Por Ciro Sanches Zibordi
Sou assembleiano e creio em sinais, prodígios e maravilhas. Nasci num lar pentecostal e cresci em meio a visões, revelações e milagres. E, por mais que eu tenha esse lado contestador — que não é exclusividade minha, posto que Paulo (2 Co 11.3-15) e o próprio Senhor Jesus (Mt 23; Ap 2-3), só para exemplificar, também se opuseram a heresias e modismos —, creio, desde a minha adolescência, na multímoda obra do Espírito Santo (1 Co 12.4-11).
Oponho-me, não ao pentecostalismo bíblico, mas ao antibíblico pseudopentecostalismo, manifesto através do “cair no Espírito” e de outras aberrações que não têm lugar no culto genuinamente pentecostal, haja vista não se coadunarem com os princípios e mandamentos contidos nas Escrituras. Muitos pregadores do nosso tempo dizem que estão na liberdade do Espírito, ignorando que no culto pentecostal deve haver julgamento, discernimento, exame (1 Co 14.29-33). E mais: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que essas coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (v.27).
Tenho observado — desde que comecei a escrever sobre a pregação, a adoração, heresias e modismos — que os simpatizantes das manifestações exóticas, em sua maioria, são pessoas indóceis, dispostas a pronunciar impropérios, a humilhar, a ridicularizar e até a ameaçar quem pensa diferente. Que tipo de cristãos são estes, que se dizem pentecostais, mas desconhecem a essência da doutrina esposada pelo pentecostalismo: o fruto do Espírito?
Deus opera milagres extraordinários em nosso meio. Ele é o mesmo (Hb 13.8). Mas o que muitos chamam hoje de milagres são manifestações viciosas e repetitivas, às vezes mescladas com truques ilusionistas. Ao curar um cego com o lodo que fez com a sua própria saliva, o Senhor Jesus não metodizou esse modo de dar vista aos cegos. A obra de Deus surpreende, impressiona, positivamente, e deixa todos maravilhados (Lc 5.26). As falsificações são viciosas, premeditadas, propagandeadas, a fim de que o milagreiro receba a glória que é exclusivamente de Deus (Is 42.8).
O “cair no poder”, por sua vez, vem sendo comparado a operações legítimas do Espírito. E, por isso, os seus defensores recorrem a passagens que nada têm a ver com o assunto. Citam textos veterotestamentários — como 2 Crônicas 5.14 e 1 Reis 8.10,11 — e afirmam: “Os sacerdotes não resistiram a glória de Deus e caíram no poder”. Que engano! Veja o que a Bíblia realmente diz: “E sucedeu que saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR. E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR” (1 Rs 8.10,11).
É preciso observar que a frase “não podiam ter-se em pé” denota que os sacerdotes “não puderam permanecer ali”, o que fica ainda mais claro na versão Almeida Revista e Atualizada (ARA). Eles não suportaram permanecer no local ministrando! Não tinham mesmo como resistir a glória divina presente ali. Onde está escrito que eles caíram no poder?
Outra passagem citada erroneamente em abono ao “cair no Espírito” e a outros “moveres” é João 14.12, pelo fato de mencionar “coisas maiores” do que as realizadas por Jesus. O termo grego meizõn, literalmente, denota “maiores”. Mas o vocábulo ergon significa: “trabalho”, “ação”, “ato” (VINE. W.E., Dicionário Vine, CPAD, pp.764,827). Jesus, portanto, não aludiu a milagres ou manifestações, estritamente.
Essas obras maiores, à luz do contexto, incluem tanto a conversão de pessoas a Cristo, como a operação de milagres (At 2.41,43; 4.33; 5.12; Mc 16.17,18). Exegeticamente, são obras maiores em número e em alcance. Dizem respeito à quantidade, e não à qualidade. João 14.12, por conseguinte, não avaliza truques, trapaças, experiências exóticas e antibíblicas, além de fenômenos “extraordinários” (cf. Dt 13.1-4; 2 Ts 2.9; Mt 7.21-23).
Vejo muitos priorizando milagres, em detrimento da verdade (cf. Jo 10.41). Entretanto, na hierarquização feita por Deus, a exposição da Palavra tem o primado (1 Co 12.28). Os sinais, prodígios e maravilhas devem ocorrer naturalmente, como consequência da pregação do Evangelho (Mc 16.15-20). E, por causa dessa inversão de prioridades, tem havido, nos cultos pseudopentecostais, muita imitação, falsificação e misticismo.
Reitero que na Palavra de Deus não há nenhum fundamento para o “cair no poder” e aberrações afins. O Senhor Jesus nunca derrubou ninguém. Concordo que algumas pessoas possam vir a cair por não suportarem a glória que estão sentindo, em determinado momento, mas sem perderem a consciência. Isso aconteceu com o apóstolo João (Ap 1).
Em Lucas 4.35, está escrito: “E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal”. O Senhor não arremessa pessoas ao chão mediante sopros “ungidos” e golpes de paletó. Quem gosta de lançar as pessoas ao chão é o Diabo (Mc 9.17-27). Jesus, o maior Pregador que já andou na terra, e seus discípulos nunca impuseram as mãos sobre pessoas nem lançaram sobre elas parte de suas roupas a fim de derrubá-las.
Olhemos para o Senhor Jesus. Ele andou na terra fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo porque Deus era com Ele (At 10.38). É perigoso quando pensamos que o culto que agrada a Deus é “sem limites”. À luz da Bíblia, tudo deve ser regulado, controlado pelo Espírito Santo e pela vontade de Deus expressa em sua Palavra (Mt 7.15-23; 1 Jo 4.1; 1 Ts 5.21; 1 Co 14.29; Jo 7.24, etc.).
Oponho-me, não ao pentecostalismo bíblico, mas ao antibíblico pseudopentecostalismo, manifesto através do “cair no Espírito” e de outras aberrações que não têm lugar no culto genuinamente pentecostal, haja vista não se coadunarem com os princípios e mandamentos contidos nas Escrituras. Muitos pregadores do nosso tempo dizem que estão na liberdade do Espírito, ignorando que no culto pentecostal deve haver julgamento, discernimento, exame (1 Co 14.29-33). E mais: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que essas coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (v.27).
Tenho observado — desde que comecei a escrever sobre a pregação, a adoração, heresias e modismos — que os simpatizantes das manifestações exóticas, em sua maioria, são pessoas indóceis, dispostas a pronunciar impropérios, a humilhar, a ridicularizar e até a ameaçar quem pensa diferente. Que tipo de cristãos são estes, que se dizem pentecostais, mas desconhecem a essência da doutrina esposada pelo pentecostalismo: o fruto do Espírito?
Deus opera milagres extraordinários em nosso meio. Ele é o mesmo (Hb 13.8). Mas o que muitos chamam hoje de milagres são manifestações viciosas e repetitivas, às vezes mescladas com truques ilusionistas. Ao curar um cego com o lodo que fez com a sua própria saliva, o Senhor Jesus não metodizou esse modo de dar vista aos cegos. A obra de Deus surpreende, impressiona, positivamente, e deixa todos maravilhados (Lc 5.26). As falsificações são viciosas, premeditadas, propagandeadas, a fim de que o milagreiro receba a glória que é exclusivamente de Deus (Is 42.8).
O “cair no poder”, por sua vez, vem sendo comparado a operações legítimas do Espírito. E, por isso, os seus defensores recorrem a passagens que nada têm a ver com o assunto. Citam textos veterotestamentários — como 2 Crônicas 5.14 e 1 Reis 8.10,11 — e afirmam: “Os sacerdotes não resistiram a glória de Deus e caíram no poder”. Que engano! Veja o que a Bíblia realmente diz: “E sucedeu que saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR. E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR” (1 Rs 8.10,11).
É preciso observar que a frase “não podiam ter-se em pé” denota que os sacerdotes “não puderam permanecer ali”, o que fica ainda mais claro na versão Almeida Revista e Atualizada (ARA). Eles não suportaram permanecer no local ministrando! Não tinham mesmo como resistir a glória divina presente ali. Onde está escrito que eles caíram no poder?
Outra passagem citada erroneamente em abono ao “cair no Espírito” e a outros “moveres” é João 14.12, pelo fato de mencionar “coisas maiores” do que as realizadas por Jesus. O termo grego meizõn, literalmente, denota “maiores”. Mas o vocábulo ergon significa: “trabalho”, “ação”, “ato” (VINE. W.E., Dicionário Vine, CPAD, pp.764,827). Jesus, portanto, não aludiu a milagres ou manifestações, estritamente.
Essas obras maiores, à luz do contexto, incluem tanto a conversão de pessoas a Cristo, como a operação de milagres (At 2.41,43; 4.33; 5.12; Mc 16.17,18). Exegeticamente, são obras maiores em número e em alcance. Dizem respeito à quantidade, e não à qualidade. João 14.12, por conseguinte, não avaliza truques, trapaças, experiências exóticas e antibíblicas, além de fenômenos “extraordinários” (cf. Dt 13.1-4; 2 Ts 2.9; Mt 7.21-23).
Vejo muitos priorizando milagres, em detrimento da verdade (cf. Jo 10.41). Entretanto, na hierarquização feita por Deus, a exposição da Palavra tem o primado (1 Co 12.28). Os sinais, prodígios e maravilhas devem ocorrer naturalmente, como consequência da pregação do Evangelho (Mc 16.15-20). E, por causa dessa inversão de prioridades, tem havido, nos cultos pseudopentecostais, muita imitação, falsificação e misticismo.
Reitero que na Palavra de Deus não há nenhum fundamento para o “cair no poder” e aberrações afins. O Senhor Jesus nunca derrubou ninguém. Concordo que algumas pessoas possam vir a cair por não suportarem a glória que estão sentindo, em determinado momento, mas sem perderem a consciência. Isso aconteceu com o apóstolo João (Ap 1).
Em Lucas 4.35, está escrito: “E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele, sem lhe fazer mal”. O Senhor não arremessa pessoas ao chão mediante sopros “ungidos” e golpes de paletó. Quem gosta de lançar as pessoas ao chão é o Diabo (Mc 9.17-27). Jesus, o maior Pregador que já andou na terra, e seus discípulos nunca impuseram as mãos sobre pessoas nem lançaram sobre elas parte de suas roupas a fim de derrubá-las.
Olhemos para o Senhor Jesus. Ele andou na terra fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do Diabo porque Deus era com Ele (At 10.38). É perigoso quando pensamos que o culto que agrada a Deus é “sem limites”. À luz da Bíblia, tudo deve ser regulado, controlado pelo Espírito Santo e pela vontade de Deus expressa em sua Palavra (Mt 7.15-23; 1 Jo 4.1; 1 Ts 5.21; 1 Co 14.29; Jo 7.24, etc.).
Fonte: Blog do Ciro ®
Amém . È muito bom poder se interar aos assuntos biblicos com passagens que podemos comparar ler e reler, sou Assembleiano , e os cultos que presencio só vejo as bençãos de Deus acontecer, não cria muito em batismo e tals, mas quando isso aconteceu com minha pessoa, realmente foi uma sensação unica , não fiquei desacordado, mas também não suportei a tremenda unção, tudo isso com a pregação da palavra.Acredito eu que quando se incia um culto a Deus, começamos a nos encher no momento que dobramos o nosso joelho quando chegamos no templo, e logo os louvores e na porção da palavra eita ai sim sentimos a presença.Mas não podemos deixar de salientar, que quando se esta em pecado não se sente nada, afinal o pecado nos afasta dos prodigios e maravilhas de Deus.
ResponderExcluirA paz do Senhor esteja com todos.
Muito boa esta explicação, só veio confirmar o que eu temia... Muitas aberrações que vejo dentro das igrejas são modismo inventado pelo homem carnal.
ResponderExcluirDeus abençoe. Continue nos ajudando a esclarecer nossas dúvidas....