IDOLATRIA - O Meu, o Seu, o Nosso Pecado

        Todas as formas de idolatria são pecaminosas e têm sua origem no EGO. Os cristãos evangélicos não se prostram diante dos ídolos de ferro, barro e madeira, como os católicos costumam fazer, mas também praticam este pecado. A idolatria tem o seu ponto de apoio na concupiscência da carne, segundo a 1 João 2:16:“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”.

        Nosso ídolo preferido para o exercício da idolatria é o consumismo, o qual se encontra nos shoppings, onde compramos dezenas de coisas das quais não precisamos. Na adoração ao ídolo consumismo, nosso dia preferido é o sábado e, neste caso,  nós somos todos “sabatistas”, pois este é o dia da semana em que estamos sempre em busca do nosso ídolo...

        Em geral, vamos comprando, comprando e armazenando  coisas, ao ponto de, algumas vezes, precisarmos mudar de casa ou apartamento, em busca de um imóvel maior, onde  possamos guardar todas as inutilidades adquiridas no exercício da idolatria.

        Em meu caso, por exemplo, tenho um grande armário, onde costumo guardar uma quantidade enorme de blusas, calças compridas, vestidos longos (e Chanel), coletes e  casacos de inverno e verão. Que Deus me perdoe este pecado e o Espírito Santo me transforme numa pessoa menos vaidosa, menos fútil e menos egoísta, conforme tenho pedido em oração,  todas as noites. Infelizmente, durante a semana, eu me comporto como Mary Fútil e sou Mary Útil apenas quando estou traduzindo os textos de Teologia, com os quais suponho edificar meus irmãos na fé. Mas, no sábado, dou um passeio pelos shoppings e pela Feirarte. No domingo, vou à igreja e traduzo algum texto bíblico, para me edificar, quando não vou ao culto vespertino. A leitura da Bíblia é um hábito tão normal como tomar banho, escovar os dentes e os cabelos.

Nas igrejas, em vez e pregar o puro evangelho bíblico, a maioria dos pastores prefere massagear o EGO dos ouvintes, pregando o evangelho da prosperidade, depois de meia hora de música contemporânea, (de péssima qualidade), que se escuta nas igrejas “avivadas”. Até a PIBT já está começando a aceitar esse tipo de música profana e só peço a Deus  que a pregação do pastor não se corrompa do mesmo modo, pois ele é um bom pregador.

        Voltando à idolatria, outro ídolo que costumamos adorar é o desejo de vanglória. Quem não gosta de receber um elogio à sua elegância e cultura? Eu gosto, embora logo me conscientize deste pecado e peça perdão ao Senhor.

       

Outro pecado que costumamos cometer é o da perda de tempo, quando vemos novelas. Para dez horas de serviço na casa e na obra de Deus, costumo gastar três horas vendo novelas e notícias. Sei que é muito tempo desperdiçado; mas, na minha idade, muita gente perde mais tempo, sem ter feito coisa alguma de utilidade, durante o dia.

Há quem goste de idolatrar pessoas da família e artistas da TV. Aqui eu peco menos, porque não idolatro pessoa alguma, nem mesmo os  filhos e netos. Prefiro ler a Bíblia do que ficar conversando com a juventude de mente vazia  dos dias atuais. Dou uma Bíblia de presente a cada filha e neto, depois me coloco à disposição para esclarecer suas dúvidas... E deixo o resultado com o Espírito Santo...

Um dos ídolos mais perigosos é a cultura secular, que nos chega através das livrarias e da Internet. Como só gosto de ler Teologia e,  de preferência em Inglês, estou quase a salvo deste pecado. Quem se liga na Palavra de Deus, ao ponto de perder todo o interesse na literatura secular, corre menos perigo de idolatrar a cultura secular. Algumas pessoas vêm com a desculpa de que Paulo mandou examinar tudo e reter o que é bom. Só que, na minha idade, eu já conheço a inutilidade da cultura secular e fico longe dela. Antes de me converter, eu costumava ler todos os bestsellers que apareciam. Hoje em dia, nem sequer me dou ao trabalho de ler literatura evangélica duvidosa - como a de Rick Warren, de Max Lucado, de Stearns, de Rod Bell e de outros autores emergentes, preferindo autores bíblicos fundamentalistas, pois já estou com um pé no primeiro degrau da escada que vai me levar ao céu e, portanto, como diria o Lutero, “Zeit ist Gold!” (não Geld, neste caso!).

O dia termina, oro ajoelhada ao lado da minha cama de solteiro, confesso os pecados cometidos durante o dia, escuto uma hora de Novo Testamento na voz do Cid Moreira e adormeço placidamente. Meu sono ininterrupto dura sete horas, tempo em que eu fico esquecida dos males do mundo, no doce relax de uma noite bem dormida. As pérolas do Apóstolo Paulo me enfeitam os sonhos!

Que o Senhor nosso Deus continue me abençoando e fortalecendo com a Sua Palavra Santa, até o dia em que Ele quiser enviar um anjo para conduzir o meu espírito para junto dEle, deixando o meu vaso de barro aqui na Terra, aguardando o dia da ressurreição dos mortos. Meu passaporte tem validade eterna, pois está carimbado com o Sangue do Cordeiro.

Mary Schultze, 16/03/2011 www.maryschultze.com

(Inspirado no texto do Pr. Joseph Chambers - Some Forms of Idolatry)