A acusação de Patrícia Lélis contra o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) já vivenciou tantas reviravoltas, com versões desencontradas e revelações inicialmente desmentidas posteriormente comprovadas, como no caso do encontro entre Talma Bauer e a estudante, em um café de Brasília (DF).
Assim, para que seja possível uma melhor compreensão do histórico dos fatos, o Gospel+montou um resumo cronológico dos acontecimentos.
Acusação
Patrícia Lélis procurou o jornalista Leandro Mazzini, da coluna Esplanada, do portal Uol, no dia 24 de julho, pedindo que ele a ajudasse a divulgar os fatos. Ela alegou que conhecia Marco Feliciano de sua militância no PSC e que ele a teria chamado para participar de uma reunião sobre a CPI da União Nacional dos Estudantes (UNE) no dia 15 de junho.
Em seu apartamento funcional, Feliciano teria feito propostas à estudante, oferecendo emprego no partido com um alto salário, e em troca ela se tornaria sua amante. Diante da negativa, ele teria agredido a jovem e tentado sexo à força.
No dia 02 de agosto, quando Mazzini denunciou o caso, o jornalista e professor universitário Hugo Studart também revelou a história em sua página no Facebook, relatando alguns detalhes.
No dia 03 de agosto, Studart alega que Patrícia Lélis o procurou dizendo que ele precisava apagar a denúncia contra Feliciano porque a situação já estava resolvida. Nesse meio tempo, ela gravou um vídeo acusando Studart de ter mentido em sua publicação.
“Ela me telefonou informando que está bem, fora de Brasília, ao lado do pai, namorado e irmão. Me pediu muito que a postagem fosse retirada do ar, uma vez que a questão foi resolvida. Respondi que estava preocupado, indignado, e ainda estou, mas ela prefere esquecer o assunto e não polemizar. Meu primeiro ímpeto era o de atender sua vontade e retirar a postagem do ar. Contudo, ela postou um vídeo no YouTube me desmentindo, dizendo que inventei a história. […] Se apago, podem pensar cedendo a pressões. Ademais, reparem nos hematomas no olho da garota. Não estou convencido de que ela esteja em segurança”, escreveu Studart.
Desmentidos
No vídeo do desmentido a Studart, Patrícia elogiou o pastor e desqualifica as acusações: “Ele faz uma acusação horrorosa ao pastor Marco Feliciano. Eu queria deixar registrado que o pastor Marco Feliciano é uma pessoa muito bacana, nunca tive o menor problema com ele – muito pelo contrário, é um homem muito abençoado que sempre me ajudou em momentos difíceis, sempre aconselhou. Nunca tive nenhum problema com o pastor Marco Feliciano”.
Ainda no dia 03 de agosto, Patrícia gravou um segundo vídeo, onde reitera seu desmentido quanto às denúncias publicadas por Studart e Mazzini, e atribui a história aos “jornalistas esquerdinhas”.
“A todos esses jornalistas que me ameaçaram, falando que eu tinha que contar a verdade, estou aqui, falando a verdade. A verdade é que vocês estão mentindo, está em época de eleição, e o que vocês querem é destruir a direita, mas não é desse jeito que vocês vão conseguir. O pastor Marco Feliciano é uma pessoa íntegra, cuja qual tenho um contato muito bom, sempre muito respeitoso, muito amigável”, disse Patrícia.
Áudio
Reagindo aos desmentidos de Patrícia, o jornalista Leandro Mazzini resolveu publicar um trecho do áudio gravado pela estudante no encontro com o chefe de gabinete de Marco Feliciano, Talma Bauer.
Na conversa, ela afirma a Bauer que Feliciano mantém um comportamento questionável no que se refere a mulheres e admite que o pastor não tinha oferecido nada a ela.
“Se você conhece o Marco Feliciano e trabalha com ele, você com certeza deve saber da conduta dele, da índole dele. Não sejamos hipócritas […] Eu corri atrás de todos os pastores para pedir ajuda e não posso sair prejudicada. Porque se eu sair prejudicada, eu vou à delegacia […] Eu não levei à delegacia ainda porque eu sou cristã, eu amo a minha igreja! (…) Eu não fui para a delegacia porque eu sei que isso vai prejudicar não só a igreja, não é só o ministério do Feliciano, mas todo o Evangelho. Eu amo a igreja”, diz Patrícia, antes de afirmar que não havia recebido uma proposta do pastor.
Bauer, no entanto, negou que fosse ele o interlocutor com quem Patrícia Lélis dialoga na gravação, diz que aquela conversa “nunca” existiu e que considera a situação uma “calúnia”.
“Fizeram falso. Nunca conversei com ela em lanchonete. O áudio é falso, nunca conversei com ela, ela já colocou no Facebook dela que é falso… Isso é uma coluna que fizeram para sei lá, sei lá o que, mas eu nunca conversei com ela, nunca me mandou um link, nunca tivemos essa conversa. Ela já disse que é falso”.
No entanto, no dia 06 de agosto, Mazzini publicou no canal da coluna Esplanada no YouTube um vídeo que comprova a reunião de Bauer com Patrícia, derrubando a versão inicial do chefe de gabinete do pastor. Assista:
Incriminações
No dia 04 de agosto, o youtuber Izac Michta Filho, do canal Politicamente Irado, publicou um vídeo comentando as acusações de Patrícia ao pastor e disse que ela estaria querendo se promover, pois já o havia acusado de estupro antes.
“Eu só quero que vocês vejam que ela está agindo igual quando ela tentou me denegrir. Ela está tentando tirar o dela da reta para poder, de uma certa forma, se defender, para poder, de uma certa forma […] sair da posição de acusadora para a posição de vítima. Ela está fazendo isso, ela tentou comigo”, disse o youtuber.
Histórico
Diante das denúncias de Michta contra Patrícia, um caso de maio veio à tona, mostrando o comportamento explosivo da estudante.
Em maio deste ano, a Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Tocantins (CMA/OAB-TO) havia divulgado uma nota à imprensa manifestando apoio a uma professora que teria sido ofendida por Patrícia.
O episódio em questão ocorreu na cidade de Gurupi (TO) no dia 06 de maio, quando a estudante chamou a professora tocantinense Natália Pimenta, defensora da ideologia de gênero, de “feinha” e acrescentou: “Ao invés de ficar procurando treta vá pentear esses cabelos”.
Na nota, a OAB prestou solidariedade à professora “alvejada por manifestações sexistas e preconceituosas no Facebook”, e lamentou a postura da estudante: “A publicação, além de estereotipar o gênero feminino, sugere que a aparência da mulher pode qualificar ou desqualificar o seu discurso”.
Cárcere
No dia 05 de agosto, Talma Bauer foi levado à delegacia para depor e expor sua versão das acusações feitas contra ele por Patrícia Lélis, que alegava estar em cárcere privado desde o dia 03 de agosto, em um hotel de São Paulo.
O chefe de gabinete, segundo Patrícia, a teria obrigado a fazer os vídeos desmentindo as denúncias contra Feliciano.
Após horas de depoimento, Bauer foi liberado e o delegado do caso, doutor Luiz Roberto Hellmeister disse que pediria a prisão temporária do assessor de Feliciano.
No entanto, após colher outros depoimentos de pessoas envolvidas no caso, como o jornalista Emerson Biazon, Hellmeister desistiu do pedido de prisão por ter encontrado inconsistências no depoimento da estudante.
“Emerson, também por mensagem à Coluna, avisa que Patrícia teria topado receber dinheiro para viajar ao encontro de Bauer – o que ela desmente no boletim”, noticiou Mazzini.
No período em que Patrícia disse em depoimento estar em cárcere privado, foram publicadas imagens nas redes sociais da estudante ao lado de amigos, em passeios. Em uma das imagens, ela está com a mesma roupa em que prestou depoimento na delegacia. Veja:
Ameaça de morte
No depoimento prestado à Polícia, a estudante afirmou que a cúpula do PSC teria oferecido uma quantia em dinheiro para que ela ficasse calada, mas ela teria recusado, e como resposta, teria sido ameaçada de morte.
Depósito
Em uma entrevista a Leandro Mazzini, a mãe da estudante, Maria Aparecida de Souza, afirmou que depois que sua filha estava em São Paulo, ela havia ligado pedindo o número de uma conta bancária para receber um depósito.
“Ela ligou de São Paulo e pediu uma conta para um depósito, mas que fosse no CNPJ”, teria dito a mãe de Patrícia ao jornalista, na entrevista concedida na terça-feira, 02 de agosto.
Prints
Na madrugada de sexta-feira para sábado, 06 de agosto, o Gospel+ teve acesso a prints que supostamente seriam das conversas feitas entre Patrícia e Feliciano, com um conteúdo polêmico, recheado de insinuações e levantando dúvidas sobre a postura da estudante.
Na madrugada de domingo para esta segunda-feira, 08 de agosto, Patrícia relatou aoGospel+ que os prints atribuídos a ela não são verdadeiros, pediu que a matéria fosse retirada do ar e afirmou que nas imagens da conversa via WhatsApp a pessoa que teria passado por ela errou ao escrever seu sobrenome com um “l” a mais.
Feliciano
O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) resolveu se posicionar a respeito das acusações feitas contra ele pela estudante apenas no sábado, 06 de agosto, e afirmou que não havia comentado o caso porque sofre com boatarias diariamente.
Feliciano afirmou que perdoava Patrícia Lélis, mesmo ela tendo tocado em sua família, porém esperava que ela fosse responsabilizada por falsa comunicação de crime: “A Justiça dos homens inúmeras vezes já me inocentou mesmo depois de eu ter sido escrachado publicamente, porque isso já aconteceu outras vezes, e com o passar do tempo, as pessoas viram a verdade”, disse Feliciano, ao lado da esposa.
Via: Gospel+
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