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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

1 de março de 2011

Estórias e Memórias


        Hoje na PIBT, o pregador falou sobre Ortodoxia - tendo lido Filipenses 1:3-11, enaltecendo o amor entre os irmãos e condenando os erros geralmente cometidos pelos cristãos ortodoxos, por causa do excesso de zelo pela doutrina bíblica. A filha Rose olhou para mim e fez um gesto  brejeiro, significando: “Aí, mãe, essa é pra você!”.
        Ele foi mostrando como os fariseus eram ortodoxos e, por isso, perseguiam tanto o Senhor Jesus.... De repente, esqueceu que estava condenando a Ortodoxia e começou a criticar os crentes relapsos, que se comportam mal na vida secular, inclusive fazendo dívidas impagáveis, mentindo... enfim, agindo como se fossem pagãos, sem o menor resquício de Ortodoxia. Fiquei sem saber o que ele queria realmente pregar... se contra ou a favor da Ortodoxia.  
Esta confusão no objetivo do sermão me fez lembrar uma estória sobre o São Jorge dos macumbeiros, conhecido como Ogum. Conta-se que São Jorge combateu um dragão e mal se refez do combate, veio outro, depois outro, todos eles também liquidados pelo “santo” afro-católico. Quando viu que todos os dragões estavam mortos, São Jorge, cuja cultura no vernáculo era um tanto deficiente, gritou: “Tem mais ogum aí?”  Daí veio o seu apelido.
À noite, Dudinho (que veio passar o fim de semana comigo) e eu fomos assistir ao culto na Catedral Metodista. Chegamos meia hora depois do início, visando nos livrar do estrondo dos decibéis. Mas, ainda tivemos de suportar um corinho do tipo mantra, no qual a igreja repetiu 15  vezes a frase: “toma o teu lugar”,  determinando que o Espírito Santo tome o lugar que Lhe pertence no coração dos crentes. A mensagem, como sempre, foi embasada no Velho Testamento (Gênesis 35), em cujo texto a igreja é Jacó e precisa lutar com Deus, para ir “se purificar”... Dudinho e eu concordamos em que um cristão se purifica, segundo João 15:3, onde Jesus diz aos discípulos “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado”. Não é indo à  igreja, jejuando, entregando dízimos e ofertas ou fazendo orações no monte que um cristão se purifica, mas lendo e obedecendo a Palavra de Deus. A ignorância bíblica é a mãe das igrejas neopentecostais, de cujos seios elas sugam o leite que as alimenta e enriquece. Às igrejas “avivadas” se adapta perfeitamente o termo: “santa ignorância”!
Minha avó Quitéria gostava de contar estórias do tempo de sua juventude. Uma delas foi a de uma garota que ia fazer a primeira comunhão, mas tinha medo de engolir “deus”. Quando o padre lhe entregou a hóstia, ela a escondeu dentro de um lencinho de cambraia, levou para casa e, ali, mastigou um naco de pão de milho e juntou a hóstia com o bolo, a fim de não correr o risco de mastigar o “deus” católico.
Ainda sobre o “deus”  do papa, lembro-me de outra estória contada pelo Dr. Aníbal Reis. Ele foi dar a “extrema unção” a uma senhora idosa, cujo quarto ficava ao lado de um chiqueiro. A janela estava aberta, veio um forte vento, a hóstia foi arrancada das mãos do padre e caiu exatamente entre os porcos. Foi engolida por um deles, que logo se transformou num “beato”. Imaginem o Deus Criador  e sustentador do universo (Hebreus 1:3) chafurdando na lama de um chiqueiro de porcos!!!       
Um bispo paulista, que era meu amigo nos anos 1970, contou esta: Uma solteirona papa-hóstias foi se confessar e contou que estava apaixonada pelo padre. Ele recriminou-a, ao mesmo tempo em que se sentiu envaidecido, determinando a penitência: “três padre-nossos e dez ave-marias.” A beata levantou-se, fez a oração, depois se ajoelhou novamente no confessionário e perguntou: “Seu padre, eu já rezei a penitência. Que hora o senhor vai lá em casa?”.
Um caipira paulista cometeu adultério, foi se confessar e contou: “Seu padre, eu pulei cerca”. O padre, que não conhecia o significado do termo, respondeu:“Ora, meu filho, pular cerca não é pecado. Eu mesmo vivo pulando cercas no sítio de minha família”.
        Os beatos católicos e os crentes "avivados" estão remando no mesmo barco da ignorância bíblica, seguindo  à risca a Ortodoxia católica ou  pentecostal, a qual aconselha os membros a fazerem tudo que os líderes ordenarem, a fim de serem absolvidos dos seus pecados! Eles nunca leem as cartas de Paulo; por isso, desconhecem Gálatas 5:1, que ensina: “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão”.

Mary Schultze, 27/02/2011 - www.maryschultze.com
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