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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

18 de novembro de 2010

PLURALISMO RELIGIOSO


"Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis" (Romanos 1:21-23).

Alguns clérigos liberais acham que o homossexualismo é um comportamento muito natural. Um membro da alta corte de justiça da Austrália afirma que é gay e, mesmo assim, ele se considera um homem bom. A Bíblia condena o homossexualismo. Esta é a verdade e Deus deseja que ela seja obedecida. Os Dez Mandamentos divinos devem ser aplicados a todos os homens, sem exceção alguma.
        Quem defende o homossexualismo fala do seu próprio ponto de vista, desprezando a verdade divina. Seu modelo de julgamento é subjetivo, enquanto o modelo bíblico é absolutamente objetivo.
        Hoje em dia, estamos encarando diversos sistemas religiosos e várias bases de julgamento. Isto se chama Pluralismo.
Pluralismo é um termo demográfico para descrever a variedade de países representados, atualmente,  no Ocidente. Ele também descreve a multidão de culturas em nossa diversidade social. Estes dois usos são compatíveis com a mentalidade cristã. Contudo, existe um terceiro uso da palavra que não é aceitável, mesmo que alguns cristãos dele se utilizem. Trata-se do pluralismo que descreve todas as religiões como sendo igualmente boas. Não é dizer que devemos ser tolerantes com as outras religiões, pois com isto estamos de acordo. Mas somos contra a afirmação de que todas as religiões são igualmente valiosas e verdadeiras, todas elas conduzindo ao mesmo Deus.
        O Brasil é um país muito religioso. Quando Paulo chegou a Atenas, ele disse: “Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos”  (Atos 17:22). Se Paulo chegasse hoje ao Brasil iria dizer o mesmo. Ao contrário do que tem sido apregoado, ou seja, que o Brasil é uma nação secular e humanista, a verdade é que os brasileiros são muito religiosos e supersticiosos, uma típica herança de sua formação católica romana, misturada com o misticismo africano dos escravos.
        No Brasil, temos vários grupos religiosos como os Hare Krishna, as TJs, os Mórmons e muitos outros, inclusive os cientologistas, isto para não mencionar as seitas africanas, que penetram em todos os recantos do país.
        As religiões não cristãs estão crescendo no Ocidente, por causa da imigração de países do Extremo e Médio Oriente. Esses imigrantes têm trazido suas religiões para o nosso país, resultando no multiculturalismo religioso. Esta tendência mundial tem trazido o Hinduísmo e o Islamismo até aqui, prejudicando a religião cristã.
        As superstições e as religiões da Nova Era estão penetrando em todo o Ocidente, atraindo uma legião de adeptos. A Nova Era é um gigantesco velico religioso, que vai fixando as mais variadas religiões e seitas dentro do mesmo invólucro, desde o Cristianismo liberal até  a astrologia, auto realização, atração de riqueza e pensamento positivo. Quanto às religiões seculares, como o ateísmo, o marxismo, o humanismo, o existencialismo e o pós-modernismo, todas estas têm sua vez, arrebanhando um pequeno círculo de adeptos.
        Como devem os cristãos bíblicos se relacionar com tantas religiões diferentes? Será que podemos convencer os não cristãos de que o Cristianismo é a única religião verdadeira? A verdade é que somos tolerantes e gentis, desejando que todas as pessoas coexistam em paz e harmonia. Condenamos as guerras religiosas do tipo Irlanda do Sul e do Norte; Sérvia X Croatas; Muçulmanos  X Cristãos e Judeus. Mesmo assim, continuamos tolerantes, limitando-nos a apelar para a imensa misericórdia divina.
        Há quem diga: “Sim, somos cristãos, mas as outras culturas professam alguma outra religião e quem somos nós para perturbá-las? Por que não viver e deixar viver? Estamos todos indo na mesma direção...” Esta é uma racionalização errônea. A natureza da verdade a repele. Dois opostos não podem estar igualmente corretos. Um deles está errado. Jesus afirmou categoricamente: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).
        Esta afirmação é verdadeira ou falsa. Se ela é verdadeira, então tudo que a contradiz é falso. Todas as religiões contêm resquícios de maravilhosas verdades, mas o único caminho para Deus é Jesus Cristo e ponto final! Jesus não foi um grande profeta, um bom homem ou coisa assim. Ele é  “... o Filho,  a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hebreus 1:3).
O Mormonismo e o Budismo não podem estar simultaneamente certos; pois, se todas as religiões levam ao mesmo Deus, elas deveriam afirmar basicamente as mesmas coisas sobre Ele; mas, o que se vê é um amontoado de declarações, as mais conflitantes.  Alguns livros sagrados das religiões orientais ensinam que “Deus é tudo e tudo é Deus”. Já o Cristianismo ensina que Deus transcende a tudo e que Ele é Espírito, não matéria. Algumas religiões afirmam que Deus é impessoal, mas o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo ensinam que Ele é um Deus pessoal. É uma estupidez afirmar que todas as religiões são iguais, quando elas são tão contraditórias. Todas elas podem estar erradas mas, com certeza, não podem estar todas certas, tendo em vista suas afirmações excludentes. Somente uma delas deve estar certa.
        Será que todas as religiões levam a Deus? Quando os pluralistas fazem tal afirmação eles se acham tolerantes e aceitáveis, mas o fato é que eles são estúpidos na lógica. Os teólogos tendenciosos que aceitam as crenças não cristãs contendem por nada e caem por qualquer coisa.

A Exclusividade de Jesus Cristo - Jesus declarou em Mateus 28:18-20: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”.
            Esta passagem pulveriza a máxima de que “qualquer religião é boa, contanto que o seu seguidor seja sincero”. Jesus diz com autoridade que Ele é o único caminho para Deus (João 14:6). Esta é uma afirmação exclusiva do Cristianismo bíblico. Só se consegue a salvação através da confiança absoluta na obra de Cristo.
        Como devem os cristãos responder às religiões competidoras? Eles devem ser os primeiros a demonstrar respeito pelos membros dessas religiões. Jamais devem impor a sua fé; e quando uma igreja o faz, ela está errada. Devemos pregar o evangelho com doçura  e dar um bom exemplo de vida.
Os pluralistas acreditam que a verdade é uma construção social da nossa tradição cultural. E que não existe qualquer verdade objetiva, mas somente a que funciona para nós. Desse modo, não devemos tentar converter pessoa alguma, pois elas já têm uma verdade que funciona para elas. Tentar mudar é ser intolerante. Além disso, os pluralistas negam todas as transcendências pessoais, inclusive os direitos pessoais, a razão e a verdade objetiva. Eles garantem que somos nada mais que o produto de nossa sociedade. Em vez  de uma verdade objetiva, tudo que importa é a “estória” e a “jornada de fé” de cada pessoa. Estes termos são preciosos para os pluralistas religiosos. Para eles não existe o certo e o errado. O que importa é o que se sente. Não existe uma verdade objetiva, conforme é revelada na Bíblia. Existe apenas o que se entende que seja bom para cada um. Que todas as crenças são igualmente válidas para quem nelas acredita. Esta é a razão por que alguns afirmam que um cristão até pode ser desafiadoramente imoral, pois não entendem a essência da verdade bíblica...
        Desistir de uma fé revelada e de uma verdade objetiva é como achar que alguém pode se comportar da maneira que desejar. Acreditar que todas as religiões são iguais e que todos os caminhos levam a Deus, contanto que o crente seja sincero em sua fé, é o que leva à existência de tantas pessoas sinceramente erradas. Esta é uma religião “self-service”, na qual a pessoa escolhe somente o que lhe apetece, colocando no prato religioso somente o que lhe agrada. Muita gente escolhe visões religiosas conforme o seu paladar, mas não conforme a verdade. A questão da verdade jamais é levada em conta. Quando as pessoas são encorajadas a tentar religiões particulares, como a Meditação Transcendental, a Ioga, a Filosofia Humanista, a Filosofia Zen, a Cientologia e outras deste quilate, na verdade elas vão acabar caindo num desastre espiritual. O item real é se suas crenças religiosas são verdadeiras e não se a pessoa gosta ou não das mesmas. Não existe uma religião PIZZA, contendo pedaços diferentes de cada coisa agradável de outras religiões, colocados no prato da piedade. Este é um alimento sem valor algum, isento de calorias, o qual não consegue saciar a fome espiritual. É necessário que se busque a verdade... E esta verdade é uma só - Jesus Cristo.
        Quando uma pessoa afirma que a Bíblia é a sua única autoridade e que Jesus Cristo é a única verdade, precisa ter um comportamento compatível com os princípios cristãos; mesmo que, neste mundo pluralista, ela passe a ser considerada inimiga pelos incrédulos. (Mateus 5:10-11).
        Os cristãos bíblicos desafiam a definição pluralista de tolerância e a compreensão de que a verdade é apenas uma construção da sociedade. O pluralismo religioso acredita que ninguém pode estar sempre errado. O resultado disso é a insensibilidade. Ora, se não existe coisa alguma que seja falsa, então também não existe razão alguma para que se pesquise a verdade. Esta atitude inibe qualquer diálogo legítimo sobre os direitos humanos e a compreensão espiritual. O resultado final destas palavras, aparentemente inocentes, sobre a tolerância, a aceitação de todas as crenças, bem como a jornada da fé e a estória pessoal sendo iguais, acaba se tornando uma abusiva rejeição à verdade e à moralidade das outras pessoas.
        Precisamos enfrentar as questões pluralistas com vigor intelectual, usando sempre as Escrituras e falando do nosso conhecimento pessoal do Senhor Jesus Cristo, e que Ele é o nosso melhor Amigo. O Cristianismo Bíblico é a única  base da verdade. Ele não é apenas um modo de vida; nem simplesmente uma cultura ocidental. Não é uma conformação a um estilo de vida. Ele é um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, o único caminho para Deus.
Jesus não disse que conhecia o caminho, a verdade e a vida, mas que Ele mesmo é tudo isso. Ele não usou uma fórmula para compartilhar com os ignorantes. Ele afirmou ser a resposta para todos os problemas da humanidade. Jesus é o Filho unigênito de Deus, o único caminho para se chegar ao Pai.“Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou”  (João 1:18).  Ele é a única revelação autorizada do Pai e a exclusiva autoridade representativa da humanidade diante do Pai. Desse modo, a salvação repousa exclusivamente sobre a obra que Deus Pai fez através do Seu Filho, livrando os seres humanos do pecado, da morte e do inferno. Cristo morreu na cruz por nós. Nenhuma religião pode apontar momento algum da história, dizendo: “Foi isto que Deus fez por você”. A religião é uma tentativa de se chegar a Deus, enquanto o Cristianismo é Deus querendo nos encontrar. Neste mundo pluralista, Jesus Cristo é absolutamente o EXCLUSIVO SALVADOR E SENHOR!”

Rev. Dr. Gordon Moyes - The Uniqueness of Jesus in a Pluralística World
Tradução e adaptação de Mary Schultze, em 18-11-2010.

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