e ajudou a escrever livros de autores renomados como Francis Schaeffer, Pat Robertson, Oliver North, Billy Graham, W.  A. Criswell, Jim e Tammy Faye Bakker, Jerry Falwell. Nenhum destes autores cristãos sabia das opções sexuais de Mel nesta época e por isso mesmo vários deles ainda hoje permanecem zangados com ele.
Conheci a história de Mel através de seu livro Stranger at the Gate: To be Gay and Christian in America (Estranho no portão: Ser gay e cristão na América), onde ele conta em detalhes toda sua luta para tentar “não ser gay” incluindo terapias em grupo, rituais de exorcismo, uso de drogas, etc. Mel era casado, tinha família e um nome a zelar dentro da esfera “Gospel” mas chegou um momento em que a situação se tornou insustentável e ele resolveu assumir sua opção sexual. Do dia para noite perdeu amigos, família e ganhou notoriedade de maneira negativa, é claro!
Dias atrás assisti um episódio de uma série médica norte americana em que um casal homossexual estava no hospital e um deles estava entre a vida e a morte. Para encorajar seu amor o parceiro deste o lembrava de todas a passeatas gays em que este havia lutado por direitos iguais, onde inúmeras vezes foi vítima de insultos, escárnios e agressões físicas.
Na década de 80 quando estas passeatas tiveram início nós cristãos as resistíamos com nossa voz. Em Washington, no ano de 1987 cerca de 300.000 participantes gays marcharam, e apenas uma minoria pretendeu chocar o público usando roupas que nenhum telejornal mostraria. O dia de outubro era frio, e nuvens cinzentas derramaram gotas de chuva sobre as colunas desfilando pela capital. Não demorou até um grupo de cristãos que vinham em sentido contrário se depararem com o grupo o insultando com palavras de ordem. "Combustível do inferno! Fora!", o líder deles gritava em um microfone. E os outros pegavam a deixa: "Fora, fora...". Quando isso perdeu a força, passaram para as frases: "Que vergonha! Que vergonha!". Entre as cantorias, os líderes transmitiam mensagens cheirando a enxofre a respeito de Deus reservando o fogo do inferno mais quente para os sodomitas e outros pervertidos. "AIDS, AIDS, ela vai pegar vocês", era o último motejo no repertório dos que protestavam a frase gritada com mais ardor. Havia recém acabado uma triste procissão de várias centenas de pessoas com AIDS: muitos em cadeiras de rodas, com corpos esquálidos de sobreviventes de campos de concentração. Ouvindo a cantilena, é difícil imaginar como alguém poderia desejar esse destino para outro ser humano ainda mais se proclamando detentor da “Boa Nova”.
Não considero certa a postura de uma pessoa que envereda pelo homossexualismo assim como não apóio a poligamia, mas será que a opção sexual de alguém que conheço deveria mudar a maneira como o vejo? Alguém perde os valores e virtudes a partir deste momento? Certa vez um pastor disse: “Caráter não tem nada a ver com opção religiosa!” Eu concordo com isso! Em suma, posso não concordar com as opções de alguém, mas Deus me manda amar, orar e mostrar a verdade com amor. Se me furtar a essa atribuição então a igreja deixa de ser um porto seguro para pessoas como Mel e eu não poderei questionar se futuramente não aliarem a palavra cristãoà palavra Graça.

Por Soupepe do Crentassos

5 comentários:

  1. Mesmo correndo o risco de ser tachado de simplista, quero aproveitar a oportunidade dada por esta postagem para expressar minha singela opinião.
    A meu ver, há várias inconsistências envolvendo a discussão homossexualismo x fé cristã.
    Primeiro, há o erro (já presente no discurso de muitos cristãos) de tratar a questão em termos de “opção sexual”. Tal conceito é um óbvio absurdo. Não existe opção sexual. Nenhum ser humano escolhe antecipadamente seu gênero. Os pais podem sim usar algum método para determinar se virá um menino ou uma menina, mas isto são os pais, não o ser proposto. E se a identidade sexual psíquica não corresponde à identidade fisiológica, há um evidente distúrbio na personalidade do indivíduo. Como já observou o prof. Olavo de Carvalho, não é possível vivenciar de modo saudável uma sexualidade que não tenha uma correspondência corporal.
    Em segundo, criou-se toda uma mitologia em torno da homossexualidade, e mesmo no meio cristão ela já é vista como um “quase-não-pecado”, algo que tem que ser compreendido, avaliado e, por fim, tolerado. O discurso do politicamente correto já entrou e se entranhou na igreja. Aliás, esta postagem é a prova documental disto, haja visto o título: "Em honra dos excluídos(???)".
    Em terceiro, muito das dificuldades que os homossexuais apontam no processo de tentar deixar o estilo de vida homossexual é fruto de uma atmosfera maligna gerada pelo “evangelho do bem estar”, que anuncia desavergonhadamente que todo mundo tem o DIREITO de ser feliz, apesar de o evangelho de Cristo não dizer bem isto. Ai, forma-se um exército de decididos que nada sabe sobre o sofrimento, a renúncia, a perseverança e a cruz. Quero crer que a luta interior de um homem ou mulher que decidiu-se a abandonar o homossexualismo não é pior do que a luta daqueles que decidiram deixar a cocaína, o cigarro, o sexo livre, a cleptomania, etc. É a luta de todo discípulo de Cristo, que aprendeu e está aprendendo que mortificar a carne é difícil mesmo! A Bíblia e a própria vida ensinam que tudo o que é realmente importante tem um custo proporcional. A libertação de uma alma escravizada é algo realmente grandioso do ponto de vista da eternidade, já que Jesus afirmou que há festa no céu quando uma alma se arrepende.
    Não é minha intenção fazer pouco do drama que cada homossexual ou ex-homossexual está enfrentando, principalmente dentro das igrejas, apenas acho que colocar isto à parte do drama pessoal que todos os discípulos de Cristo enfrentam em suas lutas contra o pecado não ajuda em nada a causa.

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  2. Herberti...
    Entendo seu ponto de vista mas classificar no Hall dos distúrbios de comportamento o que notadamente não se encontra lá a algum tempo é leviano de sua parte, porém aceitarei de bom grado sua opinião a este respeito se vc mostrar algum artigo científico provando que ainda o é. Quero deixar muito claro que não concordo com a prática homossexual( como já frisei exaustivamente no texto) mas dedicar a estas pessoas o status de doentes ou com distúrbios de caracter é uma solução um tanto quanto simplista. Obviamente vários são os fatores envolvidos no caso mas é justamente por este tipo de discurso "puritano" que a igreja está tão fragmentada hoje em dia distanciando-se cada vez mais da tão sonhada unidade que nosso Senhor almejava em sua oração. Não obstante Deus não me manda segregar ninguém então porque estamos discutindo aqui sobre isso???
    Ame cara, simplesmente isso!! E Creio que Deus vai fazer sua obra nos corações destas pessoas!
    O texto trata sobre isso e desculpe se vc entendeu qualquer coisa contrária a isso!
    Pepe (Blog Crentassos)

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  3. Prezado Pepe. Se me permite a franqueza, sua resposta apenas me deixou mais seguro de minha posição, senão vejamos:
    1.Foi dito que a homossexualidade não figura mais no "Hall" dos distúrbios. Realmente, ela deixou de ser classificada como um desvio de personalidade no início da década de 1970. Mas até então estava lá, nos manuais de psiquiatria e psicologia. Como que algo, que era tido como um mal, de um momento para o outro torna-se normal? Se tudo foi fruto do preconceito gerado ao longo de gerações, temos mais é que pedir perdão a todos os homossexuais, aceitando a eles e aos seus estilos de vida sem qualquer reserva, principalmente na igreja. Devemos nós também passar a crer e ensinar que os textos bíblicos que proíbem homens (e mulheres) de terem intimidade com alguém do mesmo sexo são injunções culturais e de época, inaplicáveis no mundo ocidental moderno, sendo toda esta polêmica uma grande ignorância. É uma conclusão lógica.
    2.Agora, se vamos manter que homossexualidade é um pecado temos que manter também o fato prático de que para cada pecado há sempre um distúrbio de personalidade associado. O pecado não existe apenas como uma entidade espiritual, separada da realidade concreta de cada pecador individual. Ele será sempre parte integrante do estilo de vida da pessoa. Um lar disfuncional, no qual as identidades e personalidades dos filhos não são corretamente firmadas pelos pais, vai gerar nestes mesmos filhos complexos, inseguranças, auto-imagens distorcidas, rejeição. Para encobrir, sublimar e tentar superar isto estes filhos, à medida que crescem, vão desenvolver um caráter orgulhoso, ou violento, ou manipulador, ou tantas outros. Mas surge também a necessidade de reforços para manter esta estrutura artificial em pé: álcool, fumo, drogas pesadas, pornografia, etc. Assim, ao tratar com um consumidor de cocaína, por exemplo, temos que ter a sabedoria de perceber que o vício é apenas a manifestação visível de uma raiz muito mais profunda, a qual é o real problema. Entendo ser esta a coisa marcante acerca do homossexualismo: a raiz é profunda, presa na formação daquela personalidade. E tendemos a ser rasos no trato do assunto, nos preocupando demais com a prática homossexual, a qual é o distúrbio. Já o pecado propriamente dito, só vamos encontrar algumas camadas mais abaixo.
    3.Você solicita a mim algum documento que demonstre ser a homossexualidade um distúrbio. Eu não tenho tal documento, como, por outro lado, ninguém também tem qualquer documento científico que demonstre, ou ao menos indique, a possibilidade da existência de um terceiro sexo. Um gênero sexual para existir tem que possuir seu correspondente morfológico. Não há um sexo que subsista apenas no nível psicológico. Quanto a isto, quero sugerir-lhe o seguinte vídeo:
    http://www.youtube.com/watch?v=svCSWtqAfa8&oref=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fresults%3Fsearch_query%3Dolavo%2Bde%2Bcarvalho%26aq%3D0&has_verified=1
    Abraços. E parabéns pelo seu blog.

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  4. Prezado Herberti...

    Muito bem vc concordou que até a década de 70 o problema do homossexualismo era visto como distúrbio mas atualmente não! Ponto passivo concordamos nisso!
    Como nem eu e, presumo muito menos vc,tem formação acadêmica para reabrir esta pauta então fico com a opinião do corpo científico em detrimento da sua. Em segundo lugar o que está em jogo não é o certo ou errado a cerca do homossexualismo já que concordamos que isso é pecado, não é mesmo?
    Minha abordagem foi a seguinte: A opção sexual de qualquer uma destas pessoas devem turvar o olhar de Graça que eu como cristão devo ter a seu respeito? Sim ou não
    Se não estamos na mesma sintonia em praticamente tudo! Se sim aí sim temos discordâncias sobre o tema!!
    Valeu por sua opinião!
    É ótimo ver que existem pessoas que opinam a respeito das coisas. Isso nos exercita intelectualmente além de quebrar muitos paradigmas.
    Abrass

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  5. que preconceito meudeus '-'

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