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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

6 de maio de 2011

O “Santo Apóstolo”


         Hoje fui visitar dois antiquários, perto da Rodoviária de Teresópolis, onde se vendem móveis, louças e jóias antigas. Estava em busca de um anel de prata com pedra colorida, para dar à “neta” Fernanda, visto como, para Luísa, já havia comprado um, anteontem,  e as duas vão completar  15 anos, brevemente.
         A dona do antiquário me recebeu com muito  carinho e houve uma grande empatia entre nós. Pensei em pregar o Evangelho, mas, antes indaguei se ela era crente. Respondeu, com voz solene: “Sou crente, sim, da igreja do santo apóstolo fulano”. (Errou o nome do “apóstolo”, que eu corrigi, e ela agradeceu). Respirei fundo para me controlar, pois esse “apóstolo” é um tremendo 171.
Ele tanto me “ama” que, quando estive assistindo a um culto em sua “igreja”, há alguns meses, ele colocou dois MIBs (homens de preto) para tomar conta de mim, temendo que eu usasse a Bíblia para mostrar uma das  muitas heresias colhidas no Movimento G-12, que ele representa nesta cidade.  
Certa vez, quando eu assistia a um culto em sua “igreja”, ele disse que ia ler Malaquias 3, mas antes avisou: “O Diabo odeia estes versos e ele está aqui”. Isto foi dito com ele me olhando bem nos olhos, o que, depois, me rendeu um bom artigo: “O Diabo Era Eu”.
         Mas, o que poderia eu fazer por aquela mulher tão simpática e bem intencionada? Dei um CD de presente, que ela prometeu ler no computador, “quando puder consertar o aparelho, pois os negócios andam fracos, ela dá muitas ofertas e dízimos na igreja [do pilantra] e está numa pobreza enorme”. Comprei o anel, paguei e deixei com ela, para ser colocado na medida certa. Esses “jacarés espirituais’ engodam as pobres almas sem cultura secular e bíblica, tirando o dinheiro que poderia ser usado para uma melhoria nos negócios, para se vestirem e se alimentarem corretamente. Eles vivem pregando a necessidade de sacrifícios, que o Velho Testamento pregou exclusivamente aos judeus. Paulo nunca exigiu dízimos e sacrifícios.
         Esse  pilantra era pobre e mal vestido, até começar a engodar os crentes, com a tal pirâmide do G-12. Então, cresceu de uma igrejinha de fundo de quintal, para uma igreja maior, depois para uma catedral e haja carro importado (brevemente, será um avião a jato). A receita é simples: comece reunindo umas seis pessoas pobres, pregue oevangelho da prosperidade, prometendo riqueza a todas elas. Daí a pouco, serão 24, depois, 48, 96, 192 membros em sua congregação, todos eles cheios de esperança num futuro próspero. Em pouco tempo, você já terá recebido ofertas e dízimos suficientes para comprar uma bela casa, depois um carro de luxo, depois um avião a jato, pois, pastor da prosperidade nunca deixa de ser muito próspero. Já as ovelhas, impiedosamente tosquiadas,   ficam morrendo de frio,sem dinheiro sequer para um botijão de gás, cujo preço disparou como um foguete!

Mary Schultze, 05/05/2011 - www.maryschultze.com

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