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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

10 de maio de 2011

Dossiê do Astro Gospel




Por Antognoni Misael
Ser um astro gospel não é fácil. Administrar fama e grana não é pra qualquer um. Nessa mistura maluca de mercado e “adoração”, muita “unção” tem surgido como novidade fazendo com que os empresários da fé mexam mais e mais nesse caldeirão de investimento.
As performances impressionantes e melodias super emotivas não conseguem me comover quando parto para investigar o que pensam e fazem as estrelas da música gospel. Como ex-frequentador de shows, e testemunha de fatos pitorescos, escrevi um breve dossiê sobre o “astro gospel” cujas aparências, com certeza, não enganam:
O “astro gospel” se posta como uma celebridade cheia de exigências: toalhas caríssimas, bons camarins, transportes sofisticados, hospedagens em hotéis de luxo, entrevista com hora pré-marcada e muita privacidade.
O “astro gospel” para justificar sua fama, exige uma forte equipe de seguranças que o protege de frenéticos fãs que se auto declaram adoradores (extravagantes).
O “astro gospel” evita se apresentar em locais pequenos, igrejas, praças, escolas – quanto menor for o público, menor a notoriedade, e para se esquivar desse incômodo, cobram um alto cachê pra espantar rapidamente a negociação de pouca expressão.
Para o “astro gospel”, tocar de graça nem pensar! Mas há exceções, uma apresentação no Raul Gil, Faustão, Gugu, dá pra fazer sem cachê ou até pagar, pois cai bem para o marketing.
Contratar o show de um “astro gospel” sempre custa caro pois visa cobrir as cláusulas contratuais e engordar a poupança do “letiva” do Senhor.
O “astro gospel” também costuma se vestir de uma capa de marketagem que vai de tratamentos de pele a novos hábitos no falar e no vestir, e tudo isso porque agora ele não mais se pertence, ele é um produto de investimento.
O “astro gospel” geralmente grava canções compradas, professa testemunhos duvidosos e sem autonomia alguma, por estratégia de mercado, sempre se adapta como camaleão ao modismo do momento.
Se há uma coisa boa para o “astro gospel”, com certeza é viajar pelo país fazendo shows, só assim convertem o trabalho num turismo e suvenir frequente; esses shows estão mais comprometidos com o lucro do investimento do que com as almas alcançadas.
O “astro gospel” é uma figura de difícil acesso. Pra se chegar a ele é preciso fazer sacrifícios tipo: ir à porta do camarim e esperar longas na esperança de que ele(a) tenha um surto de simpatia, apareça e conceda, quem sabe, um autógrafo.
“Astro gospel” olha e vê a massa, não a pessoa. Ele domestica consumidores, desconstrói adoradores.
O “astro gospel” não está comprometido com a saúde espiritual dos seus seguidores. Ele canta o que o povo quer ouvir, não o que precisa ouvir, além disso passa distante de ser um formador de opinião.
“Astro gospel” não tem posicionamento teológico sobre o que crê. Muitas vezes não sabe nem o que canta, e entende mais de jargões do que de Bíblia.
“Astro gospel” se parece mais com “astro global” do que com os “heróis da fé”. Ostentam e almejam as mesmas coisa que as celebridades seculares sob a desculpa de que querem ganhar o Brasil para Cristo.
Pois bem. Quando você se encontrar com um desses “astros” e notar que existe nele boa parte desse dossiê, não duvide, as aparências não enganam! Ele é isso mesmo que você vê!
Chega de tanta mentira no meio dessa música gospel!
***
Antognoni Misael é Graduado em História e Música Popular (UFPB). Liberto do mercantilismo gospel, ataca de colunista no Púlpito Cristão

2 comentários:

  1. AINDA BEM QUE EU SAÍ DESSA MENTIRADA A TEMPO. QUASE PERDI MINHA SALVAÇÃO. MAS AGORA CONHEÇO A VERDADEIRA VERDADE E QUE POR SINAL FICA MUITO MAS MUITO LONGE MESMO DE QUALQUER IGREJA

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  2. Tá bom! tem um monte de blogs que falam a mesma coisa, mais ninguém, ninguém, dá nome aos bois.

    Sempre encontro sites evangélicos falando do MALAFAIA, MACEDO, VALDEMIRO, MARCO FELICIANO, sei mais lá quem. Mas de cantores, ninguém tem coragem de revelar quem são esses SERVO-ESTRELA.

    Ou seja, falar mal é fácil. Provar o que tá falando, bom aí é mais difícil nadar contra a maré...

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